A iniciativa partiu do departamento de Ciências Sociais e Humanas da E.B.2,3 de Freixianda e em particular da disciplina de História e Geografia. A professora Fátima Esteves, pegou nos conteúdos programáticos do 6º ano e avançou com a ideia de recrear na escola uma feira com o tema «A vida quotidiana no campo», que teve lugar na passada quarta-feira, dia 6. Embora não se trate, segundo a própria organizadora, da retratação de tempos muito remotos dado o facto da freguesia conservar ainda um pendor muito rural, esta foi uma forma de todos os alunos se aperceberem de um modo de vida que já não é o seu.
Numa primeira fase a escola auscultou artesãos e comerciantes da terra para se aperceber da sua adesão a uma iniciativa deste tipo. E o acolhimento foi o melhor, pelo que a ideia foi posta em prática.
A Junta de Freguesia também colaborou disponibilizando o transporte para as barraquinhas que foram emprestadas pela Câmara do Sardoal, depois da Câmara de Ourém ter dito que não dispunha deste tipo de materiais.
Enquanto no átrio da escola havia barraquinhas com produtos locais, os alunos recreavam, no ginásio, uma desfolhada, acompanhada musicalmente pelo clube de música da escola, com temas que fazem parte do folclore tradicional. No campo de jogos, todos os alunos do agrupamento podiam participar em jogos tradicionais.
De referir ainda que a maioria dos professores e dos alunos trajavam com roupas emprestadas pelos ranchos folclóricos de S. Jorge (este teve ali, inclusivamente, uma actuação), Fárrio, Charneca e Fátima e os alunos tiveram mesmo ver uma «avó» a fazer o queijo e outra a amassar o pão, o que revela bem a adesão da comunidade à iniciativa da escola. Também não faltaram os animais vivos comercializados em feiras deste tipo, a maioria trazidos pelos próprios alunos.
A iniciativa nasce, aliás, da consciência de que «hoje uma escola não pode viver isolada do meio envolvente» pelo que «é quase imperativo que, todos os membros que constituem a comunidade escolar, continuem a preservar os seus valores, saberes e atitudes». Por outro lado, «a identidade de uma comunidade local constrói-se preservando e divulgando a sua cultura». Por isso, as acções de ‘História ao Vivo’ devem ser encaradas também como um investimento na cultura, no turismo e na valorização do concelho, em que a escola está integrada».
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