04 janeiro 2007
Tampas de plástico transformam-se em material ortopédico
O Governo Civil de Santarém entregou hoje material ortopédico a seis instituições e a duas crianças do distrito de Santarém. Para o Governador Civil, a exclusão social não pode ser alheia à sociedade em geral, apelando à consciência de todos os cidadãos para a resolução deste tipo de problema.
«Com imaginação, tempo, vontade e disponibilidade conseguimos resolver certos assuntos», afirmou Paulo Fonseca na cerimónia de entrega de equipamento ortopédico no âmbito do projecto Tampinhas. Solidariedade e competitividade são indissociáveis: «Um bom exemplo de competitividade é a forma de olhar para a solidariedade», argumentou o Governador Civil, para quem esta questão merece especial atenção. O acesso à dignidade humana deve ser igual a todas as pessoas, defendeu, pois a exclusão social não pode ser permitida pela própria sociedade. Por isso mesmo, é necessária uma maior consciência destas realidades e a respectiva difusão, para que seja possível «multiplicar o conjunto de equipamentos à disposição das pessoas que precisam de nós», sublinhou Paulo Fonseca. «Todos somos iguais pela simples razão de sermos diferentes», concluiu, acrescentando que «de nada nos serve o conforto de alguns quando há outros que não têm o mesmo acesso».
O Presidente da Resitejo, umas das empresas parceiras desta iniciativa, destacou a importância da sua participação social: «Sentimo-nos confortados com o nosso papel. Há gestos que as pessoas não valorizam e que não deveriam ser tomados por razões conjunturais, mas para garantir a sustentabilidade da nossa vida». Igualmente Presidente da Câmara Municipal da Chamusca, Sérgio Carrinho elogiou ainda «o grande empenho do Governador Civil».
A cerimónia contemplou várias instituições de todo o distrito e diverso material ortopédico. A Associação Humanitária de Pontével (Cartaxo), os Bombeiros Voluntários de Santarém, o Centro de 3ª Idade de Gondemaria (Ourém) e a Santa Casa da Misericórdia de Coruche receberam uma cadeira de rodas cada um. Ao Centro de Reabilitação e Integração Torrejano (Torres Novas) foram entregues quatro canadianas, dois andarilhos, uma cadeira de rodas, uma cadeira de banho e uma marquesa e ao Centro de Saúde da Chamusca uma cama articulada. Patrícia Davis frequenta a Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Doente Deficiente Mental (APPACDM) de Santarém e, em consequência da sua paralisia cerebral, recebeu uma cadeira de rodas adaptada às suas dificuldades. Com 12 doze anos, Ricardo Santos, do Cartaxo, sofre de paraplegia espástica – progressiva rigidez muscular dos membros inferiores -, e recebeu igualmente uma cadeira de rodas, que o irá apoiar nas sessões de tratamento no Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão. Este conjunto de material ortopédico custou aproximadamente quatro mil euros, resultado da recolha de seis toneladas de tampas de plástico.
Esta foi a primeira entrega deste tipo de equipamento resultante do protocolo assinado entre o Governo Civil, a Associação Tampa Amiga e a Resitejo, que conta igualmente com a adesão da OrtoRibatejana.
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