Ourém não se candidatou nem ao Nacional nem ao Mundial de Enduro. Para José Brito, uma das grandes razões para que tal não tenha sucedido, prende-se com o que considera ser a «falta de interesse, sobretudo da autarquia».
E o jovem, agora responsável nacional pela modalidade, aponta o exemplo de Marco de Canavezes que este ano vai organizar o Mundial, dizendo que assistiu ao modo como a Câmara local se empenhou para que a prova ali decorresse, tendo sido mesmo a autarquia a sua grande impulsionadora.
Por outro lado, habituado que está a percorrer o país na organização das provas, José Brito apercebe-se das pressões exercidas pelas câmaras para que as provas se realizem nos respectivos concelhos. E não se espanta por que isso aconteça. Afinal, como recorda, o Mundial de Enduro, trouxe a Ourém 30 mil pessoas, segundo números avançados pelo júri internacional.
Mas, para além disso, os responsáveis do Natureza Motor Clube, acreditam que o Enduro é uma modalidade «com os dias contados». Isto porque o impacto ambiental provocado, contaria as normas, cada vez mais apertadas, para a realização destas actividades.
Daí que acreditem que o futuro passe pela criação de espaços, como o do Escandarão, devidamente preparados para o efeito e dedicados à prática das várias modalidades, sem que seja causado prejuízo ambiental ou a terceiros.
Em relação a isto, realçam o facto de haver pessoas sem escrúpulos que aproveitam as provas realizadas para «indo por trás e aproveitando os trilhos feitos para as provas, desrespeitarem tudo e todos, destruindo plantações agrícolas, fazendo manobras perigosas dentro de localidades e levando as populações a culpar os pilotos que, afinal, se preocupam e respeitam quer a natureza, quer as pessoas e os seus bens».
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