19 janeiro 2006

Cantina Central já funciona



A nova cantina dos Monfortinos
deverá estar a funcionar em pleno já desde quarta-feira.

Na passada semana, o Notícias de Ourém visitou as instalações e almoçou com as crianças que actualmente ali recebem as suas aulas. A distribuição pelas outras escolas do concelho estava com início marcado para a passada quarta-feira, já depois do encerramento desta edição.
São cinco as turmas do primeiro ciclo a funcionar no edifício dos Monfortinos, todas oriundas de escolas de Fátima.
Estas crianças foram também as primeiras a usufruir do serviço de cantina que a Câmara criou naquele espaço. O almoço custa 2,5 euros por criança, sendo que aos pais pagam 1,34 euros enquanto a Câmara suporto 58 cêntimos e o Estado outros 58. São cerca de sessenta, as crianças que auferem do serviço.
Na altura em que o Notícias de Ourém visitou as instalações, estavam ao serviço uma cozinheira e duas ajudantes. A partir do momento em que o serviço foi alargado deverão ser cinco as auxiliares na cozinha. Todas receberam formação específica sendo que algumas vieram de cantinas que funcionavam noutras escolas que agora vão ser servidas pela cantina central sita nos Monfortinos.
Para além das crianças de Fátima, desde quarta-feira deverão estar a ser fornecidos também os Jardins-de-infância de Seiça, Coroados, Alquieidão, Pinheiro, Caneiro, Vale Travesso, Sandoeira e Mata da Urqueira e as escolas de 1º ciclo de Alqueidão e Pinheiro. Mas o serviço está disponível para as outras crianças do primeiro ciclo cujas escolas queiram aderir ao serviço.
Aliás, como nos refere Serrano Rodrigues, responsável da VerOurém, a cantina tem capacidade para servir 1200 refeições. Para já o principal problema, caso estas fossem todas requisitadas, estava na distribuição, dado existir apenas uma carrinha para fazer este serviço. Para já e para as referidas escolas, a carrinha sai de manhã para distribuir os almoços pelas escolas que participam desde já no projecto e, no regresso, faz a recolha dos contentores da comida. Serrano Rodrigues estima que para servir todo o concelho, seriam necessárias três carrinhas, mas como há locais que estão a ser servidos e bem, sublinha o vereador com o pelouro da educação, Humberto Piedade, por outras entidades, esta modalidade vai manter-se.
Ementas são feitas por nutricionista
Quanto às refeições servidas pela cantina central, elas obedecem escrupulosamente à ementa elaborada pela nutricionistas da Câmara. Aliás, estas ementas, preparadas com cerca de dois meses de antecedência, são enviadas para os outros locais onde se servem refeições a crianças de escolas embora a sua utilização ou não dependa do critério dos responsáveis de cada instituição.
No dia em que o NO esteve na cantina, o almoço era composto por sopa de legumes, peixe cozido, já sem espinhas, acompanhado por batatas e legumes cozidos (feijão verde e cenouras). A sobremesa era salada de frutas e para quem quisesse havia pão e água para acompanhar.
Segundo nos informou Serrano Rodrigues, são três as refeições de peixe por semana contra duas de carne. É que embora os pequenos prefiram a carne, é sabido que o peixe deve ter um peso maior numa dieta equilibrada.
Mas antes de passar à sala de refeições, o Notícias de Ourém acompanhado por Humberto Piedade visitou uma sala de aula. Nessa altura chegaram também os técnicos que iam colocar um computador em cada sala de aulas. Dali seguimos para a cozinha, observando, pelo caminho, o resultado das obras efectuadas para transformar aquele num espaço confortável e com condições para os alunos: casas de banho, balneários, ginásio, etc.
Distribuição e preço
Já na cozinha, a nós se juntou Serrano Rodrigues que começou por explicar o modo como ia ser feita a distribuição, através de contentores específicos capazes de manter o frio e o calor ao mesmo tempo, graças a uma divisória entre tabuleiros, mantendo inalterável a qualidade da comida e fazendo com que a sua temperatura se mantenha durante quatro horas, perdendo, depois, apenas cerca de um grau por hora.
Uma das questões que colocámos a Serrano Rodrigues prende-se com o facto de havermos sido informados de que havia locais onde se serviam refeições às crianças a um preço mais baixo. O responsável da VerOurém não questiona esse facto que considera possível uma vez que, como diz, se trata de cantinas em meio rural geridas, muitas vezes, por encarregados de educação, onde alguns dos alimentos hortícolas são oferecidos. Por outro lado, há cós onde são as próprias mães que, revezando-se, cozinham ou, quando isso não acontece, a funcionária ao serviço é colocada pelo Centro de Emprego através de programas financiados o que, naturalmente torna mais barata a produção. Refere ainda outra questão pertinente. Actualmente as cantinas a funcionarem em escolas estão isentas doa 12% de IVA. Enquanto isso, a VerOurém tem procurado essa isenção também, apenas para esta área do apoio à família mas segundo Serrano Rodrigues, é empurrada de gabinete para gabinete e ainda não conseguiu essa isenção. Por isso afirma este responsável, "o Estado acaba, através dos impostos, por vir buscar aquilo que dá".

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