"Dar atenção às famílias numerosas na população migrante, não permitindo que o acolhimento do valor da vida seja motivo de penalização e sobrecarga fiscal", é uma das conclusões do VII Encontro de animadores sócio-pastorais das migrações que decorreu entre 12 e 14 de Janeiro.
Durante três dias, os 50 representantes de 12 dioceses analisaram a situação e apoio dado aos imigrantes. "Nas dioceses onde acontecem eficazes parcerias entre as estruturas da Igreja e destas o Estado e com a sociedade civil, que trabalham com as migrações, notam-se resultados mais visíveis no serviço às famílias migrantes e na sensibilização das comunidades cristãs", foi constatado.
Entre as propostas que saíram destes trabalhos, foi frisada a necessidade de "acolher activamente, sem preconceito, as novas situações familiares entre os migrantes: famílias monoparentais, uniões de facto, cônjuges sós, matrimónios mistos (culturais e religiosos)".
Aqueles que normalmente trabalham com imigrantes defendem a promoção de " ‘contratos de acolhimento’ das comunidades migrantes na sociedade, porque os imigrantes não são braços de trabalho, mas pessoas com afectos, com projectos de vida individual e familiar".
Os participantes acolhem com optimismo as recentes mudanças na lei de imigração em prol do valor da família migrante e de particulares situações excepcionais de irregularidade, desejando, para breve, a regulamentação da mesma, pode ainda ler-se num dos pontos conclusivos.
Neste encontro foi anunciada a realização do V Fórum das Migrações da Caritas Europa em Portugal. Decorrerá entre os dias 20 e 22 de Setembro, coincidindo com a Presidência Portuguesa da Comunidade Europeia. "Construir pontes ou barreiras", será o tema em debate neste Fórum.
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