22 junho 2006

Um plantel que dá garantias



Luís Miguel Cunha é apontado como o grande responsável por este feito. Treinador do JO há 9 anos, Cunha vê realizado o seu objectivo de levar o clube à 1ª Divisão.



Notícias de Ourém – Como se sente o treinador de uma equipa que chega pela primeira vez e pelas suas mãos à 1ª Divisão?
Luís Miguel Cunha – Estou muito feliz porque quando se atingem estes objectivos e se reconhece o trabalho de toda uma equipa, isso é motivo de satisfação.
NO – E quanto ao futuro?
L.M.C.- Espero que seja bom. Acho que o plantel tem dado garantias, sabendo que a 1ª Divisão é um pouco mais exigente. Vai ser o primeiro ano do JO ao mais alto nível, mas não há dúvida que temos um plantel de homens com H grande.
NO – Por isso, no essencial, o plantel vai manter-se?
L.M.C.- Sim, foi isso que eu transmiti ao presidente. Manter esta equipa é uma garantia de, pelo menos, fazermos uma representação digna, para o ano.
NO – E quanto ao pavilhão. Tem condições para responder às necessidades da 1ª divisão?
L.M.C.- Há duas maneiras de analisar. Primeiro, acho que para o JO desenvolver um trabalho, ao nível da formação das camadas jovens, para alimentar a equipa sénior, era importante dispor de um pavilhão sem ser o municipal. Tendo em conta a 1ª Divisão, penso que a melhor opção é aquele pavilhão ser melhorado porque ele é o nosso 6º jogador. É um pavilhão difícil para as equipas que vêm a Ourém. Na minha perspectiva, penso que ao nível do crescimento, a médio e longo prazo, do clube, era, sem dúvida, importante fazer um pavilhão para que se conseguisse trabalhar as camadas jovens, melhor do que aquilo que estamos a fazer. A JO para além do hóquei sénior tem as camadas todas, desde juniores até infantis C. Também há a patinagem artística e este pavilhão está superlotado. Não temos carga horária para fazer um trabalho como deve ser. Para o ano, ao nível da 1ª Divisão, penso que o ideal seria criar condições no pavilhão municipal para que o público tenha mais condições para ver o hóquei.
NO – Isso quer dizer que o actual pavilhão garante as condições mínimas?
L.M.C.- Sim. Mas penso que era importante aproveitar esta dinâmica que está criada no clube para que as pessoas de Ourém, e em particular as que têm responsabilidades políticas, dessem esse prémio a todos estes jovens. A subida de divisão não é só importante para a equipa. Também o é para o concelho, para projectar a imagem do clube a nível nacional e para toda a formação não apenas dos jovens de Ourém como de todos os jogadores da região que vão ter oportunidade de assistir aqui a jogos com os melhores jogadores a nível nacional da modalidade de hóquei em patins.
NO – Há muitos miúdos a jogar hóquei no JO. Provavelmente, esta subida fará com que mais gostassem de praticar a modalidade. Este é um desporto que sai caro?
L.M.C.- Não. Essa é uma falsa questão. As pessoas podem achá-la uma modalidade cara mas a verdade é que um par de patins não dura apenas uma época. Dura três ou quatro. Uma pessoa mete o filho no futebol e umas chuteiras duram três ou quatro meses. Portanto, se formos ver, o hóquei em patins não é um desporto caro. Exige um investimento inicial e pouco mais, pelo que se torna uma modalidade acessível.

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