29 junho 2007

Notícias de Ourém, 29 de Junho de 2007

Afinal o PSD candidata-se: Duas listas disputam freguesia do Fárrio



Diz o povo que «até ao lavar dos cestos é vindima» e como todos sabemos, em política as coisas nem sempre são o que parecem. Ainda na semana passada fazíamos eco das palavras do presidente da concelhia do PSD Ourém que nos dizia que o seu partido não concorria às intercalares da Ribeira do Fárrio por respeito pelo trabalho de Filipe Janeiro. Nessa altura dizíamos que o PS também estava a ponderar não avançar até porque a lista de independentes liderada pelo filho do demissionário presidente de Junta, levava três elementos ligados ao seu partido. Por parte do PS confirma-se a não apresentação de lista e António Gameiro disse ao NO que o PS apoia a lista de independentes. Já por parte do PSD as coisas deram uma reviravolta e eis que surge uma lista, contrariamente ao que havia sido afirmado.
Face a esta reviravolta, o PSD emitiu um comunicado onde começa por «lamentar» o pedido de renúncia da Junta de Freguesia. Depois afirma-se que o partido terá proposto a Filipe Janeiro que «os elementos da lista demissionária se recandidatassem pelo PSD», procurando assim encontrar uma saída para a situação de crise instalada. Mas, tal não terá sido possível já que, estes terão dito que apenas se recandidatariam como independentes. Na verdade, como o NO já havia noticiado, os membros demissionários não podem recandidatar-se pelo que não se percebe muito bem este convite, a não ser que ele tenha sido extensível a outros elementos candidatos mas apoiados pelos demissionários. Adiante.
No ponto seguinte, dos «desenvolvimentos, o comunicado do PSD afirma que «um grupo de cidadãos, dispostos a trabalhar pelo bem e desenvolvimento daquela terra, formulou, no passado sábado, com muito entusiasmo, um pedido ao PSD para que se apresentasse a sufrágio». Como argumentos para este «pedido entusiasta», está a assumpção do PSD como «força partidária com tradição democrática, de grande expressão e popularidade, na Ribeira do Fárrio, que sempre esteve presente em todas as candidaturas no concelho»; por outro lado recorda que Filipe Janeiro «sempre aconselhou a população da Ribeira do Fárrio a escolher o PSD, defendendo-o como a melhor opção, tendo tornado público que, também agora, nestas eleições intercalares, o PSD devesse concorrer». O comunicado continua afirmando que o partido «sempre esteve ao lado do seu eleitorado», faz referência às declarações do presidente da concelhia ao nosso jornal na passada edição para considerar não ser de estranhar a mudança de atitude «face aos últimos acontecimentos» e porque se afirma «apologista da diversidade e da pluralidade democráticas» permitindo assim a «opção de escolha» que é «saudável para a democracia».
Apresentar de armas
O presidente da Junta de Freguesia do Fárrio fez chegar à Assembleia Municipal de Ourém uma carta que nos foi também remetida, acompanhada de 164 assinaturas de populares da freguesia.
Nesta missiva, Janeiro, assinando como ex-presidente da Junta dá conta «da nossa insatisfação e desencanto da população desta freguesia conforme se prova pelas 164 assinaturas juntas, em virtude dos recentes acontecimentos relacionados com um muro abusivamente levantado nesta freguesia».
Diz o autarca que «ninguém na Junta de Freguesia esteve envolvida no processo e construção, derrube e reconstrução» do muro, que causou toda esta confusão
Lamenta que «a legislação nem sempre atribui todas as competências necessárias às Juntas de Freguesia» e questiona «para que servem as Juntas de Freguesia quando há obras abusivas e lesivas dos interesses das populações?». Daí que a «indignação levou à demissão dos membros da Junta de Freguesia e da Assembleia da Freguesia», o que, considera, «deveria merecer mais atenção por parte dos principais responsáveis Autárquicos deste Concelho».
Por isso, fica o apelo à Assembleia Municipal para que «aprecie este caso. Em nome da verdade». Na mesma reunião, o presidente da Câmara, informou que deixar «à Mesa da Assembleia Municipal informação completa sobre os factos invocados pela Junta e Assembleia de freguesia de Ribeira do Fárrio para renúncia ao mandato» destinada a consulta dos deputados municipais que o entendam. Informa ainda Catarino que «está interrompida toda a colaboração entre as autarquias Câmara e Junta de freguesia até que se entenda estarem reunidas adequadas condições para retomar o normal relacionamento».

Novo edifício dos Paços do concelho passa para a mão de privados

Com a entrada em vigor da nova lei das finanças locais, a continuidade da construção do novo edifício dos Paços do concelho foi posta em causa. É que a lei vem restringir os limites de endividamento das autarquias e agravar as condições de acesso aos empréstimos bancários. Perante o novo quadro legal, o município de Ourém não pode recorrer ao financiamento bancário para concluir a obra que vai já, sensivelmente, a meio da sua construção.
Daí a necessidade de lançar mão de outras soluções e é neste contexto que a maioria apresentou, na última reunião de Câmara, a proposta de uma parceria público-privada do tipo «project finance» em que o financiamento do custo do projecto é integralmente suportado pelo privado, a quem a Câmara ficará, depois, a pagar uma renda, durante o prazo de direito de superfície e revertendo o edifício para o município, após esse prazo.
No fundo e grosso modo, o que acontece é que a Câmara vende o edifício a um privado que assume a sua conclusão, ficando depois a pagar a renda por um determinado número de anos. Resta saber quantos anos e qual a renda a pagar.
Este assunto será motivo para a realização de uma Assembleia Municipal extraordinária que deverá ser marcada para breve. Nesta, a Câmara vai propor à Assembleia que a autorize «a alienar, mediante o direito de superfície, o prédio urbano com a área total de 9235,2 metros quadrados (…) com o valor venal de 100.000,00 euros» e a «vender a parte já executada da obra de construção do novo edifício dos Paços do Concelho, através da cessação de posição contratual que o município ocupa». O parceiro privado deverá ser encontrado mediante concurso público.
Para já, os vereadores do PS manifestaram a sua posição contrária a esta solução considerando-a «de contornos duvidosos» até porque «não apresenta qualquer estimativa dos custos envolvidos, dos montantes de arrendamento e duração do direito de superfície». Isto, para os socialistas «é como assinar um cheque em branco» e por isso votam contra ao mesmo tempo que consideram ser este «mais um episódio do caminho titubeante que está a ser seguido e que face ao quadro do endividamento municipal, onera por muitos anos o trabalho e actividade do município».
Na sua declaração de voto, os vereadores do PS salientam ainda «o esforço da empresa construtora para garantir o cumprimento de prazos», apesar «dos erros do projecto que obrigaram a novos estudos e obras de contenção periférica». E em relação a isto, o PS quer saber «na linha do solicitado pelo Tribunal de Contas, quem assume os erros do projecto e que diligências fez a Câmara neste sentido».

Eu gosto é do Verão...


Os deditos esticados apontam os quatro anos de Pedro Figueira, do jardim-de-infância de Boleiros-Maxieira enquanto sentado, na relva do campo de futebol João Paulo II come o queque e bebe o sumo.
Foi um dos 224 miúdos dos 11 jardins-de-infância abrangidos pela Componente de Apoio à Família do Agrupamento de jardins e escolas de Fátima que, na manhã de 27 de Junho, participaram nas Olimpíadas 2007 de expressão físico-motora.
Foi da bola saltitante, o jogo do canguru, nome que a organização deu ao jogo, que o pequeno Pedro gostou mais. Porque «abanava e a bola saltava». Um outro miúdo, ainda enfarinhado depois do jogo do Guloso (ou jogo da farinha) afirmava ter gostado e pretender repetir… para comer o rebuçado.
Ao longo da manhã, as crianças foram experimentando as 11 “estações” cada um com um jogo: desde a bola não mão e no pé ao jogo das cadeiras, ou das andas, a animação foi garantida durante toda a manhã.
A iniciativa da Associação de pais do Agrupamento de jardins-de-infância e escolas de Fátima foi levada a cabo com a empresa que promove as actividades de ginástica nos jardins-de-infância além de educadoras e auxiliares. A organização convidou também o jardim infantil do Bairro que, embora o Apajefátima não preste serviço de apoio à família a este estabelecimento de ensino.
Ao Notícias de Ourém, Manuel Neves, presidente do Apajefátima salientou que a actividade visou «acabar o ano lectivo de forma desportiva-recreativa». Uma oportunidade ainda para «convívio, lanche e brincadeira».

Verão em movimento
Actividades desportivas, radicais, saídas culturais e lúdicas é o que não vai faltar aos miúdos que frequentam o ATL do Apajefátima. Durante os meses de Julho, Agosto e primeira quinzena de Setembro, as crianças do 1º ao 6º ano, mesmo aquelas que não sejam do ATL mas que, residentes em Fátima, se queiram inscrever, terão os dias ocupados. Uma das saídas mais esperadas é o dia 6 de Julho com várias actividades desportivas e aquáticas nos Olhos de água, nascente do Alviela. Os alunos do primeiro ciclo terão, nesse dia, oportunidade de visitar o centro de interpretação ambiental, jogar futebol, andar de canoa, entre outras.

Poeta lança livro em data festiva


“Memórias em histórias”
No dia em que comemorou os cinquenta anos de matrimónio lançou o seu livro de poemas “Memórias em histórias”. Ensaios de poesia que dedica à falecida mãe, “cuja preocupação maior era que os filhos fossem à escola e, seguissem em frente, na educação e na instrução”.
Tudo começou no Natal de 1965. Desde então que começou a escrever umas quadras. O resultado está à vista. Uma obra de 210 páginas com algumas fotografias antigas, entre outras mais recentes, algumas da autoria do filho que, herdou o nome do pai.
“Tenho aqui um trabalho que gosto muito”, realça o autor que teve a gentileza de oferecer o seu primeiro livro autografado ao Notícias de Ourém.
A inspiração vai buscá-la a outros autores. Nomes como Júlio Dinis, António Aleixo e os Lusíadas, de Camões, estiveram sempre na mesa enquanto foi escrevendo, todos os dias, algumas quadras.
Mitologia, o Bodo de Santo António, a Festa da Ortiga e até uma dissertação sobre os cornos para “afastar o mau olhado” fazem parte da obra. Há ainda histórias para rir, em poesia.
Ele que sempre escreveu, passou a limpo e corrigiu os seus poemas à mão teve a ajuda dos netos que passaram os seus originais a computador. Os trabalhos foram mostrados a algumas pessoas “para ver a reacção”.
Agora, depois deste livro, “tenho que folgar um bocadinho”. As 1800 quadras foram escritas ao balcão da mercearia, negócio que possuía e, agora que foi vendido “”penso que vou ter mais tempo”.
No prefácio, escreve José Poças que “tendo por fundo a serra d’Aire, o autor partilha as agruras de antanho, percorrendo os usos e costumes da sua aldeia”.
“Escrito por um filho da terra, fica-nos o encanto e a surpresa de ver retratados muitos dos aspectos e a surpresa de ver retratados muitos dos aspectos sociais, da alegria e da criatividade do povo da Maxieira”.
“Nestas páginas, Humberto Neves descreve a entreajuda dos vizinhos, a solidariedade das famílias, o esforço colectivo e individual para sobreviver na fé, nos divertimentos e festividades, no trabalho e no sofrimento”, realça Poças.

Festa
A festa juntou família e amigos mais chegados, 126 pessoas além das crianças. Júlia Figueira e Humberto Neves da Silva festejaram os cinquenta anos de matrimónio, a 15 de Junho.
Os convidados assistiram à repetição dos votos que ambos efectuaram em 1957, na Igreja paroquial de Fátima. Desta vez a celebração foi feita na capela da Maxieira, local onde o casal habita.
Um momento que Júlia destaca “bonito” uma vez que “tenho os filhos, os netos e os amigos, todos juntos”.
Quando casaram ele tinha 23 anos, ela ia completar 18. E bodas de ouro depois, o segredo para uma vida feliz é “paciência”, diz ela entre um sorriso.
Ainda que às vezes haja “discordâncias”, completa a noiva, a verdade é que “nunca me lembro de haver zangas de muitas horas”, releva o noivo. Além da cerimónia religiosa, os amigos e familiares juntaram-se numa festa onde foi mostrada, em filme, uma retrospectiva da vida familiar desde os avós dos noivos até aos netos.

Caxarias: 40 sopas degustadas num instante


Às 13h30 já quase não havia sopas. A segunda edição do Festival de sopas promovido pelo Centro de Cultura e Desporto de Caxarias juntou 900 pessoas que quiseram degustar as 40 sopas, no domingo, 24 de Junho, ao almoço.
Veja-se, foram saboreados 1200 litros de sopa, bebidos vários litros de vinho, cerveja e outras bebidas. Junta-se-lhes pão e broa bem como algumas sobremesas e o repasto fica completo.
25 restaurantes, quatro padarias do concelho apoiaram esta iniciativa e a própria colectividade disponibilizou cinco sopas. De Caxarias, a Seiça, Ourém, Olival e Rio de Couros, os diversos restaurantes apresentaram quase todos, duas sopas, cada. Uma senhora da terra ofereceu as várias sobremesas que foram ali provadas.
À entrada, cada participante recebia um saco de pano com tijela de barro, copo, colher, além do guardanapo. As tasquinhas eram depois seleccionadas dado o paladar de cada um. A animar a tarde, esteve um acordeonista.
Vieram de diversos pontos do país. Desde o emigrante em França que veio de Sesimbra e cujos laços familiares o ligam a Caxarias, a muitos da freguesia e outros vindos de Abrantes, Setúbal, Costa da Caparica e Lisboa.
Esta segunda edição superou as expectativas da direcção, aponta Armando pessoa, presidente da colectividade. Um aumento do número de participantes, mais 300 pessoas, levam a direcção a pensar já, no próximo ano, em mais sopas e mais sobremesas.
Aumentar o número de mesas para as pessoas almoçarem é outra das melhorias que pretendem efectuar para a terceira edição do festival.

Passeio equestre
25 cavaleiros percorreram a freguesia de Caxarias num passeio a cavalo realizado a 17 de Junho. A iniciativa do clube reuniu seis cavaleiros da freguesia além de amigos dos cavalos de Leiria, Torres Novas e Alvaiázere, num total de 150 pessoas.

Peritos da União Europeia reflectem sobre fundos europeus

A Nersant, a Acto – Acções e Território, a Eurofocus, a Patto, a Eurobic, a PHP e a ADT reuniram-se com ex-directores gerais da Comissão Europeia para analisarem um conjunto de programas comunitários que entrarão em vigor durante o período de 2007/2013. A reunião decorreu, ao longo de dois dias, no Centro Cultural do Cartaxo, tendo sido definidos os programas e projectos a que estas entidades se irão candidatar.
A Nersant vai assim concretizar o seu plano estratégico definido para 2007/2013, complementando os projectos que irão ser submetidos à apreciação dos programas nacionais com estes programas comunitários, no próximo orçamento geral de estado.
As áreas de desenvolvimento dos projectos situam-se nos domínios da Inovação, Economia do Conhecimento, Pólos de Competitividade e Cooperação Empresarial.

Um “curral” de petiscos


Pode servir de lanche ou até mesmo de jantar. A petisqueira “O Curral” abriu portas a 7 de Junho e serve uma série de petiscos que vão desde as habituais moelas ou picapau a especialidades como as tripas, queixadas, sopa de peixe, sopa da pedra e caldo verde.
Junta-se-lhe pão caseiro ou acompanhamento de arroz de feijão, batata frita e saladas e um doce conventual à sobremesa e a refeição fica completa. Isto, claro, sem esquecer uma bebida. Há uma carta de vinhos da região e o empresário Carlos Dias pretende enriquecer a garrafeira com vinhos das várias regiões do país. O cliente pode sempre apreciar uma sangria.
O espaço receber 80 pessoas distribuídas por duas salas, uma das quais mais pequena e mais propícia para grupos. “O Curral” assume-se como um “espaço diferente onde se pode petiscar e estar a conversar”. Alia-se a isso a localização, em São Sebastião, entre Fátima e Ourém, com uma esplanada convidativa nos finais de dia, no Verão.
Foi a falta de um estabelecimento deste tipo que, em conversa, foi surgindo a ideia deste negócio. “Queríamos petiscar e tínhamos que nos deslocar para fora”, salienta Carlos Dias. Da constatação ao negócio, “quando surgiu esta oportunidade”, a ideia foi colocada em prática.
O estabelecimento está aberto diariamente, a partir das 16h e, fica aberto, até depois da hora habitual de servir jantares. Com “O Curral” aberto há três semanas, a gerência manifesta a sua satisfação pelo movimento que, ocorre, sobretudo, à hora de jantar.
As marcações podem ser feitas pelo telefone 249545510 e o preço médio de uma refeição pode variar entre os 5 e os 15 euros dependendo da especialidade escolhida.

Eira recupera tradição em noite de São João


Dezenas centenas de pessoas juntaram-se na noite de São João para a tradicional fogueira, no Outeiro, em Boleiros. Além da sardinhada e convívio das pessoas que residem ali próximo, são alguns os que, através de amigos e conhecidos se juntam.
Este ano, foi inaugurada de forma simbólica, uma eira instalada num pequeno largo existente entre as três ruas.
A necessidade de um certo “arranjo paisagístico” daquele espaço era uma necessidade sentida por alguns moradores. Desde 2004, na fase final das obras do largo da capela que o assunto foi aflorado com o arquitecto responsável pelas obras. Assente a ideia da colocação de uma eira, foram desenvolvidos esforços no sentido de aquisição de um exemplar.
Em Janeiro de 2007, essa possibilidade ocorreu. Os moradores adquiriram a eira a um habitante de Boleiros e foi colocada, segundo o molde original, antes do São João, pois este ano esta Fogueira faz parte do programa de actividades do 4º centenário do culto a Santa Bárbara. Tudo foi conseguido “mercê da grande dedicação de alguns populares (profissionais de trabalhos em pedra) que deram a mão-de-obra para a sua implantação”, salienta Nuno Oliveira, um dos moradores.
Nesta obra de restauro, a Junta de Freguesia de Fátima comparticipou com alguns materiais e a EDP disponibilizou-se para a reimplantação de alguns postes e iluminação pública.
Entre os moradores decorre ainda uma subscrição para juntar a quantia devida pela aquisição da eira.

Rancho actuou
Ao som da marcha, os onze pares do recriado Rancho de Boleiros animaram a noite de São João. Os temas apresentados foram os que o original Rancho de Boleiros apresentou em Fevereiro de 1957 num cortejo na Paróquia de Fátima, nomeadamente “O Arquinho”, “Adeus, boa-tarde” e a “Marcha de Boleiros”, da autoria de João da Esperança, presente na assistência. À saída do grupo, foi ainda entoado o “Hino dos 400 anos” escrito para o aniversário dos 400 anos de culto a Santa Bárbara e apresentado publicamente em Agosto de 2006.
A ideia da apresentação (recriação) do Rancho de Boleiros foi decidida em Fevereiro de 2007, durante o convívio das Candeias após o visionamento de algumas fotos do rancho original. Uma decisão espontânea resultante do entusiasmo de algumas pessoas que logo ali começaram a formar os pares e a organizar essa recriação. Sucederam-se duas semanas de ensaios depois de estarem os temas gravados e os fatos (como os originais).
Sardinha assada, bebidas, uma bancada da “organização” dos 400 anos com produtos próprios, mesas colocadas à volta da eira e uma fogueira gigante para “queimar a velha” completaram a noite que, no futuro, manterá o seu cariz popular.

Casas vão abaixo para construir um jardim

A notícia é do Jornal «O Mirante e aqui fica reproduzida na íntegra:
Ourém contraria decisão do Supremo Tribunal Administrativo e expropria habitações
A Câmara de Ourém vai contrariar uma decisão do Supremo Tribunal Administrativo e expropriar algumas habitações na rua de Castela, no âmbito da execução do plano de pormenor da envolvente ao centro de saúde da cidade. Os proprietários das casas não se conformam com a atitude do município.
A residir mesmo em frente ao referido prédio, Manuel Graça queixou-se da decisão da câmara ao Tribunal Administrativo de Coimbra, que lhe deu razão. A autarquia recorreu para o Supremo Tribunal Administrativo tendo este confirmado a decisão da primeira instância, declarando nula a licença de construção do prédio, emitida pela câmara. “Nunca os serviços camarários poderiam, no exercício das suas actividades, tomar em consideração planos de pormenor que ainda não se encontravam em vigor”, considera o juiz do Supremo Tribunal Administrativo que, no Verão de 2005, deu 20 meses à autarquia para proceder à demolição parcial do referido edifício de cinco andares.
Uma decisão que a Câmara de Ourém não vai acatar. Em declarações a O MIRANTE o presidente do município, David Catarino (PSD) classificou de “disparate” a imposição do Supremo Tribunal Administrativo, adiantando que o prédio vai ficar “como está e onde está”. “O que temos que fazer é o que está aprovado no plano de pormenor que foi aprovado em assembleia municipal e sujeito a discussão pública”.
Face a esta notícia, os vereadores do PS já anunciaram que «na próxima reunião vamos demarcar-nos desta atitude».

Visita à Freixianda: Os pontos críticos e as críticas socialialistas


Os eleitos nas listas do Partido Socialista (PS) visitaram a freguesia de Frexianda, a 23 de Junho. Uma ocasião para apontar a falta de obra em determinados casos e num, aplaudir a decisão.
A primeira paragem da visita foi o local onde deverá ser construída a escola básica do primeiro ciclo da Freixianda, junto da actual EB2,3 da Freixianda. E neste caso, o PS regozija-se com o facto de ter sido encontrada uma “boa solução”, a da escola básica integrada.
«A ser encontrada a solução de terrenos com possível permuta, permite concentrar aquilo que será uma zona escolar à séria para o ensinamento, dos professores e também com a possibilidade de usufruir de outras infra-estruturas que já estão ali próximas, nomeadamente as desportivas», salienta José Alho.
A solução equacionada ainda não tem data definida quanto à data de colocação da primeira pedra. «Tudo faremos para pressionar e que esta seja uma solução prioritária» refere o vereador do PS. Mas, «do ponto de vista do relacionamento político com as populações (depois do descontentamento) é uma boa resposta, pela positiva, a algumas preocupações», salienta referindo-se ao voto contra do presidente da Junta da Freixianda aquando da votação da carta escolar.


Casa mortuária
O PS discorda da localização da casa mortuária. As estacas já estão colocadas num terreno junto ao actual cemitério num espaço que lhe pertencia, virado para a estrada. O que obriga aos «cortejos fúnebres numa repetição de itinerários» da casa mortuária para a igreja e da igreja para a casa mortuária.
A melhoria do «deserto inóspito», isto é, do mercado, com mais árvores e bancos de jardim é outra das reclamações socialistas para aquele espaço.
Na terceira visita a uma freguesia (depois de Espite e Seiça), os socialistas verificaram a falta de asfalto em algumas estradas da freguesia além das obras de alargamento do cruzamento da Lagoa do Grou para a Ribeira do Fárrio, terreno que, diz o eleito do PS na Freixianda «foi comprado para isso e, nada».

Prioridades
Além do «mau estado da rede viária», os socialistas referem-se ainda ao plano de urbanização da vila. «Teve uma apresentação cheia de erros que, na altura, nos criticámos, entre os quais, na caracterização das acessibilidades da freguesia dizia-se que estava bem servida pela EN 356, quando sabemos que isso é uma das reivindicações das populações, muito antiga». Independentemente dos erros desse trabalho apresentado à população, «já passou um ano e não se viu mais nada». E portanto, diz o PS «não podemos ficar descansados com o discurso do presidente que, diz que a culpa é das pessoas de Lisboa que, não dão resposta».
José Alho diz que é «confrangedor» ver «as coisas paradas, mas, pior que paradas: nada foi feito, nem sequer há uma expectativa. Nem sequer se sabe onde é que está parado, emperrado. É uma inexistência completa de trabalho à volta disso». E isto a que se refere é o «impasse na zona industrial».
O vereador socialista critica o executivo de ter apenas duas prioridades «o edifício dos paços do concelho que, está num buraco sem saída, do ponto de vista financeiro» e o arranjo da nova igreja da Santíssima Trindade.
Em onda de críticas, Alho defende que «Ourém está a desperdiçar, algumas pessoas que podiam fazer a diferença. Que se fossem sensibilizadas estariam disponíveis para abrir algumas portas para o concelho». Trata-se do governador civil, Paulo Fonseca e dos dois deputados, António Gameiro e Mário Albuquerque.
Pavilhão municipal
Na estratégia «reactiva» de que fala Alho, o exemplo apontado é do da subida do Desportivo de Fátima, esta época ou da Juventude Ouriense, a época passada. Em relação ao pavilhão municipal, do qual alguns falam de não possuir todas as condições, o veredor salienta que «as condições mínimas estão garantidas mas, do ponto do vista do cartão de visita, é dar uma ideia de terceiro mundo».
Cita os exemplos de Torres Novas, Tomar e sugere que «teria sido sensato, ter assumido, há alguns anos atrás, um pavilhão gimnodes-portivo, para as diversas modalidades, com as dimensões competitivas, mais ligado ao perímetro urbano de Ourém». O Carregal, a localização do antigo Intermarché são duas soluções apontadas.

Fundação Dr. Agostinho Albano de Almeida: Idosos festejam Santos Populares


Os utentes do Centro de Apoio a Idosos da Fundação Dr. Agostinho Albano de Almeida, de Ourém, festejaram os Santos Populares na tarde da passada sexta-feira, dia 22 de Junho. A boa disposição foi a nota dominante, a juntar à sardinhada à moda antiga, com o peixe estendido na broa.
A animação musical esteve a cargo da cantora “Lelita”, habitual colaboradora e membro da Liga dos Amigos da Fundação, que encantou com a sua voz viva e apelativa ao bailarico, que a “força nas canetas” sempre se arranja.
Foi uma tarde bem passada que serviu também para fortalecer os laços de amizade e companheirismo entre os vários colaboradores da prestigiada instituição particular de solidariedade social.

Nova sala Polivalente
A Fundação tem ao dispor uma sala polivalente com capacidade para uma plateia que ultrapassa os cem lugares sentados, dentro do maior conforto e condições acústicas. O novo espaço permite utilizar as novas tecnologias de informação e tem sido palco de várias acções de formação e reuniões de âmbito regional e nacional.
Para a utilização da sala, bem no centro da cidade, que conta ainda com um bar de apoio, os interessados deverão contactar a fundação pessoalmente ou através do telef. 249 540 000.

Apresentado projecto de gestão turístico-cultural para autarquias

Foi apresentado, no Governo Civil de Santarém, um trabalho desenvolvido pelo Instituto Politécnico de Tomar (IPT), que serve de desenvolvimento ao conceito de conhecimento do património natural e cultural para a gestão autárquica nas áreas do turismo e da cultura. Este projecto desenvolve um Inventário, uma Base de dados e uma Bolsa de ideias.
Segundo Paulo Fonseca, Governador Civil, «quem não fizer parte de uma rede no futuro não existe», congratulando-se por este trabalho académico estar ao serviço do desenvolvimento das autarquias, que «tendo visão estratégica, poderão dar continuidade a este tipo de projectos».
Para o director do projecto, Luís Mota, esta iniciativa introduz uma nova dinâmica na percepção do património e da cultura, podendo levar as autarquias a criar aquilo que define como a “Carta Cultural Autárquica”, disponibilizando um instrumento técnico poderoso, o TURIAUTA.
Através do site www. turiauta.ipt.pt., políticos e técnicos autárquicos, administradores de programas culturais e turísticos, programadores de eventos, técnicos de empresas na área da Cultura e do Turismo, estudantes e docentes, turistas e público em geral poderão aceder à oferta do TURIAUTA, em virtude deste estar vocacionados para as plataformas web de nova geração.

«Nas asas do saber nós queremos viajar»


O Jardim Infantil de Ourém – IPSS, celebrou no passado dia 19, Terça-feira à noite, no Centro Pastoral Paulo VI, com a prestimosa colaboração da Reitoria do Santuário de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, a sua Festa de Final do ano lectivo 2006/2007.
Foi mais uma oportunidade para as crianças e funcionárias da Instituição subirem ao palco e recriarem os trabalhos manuais e musicais desenvolvidos durante o ano lectivo que agora finda. Além de agraciadas as funcionárias do Jardim Infantil, pelo trabalho realizado com as crianças, foi também a oportunidade de alguns pais, em particular dos finalistas, mostrarem os dotes musicais e o regresso à infância ao recriarem um dia normal no Jardim Infantil.
Foram ainda apresentados aos pais e familiares que não tiveram oportunidade de ouvir, as canções do Jardim vencedoras do Festival de Música Interescolas, sob a direcção do prof. José António que prestou uma ajuda importante na montagem deste acontecimento.
A Festa contou ainda com a participação da Banda Juvenil da AMBO que gentilmente acedeu ao convite, interpretando quatro peças e acompanhando as vozes que encerraram o evento ao som do hino do Jardim Infantil de Ourém:

A nossa escola é vida, a nossa escola é amor,
Nós temos um amigo em cada professor.
A nossa escola é uma escola mesmo assim,
Um bem para nós todos, alegria para mim.

REFRÃO
Nas asas do saber nós queremos viajar,
Queremos construir um mundo novo p’ra viver.
O nosso lema é estudar p’ra ser alguém,
Queremos ser felizes e ir sempre mais além,
Além no futuro está o que a nossa escola nos dá..
Na esperança que o apelo do hino mobilize algum associado ou leitor mais apreensivo com esta dinâmica de convívio e animação empreendida pelo Jardim Infantil, informa-se que dia 29, Sexta-feira à noite vamos festejar os Santos Populares com o arraial no recinto do ATL “Mágico”.

Melo na Galeria Municipal

Jorge Melo é o artista que vai, durante o mês de Julho, expor na Galeria Municipal de Ourém os seus trabalhos de pintura numa mostra intitulada “Faces, corpos e ilusões II”.
Nascido em Coimbra e actualmente a residir em Ourém, o artista vai trazer os seus trabalhos impressionistas sobre tela à cidade. Para visitar gratuitamente, todos os dias entre as 10h00 às 19h00.

Miúdos reclamam limpeza do parque linear


Foi uma visita não planeada aquela que David Catarino recebeu dos alunos das escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico de Sobral e de Matas, freguesia de Nossa Senhora das Misericórdias, concelho de Ourém. Após uma visita ao Parque Linear e ao recinto de feiras adjacente, os mais novos foram, junto do autarca, reclamar por mais limpeza nas áreas por que tinham passado.
Os alunos foram recebidos pelo presidente da Câmara que afirmou ir “fazer chegar junto dos feirantes a necessidade de terem mais precauções com o lixo que produzem e que, com o vento, acaba por se espalhar por todo o parque linear, acabando por se acumular na ribeira”.
Preocupação foi também mostrada pelos mais novos sobre o estacionamento abusivo que se verifica nos dias de mercado, sobretudo em cima de passeios e passadeiras.

As festas em balanço

As festas da cidade foram analisadas na reunião da Assembleia Municipal que se realizou logo a seguir. E, dependendo da perspectiva, elas foram vistas de modo bem diferente. Enquanto a bancada social-democrata enaltecia a «excelente organização», as «inúmeras actividades que decorreram simultaneamente em vários locais» e a «grande capacidade de coordenação», os socialistas viram a coisa de outra maneira. Joana Figueiredo (PS) parece não se ter se ter enternecido como Natália Nunes (PSD) com largadas de pombos ou hastear de bandeiras, mas esteve atenta à fraca adesão da população. A deputada socialista não entende a razão para «sacrificar os expositores com pagamentos de 300 euros, quando as festas são e devem ser motivo de mostra cultural e gastronómica do concelho» assim como não entende porque é que «o artesanato é taxado com pagamentos de 80 e 100 euros». Por isso questiona quem contabiliza as receitas. Mas os socialistas também querem saber qual o «critério que presidiu à selecção dos expositores, designadamente de bijutarias, guloseimas e produtos regionais de outras zonas do país, sem que os nossos tenham sido envolvidos». Mas não são apenas estas as situações colocadas na AM. Joana Figueiredo pergunta «quem encomendou sardinhas para 50 pessoas quando foram tantos os convidados» queixando-se ainda da dispersão de horários e programas, considerando, face a tudo isto, que este ano «se regrediu num caminho que julgávamos estar a consolidar-se» pelo que deixa o desejo de que, no próximo ano, «alguma eventos inaugurativos, motivem o executivo para um trabalho mais cuidado e que enobreça a nossa terra».

Poesia na Som da tinta

No dia 30 de Junho, pelas 16 horas, Joaquim Castilho vai apresentar o seu livro de poesia «Artesanato», na Som da Tinta. Haverá, em seguida, uma pequena feira de livros, com grandes descontos.

«O Povo está sempre lixado»

«O Povo está sempre lixado» é o que afirma João Trezentos na declaração feita na Assembleia Municipal da passada quinta-feira. Em causa está o reforço de 55.000 euros para a estrada 340 que liga Ourém à Memória. Diz João Trezentos que «de pouco vale o reforço anunciado, com grande euforia» pelo deputado António Gameiro, «como se algo de extraordinário e de espaecial tivesse conseguido». Isto porque no entender do presidente da Junta de Freguesia de Espite, tal verba «não chega sequer para mandar cantar um cego». Ou seja, afirma o autarca, as verbas «não chegam para as necessidades mais importantes». E acrescenta que isto é agravado «com o facto de não terem sido antes colocados colectores de esgotos, prevendo já o futuro, pois assim dentro de algum tempo, terá que ser destruído tudo quanto agora está a ser feito».
Por isso Trezentos deixa o apelo «para que a estrada 349 seja concluída conforme prevê o projecto».

PSD-OURÉM: 100 Dias/100 novos militantes

O PSD-Ourém está a promover a iniciativa “100 Dias/100 novos militantes”, agendada para hoje, dia 29 de Junho, sexta-feira, pelas 21 horas, no restaurante “Colina Verde”, em Olival. No programa constam intervenções políticas de militantes locais e distritais e a apresentação de 100 novos militantes.
No decorrer da actividade será servido um coffee break e está anunciada uma “surpresa”.

A JSD Ourém com novo site

Esperando, «chegar a mais militantes e simpatizantes »,a JSD/ Ourém, lançou um novo site em: www.jsdourem.com

Encontrar novas formas para «viver nas cidades»


«Viver nas Cidades: Desenvolvimento e Qualidade de Vida», foi o tema proposto pelo PSD para ser debatido em Tomar, no passado dia 23, durante a tarde. A apresentação do tema esteve a cargo de Ferreira do Amaral e de Miguel Relvas. Este debate decorreu no âmbito da revisão do programa do Partido e contou com a presença do seu líder nacional, Marques Mendes.
Coube a Carlos Coelho fazer a apresentação dos oradores e introduzir o tema não só na sala mas também para a Internet já que a sessão aí decorria em directo, podendo as pessoas colocar as suas questões, também deste modo.
Ferreira do Amaral apontou a necessidade de se acabar com os sub-urbanismos, criando novas centralidades na luta contra a desumanização das cidades, em particular das de maior dimensão. Obviamente que a referência foi a cidade de Lisboa com os seus muitos bairros sub-urbanos de pessoas desenraizadas, que perderam os laços familiares e de vizinhança, tornando-as frágeis e portadoras de instabilidades que acabam por ser caracterizadoras da vida nestes espaços, à margem das cidades. Aliás, recordando experiências pessoais vivenciadas em tempos de campanha, o ex-ministro fala de subdesenvolvimento e de uma nova geração de portugueses com algumas deformações advindas das condições de vida em que nascem e são criados, em guetos suburbanos, em bairros da lata sem o mínimo de condições e de dignidade humana, fruto do êxodo para as grandes cidades que não estavam preparadas para os receber, empurrando-os, por isso, para as suas zonas limítrofes. Mas também aí não foram criadas condições de acolhimento. Faltou a construção que acabou por se traduzir em bairros de lata, ou, quando ela existiu, foi de muito pouca qualidade. Por outro lado, não foram criadas redes de transportes capazes de dar a devida resposta e a vida foi-se degradando.
Mas para Ferreira do Amaral, a solução não passa por impedir as pessoas de irem para as cidades, coartando-lhes a vontade e a liberdade. Defende que a solução passa por «preparar as cidades para o crescimento, através da resolução antecipada dos problemas de urbanismo e de transportes» garantindo assim que ela possa «receber com dignidade as pessoas que nela queiram viver».
Daí a importância de se possuir uma visão antecipada do que vai acontecer porque, afirma, «o problema vai manter-se», ou seja as pessoas vão continuar a deslocar-se para as cidades onde, por via da existência de muito mais gente, também existe os serviços e os equipamentos nas diferentes áreas, como é o caso da saúde ou da cultura, que possam dar resposta aos seus anseios.
E se por um lado a cidade não comporta os que chegam, por outro acaba por empurrar mesmo os seus, que ali nasceram, para as margens, desenraizando-os também, por falta de condições onde uma das mais evidentes, é a falta de espaço para ter as suas viaturas já que, mais uma vez devido a problemas de estratégia na área dos transportes, a cidade acabou por criar uma forte incompatibilidade com o automóvel.
Assim, para Ferreira do Amaral, «o sub-urbanismo é um grave problema do país que não se resolverá por si próprio», antes tende a arrastar-se e a agravar-se. Necessitará pois de vontade e intervenção política para alterar aquilo que tem sido o padrão de vida das grandes cidades.

Para Miguel Relvas, para além do êxodo para as cidades, um problema que não é apenas português, existe outro factor a que não se assistiu na Europa que foi a litorização. Ou seja, as pessoas não se deslocaram apenas para as grandes cidades mas essa deslocação fez-se no sentido da litorização, desertificando o interior e o deputado teme que não se encontre solução para o problema.
Considera que o país se encontra já bem infraestruturado e utiliza uma metáfora bem actual para dizer que está na hora de «fechar o ciclo do hardware e começar o ciclo do software», ou seja dos conteúdos. E manifesta alguma incompreensão pelo facto de «os presidentes de Câmara se entenderem para dividir o dinheiro» mas não o fazerem «para estruturar o país e planeá-lo».
Por outro lado, acusa os autarcas de se preocuparem mais com a construção de rotundas do que com a formação dos seus recursos humanos e defende as parcerias interminicipais para dar resposta aos problemas não só do futuro mas já da actualidade. Diz Relvas que «as soluções não podem ser de olhar apenas para o espaço municipal» porque embora reconheça que o velhinho modelo das inaugurações «é agradável e enche o olho», a verdade é que é um modelo esgotado. Dando o exemplo de Lisboa, Relvas diz que se vêem os autarcas a «quererem resolver os problemas com velhas soluções que já não servem».
O encerramento da sessão esteve a cargo do presidente do partido que salientou a importância destes encontros, a decorrer no país, com vista à actualização do Programa do PSD. Marques Mendes referiu o facto de se tratar de sessões completamente abertas aos militantes mas também a quantos queiram participar contrariamente ao que sucedia anteriormente.
Marques Mendes aproveitou para falar da necessidade de credibilização da política e dos políticos, defendendo para tal a importância de Programas que estabeleçam fios condutores da sua acção, no sentido destes apresentarem um «pensamento estruturado». Para que a tal credibilização aconteça, o líder do PSD fala da importância de não se trocarem «convicções por conveniências», de «não fazer o contrário do que se promete», considerando que, em política, «o importante não é falar, é ser ouvido». Por isso sublinhou a necessidade dos responsáveis políticos serem exemplares, conscientes que «a política é um serviço público que mexe com a vida dos outros» e, por isso, «não pode haver facilitação».

Ourém discutiu endividamento: «Comprar o que se precisa com o dinheiro que não se tem»


As questões do endividamento parecem não preocupar muito a população de Ourém, a avaliar pelo número de pessoas que respondeu ao convite da Câmara para uma sessão de esclarecimento sobre endividamento, organizada pelo GIAC – Gabinete de Informação Autárquica ao Consumidor, que teve lugar no passado dia 19 de Junho.
Menos de uma vintena de pessoas na assistência ouviram falar de sobreendividamento e colheram alguns conselhos para evitar chegar-lhe.
A sessão foi aberta pelo vice-presidente da Câmara que apontou os apelos do consumismo da actual sociedade como causa de um dos principais problemas da actualidade e da necessidade de ter «uma perspectiva do que pretendemos adquirir, fazendo contas para saber qual o suporte financeiro».
Em relação à fraca adesão da população, Frazão fez votos de que tal seja «sinal de fraco endividamento no concelho» e de que, afinal, «a crise não seja tão grande como parece».
Vítor Baptista, presidente da Delegação da Deco de Santarém fez um pouco o historial e das causas do problema apontando a «actual forte pressão para o consumo» que leva as pessoas a sentirem-se impelidas a «comprar aquilo que não precisam, com o dinheiro que não têm».
Dá o exemplo das férias, reconhecendo que «todos temos direito a elas» mas, ao fazerem um empréstimo para este ano, as pessoas esquecem-se que nos próximos continuarão a necessitar de ter férias e ainda estarão a pagar as actuais. Por isso lembra que «nem todos podemos ir para os mesmos destinos». Do mesmo modo, «se todos precisamos de um carro, nem todos podemos ter grandes marcas».
Para Vítor Baptista um dos problemas é que quando as pessoas decidem pedir um empréstimo, acabam por se instalar num confortável «já agora…», que vai aumentando o valor inicialmente pretendido. Dá o exemplo: pede-se um empréstimo para uma casa, mas «já agora» pede-se um pouco mais e constrói-se uma casa maior do que a que se necessita, «já agora», mais qualquer coisa e faz-se uma piscina, «já agora, mais uns trocos e vem uma mobília nova… e os «já agora» vão-se multiplicando e chega uma altura em que já não há rendimento capaz de fazer face ao endividamento. E diz este responsável da DECO que «não há forma de dar a volta a isto» porque «as pessoas trabalham e sentem-se no direito a ter as suas coisas», sobretudo porque, muitas vezes, se estabelecem comparações com o vizinho do lado e se pensa que «se ele tem eu também posso», esquecendo que muitas vezes esse vizinho também já vive situações complicadas de sobreendividamento, ou então, de facto, tem capacidade financeira diferente.
Por isso, para este responsável «há que ter noção que isto é uma ladeira íngreme de subir» e «teremos que fazer contas muito bem feitas, antes de tomar decisões». Porque não é um problema fácil de resolver, Vítor Baptista defende a existência de políticas que venham do próprio governo e a necessidade de se criarem programas de incentivo à poupança.
Por fim, deixa um aviso muito sério para que as pessoas que recorrem ao crédito, sobretudo ao crédito fácil que nos entra todos os dias pela casa adentro, para lerem muito bem «as letras miudinhas dos contratos». Isto porque «as propostas vêm sempre apresentadas em belos invólucros e com as palavras que queremos ouvir. Só depois aparecem os problemas».
Júlio Miguel, gerente da Caixa Geral de Depósitos começou por dizer que as questões do endividamento são transversais à sociedade, afectando todos. No entanto, não considera que tal seja mau, o problema surge não com o endividamento normal mas com o sobreendividamento.
Faz a sua intervenção incidir nas questões do crédito à habitação apontando as diversas opções existentes no mercado para afirmar a «importância de as pessoas irem directamente aos bancos, de compararem as ofertas, fazer bem as contas e só depois decidirem» alertando para algumas ofertas que podem ser ilusórias porque «os bancos não estão no mercado para perder dinheiro» e mais tarde ou mais cedo vão recuperá-lo.
Para além do crédito à habitação, apontou outros modelos e recordou que hoje as pessoas, por vezes sem se aperceberem muito bem disso, têm vários créditos: habitação, carro, férias, mas também os dos cartões de crédito das contas-ordenado».
Mas para este responsável bancário, a situação portuguesa não é das mais complicadas até porque «os bancos não têm nenhum interesse em que situações de incumprimento avancem, pelo que estão abertos à negociação das dívidas». Por isso deixa o alerta: «quando as pessoas começam a sentir dificuldades, não devem ficar à espera que passe. Devem ir aos bancos e tentar renegociar porque eles estão abertos a isso.
«A poupança como uma das soluções do sobreen-dividamento» foi o mote para a intervenção da oradora que se seguiu. Para Elianora Santos, jurista da DECO, «gasta-se cada vez mais e poupa-se cada vez menos». Muita da culpa deste facto passa pela agressividade da publicidade aos produtos financeiros que «tem um papel preponderante neste cenário». Recorda a importância de ter sempre uma poupança para fazer face a um momento inesperado de dificuldades acrescidas, como o são situações de doença ou de desemprego. E o aconselhado é ter de lado o equivalente a três ordenados que nessa situação permitam algum desafogo até a situação se normalizar. Mas defende também as poupanças por objectivos, tendo em vista uma compra específica, uma viagem, etc.
Para além das muitas razões para ter uma poupança, Elianora santos fala também da importância de se fazer um orçamento familiar que permita o controle de despesas e onde toda a família possa participar na gestão dos recursos.
Refere o, cada vez maior, número de pessoas que recorrem aos seu serviços da DECO procurando ajuda que, geralmente é dada em termos de mediação. Mas deixa claro que é muito mais fácil negociar com bancos do que com as financeiras que oferecem crédito fácil mas com quem, depois, é muito mais difícil negociar.
Do público foram poucas as intervenções mas houve duas particularmente dramáticas. A de uma senhora, desempregada, que recorreu ao crédito de uma financeira e que agora não consegue cumprir nem renegociar o crédito e o de um casal ainda muito jovem mas que se vê a braços com uma situação de burla ocorrida com os seus pais e que lhes está a destruir a vida. Para ambos ficou a promessa de análise da situação pela Deco e de tentativa de ajuda.
A sessão foi encerrada pela presidente da Assembleia Municipal, Deolinda Simões, que fez uma síntese do que ali havia sido apresentado e discutido.

Alma e vida no antigo mercado


“Alma e vida” deram as várias obras de arte expostas durante alguns dias no espaço do antigo mercado de Ourém. Ali esteve patente a exposição, com o mesmo nome, de trabalhos de desenho, escultura, fotografia, gravura, pintura, serigrafia e vídeo.
Jovens artistas, dois do concelho, Nuno Gaivoto e André Daniel (que expôs pela primeira vez os seus desenhos, a convite da Associação de Artistas e Artesãos de Ourém).
Nuno Gaivoto apresenta o absurdo em estilo pop, além do retrato com lado abstracto. André, a dar os primeiros passos no mundo da arte, inspira-se nos jogos de vídeo. Os seus desenhos mostram monstros e outros.
Pedro Ferreira apresenta cinco situações distintas desenhadas a propósito para este espaço que, considera exemplar para exposições. Os trabalhos expostos mostraram a sensibilidade dos artistas em relação ao quotidiano, apresentando muitas vezes o lado kitsch desse mesmo dia-a-dia.
Na abertura houve uma conferência onde se discutiu sobre o que é a arte
contemporânea, tendo sido projectadas diversas imagens de referência da
história da arte, tendo como oradora a professora Anabela Ferreira da Silva
(docente de história da arte) e também houve uma breve apresentação dos
trabalhos expostos, feita esta pelo artista e organizador deste evento Pedro
Ferreira. No dia de encerramento da exposição realizaram-se diversas
actividades com crianças para de uma forma divertida e lúdica despertar a
criança para a arte; aqui o resultado foi menos positivo, pena nossa,
estava-se a espera de mais famílias. Nesta actividade, como orientadores
estiveram a educadora de infância Isabel Santos Ferreira e o artista
plástico Pedro Ferreira.
A exposição feita nestes parâmetros está pensada para se realizar noutros
locais. As Caldas da Rainha é já um.

Casos de polícia

PT OURÉM – 19 Junho, deteve, cidadão português, por existir mandado de detenção emanado pela Autoridade Judiciária. Foi entregue no Tribunal de Ourém e libertado após ter efectuado pagamento de multa.
PT FÁTIMA – 20 Junho, deteve, cidadão português, em flagrante delito, por conduzir motociclo, sem estar habilitado com carta de condução, o que constitui crime.

PSP -OURÉM
Em 23-06-2007, apresentada denúncia contra desconhecido/s, por no período compreendido entre as 20:00h do dia 22 e as 16:30 do dia 23, lhe terem furtado o seu auto ligeiro de passageiros, de valor não indicado na presente denúncia o qual se encontrava estacionado numa rua desta cidade.

22 junho 2007

Depois de Janeiro pai... Janeiro filho

Até à semana passada assistiu-se a algum apaziguamento nas questões que levaram à renúncia dos órgãos autárquicos da freguesia da Ribeira do Fárrio. Tudo parecia apontar para a existência de uma listra de independentes, encabeçada por Filipe Janeiro.
Porém, art.º 1º da Lei 46/2005 de 29 Agosto, que limita a 3, os mandatos dos presidentes executivos das autarquias locais , no seu nº 3, é claro, dizendo que «no caso de renúncia ao mandato, os titulares dos órgãos referidos nos números anteriores não podem candidatar-se nas eleições imediatas nem nas que se realizem no quadriénio imediatamente subsequente à renúncia». Isto quer dizer que os elementos dos órgãos acabados de demitir, não podem recandidatar-se, nem agora nem nas eleições autárquicas que decorreram daqui a dois anos. Tudo levaria pois a acreditar que os partidos se iriam movimentar no sentido da formação de listas. Mas não é bem assim. Um familiar, ao que o NO apurou, um filho, de Filipe Janeiro irá encabeçar uma lista de independentes e o PSD já fez saber que não apresentará lista. Ao NO, Vítor Frazão disse que tal sucedia por «respeito e consideração para com o trabalho desenvolvido por Filipe Janeiro», anunciando ainda que, na próxima semana, o partido emitirá um comunicado explicando as razões porque não apresenta lista.
Também por parte do PS, aquando do fecho desta edição, havia ainda dúvidas sobre formar ou não lista. A decisão final deverá ser tomada hoje, sexta-feira, à noite. Mas os responsáveis locais do partido vão dizendo que se tratade uma lista independente que até leva elementos do PS... por isso pode bem acontecer que apenas haja uma lista a concorrer às intercalares da freguesia da Ribeira do Fárrio

«Despertar para o Património»


Centenas de pessoas tiraram dúvidas ao longo das várias sessões de esclarecimento levadas a cabo pelas vigararias da diocese.
Os dois finalistas, Samuel Pereira e Joana Gândara, foram ao longo dos meses de Abril a Junho a cada uma das vigararias sensibilizar párocos, zeladores das Igrejas, Conselhos paroquiais e paroquianos em geral para os cuidados a ter com o património.
Em cada uma das sessões foram apresentados em PowerPoint vários exemplos de boas e más práticas em lidar com o património artístico religioso. Deram-se exemplos práticos para as formas de manuseamento e acondicionamento dos objectos litúrgicos, conselhos anti-furto, as consequenciais nefastas das plantas, flores e velas nos altares, os produtos de limpeza não prejudiciais às peças, etc.
Um projecto que superou as expectativas em termos de adesão a cada uma das sessões. Contabilizaram-se mais de três centenas de participantes, mostrando-se atentos e interessados, apresentando muitas dúvidas e reconhecendo que em muitos casos não estavam a proceder da melhor forma por mero desconhecimento.
O projecto "Despertar para o Património" foi levado a cabo pelo núcleo de estágio do curso de Conservação e Restauro do Instituto Politécnico de Tomar .
"Espera-se agora que da teoria se passe à prática para que o projecto se realize por completo. Existe a consciência das dificuldades em modificar rotinas, hábitos e mentalidades, mas não custa tentar", salienta o director do museu, Gonçalo Cardoso.


Conferência Nacional de Educação Artística
O Museu de Arte Sacra e Etnologia, dos Missionários da Consolata, em Fátima, vai participar na Conferência Nacional de Educação Artística que se realiza de 29 e 31 de Outubro.
Este evento, da iniciativa dos ministros da Educação, da Cultura e dos Negócios Estrangeiros, terá lugar na Casa da Música, no Porto, contemplará no seu programa sessões em regime de plenário, sessões de pequeno grupo, workshops, e uma mostra de actividades e projectos realizados por alunos dos diversos tipos de ensino e representativos das boas práticas existentes nas diversas zonas geográficas do país.

Hiper Modelo começa a dar que falar

Depois da novela «Intermarché», anuncia-se já outra. Mais uma vez a instalação de uma grande superfície cria polémica em Ourém. Desta vez é o «Modelo», previsto vir a ser instalado no Vale da Aveleira.
No passado dia 11, os vereadores do PS levaram o assunto à reunião de Câmara recordando que «esta Câmara Municipal deu parecer condicionado à localização deste empreendimento com fundamento num parecer jurídico dum gabinete particular». O parecer foi validado pela Assembleia Municipal mas os vereadores socialistas querem saber se «desenvolveu a Câmara Municipal e os seus serviços as consultas necessárias para validar a utilização do referido parecer jurídico como instrumento para a decisão junto das entidades competentes, nomeadamente da DGOTDU - Direcção-Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano e em caso afirmativo qual o teor da sua resposta».
Isto porque os vereadores da oposição recordam um caso com contornos semelhantes. O requerimento apresenta-se com base nos «desenvolvimentos ocorridos com o Plano de Pormenor da zona do Museu da Vida de Cristo em Fátima em que um Tribunal põe em causa a decisão que a Câmara Municipal e Assembleia Municipal tomaram, também aí, com base num parecer do mesmo Gabinete Particular».
Agora, na passada segunda-feira, foi apresentado um despacho do presidente aprovando a localização e implementação do hipermercado com base na «informação prévia favorável, por unanimidade» tomada dia 9 de Outubro do ano passado.
O despacho do presidente aponta algumas normas no que toca ao movimento de terras e afirma que «a requerente deverá executar as obras previstas na rede viária envolvente, designadamente os passeios, a iluminação pública e a recuperação do pavimento». Estabelece ainda que «o estabelecimento a implantar deverá ser convenientemente ligado à rua dos Álamos» pelo que «a requerente deverá financiar, até ao limite de 100.000,00 euros, mediante protocolo a celebrar com a Câmara Municipal, a execução de passeios, a iluminação pública, o ordenamento, o ordenamento do largo do entroncamento das ruas dos Álamos e Albano Rodrigues e conjunto semafórico para o cruzamento da rua dos Álamos com a rua António Justiniano da Luz Preto». Aponta ainda a necessidade do «projecto de arranjos exteriores apresentar a melhor solução de ordenamento do trânsito, mediante estudo conjunto do projectista e do Departamento de Ambiente e Ordenamento do Território da Câmara», sendo que «os projectos da especialidade deverão responder às questões colocadas pelo parecer do director do DAOTO».
Face a isto, os vereadores do PS afirmaram, na reunião de câmara da passada segunda-feira, estranhar a «forma como este processo foi conduzido. Desde a irregularidade por omissão da necessária placa de anúncio público da intenção de operação urbanística até à aprovação por exclusiva competência do Sr. Presidente à margem dos outros elementos da Câmara Municipal, pese embora tenha vindo a diversas reuniões para análise onde colheu a nossa contestação quanto à solução apresentada».
Dizem ainda os vereadores da oposição que «a perturbação que se vai permitir nesta zona habitacional fere os mais elementares direitos de habitabilidade dos cidadãos ai residentes», pelo que deixam o seu «protesto» reservando para próxima reunião uma «posição politica mais estruturada».

Tratamento igual para as colectividades

A propósito da adaptação do Estádio em Fátima às exigências da Liga de Honra, os vereadores socialistas na Câmara de Ourém, na sua última reunião, deixaram uma recomendação para que «um tratamento de equidade seja devidamente observado para todas as colectividades que no âmbito das suas actividades atinjam dimensão excepcional com o consequente avolumar de condicionantes à sua prática como é neste caso».

Casos de Polícia

Área da GNR - PT OURÉM
Dia 13 Junho, foi detido um cidadão português, por condução de veículo automóvel, sob a influência do álcool, em acto de fiscalização. Acusou uma TAS de 2,90 G/L, no sangue, sendo considerada crime, nos termos do Artº 292º do Código Penal.
PT FÁTIMA
Dia13 Junho, foi detido um cidadão português, por condução de veículo automóvel, sem estar habilitado com carta de condução.
Dia14 Junho, detido, cidadão português, por condução de veículo automóvel, sob influência do álcool, em acto de fiscalização. Acusou uma TAS de 2,87 G/L, no sangue, sendo considerada crime, nos termos do Artº. 292º. Do Código Penal. No mesmo dia foi elaborado Auto de Notícia, para Tribunal, por condução de ciclomotor, fora de flagrante delito, sem estar habilitado com licença de condução.

«Dar mais democracia à democracia»



As Jornadas Parlamentares do partido Socialista realizaram-se em Tomar nos passados dias 18 e 19.
Estas jornadas dedicadas à «Reforma do Parlamento, iniciaram-se com várias visitas ao distrito, logo na segunda-feira de manhã. Uma dessas visitas foi a Fátima e às obras da nova Basílica. O grupo de deputados que incluiu, entre outros, o oureense António Gameiro, foi recebido pelo reitor do Santuário e por técnicos responsáveis pela obra.
Os deputados destacaram o atraso nas obras da envolvente e manifestaram-se a sua admiração pelo facto até porque, recordam, o dinheiro já foi disponibilizado pelo Governo há muito tempo. Afirmam ainda as suas dúvidas quanto à conclusão atempada destas obras de requalificação apesar de ter passado um ano sobre a assinatura dos contratos pelo, que acusam a Câmara e a SRU de nem sequer apresentarem ainda prazos parta avançar com as mesmas.
Quanto às Jornadas, propriamente ditas, elas encerraram na terça-feira na presença de José Sócrates, na qualidade de secretário-geral do PS. Mas foi como Primeiro-ministro que Sócrates apelou à celeridade dos deputados para, em sede parlamentar, aprovarem as leis e projectos apresentados pelo Governo. Leis e projectos que José Sócrates considera essenciais para a reforma do Estado. «Esta é uma agenda reformista que começou no início do Governo e que vai continuar», afirmou Sócrates. Por isso, nem «haverá paragem durante a presidência portuguesa da União Europeia». Isto porque o Primeiro-ministro acredita que «é possível manter o ritmo na agenda interna».
Sócrates congratulou-se pelo resultado dos trabalhos destas jornadas e de todo o trabalho com vista à reforma parlamentar, considerando que vão proporcionar a existência de maior debate político. Frisou tratar-se de uma reforma que não pretende dar mais força à maioria mas sim ao parlamento no seu todo, incluindo as oposições. Por isso diz ter sido esta a primeira vez que um Primeiro-ministro concordou com uma reforma que o obriga a ir mais vezes ao Parlamento.
Esta foi também a posição assumida pelos deputados e transmitida pelo seu líder, Alberto Martins, a quem coube a leitura das conclusões das Jornadas. Para além de ser «em grande passo de modernidade» esta reforma vai criar um «Parlamento mais flexível, mais ágil e mais moderno, através da simplificação de procedimentos e da utilização dos meios tecnológicos». Alberto Martins defendeu que, ao contrário de outras anteriormente ensaiadas, esta não será uma reforma de charme ou casuística. «Não queremos uma operação de cosmética para mudar de modo a que tudo fique na mesma», afirmou o líder parlamentar dos socialistas, para quem esta reforma vem trazer «mais democracia à democracia»

Recolha de sangue

O centro Regional de Sangue, de Coimbra, realiza, dia 7 de Julho, entre as 9h00 e as 13h00, uma colheita de sangue nas instalações do Salão Paroquial de Ourém.

Cadastro Geométrico muda de casa

A secção de Cadastro Geométrico, até aqui sedeada no edifício do Governo Civil de Santarém, vai passar a funcionar nas instalações da Direcção de Finanças de Santarém, sitas no Largo do Convento de S. Domingos (ex Banco de Portugal). Devido ao processo de mudança, na próxima semana, de 25 a 29 de Junho, o atendimento poderá sofrer alguns constrangimentos, pelo facto desta ser esta uma secção muito concorrida.
Os novos contactos da secção são: Largo do Convento de S. Domingos, 200 – 135 Santarém; com o telefone 243303600 e o fax 243303778.

Artistas e artesãos animam espaço junto à rodoviária

O espaço do antigo mercado de Ourém, junto à rodoviária, é, neste momento, um espaço fechado, devoluto e a caminho da degradação, à espera que o projecto de substituição se concretize.
Com o objectivo de dar «alma e vida» a este espaço, ainda que só por alguns dias, a Associação de Artistas e Artesãos decidiu organizar uma exposição de arte contemporânea, protagonizada por alguns jovens artistas.
Assim, desde o dia 20 e até domingo, dia 24, decorre a exposição com trabalhos de desenho, fotografia, pintura, serigrafia e vídeo. No último dia haverá ainda actividades com crianças, procurando despertá-las para a arte.

Voluntários para as maravilhas

Melhor do que assistir a um momento histórico, é fazer parte dele. A cerimónia oficial da eleição das novas 7 Maravilhas vai ter lugar no Estádio da Luz, em Lisboa, no próximo dia 07.07.07.
E, para que esta festa seja um momento memorável, são precisos voluntários.
A oprganização lançou um desafio aos jovens para se inscreverem no site: www.voluntariadojovem.pt, seguindo as instruções. Com a presença de artistas como Jennifer Lopez, José Carreras, Joaquin Cortés, Chaka Khan, Dulce Pontes , Mariza, Rui Veloso e muito mais ainda por revelar, este é um acontecimento anão perder.

Festas da Cidade



Catarino define prioridades

A cidade de Ourém voltou a hastear bandeiras em dia de aniversário da elevação a cidade. Isto porque, segundo o presidente da Câmara, o desconhecimento do dia do seu foral não permite que seja essa a data escolhida para celebrar o concelho. Daí que se tenha optado pela data da elevação a cidade.
Foi longo o discurso de David Catarino, neste aniversário. Mais uma vez o presidente procurou apresentar uma imagem do desenvolvimento do concelho nas últimas décadas, apontando muitas das obras que têm vindo a ser executadas mas sem esconder que «a menina dos seus olhos» é mesmo o parque linear, recordando que este teve honras de ser apresentado como exemplo português num livro de arquitectura da paisagem que, sendo espanhol, aponta algumas obras tidos como de referência a nível mundial. Aí a única referência portuguesa é mesmo o parque linear de Ourém e Catarino não esconde o orgulho que sente pelo facto. Mas a grande obra deste mandato é, de facto, o novo edifício dos Paços do Concelho que Catarino lamenta não estar já funcional e, provavelmente, ainda não o estará daqui a um ano para receber as comemorações de então.
Mas David Catarino falou também de outras obras que considera de grande importância no concelho. Algumas que, não sendo directamente da Câmara, desta tiveram intervenção como é o caso da estrada 349 que liga Ourém à Memória. Porque o que foi feito no passado resultou, o autarca defende que o mesmo seja feito para a 356 que liga a sede ao norte do concelho e que passa por fazer o projecto e «oferecê-lo» aos serviços centrais para que estes executem a obra.
O IC9 é outra das obras por cuja rapidez se anseia, em particular na ligação de Tomar a Fátima e que está já a ser executada mas ainda apenas na área do concelho de Tomar.
Referindo as obras e projectos em curso na área da educação, o presidente refere que esta será a grande prioridade dos próximos tempos, no âmbito do QREN - Quadro de Referência Estratégico Nacional .
Aliás, ainda no âmbito da educação, Catarino fez referência aos recentes desenvolvimentos da carta educativa e apesar de referir os esforços que foram necessários, manifestou a sua concordância com as medidas tomadas pelo Governo no sentido de encerrar escolas que considerou não possuírem condições pedagógicas. Isto permitiu-lhe dissertar sobre o novo conceito de escola e as necessidades que hoje se colocam para um ensino de qualidade.
Falando da requalificação dos espaços urbanos, o presidente apontou a dispersão concelhia como motivo de algumas dificuldades executivas mas considerou existir uma boa qualidade de via no concelho, em parte devida a essa mesma dispersão que permite às populações terem os seus espaços agrícolas, com que se ocupam nos tempos livres. Aliás, esta é no seu entende, uma das razões pela qual os momentos de crise nacionais são vividos com menos intensidade num concelho onde as pessoas vão tendo um segundo meio de subsistência e nalguns casos um bom acréscimo aos seus orçamentos familiares.
Falando na requalificação do espaço urbano, fez uma referência particular a Fátima acusando a burocracia de empatar o avanço das obras das envolventes à nova basílica afirmando seu temor de que esta fique pronta sem que tais obras avancem. Porém, com base no PROT, Catarino reafirmou a importância turística de Fátima bem como a sua localização estratégica no centro do país, mostrando acreditar que com as alterações que aí vem em termos de regiões de turismo «Ourém beneficiará». Isto porque se prevê a criação de um eixo estratégico que vem desde o património mundial de Tomar e se estende até Óbidos, com Fátima no meio a ocupar lugar de relevo». Por isso Catarino acredita que os próximos dez anos serão de extrema importância vindo alterar positivamente a qualidade do espaço urbano de Fátima.
Satisfeito também, parece estar o autarca com a recente reforma levado a cabo pelo Governo, no que toca ao policiamento. Manifestou, aliás, a sua satisfação pelo modo de actuação das forças da ordem e pelo trabalho que tem vindo a ser desenvolvido desde essa mesma reestruturação.
Já menos satisfeito parece estar com os profissionais de saúde. Embora se manifeste conformado com o encerramento do SAP e considere que foi encontrada uma boa solução com o encerramento do Centro de Saúde entre a meia-noite e as 8h00. Isto porque reconhece que este encerramento liberta profissionais que estavam empenhados à noite e que agora passam a fazer reforço diurno. Mas Catarino aponta, com algum azedume, o dedo a alguns destes profissionais de saúde, dizendo que «muitas vezes as decisões são tomadas mais em função dos interesses de alguns profissionais do que dos utentes». Mas manifesta-se confiante de que «a direcção estará atenta porque, se há bons profissionais, também há pessoas que precisam de ser controladas nos horários e não só». E isso, segundo o autarca, porque «há gente muito mal tratada nas extensões», porque «há profissionais que pouco mais fazem do que ir buscar os ordenados no final do mês».

Porque este ano Ourém recebeu representantes do concelho de Monapo, Moçambique, durante as suas festas, Catarino defendeu a necessidade de apoiar estes povos irmãos, do mesmo modo que Portugal também tem recebido apoios dos países europeus mais ricos.
Em Monapo, Ourém está empenhado em ajudar nas escolas mas também na captação de água potável visto ser este um dos principais problemas daquele povo que tem problemas de malária exactamente devido à falta de água potável.

Distinções Honoríficas 2007


Associações que comemoram 25 anos: ACROM-Associação Cultural e Recreativa Outeiro das Matas-1982


Nascida em 1982 pelas mãos de um grupo de habitantes do Outeiro das Matas, a Associação de Cultura e Recreio daquela localidade da freguesia de Nª Sª das Misericórdias, esteve ligada à Confraria local. Durante esse período de tempo organizou e participou em várias iniciativas de âmbito cultural e desportivo.
Em 2003 a associação passa por uma transformação profunda ao alterar o seu Regulamento Interno e a sua estrutura directiva, mas nunca mudando o seu principal objectivo: promover o convívio e a acção cultural, física, desportiva e recreativa da população do Outeiro das Matas.
Exemplo disso mesmo são as actividades promovidas pela colectividade que vão das aulas de aeróbica e natação, ao futsal e ao BTT.
De quanto em vez apostam na apresentação de peças de teatro e na realização de cursos específicos, como artes decorativas, entre outras temáticas, sendo já famosas, em todo o concelho, algumas das iniciativas promovidas pela ACROM.
Todavia, de todas as actividades, a ACROM destaca uma como sendo a sua iniciativa mais emblemática e que maior número de participantes reúne: o piquenique no Casal Clérigo que mobiliza, anualmente, mais de 300 pessoas.
Como reconhecimento pelo trabalho realizado em benefício do panorama sócio-cultural e desportivo do Concelho e pela comemoração dos 25 anos da colectividade, a Câmara Municipal de Ourém decidiu atribuir à Associação de Cultura e Recreio do Outeiro das Matas, a Medalha de Ouro de Mérito Municipal.


Associações que comemoram 50 anos: Clube Desportivo Vilarense - 1957

Foi a paixão pelo futebol que levou um grupo de rapazes do Vilar dos Prazeres a juntarem-se para darem uns pontapés na bola e para realizarem algumas partidas amigáveis com as localidades vizinhas.
Aquilo que em 1957 era apenas uma brincadeira e um encontro de amigos, começa a tornar-se mais sério e em 1974 o Clube Desportivo Vilarense concorre, pela primeira vez, ao campeonato distrital de Santarém.
Começa aqui um longo percurso no futebol distrital que se resume a inúmeros momentos de glória, nomeadamente no final da década de 80, princípios de 90, com presenças assíduas nos primeiros lugares da I Divisão Distrital.
Mas o ponto alto da carreira deste histórico do concelho de Ourém acontece na época de 90/91 quando consegue chegar à segunda eliminatória da Taça de Portugal.
Após o interregno de alguns anos, o clube regressa à segunda divisão distrital. Na próxima época prepara-se para disputar a divisão de honra do campeonato distrital de Santarém.
A par das glórias desportivas e da escola de futebol, o Vilarense é, ainda, dotado de excelentes infra-estruturas, nomeadamente o Estádio do Operário com relvado sintético, bancadas cobertas e um polidesportivo.
Como reconhecimento pelo trabalho realizado em benefício do panorama sócio-cultural e desportivo do Concelho e pela comemoração dos 50 anos da colectividade, a Câmara Municipal de Ourém decidiu atribuir ao Clube Desportivo Vilarense, a Medalha de Ouro de Mérito Municipal.


Medalha de Ouro de Mérito Municipal

»Como reconhecimento pelo trabalho realizado (...) Câmara Municipal decidiu atribuir a Medalha de Ouro de Mérito Municipal a :


António Rodrigues Vieira, aos 81 anos, é, ainda hoje, solicitador, depois de ter passado 39 anos na Função Pública, como chefe de Secretaria e Escrivão de Direito nos tribunais de Ourém, Abrantes, Oliveira do Hospital e Lisboa.
Foi Presidente da Junta de Freguesia de Nª S.ª das Misericórdias, por dois mandatos, tendo sido vogal do Conselho Municipal de Ourém e candidato a deputado em 1979 e à Câmara Municipal de Ourém, em 1982.
Foi sócio-fundador da cantina escolar de Ourém e das Casa do Povo de Ourém (Nª Sª das Misericórdias), Vila Nova de Ourém, Atouguia e Seiça.
Foi presidente da Casa Regional de Ourém, colaborador dos jornais regionais do concelho e autor dos estatutos da Fundação Histórico-Cultural Oureana, entidade da qual também foi director, e da Associação dos Antónios de Ourém, colectividade da qual é, igualmente, sócio-fundador.
É associado de várias colectividades do concelho, como por exemplo, da Associação Recreativa e de Propaganda de Ourém, da qual é sócio nº 1 e onde exerceu as funções de Presidente da Assembleia e da Direcção, da Sociedade Filarmónica Oureense, sendo nesta o sócio nº 1 e benemérito, tendo sido homenageado por esta filarmónica em 21 de Setembro de 2003.
Uma vida dedicada ao associativismo levou-o a ser distinguido pelos Bombeiros Voluntários de Ourém.


José Gaspar Pereira iniciou-se nas lides políticas logo após o 25 de Abril de 1974 e não mais parou tendo integrado, por várias vezes, o executivo da Junta de Freguesia de Rio de Couros, desempenhando os cargos de Tesoureiro, Secretário e Presidente.
Apesar do muito tempo da sua visa dedicado à política, nunca descurou as suas actividades profissionais que, aliás, foram várias: agricultor e comerciante de gado bovino, empresário avícola e do sector da construção.
Homem de coragem e lutador nato, foi dos primeiros agricultores da região a investir na compra de uma debulhadeira mecânica, pois prestava inúmeros serviços de debulha de milho.
Actualmente com 78 anos e ainda a residir na freguesia de Rio de Couros, José Gaspar Pereira é dos autarcas mais respeitados a nível regional pela sua longa experiência e conhecimentos na área.


A 19 de Abril deste ano falecia, com 73 anos, Manuel Oliveira Graça, ex- presidente da Junta de Freguesia de Fátima e deputado municipal.
Exerceu as funções de docente no Colégio S. Miguel, em Fátima, entre 1963 e 1997, altura em se aposentou.
Juntamente com a docência das disciplinas de Língua Portuguesa, Estudos Sociais, História, Geografia de Portugal e Ciências da Natureza, integrou o Conselho de Direcção do Colégio S. Miguel, foi director de turma e de ciclo.
Joaquim Ventura, director do Colégio S. Miguel, disse dele em tempos: "este homem de grande carácter, desempenhou sempre as funções de docente com muito zelo, competência e grande sentido de responsabilidade".
Cumpriu o serviço militar tendo sido incorporado no serviço especial de aeronáutica entre 56 e 57 e entre 58 e 63 esteve em missão em S. Tomé e Príncipe.
Homenagema a título póstumo. A medalha foi entregue à esposa de Manuel Graça, Júlia Graça.


Medalha de ouro de mérito Municipal


Este ano foi escolhido pelos homenageados, para falar em seu nome, o reitor do Santuário de Fátima que considerou que a beleza destas festas é o facto de elas «realçarem a unidade das pessoas». Defendeu que «existe aqui um elo espiritual que faz com que sejamos um. À volta deste elo há as nossas diversidades, mas elas não nos impedem de estar aqui, porque há um fio de união».
Na sequência desta ideia apontou Fátima que, apesar das suas aspirações autonómicas, «não deixa de ser reconhecida e amada por este concelho de Ourém». É também em nome desta ligação que monsenhor Luciano Guerra defende a recuperação da Casa do Administrador porque ela é, também, «um elo importante». Tal como o é o castelo com ligações a Fátima que «sempre nos uniram e unirão no futuro».
Do mesmo modo manifesta a sua satisfação pela presença da comitiva moçambicana que testemunha a nossa ligação a povos com quem o nosso relacionamento nem sempre terá sido positivo mas que muitas vezes foi, salientando a necessidade de preservar aquilo que de positivo nos une.
Mas o reitor volta a falar de Fátima para recordar os tempos em que ali não havia qualquer organização e da necessidade que houve em criar alguma ordem para melhor poder receber os peregrinos, para que estes ali se possam sentir bem. Um «bem» que o reitor afirma não saber definir mas que lhe dá a certeza, sobretudo quando fora da cidade, nas suas viagens, que Fátima transmite «uma energia muito grande» que o leva a acreditar que este será um local de grande importância futura no que toca à união dos povos não apenas da Europa mas do mundo. Aliás, o reitor acredita mesmo que Fátima terá papel preponderante na entrada da Rússia na EU, que defende.

Na hora da despedida
Monsenhor Luciano Guerra recebeu a medalha de ouro do município de Ourém, como
homenagem o trabalho desenvolvido à frente do Santuário de Fátima numa altura em que se assinalam os 90 anos das Aparições.
Luciano Guerra deverá deixar o cargo em 2008, depois de 35 anos naquelas funções. O reitor já revelou que não tenciona continuar no cargo quando terminar o seu mandato, a 13 de Fevereiro de 2008.
Nascido no concelho de Porto de Mós, em 1932, Luciano Guerra estudou na Universidade Gregoriana de Roma, tendo sido ordenado em 1957.
Desde o início da sua carreira eclesiástica, Luciano Guerra esteve quase sempre ligado ao Santuário de Fátima, primeiro como capelão e director da União dos Servitas, de onde saiu para fazer trabalho pastoral, primeiro na Marinha Grande e depois em Paris.
A 13 de Fevereiro de 1973 tomou posse como reitor do Santuário e o seu mandato foi sucessivamente renovado pelos bispos diocesanos, acumulando ainda as funções de presidente do Serviço de Ambiente e Construções da instituição, que coordena as obras da nova Igreja da Santíssima Trindade, que será inaugurada em 13 de Outubro.

Medalha de Ouro do Município

Monsenhor Luciano Gomes Paulo Guerra Reitor do Santuário de Nª Sª de Fátima


O Concelho de Porto de Mós, mais concretamente a localidade de Calvaria, via nascer, a 31 de Agosto de 1932, Luciano Gomes Paulo Guerra.
Foi com apenas 11 anos que ingressou no Seminário Diocesano de Leiria. Daqui seguiu para a Universidade Gregoriana, de Roma, onde se licenciou em Filosofia e estudos de Teologia.
A 21 de Setembro de 1957 é ordenado sacerdote e dois anos mais tarde conclui a sua formação em Teologia na Universidade Pontifícia de Salamanca.
A sua actividade sacerdotal em Fátima tem início como capelão do Santuário, em 1959, e como Director da Pia União dos Servitas.
Foi, ainda, Director do Externato Dr. Afonso Lopes Vieira, na Marinha Grande, cargo que retoma em 1968, depois de uma interrupção para se dedicar a uma Especialização em assuntos relacionados com o ensino, que fez em Paris.
Mas a nomeação para o cargo de maior relevo chega em 1973, altura em que é indigitado para Reitor do Santuário de Fátima e, em simultâneo, nomeado Director do Jornal «Voz da Fátima», sendo, também, desde 2005, Director do boletim internacional «Fátima Luz e Paz».
De lá para cá o seu percurso como reitor é sobejamente conhecido, tendo dirigido os destinos do Santuário com sublime inteligência, dedicação, que imprime em tudo o que faz, elevado nível de rigor, competência e profissionalismo. Monsenhor Luciano Guerra fez daquele local de culto, um dos mais importantes e respeitados santuários-marianos de todo o mundo.
Recebeu, por duas vezes, João Paulo II, a segunda das quais para beatificar Jacinta e Francisco Marto e prepara-se agora para, em Outubro, inaugurar a Igreja da Santíssima Trindade, projecto pelo qual muito lutou, pois, acima de tudo, deseja o bem-estar dos peregrinos, a quem muito respeita.
Como reconhecimento pelo trabalho realizado ao nível religioso, por ter lutado de forma ímpar pela afirmação de Fátima e da mensagem de Nª Sª no mundo, a Câmara Municipal de Ourém decidiu atribuir-lhe a Medalha de Ouro do Município.

Medalha de bons serviços
Ana Maria Pereira da Silva
Ilídio Freire Custódio
José de Jesus Pereira Ruivo
Luís Fernando Correia
Manuel Lopes Gonçalves
Maria de Fátima Neves Pereira Neto
Mário Nogueira Baptista

Foram ainda atribuídas menções honrosas a:

G. ATLETISMO DE FÁTIMA - Distingue-se pelo n.º de Campeões Distritais nas diferentes áreas do Atletismo;
C.DESPORTIVO DE FÁTIMA - Equipa de Seniores de Futebol 11 Campeão da Série e subida à Liga de Honra do Campeonato Nacional; Campeões Distritais Infantis
G.DESPORTIVO DE SEIÇA - Equipa de Seniores de Futebol 11 Campeões da Série A
JUVENTUDE OURIENSE - Campeões Distritais de Futsal Juniores; Campeões Regionais de Hóquei Juniores
CENTRO DE ESTUDOS DE FÁTIMA - Departamento de Futsal Feminino; Campeão distrital de infantis femininos; Campeão distrital e vice-campeão regional de iniciados femininos; Campeão distrital e regional e vice campeão nacional de juvenis;
Ana Margarida Fartaria Oliveira - campeã distrital de salto em altura;
André Vieira - campeão distrital de 4x80 m
António Silva - campeão distrital de 4x60 m e salto em comprimento;
Cristiana Pinheiro–campeã distrital de 4x100 m
Edgar Remédios - campeão distrital de 60 e 4x60 metros
Fábio Oliveira – campeão distrital de 4x80, 80 e 250 metros
Gabriel Henriques – campeão distrital de 4x60 metros
Hugo Baptista - campeão nacional de Arco Recurvo sem Mira
Joel Pereira–campeão distrital de salto em altura e 4x60 m
Mário João Oliveira–campeão distrital de salto em altura
Mário Mendes – campeão distrital de 400, 800, 4x100 e 4x400 metros
Marta Oliveira – campeã distrital de 4x100 metros
Miguel Prazeres – campeão distrital de 4x80 metros
Naya Sena – campeã distrital de 4x100 metros
Patrícia Ribeiro – campeã distrital de 4x80 metros
Patrícia Carreira – campeã distrital de salto em altura e 4x80 metros
Pedro Catarino – campeão distrital de 4x100 metros
Pedro Silva – campeão distrital de 4x400 metros
Pedro Carreira – campeão distrital de salto em altura e 4x100 metros
Ricardo Vieira–campeão distrital de 4x100 e 4x400 e 400 m
Samuel Remédios – campeão distrital de salto em altura, comprimento e estafeta 4x80 metros
Simone Silva – campeã distrital de 60 ,80, 100, 4x100, 4x80 metros e salto em comprimento; recordista distrital de 60, 80 e 100 metros
Tânia Fartaria – campeã distrital de 4x100 metros; vice-campeã distrital de 100 metros
Tiago Marto– campeão nacional do decatlo sénior e do heptatlo sub-23, representante da selecção de Portugal na Taça da Europa; recordista nacional do lançamento do dardo, 60 metros barreiras, hexatlo e octatlo; campeão e recordista distrital do lançamento do dardo, do peso, do disco, do salto em altura, salto em comprimento, salto com vara, dos 100 metros e 110 metros barreiras
Vanessa Henriques – campeã distrital de 4x80 metros, vice-campeã distrital de 80 e 100 metros

Polícias de palmo e meio fiscalizam condutores



Carlos Santos, 10 anos, alunos do 4º D da EB1 de Ourém já sabia bem que documentos pedir aos condutores embora nem todos pelo nome correcto. Ele foi um dos 16 alunos daquela escola que, na manhã de 5 de Junho, foi um dos agentes de serviço numa operação da Polícia de Segurança Pública. Os agentes da PSP encaminhavam os carros para que depois de parados e os alunos ajudaram os agentes na fiscalização do veículo e do condutor. Documentos pessoais e do veículo, inspecção, seguro, triângulo, verificar se a matrícula coincide com o livrete do automóvel, estado da viatura foram alguns dos pormenores que os pequenos agentes verificaram.
O Carlos já sabia bem o que um agente solicitava ao condutor porque a mãe já lhe tinha ensinado e já tinha ouvido "dizer a um amigo do meu pai".
A iniciativa é "boa", salienta o miúdo que "não gostava de ser polícia". Prefere antes, "fazer motocross". Lá em casa, Carlos disse aos pais que "os polícias são amigos".
Depois da Operação levada a cabo na Rua Dr. Francisco Sá Carneiro, os alunos vão "rever as regras" e "perceber que cuidados a ter" com o objectivo de sensibilizar não só os pais e famílias bem como a própria comunidade onde vivem.
Ao Notícias de Ourém, a professora co-responsável da classe, Isabel Vicente que vão ser feitas composições, desenhos, além de trabalho colectivo e trabalho personalizado. Mas a iniciativa serviu também para "desmistificar a actuação e a autuação da polícia", refere.
Nesta operação de "Segurança e prevenção" – Escola segura estiveram cinco agentes e três veículos, Foi ainda utilizado um aparelho indicador da velocidade, apenas para dar a conhecer a velocidade a que os veículos circulam mas sem teor de infracção.
Este tipo de operação tem uma vertente preventiva e pedagógica e contou com a colaboração das escolas e autarquia.
Durante esta iniciativa a PSP fiscalizou 50 veículos e levantou dois autos: um por falta de cinto e outra por falta de triângulo. Duas pessoas têm que apresentar os documentos na esquadra.
O subcomissário da Polícia de Segurança Pública, Paulo Faria salienta que "as crianças gostam deste tipo de acções" em que "tomam o lugar da polícia" e vêem "como funciona na prática" a sua actuação.
Servem ainda estas iniciativas para "ver qual o dia-a-dia do trabalho do polícia" bem como fazer passar a mensagem da segurança até aos pais, através dos filhos. Por exemplo, a questão de ir sentado nas cadeirinhas, obrigatório para miúdos até aos 12 anos não é algo de que os mais novos gostem. Mas, ao conhecerem a vertente da segurança, "será mais fácil os pais ‘convencerem-nos’ a usá-las", salienta Paulo Faria. A acção, espera ainda o subcomissário pode ainda servir para os filhos alertarem e questionarem os pais se possuem todos os documentos em ordem, antes de saírem de carro.
Uma das grandes preocupações no local onde se realiza este tipo de acção é precisamente a "segurança dos miúdos", refere o comandante da esquadra de Ourém. Com "miúdos não podemos arriscar".
Planeadas até final do ano lectivo estão mais três operações envolvendo três turmas, uma por cada Operação.
À despedida, os pequenos agentes, às vezes em coro, desejavam "Obrigada e boa viagem".

Festa de final de ano

A EB1 e o Jardim-de-infância de Seiça realizam a sua festa de final de ano na sede do Grupo Desportivo e Cultural, hoje, dia 22, a partir das 18h30, altura em que terá lugar uma breve apresentação das crianças e entrega de diplomas aos finalistas. Pelas 20h00 decorre um jantar partilhado e para as 21h00 está marcada a presentação da peça de teatro infantil Branca de Neve e os 7 anões, pelo agrupamento de escolas D. Maria II de Vila Nova da Barquinha.

Sopas em Caxarias

Tem lugar, domingo, 24 de Junho, no Parque Desportivo da CHÃ, em Caxarias, o II Festival de Sopas daquela freguesia, promovido pelo Centro de Cultura e Desporto de Caxarias.

Festa nos Vilões

Decorrem nos dias 30 de Junho e 1 de Julho, as festas em honra de S. João, nos Vilões, freguesia de N. Sra. da Piedade a fim de angariar fundos para as obras de arranjos exteriores à capela.
Assim, no sábado, dia 30, o arraial com quermesse abre às 17h00 e às 22h00 começa a actuação do duo musical «Pôr do Sol». No domingo a alvorada é logo às 8h00. Pelas 14h00 realiza-se uma missa solene, seguida de procissão. O arraial com quermesse reabre é às 17h00 e conta com a actuação do duo de acordeonistas «Acordeãos em sintonia». À noite, o baile é ao som do trio musical Jorge Miguel, a partir das 22h00