25 maio 2006

UM RAIO DE SOL

"Agarra um raio de sol e desprende-o onde houver noite" (excerto de um poema de Mahatma Gandhi).
Foi o que de imediato nos surgiu quando visitámos a exposição que o C.R.I.O., em boa hora, levou a efeito na sala Luso Galaica do Parque Linear de Ourém.
O espaço foi aproveitado para, de um modo simples e acolhedor, mostrar o corolário das diversas actividades dos utentes desta prestimosa Instituição e saldou-se num magnífico resultado a todos os níveis.
Um raio de sol é o que brota da energia e dedicação dos que diariamente se esforçam para iluminar a noite das pessoas (pessoas, sim!) frequentadoras daquela Casa.
Um raio de sol é a alegria estampada naquelas caras ao verem os outros a apreciar os seus trabalhos, é a importância de cada momento de inserção na chamada normalidade.
Um raio de sol é essa mesma genuína alegria reflectida nos professores, monitores e demais funcionários que árdua e gostosamente ali funcionam.
Um raio de sol é o privilégio obtido por quem teve a oportunidade de apreciar a singela beleza do que foi mostrado por quem deu tudo o que tinha para dar.
Um raio de sol é a profunda lição dada por estes professores/alunos, onde a força das circunstâncias mostra, apesar das limitações, ser pela prática positiva que vale o esforço da vida.
Um raio de sol foi esta lufada de ar puro no ambiente pesado da nossa noite, em que a normalidade se queda pelas atitudes nefastas que adensam a escuridão reinante, levada a cabo por gente que se tem por inteligente.
Um raio de sol é o que é preciso, antes que venha o sol dum raio que nos abrase.
Luís Silva Rosa

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