16 novembro 2006

Empresas portuguesas desafiadas à exportação



"O sector da exportação é vital" referiu o orador principal deste jantar de empresários, o director da rede de gabinetes de empresas do IAPMEI.
Perante uma plateia de 350 empresários no XI encontro de empresários promovido pela ACISO a 9 de Novembro.
A necessidade de ajustamento, isto é, os sectores que se irão modernizar ainda mais: banca, seguros e energia. "A competição internacional vai aumentar e vai afectar todos os sectores", frisou André Março na conferência "Desenvolvimento económico, dinâmicas empresariais e financiamento das PME".
"A própria banca portuguesa, para crescer, tem de ser no exterior", referiu apontando, também, a necessidade das empresas passarem a encarar o mercado como global e "passarem a exportar", alterando da actividade turística centralizada em "sol e praia".
Na Roménia - assinalou - há 140 empresas portuguesas a operar, sugerindo este responsável que Portugal possa servir com "plataforma, placa giratória de pessoas".
É ainda necessário "atrair investimento directo estrangeiro porque permite consolidar as PME portuguesas".
E as pequenas e médias empresas portuguesas "estão carenciadas de gestão" havendo a necessidade de "apostar na formação de recursos humanos " bem como a "promoção no acesso a mercados externos".
Em matéria de incentivos à modernização, André Março apresentou algumas soluções financeiras que passam pelo micro-crédiito e pelo financiamento por parte dos bancos pelas linhas de capital de risco.
Valorizar o diferente
"Temos capacidade diferentes e temos que valorizar o diferente", afirmou o governador civil do distrito de Santarém, Paulo Fonseca durante o jantar de empresários.
Este responsável assinalou a necessidade de uma "reforma das mentalidades" e uma "nova adaptação a novos conceitos que temos de ter presentes" para se ser competitivo a nível mundial.
Fonseca referiu-se às três grandes reformas em curso: PRACE, PROT e CREN para frisar a necessidade de adaptação das empresas aos desafios. No caso do PROT, assinalou o facto do concelho de Ourém estar inserido na região de Lisboa e Vale do Tejo e que comporta "a jóia da coroa, Fátima e também o aeroporto da Ota" que deve ser aproveitado. "Estima-se que a única região do país que terá mais habitantes, no futuro, é esta", salientou.
O governador civil realçou a importância dos empresários do concelho responderem positivamente em matéria de competitividade, qualificação dos recursos humanos e coesão territorial porque "não tenhamos ilusões, como não temos fronteiras, os nossos parceiros europeus virão fazer o trabalho por nós.
Desafios de futuro
Os "tempos não são fáceis. Os desafios do futuro também não são fáceis", afirmou o presidente de Câmara que apontou como uma solução para fazer face a estes desafios, as parcerias. A formação e a especialização são as outras duas tónicas importantes para o autarca, a par das acções de divulgação adequadas.
David Catarino justificou a baixa taxa de desemprego existente no concelho pela actividade empresarial existente, pequenas e médias empresas. "Se formos inteligentes saberemos enfrentar o futuro", frisou.

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