25 janeiro 2007

Rui Vitória, não entra em euforias



O técnico Rui Vitória que comanda os destinos desta equipa fatimense é professor de educação física e assinou contracto esta época. Esteve ligado ao Benfica, clube onde treinava a equipa júnior. Jovem e ambicioso – mas com os pés assentes na terra – já demonstrou que é com trabalho árduo que se obtêm êxitos. A sua opinião é im-portante, pois cabe-lhe gran-de parte da responsabilida-de do bom e menos bom que possa acontecer com a equi-pa. Desafiamos o treinador a fazer uma análise da época até ao momento, ao que Rui Vitória não se escusou.
NO: Como elaborou o seu trabalho no início de época para esta equipa?
RV: Quando tomei conta-cto com o conjunto, optei por manter a estrutura de-fensiva anterior e consolidá-la. A partir daí procuramos encaixar as restantes peças do puzzle, contratando os jogadores que consideramos adequados ao nosso sistema de trabalho e formamos uma equipa que tem evoluído de uma forma espectacular, apesar de haverem entrado sete jogadores novos.
NO: Embora a equipa tenha feito uma boa pré-época, a verdade é que perderam o primeiro jogo e foram afas-tados da Taça de Portugal em casa, porquê?
RV: A minha tese é simples: há um período de conheci-mento e consolidação do gru-po que se faz na pré-época colocando-o em cima, depois abordamos o campeonato e a sua dura realidade, aí as surpresas podem surgir, é natural. O afastamento da Taça foi a pedra de toque pa-ra a consciencialização e ar-ranque da equipa. Este gru-po tem índices de concen-tração fora do normal e isso é muito importante.
NO: Como está a lidar com o facto de ter a equipa do Fátima a liderar (seis pon-tos de avanço do 2.º) e ter a defesa menos batida dos nacionais?
RV: Com naturalidade. A equipa está preparada para reagir em qualquer situação seja positiva ou negativa, estamos cientes de todos os cenários, mas o grupo está muito unido e isso dá-nos tranquilidade.
NO: Como encara a 2.ª fase do campeonato, lembramos que a equipa é curta, quando surgirem lesões e castigos, como pensa con-tinuar com a equipa com-petitiva?
RV: Plantel curto não vai ser óbice, pois temos jogadores polivalentes, vamos tentar manter a estrutura idêntica, uma dinâmica permanente e porque não confiar também um pouquinho na sorte? Não há boas carreiras sem algu-ma dose de sorte também.
NO: Isso quer dizer que os objectivos desta equipa po-dem passar por uma subida à Honra?
RV: Sim e não. É fundamental manter os nossos objectivos iniciais, há motivação para lutar jogo a jogo pela vitó-ria, é isso que pretendemos. Se a equipa mantiver este nível, surgirá a ocasião de nos mostrarmos e então aproveitaremos a onda, se tal acontecer, vamos ver on-de nos pode levar.
NO: Está a pensar em que apoios para atingir esses objectivos?
RV: No excelente conjunto de homens motivados que te-nho, no apoio permanente da Direcção e nos sócios e simpatizantes deste clube que se devem orgulhar da-quilo que a equipa já conse-guiu. O seu apoio é impres-cindível para que o Fátima alcance o melhor lugar pos-sível.

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