03 maio 2007

GDC de Seiça comemora 36º aniversário em festa

O Grupo Desportivo e Cultural de Seiça comemorou, no passado fim-de-semana, o seu 36º aniversário. No sábado à noite teve lugar o jantar de convívio entre sócios, que serviu também para homenagear os que perfizeram 25 anos de associados.
Na hora dos discursos, o presidente da Direcção, Fernando Silva falou do cumprimento de promessas feitas em anos anteriores e do momento alto que o clube vive ao subir de divisão e disputar, no dia seguinte a finalíssima dos campeões distritais. O responsável do clube agradeceu todos os apoios institucionais que recebeu das diferentes entidades e falou das outras actividades da associação com destaque para o teatro onde alguns dos seus elementos haviam participado, no dia anterior, na pela sobre a vida de Lúcia.
Mas Fernando Silva, de olhos postos no futuro, apontou a necessidade de se avançar com o complexo escolar que deverá avançar em terrenos contíguos aos da sede da colectividade, adquiridos pela Câmara, para esse fim. Como «sonho» pessoal, deixa a vontade de o clube vir a possuir um campo sintético que sirva o clube mas também as crianças da freguesia.
Do grupo de futebol, o dirigente afirma que, no próximo ano, «o Seiça não vai ser o coitadinho da 1ª Divisão Distrital como muita gente já agoira» mas, promete, «vai ficar entre os da primeira metade da tabela».
João Sousa, em representação da Associação de Futebol de Santarém, recordou a sua chegada à associação de Futebol de Santarém e os laços criados com o Seiça ao informar o clube da existência de fundos a que podiam candidatar-se para a construção dos almejados balneários que culminou com a aprovação da candidatura.
Do presidente do clube afirmou a sua intransigência na defesa do Grupo, gabando-lhe a forma de desenvolver o seu trabalho ao não se limitar a falar mas também a expor as ideias através de cartas, o que facilita depois o trabalho dos responsáveis na hora de tomar decisões e não deixando assim que as conversas caiam no esquecimento.
Para o presidente da Junta de Freguesia, o clube da sua terra tem mostrado a capacidade de ser diferente de muitos outros. Isto porque, considera José Custódio, «o futebol é como o eucalipto, seca tudo à volta». Mas, reconhece, no caso de Seiça, as coisas não tê sido assim e a colectividade continua a actuar noutras frentes como é o caso dos veteranos e do teatro, exemplifica.
O vice-presidente da Câmara elogia o trabalho desenvolvido pela colectividade nos seus 36 anos de vida e fala das muitas associações concelhias, umas «adormecidas», outras «com bastante pujança». Do Seiça diz que «com humildade se tem vindo a impor ano após ano». Garante que se David Catarino se comprometeu a colaborar na melhoria dos balneários, isso acontecerá através de um protocolo a estabelecer com o Grupo. Isto porque, defende, «a Câmara tem obrigação de estar ao lado das associações que mostram trabalho, e o Seiça está a fazê-lo».
Já quanto ao sintético, Frazão diz não fazer promessas antes que seja feito um levantamento orçamental, embora a hipótese não seja escamoteada, mas sempre no contexto de uma carta desportiva do concelho.
Vítor Frazão faz também referência aos três actores presentes no grupo que encenou a vida da irmã Lúcia, na véspera, para considerar que estes «não envergonharam a vossa terra».
Ao clube deixa o cheque de 7500 euros, subsídio atribuído pelo município reconhecendo que o valor poderá não ser muito elevado, mas afirmando ser o possível, dadas as muitas colectividades do concelho. No entanto, diz, «temos colaborado de outras formas e continuaremos a fazê-lo». No final refere que no próximo ano haverá um regulamento de atribuição de subsídios pelo que as associações terão que apresentar os seus programas culturais e desportivos.
O Governador Civil de Santarém começa por apontar a tradição cultural das gentes de Seiça recordando que na sua juventude já ali costumava ir à feira do livro. Mas numa altura em que a colectividade comemora os seus 36 anos de existência, Paulo Fonseca aponta-lhe também as responsabilidades que isso representa em termos sociais, numa época «em que se assiste ao esvaziamento das aldeias» e que, por isso, «é preciso agarrar os jovens, ligando-os às suas terras», através de uma qualidade de vida que passa também pela aposta cultural.
Por tudo isso, Paulo Fonseca considera o Desportivo de Seiça como um exemplo concelhio onde, até, é possível ver que as pessoas que um dia saíram por contingências das próprias vidas, mas que mostram «continuar ligados à terra como se nela permanecessem». Daí que seja necessário «melhorar, consolidar», o trabalho desenvolvido.
Homenageados
No final do jantar foram agraciados os que completaram 25 anos de associados, a saber Alberto Pereira Lopes; João Cardoso Rodrigues; Carlos Sousa Cardoso; José Eduardo Lopes, António Manuel Lopes e Henrique Carvalho Rodrigues. Para os que não puderam estar presentes ficou a informação de que os diplomas permanecerão no clube, onde os poderão levantar.

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