13 julho 2006

Comunidade de Boleiros comemora quatro séculos da capela

Quatro séculos de história. A comunidade de Boleiros comemorará, em 2007, quatrocentos anos da sua capela dedicada ao orago de Santa Bárbara e de Nossa Senhora do Livramento (mais recentemente).
E com uma data destas a comemorar, a iniciativa não vai passar em branco. Desde final de 2005, um grupo de habitantes conjuntamente com o capelão, padre Rodrigo Carvalho, pôs mãos ao trabalho e constituiu uma comissão organizadora.
"As comemorações são para a comunidade, é a comunidade que está a comemorar" e "a ideia é fazê-la viver isso mesmo", adianta ao Notícias de Ourém, o porta-voz da comissão organizadora, Nuno Oliveira.
O programa já esta definido e as equipas já estão a trabalhar. A equipa de coordenação pretende levar a cabo uma iniciativa por mês, de Janeiro a Dezembro de 2007. Em alguns meses, estas iniciativas acabam por duplicar, tendo também em atenção o calendário litúrgico a celebrar.
Simbolicamente as comemorações iniciar-se-ão a 1 de Janeiro de 2007, logo após a eucaristia de Ano novo.
Equipas no terreno
A equipa de recolha cultural (vestuário, costumes, nomes, arquivo fotográfico e recolha de tradição oral) é a que, até este momento, tem o trabalho, mais adiantado, salienta Nuno Oliveira. As recolhas têm vindo a ser feitas sobretudo aos fins-de-semana, junto dos mais idosos, sob a coordenação de Poças das Neves e Neves Martins e trabalho, no terreno da equipa de António Castanheira.
Com esta retrospectiva, o objectivo é compilar os dados numa monografia, que deve ser editada por altura das comemorações. Um dos objectivos para o futuro da localidade é a construção de um centro cultural em Boleiros. O projecto ainda não passa de uma ideia mas, o objectivo é que seja construído um edifício de raiz para albergar o espólio histórico e cultural. Deverá ser este centro, o dinamizador de iniciativas culturais na localidade.
Outra das equipas que também já está a adiantar trabalho é a de decoração: as senhoras, na sua maioria, que a compõem estão a tecer um longo cordão com flores de papel, "para enfeitar as ruas, como se fazia antigamente", salienta o porta-voz da comissão organizadora.
As mantas nas janelas e o alecrim à frente da porta também deverão fazer parte dos acessórios que as casas terão, a partir de Maio, sinal de festa.
Durante as comemorações haverá tasquinhas com gastronomia tradicional. Não só receitas actuais como também irão ser recuperadas receitas e momentos gastronómicos de há 50, 60 anos atrás.

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