18 janeiro 2007

Adivinha-se «tempestade»: João Moura é candidato



Começou a corrida à concelhia do PSD de Ourém, com eleições marcadas para meados de Fevereiro.
Neste momento apenas há um candidato assumido, embora seja de prever que venha a ter concorrência. Trata-se, naturalmente, de João Moura que já se havia apresentado como candidato nas eleições anteriores mas que, depois de algumas polémicas, acabou por abandonar a corrida, participando então numa lista de consenso encabeçada pelo actual presidente da estrutura social-democrata, David Catarino.
João Moura disse ao NO que, «há dois anos e meio foi assumido um compromisso comigo. Era candidato e deixei de o ser em nome do consenso». Porém, afirma o candidato laranja, quando isso sucedeu, terá havido um compromisso de que ele ficaria com o caminho livre em próximo acto eleitoral, que é como quem diz, agora. Moura afirma assim que assumir a candidatura é também uma forma de honrar esse compromisso.
Para já diz que ainda não há nomes na sua lista e que por isso está aberto a que o abordem nesse sentido. «Estou receptivo no sentido de reunir consensos e fomentar a união do partido», afirma. Partido que considera estar a necessitar de uma lufada de ar fresco, já que «tem estado parado, sem que se veja qualquer tipo de intervenção».
Por seu lado, o actual presidente da concelhia do PSD Ourém, disse ao NO que, «à partida» não é candidato. Catarino afirma que não está numa «atitude de disputar o lugar de ninguém». Mesmo assim, afirma que «estarei disponível para fazer um esforço no sentido da unificação, para que o PSD possa prosseguir no seu trabalho nas autarquias».
Questionado directamente se isso poderia querer dizer que ainda poderia vir a candidatar-se, David Catarino diz que «se for útil ao partido, posso pensar nisso». Isto porque defende que «o interesse colectivo tem que estar sempre acima do interesse individual». Quanto ao compromisso referido por João Moura, Catarino diz que «ninguém é dono do PSD. Eu próprio não sou dono do partido e, por isso, não posso prometer que uma pessoa é eleita». Embora considere que «as ambições são legítimas», insiste na necessidade de «não se perder o espírito de grupo».
Também no que toca à Câmara, Catarino afirma que não é seu objectivo voltar a candidatar-se.
Sendo considerado por muitos que no dia em que Catarino sair, as coisas complicar-se-ão no PSD já que há vários interessados em ocupar o seu lugar, o que poderá abrir uma guerra interna, Catarino diz que «as organizações têm que encontrar dentro de si as soluções adequadas». Considera ter dado o seu melhor, embora reconhecendo que «naturalmente cometi erros» e que agora «é tempo de terminar a minha participação».

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