É já no dia 22 deste mês que o Bloco Operatório da unidade de Abrantes reinicia o seu funcionamento. Assim, as actividades clínicas que foram temporariamente asseguradas nas unidades de Tomar e Torres Novas retomam o seu normal funcionamento em Abrantes
Com um investimento de 550 mil euros, as obras no Bloco Operatório de Abrantes estarão concluídas no corrente mês de Dezembro. Segundo Nuno Fonseca, engenheiro da Unidade de Abrantes, a grande remodelação fez-se ao nível do sistema AVAC (ar condicionado, ventilação e aquecimento), da rede de gases medicinais e da rede eléctrica, cujas tubagens e equipamentos foram substituídos. As salas operatórias foram todas equipadas com pendentes de anestesia e de cirurgia e possuem um moderno sistema de AVAC de difusão laminar, o que permite criar uma maior protecção para o doente através do direccionamento do ar, diminuindo drasticamente o risco de infecção. "Ao nível da estrutura física as alterações foram menos significativas", explica Nuno Fonseca, mas permitiram rentabilizar o espaço e torná-lo mais eficiente. O recobro anestésico passará a contar com mais uma cama, perfazendo cinco camas na totalidade, o que permitirá rentabilizar as salas de bloco. Foram ainda melhoradas zonas de trabalho e registo clínico, através de uma mais eficaz divisão do espaço que permitiu criar um gabinete de dimensões mais adequadas para a enfermeira chefe e mudar a localização da sala de trabalho polivalente para o pessoal médico e de enfermagem.
Segundo este engenheiro, que acompanhou a obra, tudo correu bem, tendo-se verificado apenas um pequeno atraso a registar, consequência da demora na entrega do equipamento de ventilação, o que implicou com que os trabalhos terminassem este mês, alargando-se para mais um mês e meio o prazo inicial previsto de três meses.
Nuno Fonseca, que conhecia bem o Bloco Operatório de Abrantes, garante que este sempre ofereceu condições satisfatórias de segurança para doentes e profissionais, "as obras foram feitas porque análises de rotina às condições do Bloco sugeriam alguma desactualização do sistema de ar condicionado e sistema eléctrico, o que não quer dizer que houvesse risco. A questão é que as normas que vigoravam há 20 anos quando o hospital foi construído foram sendo alteradas e actualizadas e agora tornava-se necessário adaptar as instalações às novas normas. Estas obras, já há muito que estavam a ser planeadas". Decorreram também obras de melhoria nas enfermarias de Cirurgia e Ortopedia, aproveitando a transferência temporária de alguns serviços cirúrgicos para outras unidades do Centro, durante as obras do Bloco Operatório. Esta intervenção, garantida na quase totalidade pelos recursos humanos do Serviço de Instalações e Equipamentos de Abrantes, consistiu na substituição da instalação eléctrica, canalização e sanitários, bem como na colocação de pavimento de vinil e na pintura das paredes.
Para perceber as vantagens destes melhoramentos ao nível da prestação de cuidados, o Centro em Revista falou com a directora do Bloco Operatório de Abrantes, Cidália Quintão.
Como directora do Bloco que vantagens reconhece nas melhorias que estão a ser realizadas no serviço para os doentes. E para os profissionais?
C.Q.- Para todos os utentes (profissionais e doentes), quase todas as vantagens das melhorias estão descritas na introdução deste artigo, enunciadas pelo Eng. Nuno Fonseca, e decorrem da adaptação do Bloco Operatório da unidade de Abrantes às normas actuais para blocos operatórios.
Considera que esta remodelação vem ao encontro das necessidades sentidas pelos profissionais que aqui trabalham, por exemplo ao nível do aumento da capacidade instalada?
C.Q.- Obviamente as obras que têm decorrido vão de encontro às necessidades sentidas pelos profissionais, bem antes destas serem feitas.
Quanto ao aumento de capacidade instalada, foi uma cama na UCPA (Unidade de Cuidados Pós Anestésicos), o que também já tinha sido pedido pelos profissionais, na impossibilidade estrutural do aumento de duas camas, que seria o ideal.
Não minimizando a utilidade desta medida, sinto necessidade de repetir o que já tenho dito em variadas ocasiões: as salas de bloco não anestesiam nem operam doentes, apenas permitem que alguém o faça, se as condições passam de boas a óptimas tanto melhor.
in, Centro em Revista - revista do CHMT
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário