16 novembro 2006
Profissões em competição
Decorreu na passada semana, o campeonato das profissões da Região de Lisboa e Vale do Tejo do Instituto do Emprego e Formação Profissional, cujas provas tiveram lugar no Centro de Formação Profissional de Tomar e onde estiveram envolvidos 104 jovens em 15 saídas profissionais: Cabeleireiro, Carpintaria de Limpos, Contabilidade, Desenho de Construção Civil – CAD, Desenho Gráfico, Electricidade de Instalações, Electromecânica Industrial, Electromecânica de Frio, Serralharia, Electromecânica Industrial, Electromecânica de Frio, Electrónica Industrial , Marcenaria, Gestão de Redes Informáticas, Serralharia Mecânica , Soldadura, Tecnologia da Informação
Os campeonatos decorreram em simultâneo nas cinco delegações do IEFP e neles participaram jovens dos 17 aos 21 anos que tenham adquirido uma qualificação profissional através da formação ou da experiência, provenientes de Centros de Formação Profissional, Escolas Secundárias e Profissionais, empresas e outras entidades.
Os Campeonatos das Profissões são encontros onde os jovens têm oportunidade de competir entre si, pretendendo-se, com a sua realização, promover e valorizar a educação e a formação de natureza técnico profissional e, ao mesmo tempo, proceder ao apuramento, em cada região, dos jovens que demonstram melhor aptidão, para concorrerem, em Março de 2007, ao título de campeão nacional.
O Notícias de Ourém visitou, durante a semana do evento, o Centro de Emprego e Formação profissional, onde foi recebido pela sua directora, a oureense Lucília Vieira e onde tomou contacto com o trabalho ali desenvolvido tendo ainda oportunidade de conversar com alguns jovens de Ourém que o frequentam (ver notícia nesta página).
Também estivemos na cerimónia de encerramento que contou com a presença de vários responsáveis regionais e nacionais.
O delegado Regional de Lisboa e Vale do Tejo, do IEFP, Rui Patrício referiu a necessidade do trabalho desenvolvido nas escolas de cariz profissionalizante basearem o seu trabalho na vida real e no stress que esta provoca já que o que acontece normalmente é que quando os trabalhos correm mal, os alunos recomeçam-nos. Ora, este tipo de eventos, com tempo e tarefas marcadas, acabam por tocar a realidade diária levando os alunos a aperceber-se daquilo que os espera nos futuros locais de trabalho. Terminou a elogiar o desempenho do Centro de Tomar onde, «apesar da directora ter estado doente», as coisas funcionaram bem. Fernando Cabecinha, vogal do Conselho Directivo do IEFP destacou o facto de este campeonato que prosseguirá a nível nacional e depois internacional, envolver 46 países que «procuram gerar competitividade e solidariedade. Refere ainda que, apesar de Portugal se apresentar como um país de baixas qualificações, ele tem vindo a receber diversas medalhas, o que prova das suas capacidades. Para este responsável, o que se passa é que as competências individuais ainda não estão reconhecidas pelo que considera de extrema importância que essas competências sejam devidamente reconhecidas e certificadas.
O Governador Civil do Distrito de Santarém começou por considerar que esta é uma das iniciativas que se enquadram nas directivas do seu mandato e que passa pela «importância de se saber ultrapassar algum individualismo». Apontando como «uma das principais fragilidades do país a falta de competitividade» defende, também ele a necessidade de maior organização da sociedade e de melhor qualificação. Mas Paulo Fonseca considera que «não basta ser um bom profissional», como «é preciso ter capacidade de adaptabilidade às exigências da vida». Até porque a ideia de que se tem um emprego para o resto da vida está hoje completamente ultrapassada e se é preciso competir, também é preciso ter flexibilidade para assumir novas profissões, quando necessário.
De referir ainda que durante a sessão de encerramento foram medalhados os alunos vencedores. Destes destacamos Micael Pereira Santos, aluno do curso de Desenho de Construção Civil – CAD, da Escola Profissional de Ourém, que obteve o segundo lugar neste confronto de competências.
No final houve um momento de convívio, com almoço serviço e confeccionado no próprio Centro, seguindo-se um interessante desfile que apresentou a evolução do vestuário desde o homem das cavernas à actualidade, passando por importantes civilizações como o antigo Egipto, Roma ou Grécia, tudo através de trajes feitos pelas próprias alunas do curso de costura.
O Centro
A entrada em funcionamento do Centro de Formação Profissional de Tomar, em Novembro de 1995, veio complementar uma rede de Centros de Formação Profissional, dependentes da Delegação Regional de Lisboa e Vale do Tejo do Instituto do Emprego e Formação Profissional.
Servindo uma região com características e necessidades diversificadas está, presentemente, vocacionado para as áreas de Agricultura e Desenvolvimento Rural; Construção Civil e Obras Públicas; Electricidade e Electrónica; Energia, Frio e Climatização; Indústria Agro-Alimentar; Madeiras; Metalurgia e Metalomecânica; Reparação e Manutenção de Veículos; Restauração, Hotelaria e Turismo; Saúde, Serviços Pessoais e à Comunidade; Serviços Comerciais, Administrativos e Financeiros; Ergonomia, Segurança e Higiene e Informática e Gestão de Sistemas.
O Centro procura constituir uma resposta dinâmica e oportuna nas diferentes modalidades de formação inicial e contínua, bem como na formação de formadores e de gestores e quadros, conferindo a respectiva certificação profissional.
Jovens de Ourém em formação
Foi na padaria/pastelaria e no curso de empregado de mesa e bar que encontramos quatro jovens oureenses.
O Micael Mendes, do Alqueidão, e a Anabela Ferreira de Urqueira, frequentam o curso de padaria e pastelaria do Centro, tendo iniciado a sua formação em Maio. O Micael, com 20 anos, já trabalha nesta área mas considerou importante tirar o curso, apostando assim por obter uma maior formação e, ao mesmo tempo, a certificação profissional para desenvolver a sua actividade.
Quanto à Anabela, para já, diz apenas que foi fazer o curso porque gosta de fazer bolos. O futuro dirá como vai utilizar as competências que agora está a adquirir.
A Sandra Oliveira é de Alburitel e o João Luís vive na casa da criança de Aldeia Nova. A Sandra diz que já tinha vontade de trabalhar nesta área e as coisas acabaram por se concretizar após uma visita das psicólogas do Centro quando a jovem frequentava a EB, Conde de Ourém.
Por sua vez, o João Luís foi motivado para esta formação por colegas que já o frequentavam. Como chumbou por faltas na Secundária de Ourém, falou com a psicóloga e acabou por ir para o Centro de Formação Profissional de Tomar que garante estar a gostar de frequentar.
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