18 janeiro 2007

Seiça: Moradora espera arranjos em frente de casa



Tudo começou há oito meses, quando a autarquia iniciou os trabalhos de colocação de manilhas para o saneamento.
Nessa altura - diz uma das habitantes da rua principal, na Sorieira, Cecília Henriques – os funcionários da Câmara Municipal terão indicado que esta entidade se responsabilizava pelo arranjo da entrada da moradia, danificado devido às obras.
Nessa altura ficou um buraco que posteriormente foi sinalizado com umas fitas devido ao perigo que representava para as três crianças menores que vivem em casa e que corriam o risco de cair lá dentro. Cecília Henriques sensibilizou os funcionários da Câmara para este perigo.
As chuvas intensas só pioraram a situação já que a água ficou acumulada obrigando as crianças a saírem de galochas, desde casa para atravessar a estrada, recorda a mãe. "A avó – conta – do outro lado da estrada calçava-lhes os sapatos e mandava as galochas para o jardim".
Há 15 dias, a situação voltou a agravar-se com a valeta a ficar entupida com as areias e cascalhos resultantes das chuvas que foram empurradas para a valeta. Esta acabou por entupir tendo posteriormente, e a pedido do morador, limpo a valeta, e deixado as areias e terra ao lado da estrada (conforme a foto documenta).
Mas "Só tiraram a terra, não desentupiram tudo", diz.
No meio deste processo todo, contam-se vários pedidos de reunião ao presidente da Câmara tendo sido já recebida pelo vereador responsável pelas obras, João Moura, em Setembro de 2006.
"Mas ele (presidente) está a par da situação porque no dia das cheias esteve lá" e conversou com o marido, conta Cecília. Recebida a indicação que o problema iria ser resolvido e não o tendo sido, Cecília Henriques diz telefonar semanalmente "para saber da resolução do assunto". E as respostas que tem obtido, através da secretária do vereador é que "o assunto vai ser resolvido".
Cecília Henriques quer é ver a questão resolvida. Com cimento, como estava ou então que lhe entreguem a calçada para que possa fazer os arranjos.
A carta
Em 29 de Setembro de 2006, a requerente pede ao presidente da Câmara "pó e calçada, para proceder ao arranjo do espaço existente entre o muro de vedação da moradia e a estrada principal, numa extensão de 50 metros quadrados".
Relembra Cecília Henriques que este material visa "dar um certo melhoramento e limpeza à via pública" e que "antes do melhoramento na via, tinha a valeta arranjada em cimento". Adianta ainda que aos vizinhos, em igual situação, foi facultado o material aos vizinhos para estes arranjos.
Um vizinho desta moradora efectuou o mesmo pedido, a 2 de Outubro, tendo obtido uma resposta positiva, dada apenas por palavra, refere Cecília.
Contactado pelo Notícias de Ourém, o vereador João Moura salienta que "se houver compromissos anteriores, eles serão honrados".
No entanto – assinala - a autarquia tem estado a desenvolver um conjunto de arranjos em valetas, pontes na sequência das intempéries que assolaram o concelho de Ourém.
Normalmente, em Fevereiro de cada ano, a Câmara tem já limpas todas as valetas. Excepcionalmente, devido às intempéries "ainda andamos a levantar pontes". Ou seja "é uma questão de oportunidade", diz o vereador.
João Moura salienta ainda que "não é prática habitual a cedência de materiais".

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