23 março 2006
Inovação e competitividade para a região
Três linhas estratégicas, sete áreas prioritárias, 29 projectos mobilizadores, um objectivo: tornar a região mais competitiva e inovadora
Com a implementação de um Plano Estratégico de Inovação e Competitividade, a Nersant pretende tornar o distrito de Santarém (considerado, neste trabalho, nos seus 21 concelhos, acrescidos de Mação) numa região mais inovadora e competitiva no contexto nacional e europeu. O Plano estratégico foi apresentado a 14 de Março, na Nersant.
Espera-se empresas mais dinâmicas e competitivas no mercado global; autarquias mais modernas e capazes de responder às necessidades das populações e das empresas; instituições de ensino e formação mais capazes de formar recursos humanos qualificados e instituições de I&D mais sensíveis às necessidades das empresas.
ASPI definiu três linhas estratégicas: Em primeiro lugar, o distrito de Santarém deverá valorizar o seu potencial, o que pode ser conseguido através da aposta em sectores particularmente fortes na região, como a agricultura e pecuária, a agro-indústria, o ambiente, a indústria automóvel, os curtumes, a exploração florestal, o sector logístico, a indústria da madeira e do mobiliário, e ainda o turismo. O Plano Estratégico aponta para a mais-valia que pode constituir a proximidade à Área Metropolitana de Lisboa (AML). Entendem os autores do Plano que, face à lógica dos apoios comunitários, o distrito de Santarém tem claramente uma oportunidade única para aproveitar a deslocalização de empresas e instituições de ciência e tecnologia que, estando actualmente sedeadas na AML, tenderão, sobretudo a partir de 2007, a procurar outras regiões do país com acesso a mais fundos de apoio.
Consequentemente, a região precisa (e entra-se aqui na segunda linha estratégica) de criar condições base para poder ser efectivamente uma região atractiva. Trata-se, assim, de estimular uma cultura de inovação e empreendedorismo, de fomentar a cooperação institucional entre empresas, criar infra-estruturas e serviços de apoio à inovação nas empresas e desenvolver o recurso às Tecnologias de Informação e Comunicação.
Por fim, entendem como decisiva a aposta na internacionalização, seja através da exportação, seja, ao invés, através da captação de investimento estrangeiro, seja ainda através da cooperação internacional.
Definidos os alicerces da estratégia a implementar, o Plano proposto por Mira Amaral e por Augusto Medina, sugere sete acções de intervenção prioritárias: 1) criação/ reforço de competências na área da Inovação; 2) fomento do empreendedorismo; 3) fomento da capacidade tecnológica; 4) fomento da utilização das TIC; 5) criação/ dinamização de infra-estruturas e instituições; 6) desenvolvimento de redes de cooperação; 7) reforço da internacionalização.
Para conseguir levar à prática estas sete prioridades, capazes de tornar a região efectivamente num território competitivo, com maior qualidade de vida, um ambiente dinâmico e inovador favorável ao desenvolvimento económico ambientalmente sustentável e capaz de atrair investimento, o Plano defendido pela Nersant assentará em 29 projectos mobilizadores, a serem criados e dinamizados pelos agentes regionais, aos quais estará associado um pacote orçamental da ordem dos 100 milhões de euros.
Alguns desses projectos envolvem directamente as empresas e a própria Nersant, no sentido de estimular a inovação nas PME, realizar auditorias tecnológicas, desenvolver parcerias tendo em vista a exportação de produtos da região, criação de plataformas digitais de apoio á inovação e até a criação de um Centro de Design do Móvel. Há, no entanto, muitos outros projectos que se destinam fundamentalmente às instituições de ensino (desde escolas secundárias a institutos politécnicos e escolas profissionais), tendo em vista incutir uma cultura de inovação e empreendedorismo nos jovens alunos. Há também ideias concretas para a criação de duas Escolas Tecnológicas na região e criar cursos de formação de pós-graduação, bem como projectos de dinamização das TIC. As autarquias, instituições de I&D e outros organismos públicos e privados, inscrevem-se também em muitos dos projectos referidos, como sejam as Auditorias Tecnológicas, mas sobretudo naqueles projectos que pela sua abrangência estimulam a cooperação entre todos os agentes económicos da região.
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