Também as contas da VerOurém foram à reunião de Câmara da passada segunda-feira, mais uma vez sendo aprovadas pela maioria mas, desta feita, com o voto contra da oposição.
No relatório apresentado aponta-se «um assinalável crescimento no volume de actividade» da empresa municipal, o que se reflecte quer nos proveitos quer nos custos.
São salientadas as seguintes novas actividades: gestão de infra-estruturas desportivas; cozinha central, incluída no SAF - Serviço de Apoio à Família; apoio ao transporte de crianças e Educação Física, no âmbito das actividades extracurriculares.
A empresa não apresentou informação que permita caracterizar os seus recursos humanos. No que toca ao investimento, é referido que o realizado, de 49,6 mil euros, se reporta à aquisição de equipamento básico para o cinema, de uma viatura comercial de apoio ao SAF, para transporte de refeições entre a cozinha central e os vários locais onde são servidas as refeições e de ferramentas e utensílios para esta mesma cozinha.
Resultados por área de actividade
O relatório destaca o apuramento de resultados negativos: a gestão de infra-estruturas desportivas (40.923 euros); cinema (2.579 euros); comunicação (1.086 euros e galeria municipal (213 euros).
No que toca à gestão de infraestruturas desportivas é curioso verificar que os pavilhões do Caneiro, Freixianda e Ourém, apresentam um valor positivo, em oposição à negatividade do pavilhão de Caxarias e Estádio Municipal de Fátima. Enquanto isso, o cinema continua a apresentar decréscimo no número de utentes.
Como apresentado resultados positivos surgem as piscinas (78.850 euros) o SAF (12.795 euros) e os eventos (4.525 euros).
Quanto às piscinas municipais, verifica-se um aumento de utentes em Ourém embora estes ainda se situem muito aquém das entradas verificadas em 2003.
No cômputo geral, o resultado obtido é positivo em 51.4 mil euros, dando origem a um imposto sobre o rendimento na ordem dos 14.8 mil euros e, consequentemente, a um resultado líquido do exercício, positivo em 36.570 euros.
PS contra
Os vereadores do PS votaram contra e apresentaram declaração de voto, considerando que «continua a faltar a esta empresa uma dinâmica própria para encontrar soluções para os problemas detectados».
Embora registando o facto de que «tem havido uma resposta positiva a novas actividades propostas como a implementação da cozinha central e serviço de refeições ou o apoio ao transporte de crianças», os vereadores da oposição consideram que «falta uma percepção mais clara do alcance social das funções que lhe estão cometidas». E, «a título de exemplo» deixam algumas notas onde estranham que «o Relatório não apresente uma caracterização do número de funcionários ao serviço desta empresa municipal». Referem que o Cinema «continua a apresentar um decréscimo de utentes e o cine-teatro tem uma utilização diminuta se descontarmos a dinâmica das Associações».
Consideram que «o saldo positivo de exploração das Piscinas quer em Ourém quer em Caxarias deve levar a rever o tarifário de modo a aproximar os valores cobrados ao custo real de exploração». É que para os vereadores do PS, «um resultado positivo de 78.850 euros chega a ser chocante» já que «embora tenha aumentado o número de utentes estamos longe dos valores de 2003 e daquilo que será razoável esperar de uma estrutura desta natureza que deve estar ao serviço e alcance da população em geral».
Por outro lado, «também os Serviços de Apoio à Família continuam a apresentar uma margem de exploração positiva superior a 12 mil euros (antes de impostos), o que juntamente com as Piscinas contribui para um resultado líquido de exercício positivo de 36.570 euros» daí que, consideram os vereadores da oposição, «não admira por isso que ao contrário do que acontece com a AMBIOURÉM, o Fundo de Maneio seja positivo e na ordem dos 169 mil euros».
Finalmente, quanto à gestão das infra-estruturas desportivas – pavilhões e estádio – «parece que os Regulamentos aprovados pela Câmara estão a permitir um equilíbrio. Importa pensar de que modo podemos aumentar a sua utilização e dar-lhe outra visibilidade» defendem os socialistas.
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