24 maio 2007

Um presidente vencedor



O Pe. António Martins Perei-ra é um homem ligado desde sempre ao Fátima. Começou como jogador em 1969, foi dirigente muitos anos e é presidente há cinco anos. É padre por vocação, mas revela um vincado pendor humanista. Quando lhe perguntamos como encarava o jogo do próximo sábado com o Freamunde para apuramento do campeão, disse com toda a naturalidade: "tenho uma grande fezada que podemos vencer".
NO: O Fátima começou há qua-renta e um anos nas distritais, subiu aos nacionais onde jogou na 3.ª e 2.ª Divisão, agora subiu à Honra, como explica este percurso?
A. Pereira: A vida de qualquer clube depende dos seus dire-ctores. Analisando a história do Centro Paroquial de Fáti-ma, houve prática desportiva a sério durante muitos anos. Mais tarde, surgiu uma deca-dência e após o 25 de Abril deu-se a retoma, embora mu-tilada, que teve a ver com a equipa sénior, daí as subidas e descidas. Mais tarde e como consequência surgiu uma cri-se financeira que foi sendo debelada lentamente. Hoje é um clube equilibrado e com alguma dignidade, exerce um trabalho sério, o que permi-tiu esta subida.
NO: Como vislumbra o futuro deste clube, qual a aposta prin-cipal?
A. Pereira: A grande aposta deste clube está na forma-ção, criar as estruturas ade-quadas para as camadas jo-vens.
NO: A que estruturas se refere e onde?
A. Pereira: Essencialmente um campo sintético que deverá ser o grande objectivo do clube. A sua localização é obviamente no complexo desportivo de Fátima, poderá ser construído por fases, mas é absolutamente necessário.
NO: O Fátima está na Liga de Honra, como encara este pas-so?
A. Pereira: Já estamos a pre-parar a próxima época. Va-mos reforçar o actual plantel e manter aqueles que nos deram garantias para continuar. A responsabilidade e definição continuarão a ser do Luís Albuquerque e eu vou trabalhar para garantir a estabilidade financeira e estrutural do clube.
NO: Quais os objectivos para a próxima época já com uma equipa profissionalizada?
A. Pereira: Os objectivos são construir uma equipa com dignidade e dentro dos parâ-metros de trabalho deste clu-be, sem aventuras e de acor-do com as nossas capacidades financeiras.
NO: Lembramos que disse esta semana que o Fátima não vai para a Honra para serem "os coitadinhos", como vai conci-liar isso?
A. Pereira: Claro que quere-mos manter a mesma postura que tivemos até agora, já es-tamos a sensibilizar os nos-sos patrocinadores e amigos do clube para um apoio mais substancial, havendo já res-postas positivas.
NO: A equipa que concorrerá na próxima época na Honra exi-ge mais profissionalismo, como encaixa a posição do Pe. Perei-ra nesta nova etapa?
A. Pereira: Até agora fiz o que foi possível, daqui em diante dou o lugar a outros, pois a equipa principal deste clube necessita de uma atenção es-pecial e portanto esse papel vai caber a gente com conhecimentos à altura.

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