19 abril 2007

GNR patrulha freguesia de Fátima


Mais de 50 anos de serviço à população da cidade de Fátima, com uma bênção apostólica pelos serviços prestados, a Polícia de Segurança Pública deixou de ser a força de segurança da cidade. A oficialização da transferência ocorreu a 16 de Abril com a presença do secretário de estado adjunto e da Administração Interna, José Magalhães.
A segurança far-se-á num plano de quatro zonas: no Santuário onde estarão homens à paisana e onde as únicas armas que terão serão bastões extensíveis e aparelho de comunicação. Na zona envolvente, no Santuário e junto à Basílca, haverá militares fardados e com patrulhas ciclo. No terceiro anel, os militares estarão de bicicleta e a cavalo junto à via-sacra, Valinhos e Aljustrel e também a vigiar os parques de estacionamento. No restante da freguesia o patrulhamento far-se-á em veículos motorizados. 53 homens, seis viaturas de patrulhamento urbano, dois jipes, quatro motos, um reboque e bicicletas estarão ao serviço da população de Fátima.
“Os cavalos são fundamentais para a vigilância dos parques de estacionamento”, afirmou o general Newton Parreira, comandante da Brigada Territorial 2. Prevista está, segundo este responsável a construção de cavalariças, nas traseiras do posto da GNR, para os cavalos estarem disponíveis diariamente.
Nos dias das grandes peregrinações ao Santuário, este dispositivo contará com o reforço de mais 200 elementos do Regimento de Infantaria da GNR, sedeado em Lisboa.
Para preparar as grandes peregrinações e, a menos de um mês do 13 de Maio, o secretário de estado adjunto e da Administração interna lembrou os militares a necessidade de articulação com as câmaras de vigilância do Santuário, no recinto, a necessidade de um mapa electrónico para controlar os posicionamento dos homens e a divisão exacta do território patrulhado pela GNR, com recurso a GPS.
O sargento Horácio Félix é o comandante do Posto de Fátima. Até agora comandante do posto da Chamusca. A primeira tarefa, depois do patrulhamento conjunto, ainda com os elementos da PSP, vai agora ser a “adaptação dos militares” na área. Ainda que nem todos os militares sejam do concelho, há um grande número de militares que residem em concelhos vizinhos.

Operacionalidade
José Magalhães afastou o conceito de que a GNR patrulha as zonas rurais e o citadino da PSP. Aliás esse é um dos “fantasmas que impedem a mudança”. Os critérios são de “funcionalidade”.
E Fátima “pelo seu papel tem dispositivos normais e excepcionais”. “O problema de Fátima não é a sua população, que é pacífica, mas sim a capacidade de responder a situações de fluxo populacional na altura das peregrinações”, lembrou.
O responsável assegurou ainda que o dispositivo da GNR conta com um “reforço de efectivos que corresponde às necessidades táctico-operacionais”.
O Posto de Fátima terá um NUMME – Núcleo Mulher e Menor. A “Escola segura” será assegurada com uma equipa de 2 elementos no concelho.

O secretário de Estado Adjunto e da Administraçãoo Interna, José Magalhães, considerou que os receios da população em relação à mudança da PSP para a GNR constituem um “sinal de respeito e do bom trabalho” feito pela PSP, mas desdramatiza uma eventual ineficácia. “Haverá uma gestão a partir do interior da mesma força de segurança de toda a actividade, envolvendo a tranquilidade dos peregrinos e dos cidadãos em geral”, afirmou.

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