24 novembro 2005

Conferência Episcopal Portuguesa exige outra atenção nos projectos lei sobre as técnicas de procriação medicamente assistida

A Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa "estranhou que o projecto de lei que visa regular as técnicas de procriação medicamente assistida tenha sido introduzido no Parlamento sem a suficiente sensibilização pública, tratando-se de um tema de tanta importância e delicadeza e de tão elevada exigência ética".

Este é um dos pontos do comunicado final da CEP reunida até hoje em plenário, em Fátima.

O presidente da Conferência Episcopal, Jorge Ortiga, arcebispo primaz de Braga "terão entrado na Assembleia da República quatro projectos de lei, que terão sido aprovados na generalidade".

Isto num contexto “controverso, tendo a sociedade portuguesa a olhar para o orçamento de Estado”.

“O assunto merece outra atenção”, defende o prelado. Outra sensibilização para que se possa “legislar sem beliscar a dignidade da pessoa humana”.

Jorge Ortiga admitiu ainda que o referendo possa ser um “caminho” que permita a "recolha da opinião do povo português depois de devidamente esclarecido".

A CEP, reconhecendo "a necessidade de legislação" sobre o tema, "sente o dever de afirmar que o embrião deve ser respeitado como ser humano que é, ao qual deve ser assegurada protecção de dignidade, identidade e integridade".

No documento é afirmado que "a vida do ser humano é um fim em si próprio e nunca um meio a ser usado e destruído", pelo que "não deve ser autorizada qualquer investigação destrutiva, que impeça o desenvolvimento daquele ser humano".

Quanto à possibilidade de distribuição da pílula do dia seguinte nos centros de saúde, o arcebispo primaz de Braga considerou que “é abortiva. O ser distribuída na farmácia ou noutro lugar qualquer é grave”. Para o prelado a “gravidade é sempre a mesma, o local é indiferente”

Vasco da Gama quer sintético

A Associação Desportiva, Recreativa e Cultural “Vasco da Gama”, de Boleiros, Fátima pretende transformar o actual campo de futebol num campo com piso sintético. A alteração está a ser estudada pela direcção para proporcionar melhores condições à prática desportiva.
“Será uma das falhas que teremos de colmatar. Tudo isto seria resolvido se o Vasco da Gama tivesse um sintético, alem de dar maiores vantagens em todas as equipas”, assinala José Eduardo Santos, director desportivo do clube.
Esta é uma das necessidades que resulta do facto do campo ser bastante usado. É o único do clube, onde há treinos diários e onde os jogos são disputados, aos fins de semana.
E por falta de condições, o jogo de iniciados entre a equipa do Vasco da Gama e do Amiense que se devia ter realizado no último domingo, acabou por não sê-lo devido às más condições do campo de futebol do Vasco da Gama.
O Vasco da Gama, com um jogo em atraso, encontra-se em segundo lugar com seis pontos, logo ao Ouriense. Na próxima jornada, a 4 de Dezembro, o Fátima joga com o Vilarense e o Ouriense com o Amiense.
Recorde-se que na época passada e na anterior, a equipa dos iniciados do Vasco da Gama alcançou o título de campeão distrital.
Quanto aos objectivos para esta época, José Eduardo Santos confessa que “depositamos esperança” na equipa de iniciados, para chegar a lugares cimeiros.
Em relação aos resultados, “de há três anos a esta parte temos vindo a obter bons resultados, sobretudo com infantis. Há dois anos, em iniciados, que é a actual equipa de juvenis”, salienta.
Esta equipa foi recentemente reformulada, depois saída do treinador e de dois jogadores. Para substituir Telmo Pinto, entrou Jorge Humberto. “O grupo de trabalho está agora a cem por cento”, garante o responsável.



A Associação Desportiva, Recreativa e Cultural “Vasco da Gama” é um clube que “está a trabalhar exclusivamente na formação”.
Falta o último escalão - de juniores - que “neste momento está a ser equacionado”. Ou seja “se no final da época existirem condições financeiras para permitir mais uma equipa”, haverá equipa de juniores.
Para este sucesso, o responsável pelo desporto aponta o espírito de camaradagem e entre-ajuda existente. Além do bom ambiente nas equipas, José Eduardo aponta como positivo a preciosa colaboração e interesse dos pais dos atletas.
“O Vasco da gama tem bons elementos, um excelente conjunto, o que permite ter esperança num bom resultado”, refere.
Do Vaco da Gama têm-se verificado a saída de jogadores para outros clubes. Há um jogador no Sporting e muitos outros foram transferidos para clubes da região. “Pela prestação das equipas, pelo aparecimento de alguns valores, temos sido assediados por outros clubes, inclusive o Fátima e, temos tido, alguma dificuldade em segurar os nossos atletas”, salienta.

Quanto ao futuro, José Eduardo Santos não descarta a possibilidade de fazer parcerias com outros clubes. “Não só na formação e inclusive noutras áreas, como o futsal”, adianta.
Este técnico salienta que esta parceria poderá ser equacionada com um clube que tenha condições, proporcionando o Vasco da Gama, os técnicos além de jogadores.
A apostar já na formação inclusive de técnicos, dois dos técnicos do Vasco da Gama irão iniciar o curso de treinadores, em Janeiro de 2006.

Eirapedrense quer requalificar sede


A direcção do Eirapedrense apresentou um ante-projecto de requalificação das instalações existentes. A reabilitação diz respeito ao rés-do chão e primeiro piso e deverá ser apresentada em breve à autarquia.
A requalificação contempla uma cozinha, uma sala de jogos, casas de banho, biblioteca, sala de informática. O piso de cima pretende ser uma sala polivalente e independente. Neste arranjo estão ainda contemplados lugares de estacionamento, arranjos exteriores e um parque infantil.
Aos responsáveis presentes, o presidente da colectividade, Fernando Neves adiantou que não está incluído nesta fase a cobertura do campo de futsal já existente. O presidente adiantou ainda que pretende até 2007, final do mandato, ter as licenças e projecto aprovado.
Deolinda Simões, presidente da Assembleia Municipal defendeu a necessidade da cobertura deste campo de futsal, durante a sessão comemorativa do 20º aniversário.
O apelo foi feito às entidades presentes, Junta de Freguesia e Câmara Municipal. “O Eirapedrense merece. Esta obra tem de ser digna de estar ao lado do estádio”, salientou reforçando que “este é um espaço nobre, mas temos que investir nesta zona”, isto é, “Ourém tem que fazer um esforço e dar continuidade” ao que já existe, defendeu aquela responsável.
Deolinda Simões incentivou as mulheres a ocuparem lugares de direcção e outras responsabilidades no clube, para além dos trabalhos de cozinha.


Vítor Frazão, vice-presidente da Câmara frisou, a dinâmica do Eirapedrense, tendo em conta o panorama concelhio associativo.
O autarca referiu ainda que é “impossível para qualquer câmara implantar de uma assentada só, todo o complexo”.
E adiantou que, no futuro próximo, começarão a surgir outras componentes de um complexo que inclui centro de estágios, outro campo, entre outros. “O Eirapderense terá, no futuro, um papel preponderante, desta envolvência”.

Natálio Reis, presidente da Junta de Freguesia de Fátima louvou o esforço que a direcção do Eirapedrense está a efectuar para melhorar a sede, salientando que a aquela autarquia “vai apoiar e ajudar a desenvolver todas as associações culturais”, nomeadamente os projectos do Eirapedrense.

O presidente do grupo Desportivo e Cultural Eirapedrense frisou a importância do trabalho que a direcção está a “desenvolver” e que pretende “cativante” para a comunidade.
Com vinte anos de existência e com tradição no futebol de salão bem como passeios de cicloturismo, BTT, matraquilhos, xadrez, cartas e jogos tradicionais o Grupo Desportivo Cultural Eirapedrense tem-se notabilizado nos Grandes Prémios de Atletismo, a sétima edição, em 2006. Na próxima época, o presidente espera avançar com as camadas jovens de futebol, frisou recentemente a um jornal.
O clube que possui um bar a funcionar diariamente, contando o clube com mais de 500 sócios.

Promover o bem-estar de crianças mais carenciadas


Associação de Ourém “Um Sorriso, um Amigo” pretende promover o bem-estar de crianças mais carenciadas.

“O que é importante é um sorriso dos miúdos”, diz Pedro Gonçalves. E para ver esse sorriso no rosto de muitos miúdos, o objectivo é construir um parque infantil e renovar uma biblioteca. São estes os dois presentes que um grupo de amigos constituídos em Associação “Um sorriso, um amigo” pretende oferecer à Casa da Criança do Olival.
A ideia surgiu há apenas dois meses. Depois de um dos elementos do grupo de amigos ter visitado a Casa da Criança e ter constatado as necessidades, a ideia de poder ajudar a instituição passou a ser um projecto do grupo.
A partir daí pensaram o que fazer para atingir este fim. Estão já a vender rifas com diversos prémios, além das actividades programadas.
Já estiveram na instituição por diversas vezes, a última das quais num magusto com os miúdos. “São putos muito simpáticos, muito queridos”, diz Dora Conde, outro elemento da Associação.
No início de Dezembro, será lançado um calendário de bolso, para 2006. Haverá várias versões, com diferentes imagens, 12 desenhos feitos pelos meninos que vivem na Casa da Criança do Olival.
Para a biblioteca, este grupo, transformado em associação já efectuou diversos pedidos a livrarias, tendo já obtido a colaboração de duas. Além disso, está ainda a contar com o apoio de escolas, grupos de escuteiros para a recolha de livros. E adiantam que as pessoas contactadas têm sido sensíveis a esta campanha.
“Estamos a fazer isto pelas crianças porque gostamos de fazer e nos sentimos bem a fazer”, salienta Patrício Gonçalves.

O grupo gostaria de ter verba suficiente para o parque infantil, cerca de cinco mil euros, até final de Janeiro de 2006. Certos que a tarefa não será assim tão fácil, estão mais optimistas quanto à renovação da biblioteca, uma sala que terá mobiliário novo, oferecido por algumas empresas de mobiliário, de Vilar dos Prazeres.
Quanto ao parque infantil, só quando tiverem a verba completa, é que este será completa.
Quando conheceram as intenções deste grupo, na Casa da Criança ficaram “maravilhados”, conta Pedro Gonçalves.
“Começou por não ser uma associação, pensámos numa campanha” explica Raquel Vieira. Mas assim que certas tarefas se tornaram mais difíceis para um grupo de amigos, constituíram-se em associação.
A associação “Um sorriso, um amigo” está contactável através do e-mail 1sorriso1amigo@portugalmail.pt. Pode ainda conhecê-la em http://www.1sorriso1amigo.net/.
Este grupo não pretende substituir nenhuma das entidades responsáveis por esta instituição e diz estar a fazer “algo que podemos melhorar”. E fazem questão de salientar que a associação não foi criada para apoiar unicamente a Casa da Criança do Olival. Depois desta instituição, a associação “Um sorriso, um amigo” ficará atenta a outras que necessitam de apoio.
O grupo é constituído por Pedro Gonçalves, Dora Conde, Cristina Ferreira, Tiago Maia, Raquel Vieira, Patrício Gonçalves, Sónia Costa, Luís Martins, Mónica Lopes, Conceição Santos, Alexandre Rodrigues e Margarida Oliveira.


Actividades
São várias as actividades previstas por este grupo de amigos até ao final do ano, para angariar fundos. A primeira das quais realiza-se já domingo, 27 de Novembro. A partir das 12h30, realiza-se um almoço convívio, na Associação Fontaínhas de Seiça. Além do almoço haverá um espectáculo de Sevilhanas e a actuação da banda “B4” de Urqueira. Durante a tarde haverá jogos tradicionais. As inscrições podem ser feitas através dos telemóveis 962968581, 916096974, 936636727, até hoje, 25 de Novembro. As crianças até 9 anos, pagam três euros, as crianças entre os 9 e os 12 anos, pagam 5 euros; e os adultos, sete euros.
A 30 de Novembro, haverá uma Festa de danças latinas, no bar, Monges de Cister, em Caxarias. Na altura, haverá apresentação de coreografias.
A 7 de Dezembro, desta feita no Palheiro bar, em Alqueidão, haverá um concerto com a actuação de várias bandas, entre as quais “The Peorth”.
A 10 de Dezembro, o grupo de teatro Apollo – Centro Cultural e Recreativo de Peras Ruivas apresentará a peça “A derrota do Kid Labaredas”. O bilhete de entrada é um livro de literatura infanto/juvenil para a biblioteca.


Casa da criança
A Casa da Criança, é um Lar Residencial para Crianças e Jovens pertencente à"Sociedade de Promoção Social - Obra do Frei Gil", Instituição Particular deSolidariedade Social, sem fins lucrativos, fundada em 1942 por Frei GilAlferes. A finalidade da instituição é o acolhimento e protecção de crianças e jovens,que no seu meio de origem se encontravam em risco, dirigindo a sua acção parasituações de falta de recursos económicos, abandono, negligência ou maus-tratosfísicos/psicológicos.

O Lar situa-se em Aldeia Nova, freguesia do Olival, concelho de Ourém, e acolhe actualmente 39 Crianças e Jovens do sexo masculino, com idades compreendidas entre os 06 e os 25 anos.

Associação Amigos da farra comemora primeiro aniversário


Um instrumento feito pelo próprio tocador. Arnaldo Pereira, 74 anos, vindo de Alcanede, trocou um pífaro feito por ele. E este instrumento tem escrito “uma vida ao serviço do folclore”, porque Arnaldo Pereira é já conhecido nesta zona, porque, nas andanças da música passou pelo Rancho Folclórico de Fátima.
Além deste tocador outros se sucederam, com instrumentos diversos: Saxofone, acórdão, pífaro, realejo, reco, viola, harmónio, flauta transversal foram alguns dos instrumentos tradicionais cujos sons foram ouvidos numa tarde que serviu para recordar sons e canções de outros tempos para uns, que outros ouviram pelas primeiras vezes.
24 tocadores de instrumentos tradicionais participaram no primeiro encontro nacional, organizado pela Associação “Amigos da farra” que comemorou a 20 de Novembro, o seu primeiro aniversário.
Mais de 400 pessoas passaram, ao longo da tarde, por uma festa que se prolongou por cinco horas, num palco, na sede da Associação, no Lagarinho.
Tocadores de diversas idades, dos 16 aos quase 80 mostraram como as diversas gerações se entendem através da música, vindos de Barquinha, Torres Novas, Caranguejeira, Pombal, Tomar, Ansião, Abiúl, Alcanede.
Do concelho de Ourém, os tocadores vieram de Pedrerneira, Montelo, Fátima, Zambujal, Vale da Perra, Ourém, Fontainhas de Seiça, Vale Travesso e Valada.
Este encontro serviu também para conquistar estes participantes, António Ferreira, um dos elementos do grupo “Amigos da farra”, com seis anos de actividade e apenas um como associação recorreu a outras associações para que poder contactar os participantes.
Na próxima realização, António Ferreira pretende duplicar o número de tocadores de instrumentos tradicionais. Para isso gostaria de o fazer numa sala maior de forma a proporcionar a um maior número de pessoas, este convívio e espectáculo. O objectivo deste responsável é também trazer um grupo de tocadores de concertina do norte do país.
Durante a festa do primeiro aniversário, salienta este responsável, “travámos conhecimentos com muitos que vieram de longe e que conhecíamos através da rádio”, do programa de Lélita, na ABC rádio.
A caminho do segundo ano de existência, enquanto associação, os Amigos da farra pretendem “continuar o trabalho que temos vindo a fazer”, o encontro com aqueles que são mais desprotegidos. Além disso estão a preparar um novo álbum de temas. A partir de Março, o grupo irá para estúdio para gravar um CD com novos temas e outros mais antigos.

Assembleia Municipal
Eram três os pontos que se previam poder ocupar mais tempo aos deputados municipais na reunião da Assembleia Municipal da passada sexta-feira: o estatuto remuneratório das Empresas Municipais (EM), a 1ª revisão ao Orçamento e um empréstimo a longo prazo, contrair pela autarquia, para projectos co-financiados pela UE. E, de facto, foram estes os pontos que motivaram discussão.

David Catarino explicou a intenção de substituir os órgãos administrativos das Empresas Municipais e dar “um passo em frente, em termos de competências”. Usando como exemplo a questão do Inglês e das refeições no 1º ciclo, Catarino afirma concordar com as decisões tomadas pelo Governo nesta área, mas considera que estas provocam nos municípios algumas necessidades de alterações implicando a passagem de competências para as Empresas Municipais.
A VerOurém vai ter a seu cargo a gestão de todos os equipamentos culturais e desportivos do município e, para além de outras atribuições que já detém, vai ser responsável pela distribuição de refeições para as escolas e jardins-de-infância de toda a área do município.
A AmbiOurém tem já a seu cargo os sistemas de saneamento, a assistência às escolas, a manutenção de jardins e espaços verdes e é intenção da autarquia que abarque também toda a execução de obras por administração directa.
O novo estatuto remuneratório prevê, assim, um presidente do Conselho de Administração, a tempo inteiro, auferindo um salário equiparado à de Director de Departamento na Câmara Municipal, sem direito a verbas para despesas de representação; um vogal do Conselho de Administração, representante do executivo, não remunerado e um 2º vogal com ¼ da remuneração de Director de Departamento.
Resta dizer que o salário de um director de Departamento é de 2 759,93 euros.
Sérgio Ribeiro (CDU) votou contra a proposta porque ela abarca também a Sociedade de Reabilitação Urbana da Cova da Iria, em fase de constituição e, como recordou o deputado municipal, nada garante que ela se venha a constituir como Empresa Pública e só nesse caso competiria à Câmara propor o estatuto remuneratório.
A bancada socialista absteve-se considerando que se a criação de empresas municipais é da responsabilidade política do executivo, há que não esquecer que a sua função é a de servir os munícipes. Por isso, o PS defende que se deve evitar a sua partidarização, escolhendo para a direcção “as pessoas mais competentes”.

Revisão do Orçamento
Segundo Catarino a necessidade de Revisão do Orçamento impõe-se devido ao elevado volume de investimento dos “últimos dois anos, a maior parte dele com fundos comunitários, associados a intervenções não previstas”. E dá o exemplo das obras de saneamento em Fátima, da candidatura aprovada para dotar os Jardins-de-infância de acessos à Internet, de obras em edifícios escolares, etc., que “levaram a dificuldades de gestão do orçamento municipal. Face a esta situação e também para criar “condições para alguns investimentos importantes e inadiáveis como o fornecimento de refeições às crianças do 1º ciclo do ensino básico, a criação da SRU, da Cova da Iria e a aquisição de terreno para o Jardim de Infância de Ourém” foi aprovado por maioria a 1ª revisão do orçamento.
Sérgio Ribeiro (CDU) afirmando ter “muitas dúvidas” e “muitas reservas” expõe algumas. Entre estas, quer saber que expressão têm nos valores propostos os exemplos dados e as necessidades apontadas. Quer saber quais as obras e as datas em que ocorreram determinadas despesas bem como quer ver especificadas determinadas atribuições de verbas, etc. Votou contra por estes motivos e também por não ter votado (por que não pertenceu ao anterior elenco da AM) no orçamento que deu origem a esta revisão e que, afirma “se revela tão pouco rigoroso).
Para o grupo socialista, “esta revisão orçamental mostra bem o estado a que a gestão da Câmara chegou”. Afirmam-na “endividada até ao limite”, a inventar “receitas para poder dar cobertura a despesa e mais despesa”. Quanto às receitas, afirmam os socialistas que só agora ficaram a saber que “afinal os 2,5 milhões de euros de financiamento privado assumido pela reitoria do Santuário de Fátima, não se destinam ao pagamento das expropriações, mas são, em grande parte, para financiar o túnel junto à nova igreja”, pelo que querem saber quem pagará as expropriações e o alargamento da Avenida.
Tecendo considerações sobre a revisão, dizem os deputados socialistas que “a continuar a ser gerida assim, a CMO será ingovernável, estará falida” e por isso votaram contra.
Para além de David Catarino, a defesa desta revisão teve outro protagonista. Ângela Marques, a chefe de gabinete do presidente, agora membro também da AM.
Atribui a necessidade de revisão, em boa parte, a medidas como a de implementação do Inglês no primeiro ciclo, “em cima da hora: refere depois que o maior aumento de despesa se refere a rubricas de saneamento e salubridade.
Chega depois o momento de criticar a oposição. Ângela Marques recorda que o orçamento aprovado no ano passado contou com os votos contra do PS, dizendo que a argumentação então era a de que, citou, “quando se olha em termos plurianuais, a palavra é adiar, adiar, adiar. E porque não queremos um concelho adiado não podemos votar favoravelmente”. Diz agora Ângela Marques que “não se quis adiar” e por isso se avançou com obras “da concordância da bancada socialista” e volta a cita exemplos ao tempo apresentados pelo líder da bancada do PS.

Empréstimo para saneamento
A AM aprovou a contratação de um empréstimo bancário, a longo prazo, pela autarquia, no montante de 912 776.42 euros, destinado à despoluição das bacias hidrográficas do rio Lis e Ribeira de Seiça. O empréstimo foi contratado com a Caixa Geral de Depósitos por ser a entidade bancária que apresentou a proposta mais económica para a autarquia.

Representantes
Nesta reunião foram eleitos os representantes das Juntas de Freguesia na Assembleia Distrital tendo ganho a lista apresentada pelo PSD, composta pelo presidente da Junta de Freguesia de Matas, como presidente e por Natálio Reis, presidente da Junta de Freguesia de Fátima, como suplente. Derrotada foi a lista do PS que apresentava Ana Abreu (Gondemaria) para a presidência e Elias Silva (Alburitel), para vogal.

Da “poesia que se vê” para a “poesia que se lê”

“Telas Branco & Negro” é o título do novo livro de Jorge Melo, acabado de editar pela Som da Tinta e apresentado na livraria no sábado passado. Trata-se de um livro de poesia com ilustrações do próprio autor.
A apresentação da obra e do poeta/ pintor, esteve a cargo de Sérgio Ribeiro. Começou por apontar a obra de Jorge Melo como a catarse do autor que é também médico cirurgião. E brincando um pouco com os versos de Pessoa, diz Sérgio Ribeiro, e escreve-o no prefácio da obra, que “Se o poeta é um fingidor, / os médicos que são poetas não mentem/ Sofrem deveras a dor/ que os outros sentem”. Considera que em Jorge Melo é evidente a “atenção às palavras” aliada à vertente plástica, através das gravuras que surgem como “parte intrínseca do que quer dizer”. Da sua interpretação da obra, Sérgio Ribeiro conclui que “o autor menos-valoriza o som das palavras. Atribuiu todo o significado à imagem, ao grafismo (ao marcar espaços que não os rotineiros, ao dividir a frase na mudança de linha, no que sublinha ou põe em negrito), mas não tanto à sonoridade”.
Por outro lado “Jorge Melo é autor que não poupa o leitor. Tudo carrega de fundo significado. E se o que nos é dito é carregado de significado, por vezes no recôndito das mensagens, no mais escondido das confissões, no mais codificado das palavras, as imagens que Jorge Melo usa são muitas e ricas. (…) Palavras e mensagens como as do tempo, dos espelhos (que alteram o rumo ou os rumos), da solidão, de um casaco dependurado nas paredes do tempo e que flutua, do ventre, dos verbos parir e sangrar”.
E embora não tenha falado, mas sim lido poesia, a poesia de Jorge Melo, o seu amigo e também ele poeta, David Teles Ferreira escreveu o “escrito que vem no fim, mas se recusa a ser posfácio”, fala do poeta/pintor. Recorda que o conheceu como “poeta da poesia que se vê” (a pintura) e hoje ele assume-se também como “poeta da poesia que se lê” (a palavra). E porque, afirma Teles Ferreira, não são os poetas que escolhem a poesia, mas sim a poesia que escolhe os poetas, foi a poesia que envolveu Jorge Melo, “como uma onda de maré-cheia ou turbulento rio, o despiu na agitação e fúria das águas-palavras, para depois o depositar na praia nu como um naufrago ou um poeta”.
Acredita que “é assim que surge esta poesia em espiral, esta busca persistente e constante no mais fundo de si próprio. E a constatação de que, como todos os poetas, como todos os verdadeiros poetas e ‘outros homens loucos’, como todos os que insistem na diferença, está “na contra mão da vida”.
Por fim, impõem-se as palavras do autor, também elas lidas porque escritas na obra:
“… todas estas folhas de páginas que se escrevem quase com uma vontade própria reúnem-se num formato que por acaso resultou num livro… cada página é um fragmento, cada fragmento um pedaço do todo, da forma! Provavelmente perdurará dependurado numa prateleira, como um casaco dependurado no tempo à espera de ser vestido por uma qualquer alma sedenta… assim o será, lido, sempre que a alma precisar de um espelho, sempre que estilhaços de uma vida precisem de se reunir num formato que por acaso é uma vida, sempre que uma vida precise de se ler na agonia da escolha dos estilhaços”(…).

Simara apresenta o seu livro em Ourém
Jacinta Marto – Uma História de Fé


Simara é devota de Fátima e explica que o interesse pela vida da pastorinha surgiu após um grave acidente que a deixou em coma

Simara veio a Ourém, na tarde de sábado passado, para apresentar o seu livro “Jacinta Marto – Uma História de Fé), numa organização da livraria Saber Antigo.
A apresentação decorreu na Casa dos Magistrados onde a conhecida brasileira manifestou satisfação por Ourém ser o primeiro local de apresentação da obra, visto tratar-se do concelho onde nasceu Jacinta Marto, uma das pastorinhas de Fátima, por quem a autora revela ter grande fé. Aliás, como referiu Simara, na obra podemos encontrar várias referências concelhias.
Disse ainda tratar-se de uma obra despretensiosa, escrita “num português estragado, que é o meu”, afirmou. Com humildade, Simara afirma não ser escritora, apenas “uma pessoa que teve a sorte de, em dado momento da vida, ter encontrado Jacinta”.
Mas a autora começa, na apresentação como no livro, por fazer algumas referências pessoais e familiares, onde se destaca a sua formação no seio da religião católica. Diz Simara que, sem nunca ter abandonado a sua fé católica, foi-se afastando, por contingências da vida das práticas religiosas e terá sido um grave acidente que reavivou a chama da sua fé. Encontrava-se em Espanha quando, “ao descer no elevador, ele cai do 19º andar. Diz que nessa altura viu passar pela cabeça, toda a sua vida e uma das imagens é a da porta da rua da Estrela nº 17 e de um padre rezando missa, a que chamavam Padre Gino Buresi.
Da morada na rua da Estrela, Simara diz que já antes se sentira atraída por aquela porta. Do padre afirma que nunca ouvira falar. Porém, afirma que, instintivamente pede a ambos que a salvem.
Hospitalizada, afirma ter-se seguido um longo período de agonia física e psicológica e quando finalmente recebeu alta médica, os médicos acreditavam que ela não melhoraria mais. Engordara 45 quilos, usava canadianas, ficara gaga e com problemas de integração.
Recorda que, durante os tratamentos, sempre falara da rua da Estrela, perguntando-se o que seria aquela casa que estava constantemente no seu pensamento e o padre que nem sabia quem era nem onde o podia encontrar. E isso, tornou-se uma obsessão para Simara pelo que mandou investigar o nome do padre tendo descoberto ser um padre que estava em Roma, na Igreja de N. S. de Fátima, muito conhecido porque, quando rezava missa, lhe apareciam os estigmas de Cristo.
Assim, acabou a escrever ao padre contando o acidente e a forma como então surgira na sua mente. Respondeu-lhe então o padre, escrevendo também uma carta dizendo que iria rezar por si.
Quanto à casa da R. da Estrela, afirma Simara que ainda de canadianas, decidiu ir ver do que se tratava. Descobriu tratar-se de um convento de clausura onde se encontravam três freiras idosas da congregação Clarissas do Desagravo, que viviam de caridade mas que “pouca caridade recebiam” porque a sua clausura fazia com que pouca gente soubesse que ali estavam. Ficou então a saber que as freiras ali se encontravam há muitos anos, sendo as guardiãs do local onde Jacinta Marto havia estado enquanto aguardava internamento no hospital de D. Estefânia. Ali viu o quarto que havia sido o de Jacinta, conservado como à época da estada da pastorinha.
E aqui começa uma longa história. Simara começa a levar, regularmente, mantimentos às irmãs Clarissas e vai, através delas, recolhendo muito do material que serviu para a elaboração do livro que agora editou. Porém, não se ficou por aí. Foram 10 anos de investigação que a trouxeram também a Ourém, onde conhece a família do Conde de Alvaiázere, personagens importantes, também, para a sua investigação.
Esta obra é pois um testemunho, feito de muitos testemunhos, uns directos mas a maioria que passaram de geração para geração, das vivências, e não apenas, de Jacinta Marto. Mas é também um testemunho de Fé, escrito com a paixão de quem não duvida que a sua vida se deve à pastorinha de Fátima.

Casos de Polícia

Área da PSP
Ficaram a aguardar julgamento em prisão preventiva dois (2) indivíduos, de 17 e 18 anos de idade, por sobre os mesmos recaírem fortes suspeitas de serem os autores de quatro (4) roubos praticados em Fátima, no período de 27 de Setembro a 04 de Outubro do corrente ano.
As vítimas, quase sempre jovens, eram ameaçadas na rua com bastões extensíveis e obrigadas a entregar-lhes os telemóveis e o dinheiro que traziam. Inclusive, a uma das vítimas roubaram-lhe os ténis que calçava.
Iniciadas as investigações, os agentes da Brigada de Investigação Criminal (BIC) da PSP de Fátima conseguiram reunir provas suficientes contra os suspeitos e, no passado Sábado, munidos de dois mandados de detenção e um de busca à residência de um terceiro suspeito, procederam às detenções e recuperaram diversos artigos furtados avaliados em mais de € 10 000.
Grande parte dos artigos recuperados pela PSP são provenientes de furtos a obras de construção civil, a que os suspeitos também se dedicavam na zona de Leiria, onde residem. Ouvidos hoje em primeiro interrogatório judicial no Tribunal de Ourém, os dois presumíveis autores dos roubos recolheram ao Estabelecimento Prisional de Leiria até ao julgamento, enquanto o terceiro ficou com termo de identidade e residência
Sexta-feira, dia 18, um automóvel que circulava no sentido Leiria – Ourém, à entrada na cidade, na ponte junto ao espaço onde está prevista a construção do Intermarché, despistou-se, embateu no muro e acabou por capotar ao cair na ribeira. O seu condutor, um idoso de 82 anos teve que ser ajudado para sair, pela mulher e por outras pessoas que se deslocaram ao local. Segundo informações recolhidas pelo N.O. o acidente podia ter sido fatal, não pela queda mas por afogamento. Apesar da pouca água da ribeira, a verdade é que o condutor ficou virado ao contrário, preso pelo cinto, com o nariz submerso. Mas graças à ajuda recebida, ficou-se pelo susto, algumas escoriações leves e claro, a chapa batida.

Área da GNR
Dia 14, de uma colisão entre dois ligeiros, em Óbidos, Olival, resultaram danos materiais; no Caneiro, o despiste de um ligeiro provocou um ferido leve e na Póvoa, Freixianda, da colisão entre um pesado e um ciclomotor, resultaram danos materiais.
Dia 15, o despiste de um ligeiro, em Fontaínhas de Seiça, causou danos materiais. O mesmo resultado teve uma colisão entre um ligeiro e um motociclo, no Vale de Leiria, Atouguia.
Dia 16, o despiste de um motocultivador em Óbidos, Olival, provocou um morto e um ferido grave.
Dia 18, de uma colisão entre dois ligeiros, na Gondemaria, resultaram danos materiais; o despiste de um ligeiro na Ramila, Fátima, causou dois feridos leves e também um despiste mas de um pesado, na Cavadinha, Urqueira, provocou danos materiais.
Dia 19, de uma colisão entre dois ligeiros, no Lagarinho e do despiste de um ligeiro no Pinheiro, resultaram danos materiais. Outro despiste de ligeiro, mas na Atouguia, causou um ferido leve.
Dia 20, uma colisão entre dois ligeiros, em Peras Ruivas, Seiça e outra idêntica em Fátima, causaram danos materiais.
Dia 21, também danos materiais foram o único resultado de uma colisão entre ligeiros, em Alburitel.

17 novembro 2005

Casos de Polícia
Foi detido um indivíduo de nacionalidade ucraniana, de 22 anos, do sexo masculino, por invasão de propriedade alheia e agressão a dois indivíduos, em Caxarias, a 7 de Novembro.
O indivíduo foi presente a Tribunal, o inquérito está a ser efectuado sendo o processo da responsabilidade do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, de Leiria.
Um ferido leve é o resultado de uma colisão registada entre dois veículos ligeiros de mercadorias.De um despiste de um veículo ligeiro, registaram-se apenas danos.
A 8 de Novembro foi apresentada queixa por violência doméstica. O autor está identificado. No mesmo dia foi apresentada queixa por danos em propriedade, nomeadamente por arranque de marco. O autor está identificado.
Uma terceira queixa, desta feita também por danos em propriedade foi também apresentada. O autor foi também identificado.
A escola primária do Olival foi assaltada. Os assaltantes arrombaram a porta das traseiras e entraram na escola. Beberam dois pacotes de leite e levaram três pacotes de leite. Espalharam alguns objectos pelo chão e não levaram mais nada. A fechadura da porta já foi substituída.
Uma colisão entre dois ligeiros em Fátima provocou danos materiais. No Alqueidão, em Seiça, o choque entre dois ligeiros resultou em danos materiais.
Em 10 de Novembro, foi apresentada queixa por furto de documentos no interior de um veículo. O valor e autor do furto são desconhecidos. No mesmo dia foi ainda apresentada uma outra queixa, por violência doméstica. O autor foi identificado.
Foi apresentada queixa por furto em interior de residência, em Atouguia, a 13 de Novembro. O valor do furto e o seu autor são ainda desconhecidos.
Uma colisão em Óbidos, Olival, entre dois ligeiros, a 14 de Novembro, provocou apenas danos materiais. Já de um despiste de um veículo ligeiro em Nossa Senhora das Misericórdias resultou um ferido leve.
Uma colisão entre um veículo pesado e um ciclomotor em Póvoa, Freixianda resultou em danos materiais.
Alternativo bar
Este fim de semana, no Alternativo bar, a animação de sexta-feira, 18 de Novembro estará a cargo de Carina Oliveira, na voz; Sérgio Poupado no saxofone; Pedro Cruz no piano; Noé Gonçalves no contrabaixo e Diogo Poupado na bateria. No Sábado, os Declínios, entram em palco, a partir das 22h30.
Feira de Natal em Espite
É uma mostra com venda de produtos alusivos ao Natal. Doces, licores, arranjos florais, pinturas, bordados entre outros podem ser vistos e comprados numa exposição de artesanato que estará patente nos dias 8, 10, 11, 17 e 18 de Dezembro, no mercado de Espite.
Nesta terceira edição da Feira de Natal estão já garantidas as participações da Escola do primeiro ciclo do ensino básico de Espite, Jardim infantil de Espite e Centro Social e Paroquial de São João Baptista bem como de artesãos da freguesia.
A inauguração está prevista para 8 de Dezembro, pelas 15h30. pode ser visitada das 15h às 20h aos sábados. Aos domingos, estará aberta ao público das 9h às 12h e das 15h às 19h.
A iniciativa é de duas artesãs de Espite em colaboração com a Junta de Freguesia, escolas e Centro Social e Paroquial de São João Baptista.
Jacinta Marto – Uma história de fé

"Jacinta Marto – Uma história de fé", é o livro da escritora Simara que será apresentado amanhã, 19 de Novembro, pelas 16h30 na Casa dos Magistrados. A editora e livraria Livraria Saber Antigo é a responsável pela apresentação da obra.
O livro "Jacinta Marto – Uma História de Fé" retrata a vida da pastorinha Jacinta Marto, a qual tem de alguma forma, "iluminado" o percurso de vida de Simara, como a própria refere.
Telas branco e negro

"Telas branco e negro" ou (lacrimas profundere) é o livro de Jorge Melo, também pintor que será apresentado amanhã, 19 de Novembro, na livraria Som da Tinta. A obra é de poesia e contém ilustrações do autor. Durante a apresentação do livro serão declamados poemas do livro, por David Teles Ferreira
A edição desta obra é da Som da Tinta. A partir das 17h na livraria Som da Tinta.
"Ourém em estórias e memórias"

São estórias e memórias da geração de 50 e 60, num livro que Luís Vieira lança agora. Este oureense, professor universitário junta diversos textos, de diferentes autores sobre assuntos variados. O resultado é um livrinho, de 150 páginas de texto com algumas fotografias. Os textos são de Ana Prata, Júlio Henriques, Luís Nuno, Marco Jacinto, Zé Quim e Zé Rito.
Balada do Largo de Castela, Estórias do Colégio, A feira nova, Praça dos carros, Avenida, Os bombeiros, Noites de Ourém, À volta de Ourém, Crescer, Estúdios Trine, Os pasquins, 25 de Abril, Crónica da Destruição de Ourém e Em forma de conclusão são os 14 capítulos desta obra que contêm crónicas da vida de Ourém nestas décadas. Crónicas que arrancam um sorriso ao leitor e que fazem conhecer melhor a rua de Castela, a própria Ourém e os percursos de vida daqueles que escrevem os textos. Pode ainda conhecer-se as expectativas em relação ao futuro, no penúltimo capítulo. É ali que se fala de uma certa "tristeza" e se "amaldiçoa" a Ourém que se deixa aos jovens, adianta Luís Vieira, ao Notícias de Ourém ele, que também foi um dos colunistas deste jornal, antes do 25 de Abril.
"Não é um livro de conhecimento histórico embora possa ser aproveitado nesse sentido", escreve Luís Vieira. É "leve, brincalhão, por vezes extremamente lúgubre e saudosista. Por ele passam muitos dos problemas que aquela geração terá sentido, nele estão presentes muitas figuras que em Ourém terão saído do anonimato (sem preocupação de rigor ou de listagem completa)", conclui.
Este livro foi lançado agora, a propósito do vigésimo "Convívio do Poço", realizado a 5 de Novembro de 2005. Os amigos de longa data, reuniram-se num dia de reencontro, convívio, amena cavaqueira, recordações e animação.
Na sua génese, "O poço" começou por ser um grupo de jovens rapazes de Ourém. Juntavam-se para jogar algum jogo e conversar, uma espécie de tertúlia. E faziam-no em círculo, cientes que os assuntos ali tratados não deviam expirar dali, numa espécie de "código de silêncio". Daí o nome "O Poço".
O poço é agora uma "recordação" onde são recordadas "estórias" de Ourém, de cada um, contrabalançadas com os comentários sobre a vida, hoje.
Competências certificadas
O Centro de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências da Escola Profissional de Ourém vai entregar os certificados do 6.º e do 9.º ano a 107 adultos que obtiveram aquele grau de escolaridade através do reconhecimento das competências adquiridas ao longo da vida.
A cerimónia realiza-se a 28 de Novembro, pelas 21horas, na sede da EPO, em Ourém, com a entrega dos diplomas. Nessa altura será realizada uma mesa redonda, com cinco adultos que fizeram o processo e que transmitirão a sua perspectiva acerca do mesmo e os ganhos obtidos após a certificação.
Neste momento especial comemorar-se-á também o quarto aniversário do Centro RVCC de Ourém que à data presente contribuiu já para a certificação de 579 Adultos.
O CRVCC da EPO é um dos 91 centros existentes no país; iniciou o seu funcionamento a 28 de Novembro de 2001 sob tutela da ANEFA-Agência Nacional de Educação e Formação de Adultos, actual Direcção Geral de Formação Vocacional do Ministério da Educação (Portaria n.º 1082-A/2001 de 5 de Setembro).
"Numa altura em que se prevê o alargamento da rede de Centros (de acordo com informação veiculada pelo primeiro-ministro) esta ocasião constitui uma oportunidade de dar a conhecer o sistema de reconhecimento de competências ainda pouco conhecido do grande público", refere a responsável pelo CRVCC, Sofia Ferreira.
Procura de Deus

"Deus, Amor infinito, que sacia completamente a minha alma, sem deixar nela vazio algum. Era o que eu procurara toda a vida". Foi esta resposta que encontrou em Setembro de 1943, altura em que decide mudar de vida.
O encontro com Chiara Lubich, mais tarde fundadora do Movimento dos Focolares, fá-la ver uma luz enorme:" Deus, Amor infinito". E isto de forma que a completava: Ao longo da conferência realizada a 9 de Novembro, no Centro Pastoral Paulo VI, durante os trabalhos do Congresso Internacional para a Nova Evangelização, Graziella de Luca salientou a necessidade que teve de se dar a Deus por inteiro.
"O Santuário reza convosco, para que Deus vos conceda o calor de espírito e a bênção de luz e paz", foram estas palavras de acolhimento às centenas de congressistas feitas Monsenhor Luciano Guerra, reitor do Santuário de Fátima, no seu testemunho, neste dia de trabalhos em Fátima.
Apontando o Santuário de Fátima como local ideal para a Nova Evangelização, sublinhou a urgência de uma acção deste género numa Europa onde se misturam cada vez mais doutrinas e cultos, sob o constante problema da salvação eterna.
Num discurso onde o conceito de "Luz" serviu de pano de fundo, o reitor dirigiu a todos os congressistas uma mensagem especial: "A salvação está na cruz. Quem quiser chegar à luz, terá de passar pela cruz. Aos europeus que ainda ousam carregar a cruz de Cristo, Nossa Senhora de Fátima concede um lugar especial."
Aos participantes foi entregue um terço, benzido ali, pelo bispo da diocese de Leiria-Fátima, com as insígnias deste congresso gravadas. Um terço que foi usado durante a oração, à tarde, na Capelinha.