18 janeiro 2007

Bispo exorta católicos a favor da vida



"Cada pessoa, cada grupo, cada comunidade deve perguntar-se o que fez e pode fazer para pôr em marcha alguma iniciativa profética como consoladora mensagem de esperança em favor da vida humana", disse D. António Marto, durante a vigília da Misericórdia, integrada na peregrinação de 13 de Janeiro. Durante a sua intervenção, o Bispo de Leiria-Fátima frisou que o caminho indicado por Cristo "é um convite e um mandato a tornar-se próximo no amor, no cuidado e no serviço a todo o ser humano em cada idade e situação da sua vida: no início da vida nascente, na infância, na adolescência, na juventude", na vida adulta e na velhice."Pede amor à vida escondida das crianças no seio materno", sublinhou o prelado, que terminou a sua homilia com palavras da encíclica "Evangelho da Vida ", de João Paulo II, onde o anterior Papa pedia à Virgem que olhasse "para o número sem fim de crianças a quem é impedido nascer"."Assistimos à banalização crescente do aborto que provoca a morte silenciosa de um ser humano silencioso, indefeso e inocente", afirmou o bispo de Leiria-Fátima, durante a celebração eucarística de 13 de Janeiro.A menos de um mês do referendo, D. António Marto questionou o porquê da desvalorização da vida: "Porquê esta distinção discriminatória entre os seres humanos nascidos e os nascituros em gestação?".O aborto – defendeu - "é sintoma de um mal-estar mais profundo de cultura e de civilização, da própria sociedade". A visão da vida humana é entendida, hoje em dia, como "mero produto ou material biológico" aliada a uma "visão pragmático-utilitarista que remete por completo a sensibilidade moral para as fronteiras dos custos, do bem-estar, do conforto".O prelado assinalou estar ciente do drama de uma mulher "fruto de grandes sofrimentos e angústias (sem excluir as pressões), quando se depara com uma gravidez não desejada.Mas optar por "destruir uma vida humana que desabrocha" é sacrificar o elo mais fraco em todo este processo. "A resposta verdadeiramente humana e humanista a este drama é um projecto solidário e galvanizador de todos os recursos da sociedade civil e do Estado, para oferecer todo o cuidado, acolhimento e protecção de ordem social, económica e psicológica tanto ao filho em gestação como à mãe que o gera. Não podemos considerar um sem o outro; e muito menos pôr um contra o outro".Nesta peregrinação foram recolhidas ofertas para o acolhimento de futuras mães em dificuldades..

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