02 dezembro 2005

Coração Amarelo para combater solidão

Em Janeiro de 2006, deve estar implementado, no terreno, uma delegação da associação "Coração amarelo", em Ourém. O desejo a ganhar contornos de realidade é de Luís Silva Rosa, presidente da associação de Reformados e Pensonionistas de Ourém. Este responsável adianta que a associação está aberta ao desafio de liderar o processo de criação de uma delegação da organização "Coração amarelo", uma instituição de solidariedade de combate à solidão.
Luís Silva Rosa defende que "a experiência piloto poderá ser feita na cidade. Formar aqui um pólo e articular com os diversos agentes espalhados pelas freguesias do concelho".
No encontro de apresentação do "Coração amarelo", feito a uma pequena plateia, as assistentes sociais do concelho foram as convidadas especiais."Procurámos ter um público alvo sensibilizado à partida e soubesse dinamizar".
Para além desta apresentação e com o projecto a ganhar contornos de aplicabilidade no terreno, Luís Silva Rosaque, conheceu o Coração amarelo, atravês de uma voluntária, Maria Teresa Vasconcelos, reconhece a necessidade de ser feita uma outra apresentação, para o publico oureense, em sentido generalizado.
Entre o apoio que os voluntários poderão prestar estão a simples companhia, para conversar, uma ida ao médico ou por exemplo ao supermercado, para aqueles que tenham mobilidade. Este tipo de apoio é gratuito e depende apenas da boa vontade de um conjunto de voluntários.
"Alguns de nós já fazem isso", lembra Silva Rosa. O estar ligados ao Coração amarelo é "de alguma forma, pôr um carimbo no que já vamos fazendo, no dia a dia".
O presidente da ARPO refere que "há pessoas, sozinhas, carenciadas, quer monetária quer psiquicamente"que poderão ser ajudadas. e para dar a conhecer os casos, os vizinhos ou familiares terão um papel importante.
"Podemos ser utéis ", adianta este responsável salientando que pode colaborar com outras instituições, por exemplo no voluntariado, "a ajudar outra associação qualquer carência que tenha, ou de pessoal ou outras".


Diminuir a solidão
"Diminuir a solidão das pessoas". É este o objectivo da associação Coração Amarelo, que deverá vir a ter uma delegação em Ourém, a juntar-se às existentes em Oeiras, Porto Leiria e caldas da rainha.
Os voluntários são assim, "o ouvido, a mão que esperam que alguém lhes estenda", explicou a presidente desta associação, numa apresentação em Ourém, a 25 de Novembro.
A tarefa poderá ser apenas ouvir alguém que precisa de comentar a novela, alguém que precisa de companhia para ir ao teatro, ou para um simples passeio.
Ajudar afinal aqueles que "se sentem náufragos no meio de tanta gente", refere a presidente, Manuela Marques Alves.
A instituição coração amarela foi constituída há cinco anos com sete voluntárias. Actualmente conta com 121 voluntários, com idades compreendidas entre os 20 e os 83 anos. 235 sócios que apoiam 91 pessoas.
A instituição sobrevive de quotas, de donativos e de algumas parceiras, neste caso com a autarquia lisboeta e com a Misericórdia. "Inventamos meios de ajuda, confessa a presidente que refere: "não podemos estar à espera que o estado dê tudo".
Para que este apoio seja convenientemente dado, a associação realiza com os que se pretendem tornar voluntários formação específica.
Antes, há uma condição a priori, defende a vice-presidente desta associação. "É preciso ter vocação, porque se não tiver, não realiza com eficiência".
Esta responsável fala também da amizade que ja foi criada entre os voluntários de Lisboa, como uma verdadeira família."Criámos um grupo que sentimos que estamos a dar.
Cientes que a realidade de uma grande cidade não será a mesma de uma cidade mais pequena ou de dum espaço mais rural, as responsáveis salientam que o importante é que um grupo comece.
Tanto algumas assistentes sociais como o chefe de divisão sócio-cultural manifestaram a possibilidade de serem parceiros num projecto destes.
A associação pode ser contactada através do Telef/Fax:21 795 00 55, email:
coracaoamarelo@oninet.pt e em www.coracaoamarelo.org

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