17 agosto 2006

Nova lei da imigração é "um passo em frente"

A nova lei da imigração é "um passo em frente" de uma situação de "indefinição para uma situação mais definida" no que respeita ao acolhimento e integração dos imigrantes em Portugal, afirmou D. António Vitalino, presidente da Comissão Episcopal da Mobilidade Humana.
Referindo-se à nova lei, aprovada a 10 de Agosto, o bispo de Beja considerou que "acabou-se com alguma burocracia" bem como a ideia de que qualquer imigrante "é um malfeitor", antes, uma pessoa que "procura viver melhor".
Mas "não resolve cabalmente o problema". "Claro que o problema da legalização nos ultrapassa", adiantou também o mesmo responsável referindo ainda que se trata de uma questão que envolver muitas sensibilidades: sindicatos, associações de emigrantes e governo.
"Os portugueses não se podem queixar que não têm emprego por causa da imigração", considerou o bispo, pretendendo desta forma esclarecer a opinião pública. "Não estamos a roubar nada a ninguém, estamos a lutar pela vida", explicitou questionado sobre a ideia que os imigrantes estão a ocupar empregos dos portugueses.
"Há muitos que a juventude portuguesa já não quer", afirmou D. António Vitalino falando dos trabalhos na agricultura. Os portugueses estão a emigrar para Espanha onde "pode ganhar o dobro ou triplo".

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