Segunda-feira à noite, A EPO – Escola Profissional de Ourém, assinalou o 4º aniversário do CRVCC – Centro de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências, aproveitando a ocasião para fazer a entrega de certificados aos formandos que terminaram o seu processo de certificação.
A Directora da escola, Purificação Reis recordou a criação do Centro, a 28 de Fevereiro de 2001, apontando-o como um dos primeiros 22 Centros que iniciaram este trajecto, a nível nacional.
Considerou depois, terem sido quatro anos de forte empenho, grande esforço e crescimento colectivo de uma equipa onde se destaca o grande profissionalismo.
Lamentou que o Centro seja ainda pouco conhecido por parte da população mas reconheceu que a situação é bem melhor que há quatro anos, quando era completamente desconhecido. Falou depois da razão de ser deste trabalho que passa por reconhecer as competências alcançadas ao longo da vida e que traz consigo benefícios em termos pessoais e profissionais.
Alexandra Figueiredo da DGFV – Direcção Geral de Formação Vocacional considerou ser esta uma das áreas de intervenção prioritárias do Ministérios da Educação, estando este a trabalhar em três frentes: junto das entidades promotoras, procurando que seja cada vez maior o número de pessoas a recorrerem a este serviço; procurando que ele seja alargado ao nível do 12º ano e procurando aliar a certificação profissional às certificações académicas, ou seja, passando a reconhecer também as competências profissionais.
Deixa também o apelo aos agora certificados para que passem a mensagem a possíveis interessados..
Em representação da Câmara esteve o seu vice-presidente, Vítor Frazão que defendeu a importância das parcerias entre as várias instituições. Manifestou ainda a sua satisfação por ver a sala "apinhada de gente empenhada em aprender, na sua valorização e realização pessoal.
Foi a vez, depois, de cinco formandos, falarem das suas experiências pessoais, através de respostas a questões colocadas por um dos avaliadores externos do processo, José Ferraz que fez primeiro uma breve introdução ao processo. "Todos nós, ao longo da vida, vamos adquirindo saberes e competências que não são certificadas", afirmou. Este processo passa por identificar esses saberes e competências e certificá-los em quatro áreas chave: linguagem e comunicação; matemática para a vida, tecnologias da informação e comunicação e cidadania e empregabilidade. Foi na ara das novas tecnologias que os formandos acusaram maiores dificuldades visto nunca antes terem tido contacto com a informática mas acabaram por considerar ter sido muito importante a sua aprendizagem quer em termos pessoais quer profissionais. Uma das formandas referiu a importância desta aquisição para poder acompanhar os filhos nas suas ingressões pela Internet. Aliás, o acompanhamento dos filhos nos estudos foi um dos benefícios mais apontados em particular pelas mulheres bem como o servirem-lhes de exemplo e estímulo. Quanto ao modo como tomaram conhecimento do Centro foi, na maioria dos casos, através de pessoas conhecidas mas também da imprensa.
José Ferraz explicou que o processo não pode ser comparado com a escola tradicional porque aqui, o que se pretende, é que as pessoas vão demonstrando as várias competências que foram adquirindo na "grande sescola da vida".
E todos consideraram que não sendo fácil, o processo também "não é nada do outro mundo". Exige trabalho, empenho, dedicação e muita vontade.
As fases
do processo
Após a inscrição, os técnicos do Centro orientam o formando na identificação de competências e é feito o primeiro reconhecimento através da elaboração de um dossier pessoal e de sessões de reconhecimento específicas nas áreas chave. Caso este reconhecimento mostre que o formando está pronto para isso, é pedida a validação da certificação, feita junto de um júri. Ma na maioria dos casos é necessário passar por uma fase intercalar de formação complementar onde o formando vai adquirir os saberes em falta. Esta formação, sendo sempre acompanhada pelos técnicos pode ser feito através de sessões com estes ou de forma autodidacta.
Resta dizer que nestes quatro anos o CRVCC já atribui 588 certificados, encontrando-se em processo de RVCC 1299 pessoas.
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