25 janeiro 2007
Aplausos sucessivos em a "Crise dos 40"
À peça, seguiram-se alguns cumprimentos e autógrafos. Em entrevista ao Notícias de Ourém, no final da peça, os actores assinalaram o prazer de fazer teatro, o sucesso que a peça está a ter e a planeada vinda a Ourém.
Em Abril deste ano, o grupo de actores volta a Ourém para apresentar "Amor à prova", uma história de amor em comédia que conta no elenco com Paula Neves, Hugo Sequeira, Dina Félix da Costa e João Maria Pinto.
Sala cheia para assistir à "Crise dos 40", o primeiro local desta digressão nacional por 25 cidades, depois do sucesso obtido em Espanha e em Lisboa, ao longo de cinco meses e que os levará a Londres a 1 de Fevereiro para apresentar ao público londrino a mesma peça.
O bom acolhimento do público era esperado já que "tem sido nos outros locais. Porque aqui haveria de ser diferente? Não havia motivo para isso", salienta Almeno Gonçalves que, dá corpo à personagem Manuel.
Joaquim Nicolau, que desempenha o papel de Xavier sublinha "adoramos fazer teatro nas pequenas cidades. Apesar de não haver apoio estatal não deixamos de vir fazer teatro à província porque as casas podem estar cheias". E Ourém foi exemplo disso: "As pessoas compraram o seu bilhete, vieram-nos ver, gostaram" sendo os aplausos, "o indicador" dessa boa receptividade.
António Melo, actor que desempenha o papel de Joaquim defende "é uma obrigação do actor" proporcionar ao público que não vive na capital, os mesmos espectáculos.
E se antigamente havia dificuldades, as salas existentes pelo país já têm boas condições. Para tornar possível este espectáculo, a casa Adão Móveis disponibilizou o mobiliário que faz parte do cenário onde se passa a acção.
Sem ligação
Os actores não se revêem nas personagens que interpretam no palco e entendem que a peça deve ser entendida "na brincadeira" porque se a peça for analisada de forma profunda "é uma tragédia", já que o personagem principal nunca consegue deslocar-se da ideia de viver sem a Isabel, refere Almeno Gonçalves.
Joaquim Nicolau aponta que a peça revela o que as pessoas que passam por divórcio e separação sofrem. E depois quando refazem a vida "até olham para as coisas com uma certa cumplicidade",quando se voltam a reencontrar.
Os actores não esquecem o apoio proporcionado pela casa Adão e ao Paço do conde bem como ao público presente.
Apoio ao teatro amador
Entre os muitos presentes na plateia estavam alguns jovens actores amadores que pertencem aos grupos de teatro do concelho. Os actores ficaram agradados ao saber desta presença incentivando-os a continuar o trabalho desenvolvido. Almeno Gonçalves e Joaquim Nicolau recordam grandes nomes do teatro de pessoas que começaram como amadores: Raul Solnado, Henrique Viana, entre outros.
António Melo entende que "é fundamental para as comunidades mais desprotegidas", haver estes grupos. "Só o facto de se reunirem para fazerem teatro é fantástico" manifestaram os actores disponibilizando o seu apoio.
Entre o teatro e o cinema
Conhecidos do grande público, sobretudo, pela televisão, os actores partilham os palcos e participam ainda em trabalhos de cinema. E de que gostam mais?
"A TV é um belo restaurante fast food, o cinema é um restaurante requintadíssimo e o teatro é como ir comer a casa da mãe". A analogia de António Melo serviu para frisar o gosto pela arte de representar assinalando a efemeridade do teatro e do cinema e a implicação do público pagar um bilhete e assistir.
No teatro "temos à frente de nós o espelho do que estamos a fazer", assinala Joaquim Nicolau. Certo é que todos preferem representar um bom texto.
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