18 janeiro 2007

Mundial, lá longe…

Ourém não se candidatou nem ao Nacional nem ao Mundial de Enduro. Para José Brito, uma das grandes razões para que tal não tenha sucedido, prende-se com o que considera ser a «falta de interesse, sobretudo da autarquia».
E o jovem, agora responsável nacional pela modalidade, aponta o exemplo de Marco de Canavezes que este ano vai organizar o Mundial, dizendo que assistiu ao modo como a Câmara local se empenhou para que a prova ali decorresse, tendo sido mesmo a autarquia a sua grande impulsionadora.
Por outro lado, habituado que está a percorrer o país na organização das provas, José Brito apercebe-se das pressões exercidas pelas câmaras para que as provas se realizem nos respectivos concelhos. E não se espanta por que isso aconteça. Afinal, como recorda, o Mundial de Enduro, trouxe a Ourém 30 mil pessoas, segundo números avançados pelo júri internacional.
Mas, para além disso, os responsáveis do Natureza Motor Clube, acreditam que o Enduro é uma modalidade «com os dias contados». Isto porque o impacto ambiental provocado, contaria as normas, cada vez mais apertadas, para a realização destas actividades.
Daí que acreditem que o futuro passe pela criação de espaços, como o do Escandarão, devidamente preparados para o efeito e dedicados à prática das várias modalidades, sem que seja causado prejuízo ambiental ou a terceiros.
Em relação a isto, realçam o facto de haver pessoas sem escrúpulos que aproveitam as provas realizadas para «indo por trás e aproveitando os trilhos feitos para as provas, desrespeitarem tudo e todos, destruindo plantações agrícolas, fazendo manobras perigosas dentro de localidades e levando as populações a culpar os pilotos que, afinal, se preocupam e respeitam quer a natureza, quer as pessoas e os seus bens».

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