26 abril 2007

Notícias de Ourém, 27 de Abril de 2007

Fazer o bem sem olhar a quem: Visita guiada ao «inferno»


Mil sandes de carne, muitos pacotes de leite e de sumos e muitas laranjas, foram a bagagem de um grupo de escuteiros do norte do concelho que, no sábado à tarde, rumaram a Lisboa com uma missão bem diferente das actividades que costumam desenvolver e que, com certeza, tão cedo não esquecerão. Juntamente com as equipas da Comunidade Vida e Paz, os nossos jovens do Agrupamento 1263, da Ribeira do Fárrio, distribuíram, durante cerca de seis horas, na noite de sábado para domingo, alimentos aos sem-abrigo da capital.
O Notícias de Ourém, convidado, participou nesta acção que mostrou aos jovens a cidade que se esconde por trás dos cartazes turísticos.
A ideia surgiu dos próprios jovens que manifestaram vontade de realizar esta actividade. Para tal contactaram a comunidade Vida e Paz, através do professor Josué Quartau que já anteriormente havia organizado participações idênticas com turmas de alunos seus.
Pediram o pão e a carne em talhos e padarias. Nas igrejas houve colectas de leite e de dinheiro que permitiram comprar o que faltava e familiares ofereceram as laranjas.
Adquiridos os bens havia que cozinhar os 80 quilos de carne, o que foi feito no salão da Junta de Freguesia do Fárrio. Às 17 horas de sábado estava marcado o encontro junto à escola secundária de Ourém, de onde partiram duas carrinhas carregadas com os jovens e com os mantimentos, uma emprestada pela Quercus e outra pela OuremArte.
Já em Lisboa fomos recebidos por elementos da Comunidade e, na sede de Alvalade, distribuíram-se os alimentos por três carrinhas. Cada uma iria fazer uma volta pré-estabelecida, a mesma que fazem todos os dias mas, desta vez, duas das equipas da comunidade levavam consigo a companhia dos jovens oureenses.
Jovens que, logo após a primeira paragem, questionavam as suas próprias condutas ao exigirem roupas de marca e ao recusarem certos alimentos. É que perceberam o quão importante pode ser para alguns seres humanos, apenas, uma sandes.
Não havia dúvida, pelos rostos sem tempo que nos surgiam em cada paragem, que para muitos aquela era a única refeição do dia.
A primeira paragem trouxe junto de nós, sobretudo, toxicodependentes. Alguns, olhos vagueantes, perdidos num drama só seu, que a droga deixa esquecer. Um ou outro com ar mais andrajoso, mas, a maioria, jovens normais, tão iguais àqueles que ali lhes estendiam a mão! A maioria recolhia o seu quinhão depois de dar as boas noites e continuava no seu caminho para lado nenhum, após um obrigado quase mecânico, muitas vezes de olhos postos no chão. Ficámos todos espantados pela forma educada como se nos dirigiam. Com alguns chegávamos à conversa, embora fosse evidente algum constrangimento face ao inesperado de haver muito mais gente do que a costumada nesta ronda amiga. Nas poucas conversas, titubeantes, adivinhávamos, mais que ouvíamos os dramas de vida, sempre tão diferentes e tão iguais, que cada um daqueles rostos escondia.
«Guarda para a menina»
E não foram os mais andrajosos, os mais jovens ou mais velhos que mais nos impressionaram.
A determinada altura chega-se uma jovem que diríamos na casa dos 30 anos, mas que também poderia ser dos vinte. A droga troca as voltas ao tempo e perde-se a idade. Recebeu a sua parte e partiu para voltar logo a seguir com o companheiro. Havia sido dia de festa na comunidade e, por isso, a acrescer aos bens levados de Ourém, cabia ainda um chocolate em cada ração. Quando o companheiro ensaiou um gesto que poderia ser de recusa do chocolate, ouvimos a rapariga dizer: «guarda, é para a menina. Também guardei o meu». E lá seguiram. Mas voltaram. Junto a si uma pequenita que teria uns 7, 8 anos de idade. Bonita, limpa…, logo atrás uma outra, envergonhada, como que forçada a deslocar-se ali, talvez porque, mais velha, com uns 12, 13 anos, já tinha outro entendimento da realidade em que vivia. Metemos conversa com elas. A mãe perguntou se elas também podiam receber a dádiva. Claro que sim. A mais pequenita vinha a comer um dos chocolates que déramos a um dos progenitores. Ali ficamos, olhando aquelas meninas e, naquele momento, não foi o presente que nos atormentou. Foi a projecção do futuro. Esse seria o motivo dos comentários dentro da carrinha, depois, quando nos deslocávamos para um outro ponto da cidade escondida. Uma inquietação que permanece… e que dói.
O caminho foi prosseguindo. Nem sempre eram de toxicodependentes, as mãos que se estendiam. Tantas, ou mais, eram de vidas arrastadas pelo álcool. Aqui e ali, um mais esfuziante, contava-nos a causa da perdição. Tantas e tantas razões sem razão. Teias emaranhadas, sempre dramas profundos que tiraram a força para continuar a luta do dia-a-dia.
E os nossos jovens iam percebendo a dureza destas vidas sem rumo e, quase sempre sem esperança.
Depois havia outro tipo de mãos estendidas. As dos imigrantes, sobretudo brasileiros e de leste. Neste caso não pode considerar-se, propriamente, a condição de sem abrigo. Embora haja casos de ilegais escondidos na noite da cidade escondida, a verdade é que a maioria dos que connosco se depararam contavam-nos que viviam em comunidade, alguns com trabalho, mas aproveitavam aquela refeição para poupar um pouco mais do pouco que ganham para poderem enviar às famílias que, lá longe, vivem a espera. Também aqui o álcool faz das suas. Mas é sobretudo nos emigrantes do leste que encontramos os mais predispostos à conversa. Evidencia-se a solidão dos dias vividos na memória das famílias distantes, dos dias antes da partida em busca do oásis que bem depressa se mostrou ser um deserto árido onde por vezes faltam as forças para continuar. Pedem roupas, agasalhos.

«Não há um cobertor?»
Fora das vielas negras e escondidas, nas avenidas com lojas de marca profusamente iluminadas, em vãos das montras, estendidas em cartões, encontramos muitas outras vidas errantes que, em busca do nada, dormentes, ainda encontram forças para um agradecimento às mãos que ali deixam um pequeno conforto na noite. Continua a espantar-nos a educação, a solicitude com que nos recebem, sem revoltas evidentes, numa aceitação tão calma como aquela com que aceitam o seu estado, a vida que perderam um dia, já nem sabem como.
Alguns erguem o rosto enrugado e sem idade e perguntam se «não há um cobertor». Dizem-nos os nossos acompanhantes da comunidade que os cobertores são bens preciosos neste sub-mundo. Roubam-nos uns aos outros e muitos apenas se cobrem com um papelão. Uma caixa desmanchada de um qualquer electrodoméstico, (talvez um aquecedor) cuja embalagem ajuda ali enganar o frio. Outros há que, com essas caixas, constroem verdadeiros bunkers que lhes servem de lar.
Aqui são os velhinhos, aqueles que trabalharam toda uma vida e agora nada têm, quem mais choca. Os novos também, mas nesses conseguimos ainda acreditar que se quiserem, um dia, se agarrarem com força alguma mão daquelas que todas as noites se estendem, poderão reencontrar-se. Mas os velhinhos…
Encontramos um, alcoolizado, que só com muita dificuldade conseguimos tirar da estrada. Queria morrer, repetia. Estava farto da vida. E contou-nos aquela que um dia teve. Brasileiro, fora escrivão judicial em Angola. Agora anda perdido nas ruas de Lisboa a sonhar com o filho «bonitão» lá no Rio. Com a mulher que o deixou. Diz receber uma pensão social de 150 euros, mas «paga renda de 160 euros de um quarto, no Bairro Alto». Por isso, na maioria dos dias não come. Agradece muito o pão que recebe e é para nós, não para si, que pede a ajuda de Deus. Porque acredita que Deus existe mas acredita também que se esqueceu dele. Por isso, tem a certeza, que «a vocês Deus vai ajudar». Um dos voluntários da Comunidade sente que tem que ajudar aquele homem, completamente perdido, mas que ainda não perdeu a fé, sentindo nisso uma réstia de esperança. Dá-lhe um cartão e combina um encontro para o dia seguinte com uma carrinha que o irá buscar para lhe dar a tal ajuda porque tanto pede.
Noutro local da cidade, outro homem, outra vida a perder-se mas que parece abrir uma nesga de esperança. Fala muito. Conta-nos toda a sua vida. A desavinda com a família, os três filhos, uma menina e dois gémeos à guarda da irmã e dos ex-sogros. A necessidade de se libertar do caminho que leva para poder reencontrar os filhos. Não pede ajuda por palavras. Mas nos silêncios, entre cada frase, há uma súplica gritada. Jura que não se droga. É o álcool que o consome. Mais uma vez, depois de longo tempo de conversa, se combina um encontro com a carrinha que poderá vir no outro dia recolhê-lo para o ajudar.
E durante seis longas horas percorremos ruas e vielas da velha Lisboa onde, na noite, se movem sombras de homens e mulheres que cansados tombam num canto escuro, escondidos da própria vida, quais náufragos, sem rumo ao sabor das marés. Nuns o cheiro ao álcool quase causa náuseas, outros apercebemo-los fugidios, virando-nos as costas para que não vejamos a seringa que lhes lacera os braços. Depois voltam-se, devagar, acalmada a ânsia da dependência feroz. O pão para acalmar o estômago ocupa um secundaríssimo plano. Mas bebem muito leite. Há como que uma consciência ainda que lhes vai dizendo que é importante que o façam. Também há os que o recusam. Não podem. O estômago já não aguenta depois de tanto tempo a ser alimentado apenas por álcool.
Ao receberem a refeição, alguns ensaiam um sorriso negro, de dentes estragados, reflexos das suas próprias vidas.
Não é pena o principal sentimento a invadir-nos. É qualquer coisa mais funda, que atormenta.
«Ninguém está livre», recordam-nos os nossos companheiros de viagem. «Às vezes basta um pequeno clic para que toda uma vida se transforme e, sem saber como, cai-se neste mundo…».
Prosseguimos a viagem. Encontramos outros voluntários, de outras associações ou estudantes de psicologia que procuram mostrar caminhos ou, pelo menos, fazer-lhes acreditar que eles existem, que estão ali ao lado, para os seguir só é preciso ter a imensa força de querer. Mas querer é algo que só consegue quem ainda tem e por isso acredita. Esta gente já há muito que deixou de querer seja o que for. Basta-lhes a dose diária de esquecimento. Perderam tudo e perderam-se a si mesmos.
Luzes nas trevas
Os voluntários da Comunidade Vida e Paz, para além de lhes reconfortarem os estômagos vazios, procuram levar-lhes um pouco de conforto para as almas. Primeiro com palavras, sem recriminações, compreendendo os seus dramas, as suas dores profundas. Depois, lentamente ensaiam a ajuda maior. Às vezes conseguem. E quando isso acontece, mesmo que seja raro, uma vela mais vem iluminar as suas vidas e dar-lhes força para continuarem. Homens e mulheres que oferecem o que têm, o seu tempo e a sua vontade de se sentirem úteis mas também, alguns deles, homens e mulheres que um dia viveram os mesmos dramas, que foram recuperados e hoje estão ao serviço dos que mais precisam. Não se limitam, pois, a levar o pão para a boca. Levam sobretudo a sua solidariedade, a sua vontade muito forte de ajudar, de salvar quem, na maioria das vezes se recusa a ser salvo, mas também as suas experiências pessoais, os seus dramas, quantas vezes «moeda de troca» nas conversas, que permitem ganhar a confiança de quem há muito a perdeu.

NO em destaque no ARTEC


O projecto que deu origem à nova imagem do Notícias de Origem teve destaque na exposição do ARTEC – Simpósio Internacional de Tecnologia e Artes Gráficas, que decorreu no Instituto Politécnico de Tomar, de 18 a 20 de Abril que, este ano, destacou as aplicações em 3D.
O ARTEC é um evento que surgiu do espírito criativo do primeiro grupo do primeiro curso superior em Tecnologia e Artes Gráficas, no IPT. Uma realização que veio para ficar e hoje é da responsabilidade dos alunos do 3º ano e traz a Tomar designers credenciados e empresários reputados.
Este ano, o primeiro dia foi dedicado ao tema «Os técnicos e as técnicas do Design – aplicações do Design 3D»; no segundo falou-se da «tecnologia da produção de objectos gráficos – do livro à cerâmica» e no terceiro dia, equacionaram-se as questões do 3D e foram apresentados projectos gráficos em evolução.

O curso
O curso de Design e Tecnologia das Artes Gráficas encontra-se estruturado de acordo com os moldes de Bolonha. Segue os mais recentes padrões da inovação tecnológica internacional e integra, também, o conhecimento de muitas gerações de gráficos em Portugal.
O curso tem como campo de incidência as áreas do design gráfico, editorial, editorial, publicitário e virtual, bem como as da produção
E da gestão das indústrias gráficas. Utiliza as tecnologias avançadas e a multimédia e integra actividades técnicas, produtivas, estéticas e de mercado. Concilia, assim, o design gráfico com os aspectos tecnológicos da indústria gráfica.
Tem a duração de três anos e pratica um ensino associado à vida profissional.

Presidente da SRU defende ZIT para Fátima


Francisco Vieira, presidente do conselho de Administração da SRU – Sociedade de Reabilitação Urbana de Fátima defendeu a criação da região “Estremadura” que abarcaria as actuais regiões de turismo de Leiria-Fátima, Templários, Ribatejo e Oeste, com sede em Leiria.
Durante os trabalhos do 4º Congresso da ADLEI – Associação de Desenvolvimento de Leiria, aquele fatimense considerou que a definição de do território português em mapa turístico tendo em conta o mapa das Nuts II (região Centro) seria “uma forma positiva de resolver o assunto”. Recorde-se que o Plano Estratégico Nacional de Turismo – PENT definiu dez produtos chave no turismo onde não aparece o turismo religioso. O documento foi publicado em Diário da República, Iº série, a 4 de Abril de 2007.
O turismo é considerado um sector estratégico, e Portugal ambiciona crescer anualmente o número de turistas em 5%, ultrapassando 20 milhões em 2015, e as receitas em cerca de 9%, superando 15 mil milhões de euros.
As projecções apontam para que o turismo represente em 2015, mais de 15% do PIB (produto interno bruto), contra 11% em 2004, e 15% do emprego nacional.
A única referência a esta actual região de turismo de Leiria-Fátima é feita sobre rotas temáticas onde aparece uma referência: “rotas religiosas desenvolvidas em torno de Fátima”. Ora, defende Francisco Vieira, “tal torna-se incompreensível quando se revela os objectivos para o sector”. Se a vida e pujança de Fátima que contribui com 50 por cento das dormidas da região, “se isto por si não é suficiente, não sei o que seria necessário”.
Para resolver a situação de esquecimento a que Fátima foi votada, o presidente da SRU defende que é possível “corrigir”, declarando a cidade-santuário como Zona de Interesse Turístico, algo que é possível segundo o PENT.
À “falta de condições” e qualidade na hotelaria a que se referiu Luís Patrão, Francisco Vieira contrapõe com um “reforço na melhoria das condições de limpeza, de segurança” que está a ser feito. Por isso a “justa correcção”.

Preconceito
O Plano Estratégico Nacional de Turismo (PENT) tem “rejeição e aparente preconceito relativamente ao turismo religioso e à subalternização de Fátima e da região envolvente nas estratégias nacionais de Turismo” – acusou Graça Poças Santos, no mesmo painel sobre “Competitividade Territorial”.

Esta professora e investigadora do Instituto Politécnico de Leiria defendeu que o Plano Estratégico Nacional de Turismo “não atribui qualquer relevância ao turismo da região” e “aos cerca de 5 milhões de pessoas que, todos os anos, visitam Fátima”.
Vinte por cento dos que visitam Fátima, isto é, um milhão são estrangeiros. Um número grande que leva a docente a questionar se haverá muitas outras regiões com este número referente a visitantes de fora do país.
Graça Poças dos Santos questionou ainda a estratégia do governo sobre o apoio dado ao litoral alentejano para crescer em empreendimentos de qualidade hoteleira e, fazendo a mesma acusação a Fátima, não se dá o mesmo apoio. “Se nós negligenciarmos Fátima também negligenciamos outros produtos turísticos que estão ligados”, como os mosteiros de Batalha e Alcobaça.
Deolinda Simões, presidente da Assembleia Municipal de Ourém disse, no debate que “todos os governos têm vindo a esquecer a realidade que é Fátima – a sala de visitas de Portugal”.
António José Correia Santos, presidente da Câmara municipal de Peniche frisou que, nesta matéria “há uma incontornabilidade. Fátima é incontornável”. E se a solução for a “ZIT, faz sentido que haja especificação”.
Na última sessão sobre o tema “Competitividade Territorial” foram debatidas soluções para tornar a Região de Leiria/Fátima mais acessível e atractiva para o público nacional e internacional.
“É importante conseguir atrair as pessoas para a Região de Turismo de Leiria-Fátima, mas para isso é necessário melhorar e promover as infra-estruturas”, atesta Miguel Sousinha, presidente da Região de Turismo Leiria-Fátima.

Agrupamento 977 de Ourém: 28 escuteiros cumprem promessa


Vinte e sete miúdos fizeram a sua promessa de escuteiro, no Agrupamento 977 de Ourém, a 21 de Abril. Pais, amigos, familiares e outros escuteiros associaram-se a este momento importante apadrinhando assim aqueles que receberam novos lenços: dez lobitos, nove exploradores e oito pioneiros.
Em público, oficializaram o seu compromisso para com o Escutismo e para com os outros.
Na homilia, o padre António Bento, responsável espiritual pelo agrupamento escuteiro expressou o seu desejo que cada um dos que fizeram promessa sinta o “chamamento de Deus” em viver “alegres e felizes”.
Depois da habitual “praxe”, à saída da Igreja paroquial, os escuteiros e familiares partilharam o jantar num momento de convívio e maior ligação entre todos.
Na noite anterior (na sexta-feira) os escuteiros do 977 estiveram reunidos numa vígilia de oração na Igreja Paroquial de Nossa Senhora da Piedade que antecede e prepara a cerimónia das promessas.
Nesta Vigília, chamada Velada de Armas são relembradas as Leis e Máximas do Lobito e os princípios e Leis do escuta. A Velada é sempre um tempo forte de reflexão sobre o assumir dos valores contidos na promessa. A vigília antecede esse grande acontecimento na vida pessoal do escuteiro e na vida do agrupamento.
Nos próximos dias 4 e 5 de Maio, o Agrupamento 977 de Ourém vai colaborar na recolha de bens alimentares nos supermercados LIdl e Intermarché de Ourém, uma iniciativa do Banco Alimentar contra a Fome que conta com o apoio da Sociedade São Vicente de Paulo, de Ourém.
No ano do centenário do escutismo, os escuteiros de Ourém estão a planear um agrupamento, no Verão, para assinalar a data. São 60, os escuteiros que compõem este agrupamento. Reúnem semanalmente, ao sábado, privilegiando os valores morais, a educação e cidadania bem como a amizade.

Posições assumidas pelos vereadores do PS na reunião de Câmara

Carta Educativa
Lamentamos a forma “atabalhoada” como nos foi proposta a aprovação da Carta Educativa na última reunião.
Depois de a 12 de Fevereiro termos aprovado a Carta Educativa fomos confrontados com dados, propostas e pareceres de que nunca nos foi dada cópia, nem auscultadas as direcções executivas dos Agrupamentos.
O processo foi mal conduzido e corre o risco de provocar problemas maiores do que os que era suposto resolver. A intenção de verticalizar todos os agrupamentos, anunciado há muito, deveria ter levado a um trabalho local de aprofundamento de alternativas com inclusão de todos os parceiros educativos.
O estudo desenvolvido no âmbito da AMAE revelou-se uma má opção. Tem erros e está muito incompleto. Para todos os efeitos estamos integrados no Médio Tejo e na DREL, em matéria de educação.
Os complexos escolares a criar a nível do pré-escolar e 1º ciclo correspondem àquilo que foi discutido na Câmara e estará em condições de ser aprovado.
A questão dos territórios educativos e a articulação com os outros níveis de ensino deverá respeitar aquilo que são os fluxos populacionais habituais. Exemplos de Rio de Couros para Caxarias ou de Seiça para Ourém, entre outros. A questão dos transportes escolares deverá merecer muita atenção, não esquecendo que os circuitos não podem multiplicar-se atendendo que os alunos do Secundário vêm para Ourém.
A questão de Fátima deverá ser encarada como excepcional qualquer que seja o figurino encontrado dado que todos os alunos seguem estudos nos colégios.


Atribuição de Subsídios
Declaração de Protesto
Em carta enviada a cada uma das Associações do Concelho e assinada pelo Sr. Presidente da Câmara informa-se qual o montante do subsídio atribuído como apoio à actividade desenvolvida e acrescenta-se:”Votaram contra os Vereadores do Partido Socialista”.
Os Vereadores do PS apresentam o seu mais veemente protesto pelo facto insólito, descabido e completamente ao arrepio das mais elementares regras éticas. O voto do PS foi acompanhado de uma declaração de voto que não põe em causa o montante atribuído a cada uma das colectividades mas tão só a ausência de critérios e o atraso incompreensível já que estamos a falar de subsídios relativos a 2006.
Uma vez que houve já informação pública dos montantes atribuídos, esta carta só pode ser entendida como campanha de baixa política feita à custa do erário público e merece por isso o nosso repúdio e o nosso protesto.
Ourém, 23/04/07

Secundária lança livro de histórias


“Era uma vez”…, assim começam todas as histórias. Desafiados pelos professores os alunos do terceiro ciclo da Escola Secundária de Ourém fizeram o gosto ao dedo e escreveram as suas próprias histórias, 25. Outros ilustraram-nas, há vários desenhos por história. O livro agora dado à estampa e lançado a 23 de Abril, Dia mundial do livro e dos direitos de autor, reúne um conjunto de textos dos alunos do 7º ao 9º + CEF’s de Básico (Operador. de Armazém e de Informática) e desenhos dos alunos do 7º ao 12º ano.
As histórias foram construídas em turma, na aula de Português - duas turmas (9ºB e 9ºD). A maioria trabalhou individualmente ou em grupos, tendo os professores corrigido a escrita. Algumas histórias feitas em Ciências Físico-Químicas (7ºA e 7ºC). As ilustrações foram feitas por iniciativa própria e de forma independente de qualquer disciplina.
A obra conta ainda com uma surpresa, um CD que possui algumas das histórias que constam no livro, contadas pelos alunos de Acção social. Pode ser comprado na escola e em qualquer livraria da cidade de Ourém, custa oito euros.
No lançamento do livro, a professora Arménia Lopes, presidente do Conselho Executivo da Escola Secundária de Ourém assinalou a sua paixão pelos livros. “Por semana, ainda leio um livro”, disse aos alunos, referindo a sua paixão por livros, jornais e revistas enquanto criticava os “telemóveis horrorosos com que escrevem mensagens horrorosas”. “Um livro é um bem” referiu lembrando que esta iniciativa que tem apoiado desde o início vai “influenciar as outras pessoas a ler”.
A apresentação desta obra incluiu a apresentação de uma história contada pela Elsa Reis.
No próximo ano lectivo, a equipa da Biblioteca vai lançar um novo desafio aos alunos do ensino básico. Trata-se de escrever uma carta, assumindo o papel de uma espécie em vias de extinção. O objectivo é que na missiva o autor defina o que pode o destinatário fazer para alterar a situação.

Dia mundial do livro
“Estamos a ler mais, melhor e cada vez mais cedo”, adianta a comissária do Plano Nacional de Leitura, Isabel Alçada. Esta subida deve-se ao “esforço conjunto” que escolas, professores e educandos têm vindo a efectuar no âmbito da leitura.
Segundo os dados do estudo “Consumidor 2006”, da Markest, são as faixas mais jovens em comparação com as adultas as que têm mais hábitos de leitura. Para combater a iliteracia, a escritora defende a necessidade de “ler muito” e “cada vez mais cedo”.
De acordo com as estatísticas, há mais de três milhões a ler em Portugal, tendo aumentado o número de leitores 58 por cento na última década. As mulheres lêem mais do que os homens (40,7 por cento contra 33,1 por cento respectivamente) e uma curiosidade, lê-se mais no Porto que em Lisboa (50,2 por cento para 49,2 por cento na capital).
Em Portugal a faixa etária da população que mais lê compreende os 15 e os 17 anos (54,6 por cento) contra a dos 35 aos 44 anos (com 37,9 por cento) de acordo com estatísticas.
O Dia mundial do livro e dos direitos de autor foi declarado pela Conferência geral da Unesco em 15 de Novembro de 1995.
A data escolhida, 23 de Abril, dia de São Jorge, evoca uma tradição catalã segundo a qual, neste dia, os cavaleiros oferecem às suas damas uma rosa vermelha de São Jorge e recebem em troca um livro.
Mas há ainda outra explicação: vários escritores consagrados, como Miguel de Cervantes, William Shakespeare, Vladimir Nabokov e Josep Pla, nasceram ou morreram num 23 de Abril.

Duzentos fazem caminhada por pontos de água


À partida cada participante recebeu uma saca de pano com um reforço alimentar podendo ainda escolher um pau que o poderia ajudar a caminhar. Mas o percurso foi acessível, apenas com uma outra subida mais difícil.
Alegria, boa disposição, convívio pautaram a caminhada aos pontos de água que duas centenas de pessoas fizeram a 22 de Abril. Por caminhos e percursos que não incluíram o asfalto, gente de todas as idades, desde pequenos às cavalitas, com três anos a pessoas com mais idade, 86 anos, da comunidade (Boleiros, Valinho e Chã), mas também alguns de Fátima e da Amoreira e Montelo quiseram participar.
Seis quilómetros que fizeram muitos lembrar outros tempos, nomeadamente quando, jovens, pastoreavam o rebanho e trabalhavam na agricultura.
A caminhada serviu para desanuviar, conviver enquanto se fez algum exercício físico. Ao longo do percurso, os mais conhecedores da flora foram partilhando com outros os conhecimentos e simples curiosidades. Uma hora e meia depois o grupo almoçava descansado perto do percurso de manutenção do Montamora – associação da Amoreira. À tarde, o sol, o calor proporcionaram ainda momentos de sesta e de conversa entre os participantes, prolongando-se pela tarde.
A próxima iniciativa integrada nas comemorações dos 400 anos do Culto a Santa Bárbara em Boleiros, realiza-se a 19 e 20 de Maio com a realização da “Feira Antiga” e uma prova de atletismo, a 20, durante a manhã. A componente gastronómica marcará de novo presença, neste evento.

Corrida Lírios do Campo

A 6 de Maio realiza-se o Grande Prémio de Atletismo Corrida “Lírios do Campo”, no Pinheiro. O desafio é “correr entre florestas e campos agrícolas”, numa iniciativa da União Desportiva Pinheiro e Cabiçalva.
Há vários escalões em que os atletas podem concorrer desde pré-infantis masculinos (nascidos depois de 1995) a veteranos masculinos (para homens com mais de 50 anos). As distâncias a percorrer variam entre os 800 metros e os 8 500 metros com início às 10h, seguindo-se várias partidas sendo que o último escalão começa a correr às 10h30. A prova rainha será disputada às 10h30, em 8,5 quilómetros, para juniores masculinos e femininos (nascidos em 1988 e 1989).
Haverá troféus, medalhões e medalhas para os melhores classificados de cada escalão. Haverá taças para as cinco equipas com mais atletas classificados no conjunto dos escalões. As inscrições são gratuitas mas devem ser feitas até 4 de Maio através do telemóvel 966 789 461 ou através de mail: paulosantosfonseca@sapo.pt. Quem preferir pode endereçar uma carta à União Desportiva Pinheiro e Cabiçalva, Rua do Painel, 5 – Pinheiro, 2490 618 Ourém. Deve conter a informação que é endereçado a Paulo Santos Fonseca.

Apajefátima recebida na DREL

A Associação de pais do Agrupamento de jardins e escolas de Fátima, Apajefátima vai ser recebida na DREL – Direcção Regional de Lisboa, na próxima segunda-feira, 30 de Abril.
Os responsáveis desta associação receberam a resposta do secretário de estado da Educação que delegou na DREL, o diálogo para resolver a questão que envolve o Agrupamento de escolas de Fátima.
Expectante, em relação a esta reunião, Manuel Neves, presidente do Apajefátima adianta que continua a decorrer a recolha de assinaturas para entregar à ministra contra a extinção do Ajefátima. A verticalização foi aprovada na última reunião do Conselho municipal de educação, realizado a 17 de Abril, No entanto, isto “não vai de acordo às nossas expectativas”. Manuel Neves adianta que Fátima é um caso diferente dos outros, “tem características especiais e diferentes” que acentuam a sua “especificidade”. Por isso, tendo em conta que há três excepções no país, de agrupamentos horizontais, a solução defendida para Fátima é que continue como até agora já que, o agrupamento – refere este responsável – tem feito um bom trabalho.
Sobre a possibilidade avançada pela autarquia de haver quatro agrupamentos e cinco territórios educativos (TE), o Agrupamento da Secundária teria dois TE, um dos quais o território do Ajefátima, apresentada à DREL; Manuel Neves quer mais explicações sobre o modo de funcionamento.
Este responsável apela aos pais e população da freguesia para que assinem o abaixo-assinado lembrando que, o que está em causa, é o agrupamento e não a associação de pais.
A verticalização dos agrupamentos será um dos temas que estará em discussão na próxima reunião de Assembleia Municipal que se realiza a 30 de Abril, a partir das 17h, em Ourém.

Postos de Turismo da RTL/F com horário de Verão

Na expectativa de prestar um melhor serviço público durante todo o ano, a RTL/F adequa os horários de funcionamento dos seus Postos de Turismo - Alcobaça, Batalha, Fátima, Leiria, Marinha Grande, Monte Real, Ourém, Pombal, Porto de Mós e São Martinho do Porto -, às necessidades específicas de cada época. Assim, a partir do dia 1 de Maio, terça-feira, entra em vigor o horário de funcionamento para os meses de Verão.
1 de Maio a 30 de Setembro: 10h00 - 13h00 | 15h00 - 19h00
1 de Outubro a 30 de Abril: 10h00 - 13h00 | 14h00 - 18h00
Encerram à segunda-feira os Postos de Turismo de Marinha Grande, Monte Real, Ourém, Pombal, Porto de Mós e São Martinho do Porto.
Os Postos Sazonais das Praias do Pedrógão, Vieira e São Pedro de Moel encontram-se abertos de 1 de Julho a 30 de Agosto.
Em Agosto, os Postos de Turismo de Alcobaça, Batalha, Fátima e Leiria estão abertos das 10h00 às 19h00, ininterruptamente.

Breves

Região de Turismo na Feira de Viagens Mundo Abreu

A Região de Turismo Leiria/Fátima está presente uma vez mais na Feira de Viagens Mundo Abreu 2007 - 5ª edição, um certame que decorre simultaneamente, em Lisboa, na FIL - Feira internacional de Lisboa e no Porto, Centro de Congressos e Exposições Alfândega, nos dias 28 e 29 de Abril, entre as11h00 e as22h00.
A RTL/F participa com um stand próprio em Lisboa com o objectivo de intensificar a promoção junto do mercado interno. Trata-se de um certame que atrai um grande número de visitantes e que se caracteriza pela grande oferta de sugestões de férias a preços especiais. Aqui a RTL/F tem mais uma oportunidade de reforçar a sua notoriedade e destacar a diversidade de oferta de produtos turísticos, nomeadamente no que se refere a Sol e Mar, Natureza, Património e Religião.

“Despertar para o Património”
O Núcleo de estágio do Museu de Arte Sacra e Etnologia de Fátima, do Curso de Conservação e Restauro do Instituto Politécnico de Tomar, realiza, em cada uma das Vigararias da Diocese de Leiria-Fátima, durante os meses de Abril, Maio e Junho a sessão de esclarecimento “Despertar para o Património”.
Num país onde o conceito “património” tem vindo a ganhar cada vez mais importância, existe ainda algum desconhecimento quanto ao seu estado real e os cuidados a ter para que possa ser preservado. Assim, torna-se essencial não só divulgar esse património, como também sensibilizar para a sua conservação, perdurando assim para as gerações vindouras.
Sendo o património religioso, móvel e imóvel, que detém a grande maioria das obras de arte no país e, também, as de maior valor artístico e documental, a consciencialização para estas questões ganha uma grande importância.
Neste âmbito, pretende-se com este projecto esclarecer Párocos, Zeladores das Igrejas, Concelhos Paroquiais e Paroquianos em geral, de uma forma cientificamente rigorosa, mas acessível a todos. Todas as apresentações contam com exemplos práticos.
O projecto conta com apoio da Comissão de Arte e Património da Diocese de Leiria-Fátima, da Região de Turismo Leiria/Fátima, do Instituto Politécnico de Tomar e do Instituto Missionário da Consolata.
As primeiras sessões realizaram-se no Centro Paroquial da Batalha e no Salão Paroquial de Monte Real, nos dias 20 e 21de Abril, respectivamente, pelas 21h30.
As próximas sessões obedecem ao seguinte calendário:
27 de Abril - Milagres Santa Eufémia, Santa Eufémia - 21h30
28 de Abril - Leiria, Sé de Leiria (instalações - sala) - 21h30
11 de Maio - Colmeias - Albergaria dos Doze; Vermoil - 21h30
18 de Maio - Marinha Grande, Igreja da Marinha grande - Salão - 21h00
19 de Maio - Ourém, Nossa Sra. da Piedade - 21h00
25 de Maio - Porto de Mós, Alqueidão da Serra, Igreja de São Pedro - 21h00
1 de Junho - Fátima, Santa Catarina da Serra, Salão de Santa Catarina - 21h30
Para mais informações contactar:
Museu de Arte Sacra e Etnologia - Tel.: 249 539 470 | Fax: 249 539 479 | e-mail:museuartesacra@consolata.pt | site: www.consolata.pt

GDC de Seiça celebra 36º aniversário

O Grupo Desportivo e Cultural de Seiça comemora o seu 36º aniversário nos dias 28 e 29 de Abril. Sábado 28, pelas 17h00, há um jogo de veteranos entre o Seiça e o Moitense. Pelas 20h30 começa o jantar comemorativo com sessão solene e atribuição do diploma do GDCS aos sócios que completam 25 anos de associados. Domingo, a festa começa logo às 10h00 com o tradicional mata-bicho no largo do Freixo. Às 16h00 há mais futebol. Condicionado à existência ou não de finalíssima para apuramento do campeão distrital, prevê-se o jogo para atribuição das faixas de campeão da série A da 2ª divisão distrital. Pelas 18h00 há convívio entre todos os colaboradores do clube.

Jantar Pró- Ota

«Quanto ao Aeroporto da Ota, os que querem fazer-nos mudar de opinião devem saber que tal é impossível, devido também às responsabilidades que assumimos perante os eleitores no distrito de Leiria e que foram sufragadas eleitoralmente» – disse em Leiria, Alberto Costa, ministro da Justiça, na sessão de encerramento do 4.º Congresso da ADLEI.
A Comissão de apoio à construção do novo aeroporto na Ota vai realizar um jantar a 23 de Maio, no restaurante D. Nuno, pelas 20h. As reservas devem ser feitas através do email: info@rt-leiriafatima.pt

Festival de sopas de verde anima Fátima


Outrora menu especial em dia do casamento, de que eram sempre o primeiro prato, as sopas de verde foram o prato principal de um festival inédito em Fátima. Durante o fim-de-semana, de 20 a 22 de Abril foram muitos os que aproveitaram para provar, alguns degustar pela primeira vez esta iguaria da região.
Esta primeira iniciativa, da Junta de Freguesia de Fátima em colaboração com as associações da freguesia. Desde alguns petiscos como o stand com a participação da Confraria da morcela, ao mel, passando por 45 stands com produtos de divulgação de instituições e associações bem como mostra de actividades económicas. Presente na inauguração esteve o presidente do Ayuntamiento de Malpartida de Cáceres, Espanha, com uma pequena mostra de iguarias daquela região.
Também os bombeiros de Fátima estiveram presentes, tendo efectuado, durante os três dias um rastreio de saúde: colesterol, diabetes, tensão arterial foram testados. E nem faltou a música e animação a cargo de grupos convidados e de outros da freguesia.

O que são as sopas de verde?
São confeccionadas com sangue (o verde de que se fala, designação usada sobretudo no Alto Minho e Trás-os-Montes) obtido quando se sangra o animal. Este prato é preparado com recurso à cachola do porco, além de outra carne, tudo refogado, com alguns condimentos. O cozinhado embebe depois as sopas de pão colocadas num prato com hortelã que dá ao prato um sabor característico.
Agora, parece trivial esta receita mas, antigamente, o animal só era morto em ocasiões muito especiais.

Segurança Alimentar em Seminário

A Região de Turismo Leiria/Fátima, em colaboração com a ARESP - Associação da Restauração e Similares de Portugal e a ASAE - Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, promove um encontro/seminário com os empresários do sector no próximo dia 2 de Maio, quarta-feira. Esta iniciativa decorre em Fátima, no Hotel Santa Maria, com início pelas 15h30 e conta com a participação doPresidente da Direcção da ARESP, Mário Pereira Gonçalves, do Presidente da ASAE, António Nunes e do Presidente da Região de Turismo, Miguel Sousinha.
Atendendo ao facto de ter sido aprovadoem Sede de Concelho de Ministros o “Novo Regime de Instalação e Funcionamento dos Estabelecimentos do Sector da Restauração e Bebidas”, e após a ARESP ter finalizado as negociações com a ASAE sobre o conteúdo das “Fichas Técnicas de Fiscalização do sector da Restauração e Bebidas” este encontro pretende debater as temáticas referidas com os empresários.
A participação é gratuita, sujeita a inscrições limitadas que devem ser feitas até ao dia 30 de Abril, segunda-feira, através do Tel.: 244 848 776.

Programa
15h30 - Abertura
16h00 - Procedimentos Tributários face à Direcção Geral de Impostos - Swiss Option
16h15 - A Nova Legislação do Sector da Restauração e Bebidas - Drª. Ana Jacinto, Secretária Geral Adjunta da ARESP
16h45 - Debate
17h00 - Pausa
17h20 - Higiene e Segurança Alimentar - Eng. Susana Leitão, Directora de Qualidade da ARESP
17h45 - Dr. António Nunes - Presidente da ASAE
18h15 - Debate
18h45 – Encerramento

Diversidade de Culturas - Um Desafio

No próximo dia 26 de Abril, pelas 21h00, a Comissão Diocesana Justiça e Paz, da Diocese Leiria-Fátima, realiza na Aula Magna do Seminário de Leiria um Colóquio subordinado ao tema “Diversidade de Culturas - Um Desafio”.
Esta iniciativa pretende ser um contributo para a reflexão de questões pertinentes com que a sociedade se depara diariamente, sobretudo ao nível da construção da paz no mundo. Destaca-se aqui a vertente da diversidade cultural como causa de guerra mas também o seu contributo para a paz. Para debater esta temática estão presentes os oradores: Adriano Moreira, Professor Emérito da Universidade Técnica de Lisboa e oNarana Coissoró, Presidente do Instituto do Oriente.

19 abril 2007

Notícias de Ourém, 20 de Abril de 2007

GNR patrulha freguesia de Fátima


Mais de 50 anos de serviço à população da cidade de Fátima, com uma bênção apostólica pelos serviços prestados, a Polícia de Segurança Pública deixou de ser a força de segurança da cidade. A oficialização da transferência ocorreu a 16 de Abril com a presença do secretário de estado adjunto e da Administração Interna, José Magalhães.
A segurança far-se-á num plano de quatro zonas: no Santuário onde estarão homens à paisana e onde as únicas armas que terão serão bastões extensíveis e aparelho de comunicação. Na zona envolvente, no Santuário e junto à Basílca, haverá militares fardados e com patrulhas ciclo. No terceiro anel, os militares estarão de bicicleta e a cavalo junto à via-sacra, Valinhos e Aljustrel e também a vigiar os parques de estacionamento. No restante da freguesia o patrulhamento far-se-á em veículos motorizados. 53 homens, seis viaturas de patrulhamento urbano, dois jipes, quatro motos, um reboque e bicicletas estarão ao serviço da população de Fátima.
“Os cavalos são fundamentais para a vigilância dos parques de estacionamento”, afirmou o general Newton Parreira, comandante da Brigada Territorial 2. Prevista está, segundo este responsável a construção de cavalariças, nas traseiras do posto da GNR, para os cavalos estarem disponíveis diariamente.
Nos dias das grandes peregrinações ao Santuário, este dispositivo contará com o reforço de mais 200 elementos do Regimento de Infantaria da GNR, sedeado em Lisboa.
Para preparar as grandes peregrinações e, a menos de um mês do 13 de Maio, o secretário de estado adjunto e da Administração interna lembrou os militares a necessidade de articulação com as câmaras de vigilância do Santuário, no recinto, a necessidade de um mapa electrónico para controlar os posicionamento dos homens e a divisão exacta do território patrulhado pela GNR, com recurso a GPS.
O sargento Horácio Félix é o comandante do Posto de Fátima. Até agora comandante do posto da Chamusca. A primeira tarefa, depois do patrulhamento conjunto, ainda com os elementos da PSP, vai agora ser a “adaptação dos militares” na área. Ainda que nem todos os militares sejam do concelho, há um grande número de militares que residem em concelhos vizinhos.

Operacionalidade
José Magalhães afastou o conceito de que a GNR patrulha as zonas rurais e o citadino da PSP. Aliás esse é um dos “fantasmas que impedem a mudança”. Os critérios são de “funcionalidade”.
E Fátima “pelo seu papel tem dispositivos normais e excepcionais”. “O problema de Fátima não é a sua população, que é pacífica, mas sim a capacidade de responder a situações de fluxo populacional na altura das peregrinações”, lembrou.
O responsável assegurou ainda que o dispositivo da GNR conta com um “reforço de efectivos que corresponde às necessidades táctico-operacionais”.
O Posto de Fátima terá um NUMME – Núcleo Mulher e Menor. A “Escola segura” será assegurada com uma equipa de 2 elementos no concelho.

O secretário de Estado Adjunto e da Administraçãoo Interna, José Magalhães, considerou que os receios da população em relação à mudança da PSP para a GNR constituem um “sinal de respeito e do bom trabalho” feito pela PSP, mas desdramatiza uma eventual ineficácia. “Haverá uma gestão a partir do interior da mesma força de segurança de toda a actividade, envolvendo a tranquilidade dos peregrinos e dos cidadãos em geral”, afirmou.

Protesto na rua


A maior parte dos 40 agentes da esquadra de Fátima vão ficar colocados a menos de 30 quilómetros de casa, garantiu fonte do comando distrital de Santarém da PSP. As únicas excepções serão cinco agentes, a residir no Entroncamento, que vão passar a prestar serviço em Santarém e quatro que serão colocados em Abrantes.
A maioria ficou satisfeita com a alteração. Mas, explicou fonte do comando distrital, as colocações são “provisórias”, pelo que os agentes menos satisfeitos poderão ver a sua situação alterada no futuro. “Vamos esperar que as alterações que vierem a ser feitas sejam para bem dos agentes”, afirmou um dos polícias daquela esquadra.
A maior parte dos agentes (13) serão colocados em Leiria, mas continuarão a pertencer ao comando de Santarém. Há ainda alguns como o comissário que prestarão serviço em Ourém, outros em Torres Novas e em Tomar.
Chinelos, calças à civil e farda na rua pendurada numa árvore em frente à esquadra. O protesto singular, serviu para criticar a forma como os agentes da PSP foram distribuídos pelas esquadras da região.
A 12 de Abril, Rui Soares, da Associação de Profissionais da Polícia explicava que os chinelos simbolizavam a “falta de dinheiro que iriam ter” os que ficaram colocados em Cartaxo e Santarém.
Não foi assegurada a transição, referiu na altura o delegado da ASPP uma vez que muitos tinham adquirido casa em Fátima e iriam agora trabalhar a mais de 30 quilómetros da residência. “Temos os familiares aqui a trabalhar, temos os nossos filhos na escola, despesas com carros, com apartamentos e não temos hipóteses, não fomos ouvidos nem achados nisto e vai ser muito grave para nós”.

Da PSP para a GNR

Desde os primeiros minutos do dia 16 de Abril que a freguesia de Fátima é patrulhada pela Guarda Nacional Republicana. A assunção de responsabilidades deste novo posto da GNR, nas instalações da antiga esquadra da PSP de Fátima ocorreu poucos minutos antes da meia-noite.
A bandeira da cidade de Fátima foi entregue ao novo comandante de Posto, sargento Horácio Félix, recebida das mãos do comandante do Destacamento, capitão Duarte da Graça que, por sua vez a havia recebido das mãos do seu superior, Vítor Lucas. Foi simbolicamente feita a transferência de competências da PSP para GNR tendo sido assinaldo o trabalho desempenhado pela PSP.
A resolução do Conselho de ministros nº44/2007 que estabelece a redefinição de competências e áreas da responsabilidade das forças de segurança, atribuiu a área da freguesia de Fátima, concelho de Ourém à responsabilidade da GNR. O despacho de 3 Abril nomeou o novo comandante de Posto.Logo depois desta passagem simbólica, dois carros da GNR saíram para patrulhar a cidade.
Alguma tristeza visível nos rostos dos agentes da PSP enquanto carregavam os últimos móveis e objectos daquela força de segurança retirados da antiga esquadra.

Sub-comissário em Ourém
Paulo Faria, até agora comandante da esquadra de Fátima comanda oficialmente a esquadra de Ourém desde 17 de Abril. Desde Dezembro de 2005 em Fátima e acumulando as duas esquadras quando a comissária se ausentava, o sub-comissário Faria regressa à sua primeira esquadra, onde estagiou sete meses em 1992.
Na hora da partida para a esquadra da sede do concelho, o comissário manifesta alguma “tristeza” mas manifesta-se de “consciência tranquila” em relação ao trabalho desenvolvimento em Fátima. De Fátima para Ourém trouxe uma viatura bem como o arquivo, já que todos os processos da PSP até às 00h00 de 16 de Abril continuarão a ser responsabilidade desta força de segurança ainda que seja a GNR que se encontra actualmente em Fátima. A esquadra de Ourém foi reforçada e encontra-se com 33 elementos (eram 29). Há no entanto pedidos de transferência já efectuados, referiu o responsável.

Museu da Vida de Cristo de portas abertas


Carlos Reis, director do novo museu assinalou o “trabalho longo” e “difícil” para concretizar este projecto que demorou 17 anos. O espaço pretende ser uma “mais valia” e oferecer aos visitantes duas histórias: a de Maria e de Jesus até à morte. Por outro lado “O museu poderá dar um contributo para colmatar a sazonalidade que caracteriza Fátima ao criar uma alternativa aos visitantes”, isto é combater a sazonalidade.
O reitor do Santuário manifestou o seu regozijo põe este espaço temático assinalando que “os homens que fizeram isto são dignos da nossa presença”. E por isso prescindiu de presidir à celebração de 13 de Abril, no Santuário.
O novo museu “enriquece” Fátima, salientou monsenhor Luciano Guerra que considera também que “esta mostra é completamente essencial do que é a essência desta terra”. Um espaço que é “uma grande graça para os peregrinos de Fátima”.
David Catarino referiu-se à “via-sacra” percorrida pelos empreendedores do projecto ao longo destes anos já que “há coisas que podem ser mas é preciso alterar um pormenor”. E neste caso necessário fazer um plano de pormenor para aquela zona.
O presidente da Câmara salientou que a abertura do novo museu, que “associa a mensagem religiosa a uma forte vertente cultural” é “um passo muito importante no caminho da qualidade que é necessário impor neste local”. Para o autarca, “há muitas coisas em Fátima que precisam de ser corrigidas”, de forma a garantir “a desejável melhoria”.
Aproveitando a presença dos dois secretários de estado e, a dez anos do centenário das Aparições, o autarca defendeu que esta década deve servir para “inverter o problema do espaço público e ordenamento”.
O secretário de estado de Turismo, Bernardo Trindade voltou a reafirmar a importância de Fátima no contexto turístico (ainda que o turismo religioso tenha sido incluído na vertente turismo cultural, no plano estratégico de turismo). Perante os seis milhões de visitantes “o governo português não pode ser indiferente”, garantiu.
Sobre o empreendimento, salientou a “paciência dos promotores”, referindo ainda que o governo está a trabalhar “para que atrasos deste tipo não se verifiquem”.
Também presente na inauguração, o secretário de estado da Cultura, Mário Vieira de Carvalho assinalou a importância de um projecto deste tipo com uma vertente de sustentabilidade financeira.

210 figuras
210 figuras em 33 cenários de grande realismo completadas por 11 painéis de enquadramento, explicativos, sobre a Vida de Cristo. Ao longo da visita sucedem-se as cores, os cheiros e os sons de retratando o tempo e o espaço no século I, de forma a permitir ao visitante “viver” os acontecimentos retratados. As legendas que acompanham as cenas retratadas, tantas quantos os anos de vida de Jesus, são retiradas de versículos da Bíblia.
As figuras, mais realistas do que as do Museu de Cera, também dos mesmos empreendedores, foram construídas pelo Gems, um atelier de Londres que também produz peças para o museu londrino Madame Tussaud. Algumas cenas incluem cascatas, o deserto, rios e o mar.
Os textos das cenas estão escritos em português mas os visitantes terão à sua disposição um folheto escrito em nove idiomas, que poderão levar para casa. O espaço temático foi inaugurado no dia 13 de Abril mas abre ao público dia 28. Carlos Reis, director do museu espera vir a conseguir alcançar o número de 200 mil visitantes por ano.
O edifício, desenhado pelo arquitecto Carlos Gonçalves, possui 4.400 metros quadrados possui dois pisos para o museu, dois pisos para área comercial e dois pisos de estacionamento, subterrâneo, com cem lugares de estacionamento. Tem ainda três lugares para autocarros, no exterior.
O investimento total é de 12 milhões de euros, sem recurso a apoios públicos. Vai criar 110 postos de trabalho.
O projecto do espaço temático remonta a 1990. A sua construção teve início em Novembro de 2004.


Autarquia contesta
O Ministério Público já informou a Câmara Municipal de Ourém sobre a acção que corre no Tribunal Administrativo e Fiscal de Leiria solicitando a reposição da situação anterior, ou seja, da reposição da rua com 8 metros.
O presidente da Câmara confirma que a autarquia recebeu essa informação e adianta que vai contestar esta decisão. O que indica que enquanto não houver resposta por parte do Tribunal. “Não vai haver mexidas”, garante.
O processo que consta no Ministério Público defende que seja reposta a situação existente anteriormente à construção do museu, quanto à largura da rua e passeio junto espaço temático “Vida de Cristo”. O plano de pormenor da envolvente ao espaço temático previa que a referida rua tivesse oito metros, mas as obras autorizadas pela Câmara de Ourém acabaram por retiraram dois metros à rua.
Questionado sobre a selagem e embargo da obra,David Catarino adianta ainda que o espaço temático possui licença de funcionamento e se encontra legalizado.
A exposição de A. Clemente ao Procurador Coordenador Serviço do Ministério Público no Tribunal Administrativo – Fiscal de Leiria, a 9 de Abril tem o seguinte teor: “Participar actos que considera ilícito e lesivos para o interesse público e como tal passivos de actuação urgente do Ministério Público”.

Vegar na Som da Tinta


O jornalismo, tal como se faz em Portugal, com incidência na notícia factual, não o satisfazia. Foi o seu gosto pela grande reportagem que levou José Vegar a escrever livros. Isto porque, como o próprio refere, é difícil encontrar, nos jornais, espaço para escrever grandes reportagens que ocupam várias páginas.
A apresentação do jornalista/ autor, na Som da Tinta, no passado sábado à tarde, esteve a cargo de Sérgio Faria.
O seu ultimo livro, Serviços Secretos Portugueses, baseia-se numa rigorosa investigação que mostra a realidade dos serviços secretos no nosso país, aquilo que investigam e os métodos que utilizam. Assuntos que parecem pertencer a uma esfera superior, sobre a qual ninguém se atreve a falar, como o caso do terrorismo e a sua implantação no nosso país, mas também o crime organizado, os tráfegos de armas e droga ou a manipulação de bilhetes de identidade nacionais, ao que parece tão apetecidos pelos falsificadores de todo o mundo, dada a sua facilidade de falsificação, bem como o facto de pertencer ao espaço schengen, que permite a livre circulação.
Mas não foi apenas deste livro que se falou na Som da Tinta, um outro foi destacado. Trata-se de uma obra criada, em parceria com Maria José Morgado, denominada «O inimigo sem rosto – Fraude e Corrupção em Portugal». Um livro, diz Sérgio Faria, «que me ajudou a compreender o fenómeno da corrupção, graças à descrição detalhada sobre como ocorrem os processos de corrupção».
Um livro que, como o próprio afirma, nasce da necessidade que sentia de «investigar o mais possível para transmitir realidades ao leitor». Foi essa necessidade que o fez deixar os jornais sempre mais interessados nos poderes políticos do que nos outros, matérias que o não atraíam, e começou a escrever «por conta própria». É assim que surge o livro em colaboração com Maria José Morgado. Considera Vegar que para que possa haver cidadania e democracia plenas, é necessário que as pessoas saibam «como as coisas acontecem na realidade». E, mais do que isso, considera que quem as vive tem o dever de as partilhar. Foi com esse dever que terá confrontado Maria José Morgado que acabou por aceitar o desafio, embora consciente do perigo que ele acarretava, num país onde há assuntos que continuam tabu para a sociedade em geral e apenas são discutidos dentro de elites específicas. Diz Vegar que os principais comentários que tem recebido à sua obra passam pela admiração pela quantidade de informação que esta apresenta, o que prova a escassez desta, no nosso país.
Face ao seu conhecimento, baseado na investigação, Vegar não tem peias em afirmar que parece que nada se passa mas «as coisas passam-se, e muito, em Portugal». Passa-se corrupção que «nos toca a todos» porque se as auto-estradas são mais caras, se as casas são mais cara, é porque há corrupção»; passa-se porque os PDM que deveriam ser instrumentos rígidos, «são o instrumento mais elástico que há, por causa da corrupção». É claro que não se trata das grandes conspirações como as que se vêem nos filmes americanos, mas sim de «coisas pequenas, difusas e regulares, que passam por uma vasta teia de interesses». Quase gracejando, Vegar chega a considerar que é algo que parece estar no código genético dos portugueses que os levam a criar uma teia de favores, onde favor paga favor.
Tendo investigado o que se passa nas autarquias, não dúvida da corrupção que aí acontece onde parte do dinheiro que entra vai para favorecimento pessoal e outra parte para os cofres dos partidos que elegeram as suas maiorias, sendo que tal é mais evidente sobretudo no que toca aos dois maiores partidos nacionais. Esta é uma situação que aponta como sendo muito preocupante.
Noutro registo, diz José Vegar que «há um sistema ineficaz que permite que existam em Portugal células da Al-Qaeda ou máfias internacionais a actuar nos negócios imobiliários». Isto resulta, em primeiro lugar do silêncio que se faz sobre estes assuntos. Só cidadãos esclarecidos podem exigir dos seus representantes. E em Portugal o que se verifica é a dificuldade em aprovar leis que tragam poder aos poderes judiciais. Por isso, o sistema de segurança não funciona. Com a ineficácia do poder judicial todos ficamos a perder porque só pode defender-se quem tem capacidade económica para o fazer e a corrupção leva a que não haja competição, barrando o caminho do progresso.
Em Portugal reina o desconhecimento e as pessoas continuam a pensar como se houvessem ainda fronteiras, quando elas já não existem.
Tudo isto são questões que obrigam à reflexão mas que exigem informação para que, conhecedores do que se passa, possamos pressionar os políticos quer a nível nacional, quer a nível local.

Prevenir a raiva

A vacinação anti-rábica de 2007 e a campanha de identificação electrónica 8microchip’s), no concelho de Ourém, vai realizar-se entre os dias 29 de Abril e 27 de Maio, aos sábados, domingos e feriados, tendo em vista um melhor acesso dos munícipes ao serviço.
Vacinação
Os donos de cães com três meses ou mais que não tenham sido vacinados há mais de um ano, devem apresentá-los no dia, hora e local designados, a fim de estes serem vacinados pelo médico veterinário municipal, ou fazer com que estes sejam vacinados por médico da sua escolha.
A taxa de vacinação é de 4,40 euros, por cada cão ou gato vacinado nas datas propostas. Os que forem vacinados fora destas datas pagarão uma taxa de 8,80 euros e a vacinação é grátis para cães de guia, cães de guarda de estabelecimentos do Estado, de Corpos Administrativos, de Instituiçºões de Beneficência e Utilidade Pública, dos Serviços de Caça da Direcção Geral das Florestas e das autoridades militares, militarizadas e policiais.
Os animais que durante a vacinação, apresentarem sintomas de doenças infecto-contagiosas, serão notificados para que os animais sejam sujeitos a testes, pagos pelo dono e cujo resultado tem quie ser apresentado ao médico veterinário municipal, no prazo de 30 dias e passados outros trinta dias, terão que fazer prova do tratamento dos animais.
A falta de vacinação válida e devidamente certificada no boletim sanitário do animal constitui contra-ordenação punida com coima que pode ir de 50 a 3740 euros, se o dono for um particular ou até 44890 euros, se se tratar de pessoa colectiva.

Identificação electrónica
A identificação electrónica dos cães é obrigatória desde 2004, para todos os animais que pertençam às seguintes categorias: cães perigosos ou potencialmente perigosos (conforme definido pela legislação); cães utilizados em acto venatório; em exposição para fins comerciais ou lucrativos em estabelecimentos de venda, locais de criação, feiras e concursos, provas funcionais e publicidade ou fins similares. A taxa de colocação do micrship é de 12,60 euros. A falta de identificação electrónica, devidamente certificada no boletim sanitário do animal, constitui contra-ordenação, punível com coima que pode ir dos 50 aos 1850 ou 22000 euros, consoante o dono seja particular ou pessoa colectiva.
Resta dizer que as primeiras freguesias a serem contempladas com a visita do veterinário municipal, são a Urqueira, dia 29 de Abril, Rio de Couros, dias 29 de Abril e 1 de Maio e Caxarias.
Assim, dia 29 de Abril, o veterinário municipal vai estar:
7h30 – Cavadinha; 8h00 – Mata; 8h30 – Urqueira; 9h30 – Resouro; 10h00 – Amieira; 10h30 – Vale das Antas; 11h00 – Pederneira; 12h00 – Valongo; 13h00 Rio de Couros (junto ao campo de futebol); 14h00 – Casal Ribeiro; 15h00 – Casais Secos
Dia 1 de Maio:
7h30 – Carvalhal do Meio; 8h30 – Carvalhal de Cima; 9h00 – Casal Domingos João; 9h30 – Valongo; 10h00 – Marta; 10h30 – Soalheira; 11h00 – Sandoeira;
12h00 – Caxarias; 13h00 – Carvoeira; 14h00 – Cogominho; 15h30 – Barreira; 15h00

Contas aprovadas pela maioria

Na nota introdutória do Relatório de Gestão e Prestação de Contas do Ano Económico de 2006, diz o presidente da Câmara que «os documentos que apresentamos, necessariamente sucintos, reflectem bem a diversidade de campos de intervenção municipal, as frentes de trabalho em que os eleitos, com todos os colaboradores municipais, estão envolvidos».
Refere a dispersão do concelho que obrigou a «grande esforço de investimento em infra-estruturas básicas, ao longo dos últimos anos». Um esforço que continua mas que «iniciou já a intervenção necessária ao nível dos equipamentos que podem contribuir para a qualidade de vida de uma população que, de forma crescente, se tem fixado em Ourém».
Catarino aponta «o esforço municipal na qualificação do espaço urbano, particularmente nas nossas cidades e vilas» e diz que «as condições de desenvolvimento atingidas têm atraído pessoas e o sector privado tem tido a dinâmica necessária para oferecer emprego».
Mas, afirma na nota introdutória, «estamos conscientes de que é necessário dar passos no sentido da atracção de iniciativas que possam trazer o acesso a um tipo de emprego mais qualificado e tornar a economia do concelho menos dependente da construção civil».
Por isso, «temos procurado estabelecer parcerias para projectos que são conhecidos».
Quanto à gestão municipal, o presidente da Câmara destaca «as dificuldades crescentes que resultam da alteração ao quadro legal que rege o financiamento do município, numa primeira fase através do incumprimento da Lei das
Finanças Locais por parte do governo e agora pela publicação da nova lei.
As receitas provenientes das transferências directas do Estado têm diminuído, sobretudo em resultado de contribuições e impostos a que o município está obrigado, nomeadamente o IVA e os descontos para a Caixa Geral de Aposentações».
Afirma que tem sido feito «um esforço significativo de aumento das receitas próprias, já conseguido, em parte» e defende que «este esforço deve ser continuado, por exemplo através da exploração da publicidade e pela tributação de muitos prédios urbanos que não pagam IMI».
Contudo lamenta que «as nossas insistências junto da administração central sobre esta matéria não têm dado grandes resultados».
Até porque «a entrada em funcionamento de novos equipamentos e serviços tem conduzido a um aumento visível das despesas correntes».
Garante, por isso, que «continuamos a ser eficazes na contenção da despesa corrente, resultando daí que possamos aplicar receita corrente em investimento» pelo que «as despesas com pessoal não têm tido aumento, a não ser o que resulta de situações que não controlamos; temos progredido na qualificação dos recursos humanos e reduzido o peso da execução do trabalho operário, isto é, a execução de trabalhos por administração directa tenderá a ter um menor peso».
Considera existir necessidade de «encontrar novas formas de melhorar a nossa eficácia, sobretudo ao nível da conservação do espaço urbano e da malha viária do concelho».
No final da sua nota, o autarca manifesta a preocupação da autarquia «relativamente ao esforço financeiro que vai ser necessário para as intervenções a integrar no QREN 2007-2013».

Oportunidades e ameaças
Tal como é costume, após a nota introdutória do presidente, o relatório de contas de 2006, começa por fazer um enquadramento do concelho a nível internacional e nacional. Faz-se depois a caracterização do município apresentando-lhe os pontos fortes e fracos e, desta vez, surge também aquilo que são consideradas as oportunidades e as ameaças.
Quanto às oportunidades, referem-se «o papel de charneira do concelho face a dois importantes subsistemas territoriais: Pinhal Litoral e Médio Tejo; a dinâmica dos dois principais centros urbanos (Ourém e Fátima), que poderão vir a reforçar a sua coesão e complementaridades, através da construção do
IC9; a potencialidade do Centro de Negócios no apoio aos investidores e empresários concelhios; a importância internacional de Fátima, enquanto espaço de peregrinação ou visitação religiosa; as acções previstas para a cidade de Fátima (Nova Basílica e Centro de
Congressos), que permitirão a sua qualificação; a proximidade à A1 e à linha ferroviária do Norte, constituem importantes acessibilidades para o desenvolvimento do município; o Campo de Golfe previsto para Caxarias, que permitirá a dinamização de fluxos de visitantes com elevado poder de compra e o Parque de Negócios em Fátima com plataforma logística.
Quanto às ameaças, apontam-se: a excessiva dispersão do povoamento, com consequências na sua infra-estruturação; complementaridades insuficientes no eixo Ourém/Fátima; dependência funcional de Ourém face a outros centros urbanos (sobretudo Leiria); atraso na construção do IC9, gerando problemas nas acessibilidades intra-concelhias e inter-urbanas; integração do concelho no sistema de saúde do Médio Tejo (com três hospitais), dificultando a concretização de investimentos adequados à realidade existente na área do Municípios e das duas cidades e extensão de área florestal, muito sujeita a ocorrência de incêndios.
Este relatório, que vai ser apresentado para aprovação na próxima Assembleia Municipal, foi aprovado pela maioria na reunião de Câmara da passada segunda-feira, tendo-se abstido os vereadores do PS que apresentaram uma declaração de voto onde começam por assinalar «a qualidade do trabalho desenvolvido pela equipa técnica que elaborou os documentos e o volume de informação produzida que nos permitiria uma análise muito mais detalhada da actividade do município não fosse o pouco tempo com que estes relatórios nos foram distribuídos».
Os vereadores do PS apontam a existência de «uma diminuição do investimento municipal em menos 14%, o que revela uma quebra muito significativa relativamente aos dois anos anteriores»; manifestam a sua preocupação face ao endividamento municipal considerando que estando a capacidade de endividamento do município «praticamente esgotada, (a autarquia utilizou 97,6% da capacidade de endividamento disponível) torna-se difícil dar o salto necessário no desenvolvimento do concelho. Basta pensar na reorganização do parque escolar ou na taxa de cobertura das redes de saneamento ainda a 55,5%».
Consideram ainda que «num ano marcado pela quebra de investimento em sectores tão importantes para a vida concelhia como é a cultura ou as transferências para as freguesias não deixamos de sinalizar as despesas com instalações municipais próximas de 1,9 milhões de euros (aumento de 53%)».
Por outro lado, «a dívida a terceiros sofreu uma pequena diminuição em 2006 na ordem dos 7% mas tem ainda assim um valor total de 29,2 milhões de euros e o prazo médio de pagamentos teve ligeiro desagravamento face a 2005 mas situa-se ainda nos 150 dias».
Dizem também que «o investimento previsto pela concessionária de água continua a níveis incompreensivelmente baixos e a resvalar de ano para ano. Depois de se comprometer a acumular o investimento previsto e não realizado em 2005 para o ano de 2006, apenas 11,97% foi adjudicado e do valor adjudicado (672.620,90€) apenas 24% teve realização física e consequente facturação. Mais uma vez transitam para 2007 os valores acumulados dos anos anteriores».
Por fim e «apesar das dificuldades económicas e do que se disse sobre as Finanças Locais e sendo certo que a transferência de verbas da Administração Central não acompanhou a inflação como era de lei, o que representou uma diminuição de receitas do Município, ainda assim vale a pena referir que aumentaram as receitas dos impostos directos em cerca de 14%, o IMI em 16%, a Derrama em 14,81%, o Imposto Municipal sobre Transmissões em 36,34% e também os impostos indirectos em cerca de 41%, loteamentos e obras em 63,82%. Pelo que os proveitos totais evidenciam um aumento de 10%. Ainda do lado da receita e ao contrário do previsto aumentam as receitas relativas a Fundos Comunitários que totalizaram em 2006 um valor superior a 2,1 milhões de euros».

E AmbiOurém também...

Segundo o seu relatório de Gestão e Contas, a empresa municipal AmbiOurém «evidência (no ano económico de 2006) um assinalável crescimento no volume de actividade desenvolvida», o que se reflecte num «aumento quer dos proveitos quer dos custos», em relação ao ano anterior.
O relatório destaca as novas actividades da empresa: vigilância do parque linear, incluindo a sua manutenção e o alargamento dos serviços de limpeza ao edifício do Paços do Concelho.
No que se refere aos recursos humanos, a empresa apresentou em 2006 um total de 53 trabalhadores, 40% com contratos a termo certo e cerca de 32% funcionários municipais em regime de destacamento.

Resultados
por área de actividade
O relatório destaca o apuramento de resultados negativos: a vigilância do Parque linear (-36.797,39 euros); outras manutenções de espaços verdes (-7.467,20 euros); limpezas e despejo de fossas (-5.752,48 euros) e jardins municipais (-4.952,49). Já no que toca a resultados positivos, eles foram obtidos na limpeza do mercado municipal (+17.762,11 euros), na manutenção de espaços verdes das escolas (+15.362,32 euros) e na exploração das ETAR’s (+23.034,85 euros).
Feito o cômputo geral, resulta num saldo positivo de cerca de 7,1 mil euros.

PS abstém-se
Os relatório foi aprovado pela maioria PSD, tendo-se abstido os vereadores do PS que apresentaram uma declaração de voto onde manifestam algumas preocupações considerando que «apesar do resultado líquido positivo, a empresa apresenta um Fundo de Maneio no final de 2006 de -158.423,19€, muito superior ao montante de 2005.
Por outro lado, «o valor elevado das dívidas de terceiros que se reporta quase exclusivamente ao cliente Câmara e que atinge um montante superior a 340 mil euros» e «o aumento do número de trabalhadores que em apenas um ano tem a variação de 29%. Apesar do aumento da actividade», considerando os socialistas que «a contenção nas despesas com pessoal deve ser preocupação constante».

VerOurém a contas

Também as contas da VerOurém foram à reunião de Câmara da passada segunda-feira, mais uma vez sendo aprovadas pela maioria mas, desta feita, com o voto contra da oposição.
No relatório apresentado aponta-se «um assinalável crescimento no volume de actividade» da empresa municipal, o que se reflecte quer nos proveitos quer nos custos.
São salientadas as seguintes novas actividades: gestão de infra-estruturas desportivas; cozinha central, incluída no SAF - Serviço de Apoio à Família; apoio ao transporte de crianças e Educação Física, no âmbito das actividades extracurriculares.
A empresa não apresentou informação que permita caracterizar os seus recursos humanos. No que toca ao investimento, é referido que o realizado, de 49,6 mil euros, se reporta à aquisição de equipamento básico para o cinema, de uma viatura comercial de apoio ao SAF, para transporte de refeições entre a cozinha central e os vários locais onde são servidas as refeições e de ferramentas e utensílios para esta mesma cozinha.

Resultados por área de actividade
O relatório destaca o apuramento de resultados negativos: a gestão de infra-estruturas desportivas (40.923 euros); cinema (2.579 euros); comunicação (1.086 euros e galeria municipal (213 euros).
No que toca à gestão de infraestruturas desportivas é curioso verificar que os pavilhões do Caneiro, Freixianda e Ourém, apresentam um valor positivo, em oposição à negatividade do pavilhão de Caxarias e Estádio Municipal de Fátima. Enquanto isso, o cinema continua a apresentar decréscimo no número de utentes.
Como apresentado resultados positivos surgem as piscinas (78.850 euros) o SAF (12.795 euros) e os eventos (4.525 euros).
Quanto às piscinas municipais, verifica-se um aumento de utentes em Ourém embora estes ainda se situem muito aquém das entradas verificadas em 2003.
No cômputo geral, o resultado obtido é positivo em 51.4 mil euros, dando origem a um imposto sobre o rendimento na ordem dos 14.8 mil euros e, consequentemente, a um resultado líquido do exercício, positivo em 36.570 euros.

PS contra
Os vereadores do PS votaram contra e apresentaram declaração de voto, considerando que «continua a faltar a esta empresa uma dinâmica própria para encontrar soluções para os problemas detectados».
Embora registando o facto de que «tem havido uma resposta positiva a novas actividades propostas como a implementação da cozinha central e serviço de refeições ou o apoio ao transporte de crianças», os vereadores da oposição consideram que «falta uma percepção mais clara do alcance social das funções que lhe estão cometidas». E, «a título de exemplo» deixam algumas notas onde estranham que «o Relatório não apresente uma caracterização do número de funcionários ao serviço desta empresa municipal». Referem que o Cinema «continua a apresentar um decréscimo de utentes e o cine-teatro tem uma utilização diminuta se descontarmos a dinâmica das Associações».
Consideram que «o saldo positivo de exploração das Piscinas quer em Ourém quer em Caxarias deve levar a rever o tarifário de modo a aproximar os valores cobrados ao custo real de exploração». É que para os vereadores do PS, «um resultado positivo de 78.850 euros chega a ser chocante» já que «embora tenha aumentado o número de utentes estamos longe dos valores de 2003 e daquilo que será razoável esperar de uma estrutura desta natureza que deve estar ao serviço e alcance da população em geral».
Por outro lado, «também os Serviços de Apoio à Família continuam a apresentar uma margem de exploração positiva superior a 12 mil euros (antes de impostos), o que juntamente com as Piscinas contribui para um resultado líquido de exercício positivo de 36.570 euros» daí que, consideram os vereadores da oposição, «não admira por isso que ao contrário do que acontece com a AMBIOURÉM, o Fundo de Maneio seja positivo e na ordem dos 169 mil euros».
Finalmente, quanto à gestão das infra-estruturas desportivas – pavilhões e estádio – «parece que os Regulamentos aprovados pela Câmara estão a permitir um equilíbrio. Importa pensar de que modo podemos aumentar a sua utilização e dar-lhe outra visibilidade» defendem os socialistas.

Breves

V Piquenique
Casal Clérigo
A ACROM – Associação Cultural e Recreativa de Outeiro das Matas promove o tradicional piquenique Casal Clérigo a 29 de Abril.
A caminhada está marcada para as 11h. O passeio de 45 minutos acessível a todos permitirá contemplar as paisagens ate chegar ao Casal Clérigo onde será servido o almoço, por volta das 13h. Durante a tarde haverá jogos tradicionais e animação com acordeão.
As inscrições para o piquenique devem ser feitas até 25 de Abril junto da organização através dos telms 916150965, 91674053. Custa 10 euros para não sócios e oito euros para sócios.

Banco alimentar
faz recolha
O Banco Alimentar contra a fome de Leiria-Fátima vai levar a cabo uma recolha de alimentos a 5 e 6 de Maio. A campanha vai decorrer em 30 supermercados dos concelhos de Ourém, Leiria, Batalha, Porto de Mós, Marinha Grande e Ansião.
Pela primeira vez será feita a recolha nos supermercados Lidl e Intermarché de Ourém. Também a partir desta data se passará a fazer distribuição de alimentos.
Nesta recolha estarão envolvidos mais de 50 voluntários nas lojas, armazém e transportes, coordenados por chefes de equipas identificados com camisolas do Banco Alimentar. O transporte dos bens recolhidos é assegurado por viaturas cedidas por empresas e entidades.
Estes alimentos vão integrar um plano semestral, com distribuição mensal. Actualmente são entregues, por mês, cerca de 12 toneladas de bens através de 49 instituições de solidariedade social e similares que acolhem, cuidam ou assistem mais de 5 390 pessoas carenciadas. Em Novembro de 2006, aquando da última campanha foram recolhidas 50 toneladas. Esta acção é coordenada pela Federação Portuguesa dos bancos alimentares e realiza-se nas superfícies comerciais, em todo o país.

Ribeiro e Castro em campanha


Ribeiro e Castro passou por Fátima, em campanha interna na disputa das eleições internas pela liderança do partido que se realizarão a 21 de Abril.
Sem nunca pronunciar o nome de Paulo Portas sempre referindo-se a ele como “o meu opositor” e “aquele que me faz oposição”, o actual líder dos populares lançou já os nomes que fazem parte da sua equipa.
Aos 60 militantes do distrito, num almoço de campanha, a 15 de Abril assinalou que “não ando nisto para dizerem bem de mim mas, do nosso partido. Isso leva-me a ter um modo diferente de intervir politicamente”. Sempre a marcar diferenças com o outro candidato a quem acusou de ter aberto a “crise interna”, assinalou que “queremos vencer em 2009”. Que as “nossas propostas sejam escolhidas porque as pessoas acreditam em nós, porque lhe demos razões para confiar em nós”.
Recordou que as eleições na distrital de Santarém foram fiscalizadas uma primeira vez e por isso repetidas e insinuou que não o foram segunda porque não foram fiscalizadas. Internamente, criticou também o facto de o site não ter actualizações e ter denominado de “o paralítico” enquanto que o “Conselho económico e social mais não era que décor” à actual direcção. Ribeiro e Castro defendeu que já trabalho feito ainda que “às vezes, com pouca participação dos deputados do nosso partido”.
A educação, o mundo rural, a agricultura são algumas das prioridades desta candidatura que pretende, em primeiro lugar “tratar da nossa casa”, isto é” vencer de vez, os que têm sido a principal adversidade do nosso partido”. O presidente do partido apresentou-se como o homem certo para governar o CDS e apelou ao “levantamento democrático deste partido, dos militantes contra o assalto que lhe está a ser feito”.

Tradição: Enterro do Bacalhau em S. Jorge


No domingo, a população de S. Jorge, na Freixianda, reviveu a tradição da encenação do Enterro do Bacalhau.
Momentos hilariantes, onde se fez crítica social, sobretudo ao poder judicial e à justiça, tantas vezes injusta, e deixando-se corromper a troco do «vil metal».
A história é simples tal como simples é o povo que se fartou de comer bacalhau, sete dias durante a Quaresma e, agora, desejoso de voltar a comer carne, em vez de agradecer ao «fiel amigo» acaba por levá-lo a julgamento quando quem deveria ser julgado era Judas, o traidor (ah, bacalhau, bacalhau/ tua sina como é/ Os que se serviram de ti/ agora dão-te com os pés).
A crítica social faz-se em várias frentes, ao sabor do momento, em cada ano. O próprio Judas que acaba, no fim, por ser condenado queixa-se de tal ter acontecido porque o fez apenas com «três dinheiros» porque «se fosse por um milhão/ comprava tribunais inteiros/ um monte no Alentejo/ e até era ministro do PS).
Aliás, o próprio bacalhau acaba por safar-se com a chegada do pai carregado de «ecus».
A sátira popular com um gostinho a Gil Vicente, fez com que se vivesse uma tarde diferente em S. Jorge, a cargo da Associação Cultural e Recreativa do Vale do Nabão.

Bombeiros assinalam 1º de Maio

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Ourém vai efectuara a homenagem aos bombeiros e directores já falecidos a 1 de Maio, como é habitual.
O programa da solenidade tem início às 9h30 com a concentração no quartel. Pelas 10h far-se-á uma romagem ao cemitério e, meia hora depois será celebrada a eucaristia pelos bombeiros e directores já falecidos. Pelas 12h30 realiza-se o almoço de confraternização.

Fanhais em Ourém, a 27 de Abril

No âmbito das comemorações do 25 de Abril, a Associação de Estudantes da Escola Secundária de Ourém (A.E.E.S.O.) está a organizar um concerto com o cantor Francisco Fanhais dia 27 de Abril, pelas 21 horas, no Auditório da OureArte. Os bilhetes, que têm por custo 5 cravos, poderão ser adquiridos através dos nºs: 96 238 36 95 / 91 276 83 93, na Livraria & Editora Som da Tinta ou na OureArte.
A A.E.E.S.O. deixa neste espaço um especial agradecimento à OureArte que teve o gentil gesto de ceder gratuitamente o Auditório para o referido evento. Sem tal preciosa ajuda, jamais teria sido possível este acontecimento.
A.E.E. S.O.

Torres Novas celebra Abril com a Brigada Victor Jara

Este ano a celebração dos 33 anos do 25 de Abril, em Torres Novas, são no Palácio dos Desportos e têm início pelas 16h com o içar da bandeira. Seguem-se algumas intervenções políticas e a projecção de um filme sobre o 25 de Abril. Uma exposição temática intitulada “25 de Abril ’74 - Os dias de festa em Torres Novas” poderá também ser visitada durante este dia.
Para culminar o programa, muita música para comemorar o 25 de Abril com o concerto da Brigada Victor Jara que relembrará muitas das canções emblemáticas de outrora e apresentará o seu novo disco Ceia Louca. A entrada é livre para todos.

Casos de Polícia

Nélson Véstia, de 19 anos, ficou ferido na sequência do despiste do veículo que conduzia na madrugada de sábado para domingo, 15 de Abril. O jovem morador na freguesia de Espite tinha a carta de condução há 15 dias e conduzia o Peugeot 205 do pai quando se despistou com grande violência, às 03h51, na estrada que liga o Barracão a Colmeias, no concelho de Leiria.
As causas do acidente estão por apurar, embora as forças de segurança suspeitem do excesso de velocidade. O carro despistou-se à saída de uma curva, chocou contra o muro de uma fábrica e partiu-se ao meio. O condutor ficou preso no poste, com ferimentos graves. Um jovem de 17 anos que seguia no banco traseiro teve morte imediata. Outro jovem, de 18 anos que seguia no automóvel, foi projectado dos destroços e ficou inconsciente.
A parte da frente do automóvel foi imobilizar-se contra um poste de electricidade, a 80 metros do local do primeiro embate.
Nelson Vestia é bombeiro na secção de Espite dos Bombeiros Voluntários de Ourém. Aguardava para ser promovido nos próximos dias a bombeiro de 3ª classe.


FÁTIMA
Em 10-04-2007, apresentada denúncia contra desconhecidos por, cerca das 12:30h, terem furtado uma porta em alumínio de uma associação e do interior da mesma furtaram artigos no valor de 2000,00.euros.

OURÉM
Em 09-04-2007, apresentada denúncia contra desconhecidos por, no período compreendido entre as 18:30h do dia 07 e as 08:00h do dia 09, após terem arrombado o portão de acesso a obra em curso, furtaram do seu interior bobines de fio eléctrico, no valor de cerca de 600.00 euros.
Em 11-04-2007, apresentada denúncia contra desconhecido/s, por no período compreendido entre as 21:00h do dia 07 e as 08:00h do dia 9, após terem escalado a vedação de uma obra em construção, terem furtado os cabos de ligação de uma grua e uma betoneira no valor global de 916,00 euros.



GNR

Casos de Polícia

A 9 de Abril, o despiste de um veículo ligeiro em Ribeira da Carvoeira, Caxarias provocou apenas danos materiais. Uma pessoa ficou ligeiramente ferida na sequência de um choque entre dois ligeiros em Boleiros, a 10 de Abril. Um outro choque entre dois ligeiros em Amieira, Urqueira, só provocou danos materiais. O despiste de um veículo pesado em Matas, Urqueira provocou danos.

Duas pessoas ficaram feridas sem gravidade, numa colisão entre dois ligeiros em Campina, Matas, a 13 de Abril.

A 14 de Abril, o choque entre dois ligeiros em Pinhel, Atouguia, só resultou em danos materiais bem como semelhante colisão ocorrida entre dois veículos em Caneiros, Fátima.

Uma pessoa ficou ferida na sequência do despiste do veículo em que seguia a 15 de Abril, em Vale das Uchas, Gondemaria. De um despiste ocorrido em Alvega, Fátima, também resultou um ferido leve. Do choque entre três ligeiros em Melroeira, resultou um ferido leve bem como do despiste de um biciclo em Casal da Relva, Urqueira. O despiste de um veículo ligeiro em Gondemaria, provocou danos.

A 16 de Abril, a colisão entre dois ligeiros em Porto Velho, Formigais, resultou em danos.

12 abril 2007

Notícias de Ourém, 13 de Abril de 2007

«Zangaram-se as comadres»… para nada - Adeus AMLEI


E eis que «a montanha pariu um rato». O ditado popular cabe perfeitamente no que aconteceu em Ourém com a chamada «reforma Miguel Relvas», da criação de áreas metropolitanas e comunidades urbanas. Por cá, depois de muitas controvérsias que levaram mesmo a zangas entre «irmãos» partidários, tudo vai ficar na mesma. Aliás, como já se esperava. A aludida reforma «foi para a gaveta» logo que o actual Governo entrou em funções e agora acontece o que se previa. Tudo volta ao ponto de partida, a reforma deixa de existir e regressam as associações de municípios, tal como antes, com Ourém, qual bom filho, a regressar ao Médio Tejo. Tudo fica como antes ou talvez não. É que o Governo vai avançar com a regionalização, sendo que esta se fará com base nas NUT - Nomenclatura das Unidades Territoriais para fins Estatísticos. O país deverá ficar dividido em cinco grandes regiões: Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve. As decisões estão tomadas embora o processo de regionalização venha a ser alvo de referendo, ainda durante esta legislatura.
Recorde-se que em 2003, quando a proposta de Miguel Relvas foi conhecida, o assunto levantou grande polémica em Ourém, tendo mesmo dividido políticos locais, gerando algumas feridas que se manifestam difíceis de sarar. Em 2003, a maioria dos deputados municipais oureenses votava com os presidentes da Câmara e da Assembleia Municipal, favoráveis à mudança para Leiria. Nas razões apontadas estiveram sempre as afinidades sociais e empresariais que ligam Ourém a Leiria. Do outro lado da barricada, uma minoria encabeçada pelo então Governador Civil do distrito, o oureense Mário Albuquerque, defendia a manutenção do concelho no Médio Tejo. Aqui, as razões apontadas passavam sobretudo pela dimensão dos concelhos que integravam a associação, onde se destacavam, sensivelmente ao mesmo nível, Ourém, Tomar, Torres Novas e Abrantes. Com tudo bem pesado, o prato da balança tombava para o lado de Ourém, o que lhe permitiria um papel de liderança. Isto conduzia a que, na hora de cortar o «bolo» dos subsídios, as fatias seriam, mais ou menos iguais, prevendo-se mesmo alguns ganhos para Ourém, o que não aconteceria com Leiria onde há concelhos com muito maior peso que acabariam por assimilar as maiores «fatias». Tinha-se ainda em conta o facto de Ourém eleger os seus deputados por Santarém e, assim ter a quem pedir contas quando disso fosse necessário.
Criaram-se movimentos, assoberbaram-se outros que já existiam. Agora tudo regressa ao que era e o presidente da Câmara não tem dúvidas que, a avançar a tal regionalização, é preferível que Ourém pertença à região de Lisboa e Vale do Tejo que à região Centro, de Coimbra. Considera ser sempre melhor a ligação à capital. Não espanta pois que o secretário de estado adjunto e da Administração Local tenha vindo dizer que «o presidente da Câmara de Ourém está perfeitamente sintonizado» com o Governo, porque o próprio David Catarino no-lo confirmou, após reunião recente que teve com Eduardo Cabrita.
Resta saber como vão ser as relações entre os presidentes de Câmara do Médio Tejo, com a liderança de António Rodrigues, de Torres Novas que, como sabemos, não morre de amores por Catarino, tendo mesmo, na ocasião, dito publicamente que, ao Médio Tejo interessava Fátima, mas não Ourém.

Vegar na Som da Tinta

José Vegar estará em Ourém, no espaço da livraria-editora Som da Tinta, no próximo sábado, dia 14 de Abril, pelas 16.00 horas, não apenas para falar da sua profissão e da sua obra, mas também para, por via da apresentação do seu mais recente livro, contribuir para uma reflexão sobre as transformações por que estão a passar as forças de segurança em Portugal e os desafios que se colocam à sua missão. Reflexão que, face a acontecimentos recentes também vividos por cá – com a redefinição da orgânica e dos territórios de intervenção da GNR e da PSP –, também importa desenvolver localmente.
O seu livro mais recente, Serviços Secretos Portugueses. História e Poder da Espionagem Nacional (Lisboa, A Esfera dos Livros, 2007), é o resultado de uma investigação longa e apurada e visa revelar a realidade opaca dos serviços secretos portugueses. Este título é ainda, convém referir, mais um contributo de José Vegar para a compreensão do fenómeno da segurança, ao qual tem dedicado parte significa da sua atenção, o que faz de si uma das vozes portuguesas autorizadas sobre a matéria.

Apollo comemora dez anos em cena


Notícias de Ourém (NO): Um espectáculo que lembra as peças dos dez anos de actividade do grupo de teatro. Porquê este desfile?
Dora Conde (DC): Pretendeu-se assinalar, de uma forma diferente, os 10 anos de existência do Grupo Apollo. A mostra de guarda roupa de teatro ainda é um conceito pouco utilizado (conheço, por exemplo, o desfile feito pelo Fatias de Cá de Tomar) mas quando foi proposto, depressa assumimos que poderíamos mostrar o nosso trabalho de uma forma leve e nova para nós. Desfilar não é propriamente aquilo que melhor sabemos fazer, mas aliando o desfile à representação poderia funcionar. Penso que o resultado foi muito agradável.
NO: Que balanço faz o grupo destes dez anos?
DC: Como todos os grupos teve os seus momentos bons e menos bons. Mas são mais os positivos, claro que sim. Costumo dizer que não custa formar grupos, mas sim dar-lhe continuidade, consistência, tirado ao mesmo tempo partido das potencialidades de cada um. O grupo evoluiu de forma consistente e o que fizemos há 10, 9, 8 anos, deu para perceber que, porventura, apesar de gostarmos muito de teatro, tínhamos de evoluir mais. O caminho teria que ser outro. Até a própria forma de fazermos as coisas. O ano passado, por exemplo, começamos a ter uma carreira regular de espectáculos, experimentamos outros locais para representar, chamamos novo público, introduzimos uma ligeira refeição nas peças. Este salto foi muito importante. O próprio conceito que tinha de teatro foi “engolido” por um outro muito mais prático que permite ao grupo, o envolvimento em diversas actividades simultâneas. Orgulho-me que consigam corresponder. Depois estou rodeada de boas pessoas. Acima de tudo é a parte mais importante, mais que bons actores, são muito boas pessoas que gostam muito de partilhar a experiência de fazer teatro.
NO: Mantêm-se os mesmos elementos?Tem havido renovação?
DC: Há sempre ciclos nos grupos e o Apollo não é excepção. Por vezes a vida das pessoas não permite que fiquem mais tempo connosco, há quem deixe e regresse um tempo depois.
Tivemos saídas das quais não me esqueço, sobretudo porque marcaram um tempo do grupo, sem dúvida! Mas a entrada de pessoas também tem correspondido bem. Pessoas novas são sempre uma “lufada de ar fresco” nos grupos. Dinamizam-nos. Para além disso, uma outra conquista importante é o que acontece neste momento, um ou dois elementos começa a trazer a família toda para o teatro. É muito bom já que todos vão fazendo pequenas tarefas e quando dão conta já estão envolvidos.
NO: Aproveitaram este aniversário para levantar um pouco do véu do futuro com a antecipação da peça “Memórias da irmã Lúcia”. Porquê?
DC: Aproveitamos o desfile como forma de promoção do Apollo. Estamos a trabalhar no projecto As Memórias de Lúcia, escrita por Norberto Barroca, e promovida pelo Santuário de Fátima, que tem ante-estreia marcada para 27 de Abril, juntamente com todos os outros grupos de teatro do concelho. Do Apollo participam 6 pessoas. Em simultâneo, preparamos A Terra dos Sonhos, a peça que estreará quase sem simultâneo com as Memórias que tem estreia marcada para 18 de Maio na Cenourém e que depois seguirá para a Sala do Torreão do Castelo de Ourém.
NO: Que projectos para o futuro?
DC: De momento, temos as duas estreias marcadas. O 2º semestre do ano será, em princípio, aproveitado para a carreira das peças da Terra dos Sonhos, Leandro, Rei de Helíria e Meta a Menina para Dentro! com espectáculos semanais na Sala do Torreão do Castelo de Ourém. Gosto muito do presente que tenho. Não quero perdê-lo a pensar no futuro.