Um grupo de mães reclamou, na última reunião pública da Câmara Municipal de Ourém melhores condições para a escola do primeiro ciclo de vale Travesso.
A 2 de Outubro, sete mães com filhos naquele estabelecimento de ensino reivindicaram outras carteiras onde os filhos possam escrever. Relata uma mãe, Ao Notícias de Ourém que as mesas têm "pelo menos 29 anos".
Há casos em que as mães que agora reclamam outras mesas para os filhos aprenderem as letras e fazerem as contas, lembram ter sido nas mesmas que aprenderam, também, o bê-a-bê da língua portuguesa e da matemática. Mas "há quem diga que, quando foram ali colocadas já não eram novas", adianta.
São de "tabuapã que já levantou", e que "enrolado", não deixa escrever, explica a mãe.
Para que as 28 crianças possam escrever, a professora optou por colocar uma cartolina em cada mesa.
No início do ano lectivo, as mães trouxeram ainda outras preocupações ao executivo autárquico: uma rede para separar o recreio da estrada. Diz esta mãe que o "gradeamento é baixo" e que perto da escola está uma estrada que é muito transitada. A rede impedira que as bolas pudessem voar para fora do recinto da escola.
Nem o recreio está nas melhores condições, dizem. Isto porque, o pó que está no pão, empoeira as crianças, no Verão e transforma-se em lama, no Inverno, mal chove. E quando chove não há lugar para todos, debaixo do alpendre, acrescenta.
A estrada está muito próxima obriga a mais cuidados por parte dos educadores que apontam a inexistência de lombas, como um perigo. A mãe que o Notícias de Ourém contactou referiu que houve obras recentes, na estrada e que depois não foi pintada a passadeira.
"A escola tem estado ao abandono", diz esta encarregada de educação que defende que "para uma educação de qualidade é preciso ter condições".
Uma das questões que não foi levantada na reunião mas que preocupa as encarregadas de educação é, também, a existência de um poço, no recreio.
Às mães foi dito que a questão iria ser averiguada, eventualmente com a colocação de mobiliário de escolas desactivadas. As encarregadas de educação esperam que no prazo de um mês, o assunto seja resolvido. Se não, voltarão à reunião pública da autarquia para reivindicar de novo, melhores condições para a escola dos filhos.
Contactado pelo Notícias de Ourém, o presidente da Câmara adiantou que "o mobiliário está mau", o que significa que irá substituído. A autarquia está a averiguar se o material de substituição será o existente em escolas que foram encerradas ou se será necessário adquirir mobiliário novo.
"Não são valores muito elevados", esclarece o autarca. Este responsável adianta ainda que foi equacionada a substituição global do mobiliário nas escolas do concelho, em 2005, tendo sido pensada a abertura de um concurso público para tal, que acabou por não se concretizar.
A substituição destas mesas, garantiu, será efectuada "rapidamente".
Quanto à rede para o local, a Câmara está a averiguar a situação, Já quanto à passadeira e lombas, o presidente da Câmara não quis comentar o assunto.
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