Três restaurantes fechados, temporariamente, por falta de higiene e encerramento de quartos não licenciados (o número de quartos do hotel foi aumentado sem licença ) são o balanço do primeiro dia da acção de fiscalização da Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica (ASAE), a 9 de Outubro, em Fátima.
Também um empresário foi detido em flagrante com comida imprópria para consumo.
"Esta cozinha está uma desarrumação total. São batatas e cebolas misturadas com detergentes, são peças de roupa junto à comida, enfim, é tudo ao monte", desabafava um inspector, após demorada visita à cozinha de um restaurante que, para além de cozinha, servia de copa, de armazém e ainda de vestiário.
As arcas e os frigoríficos foram inspeccionados e os ingredientes, apesar de todos ensacados, não estavam devidamente separados; as frigideiras, fogões, tachos e panelas também foram alvo de fiscalização e o restaurante foi encerrado por falta de higiene.
A operação "Outono em Fátima", antes da grande peregrinação de 12 e 13 de Outubro, levou ainda a vinte contra-ordenações e foi coordenada por Lurdes Gonçalves, directora regional de Lisboa e Vale do Tejo da ASAE. Foi levada a cabo por 36 brigadas que, fiscalizaram dezenas de estabelecimentos, em três sectores da cidade.
Uma situação que poderá levar à instauração de um processo-crime e eventual detenção do proprietário do estabelecimento está ainda a ser avaliada por técnicos da ASAE, prendendo-se com a provável existência de produtos alimentares impróprios para consumo.
Aos jornalistas, esta responsável adiantou a acção teve como objectivo "verificar se estão cumpridas [pelos operadores económicos] todas as normas de higiene, se o consumidor pode ter segurança quanto ao consumo de alimentos em Fátima, se os preços estão marcados devidamente".
Lurdes Gonçalves adiantou ainda que alguns dos estabelecimentos inspeccionados já o haviam sido em Maio. "Somos muito exigentes em termos de higiene".
Cinco meses depois de ter sido alvo de inspecção pela primeira vez, uma unidade hoteleira, com restaurante passou no teste levado a cabo pela equipa da IGAE.
"Fiz aqui obras ‘de alto a baixo’", explicou o empresário, obras estas no valor de um milhão e 200 mil euros. Estava tudo conforme.
Na operação levada a cabo em Fátima, estiveram ainda na mira dos inspectores, a parte económica, nomeadamente "ver se os preços estão marcados, se o livro de reclamações existe, que tipo de reclamações é que são feitas, se há contrafacção de marcas e usurpação de direitos de autor em dvd’ e cd’s".
Também as garrafeiras foram ‘visitadas’ pela ASAE e, pelo menos numa delas, algumas garrafas foram apreendidas devido a problemas de rotulagem.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário