12 outubro 2006

DESPORTO

Benfica "apadrinha" Juventude Ouriense


A vinda do Benfica a Ourém foi um acontecimento. Tinha de ser!
O Benfica… é o Benfica. E, vindo apadrinhar a apresentação da equipa de hóquei do Juventude Ouriense, trouxe a sua primeira equipa, recém-chegada do Mun-dialito de Luanda, em toda a sua força. O que merece citação e reconhecimento.
Mas o acontecimento não foi só a vinda do Benfica a Ourém. Foi também a inauguração de um novo recinto desportivo, que estava por acabar e que, com o "empur-rão" das necessidades prementes provocadas por um campeonato da 1.ª divisão que se aproxima (outro a-contecimento… e que acontecimento), foi concluído e ali está para facultar a práti-ca de desporto e a assistência a espectáculos desporti-vos.
Ali está o pavilhão do Pinheiro, e o repórter não vai aproveitar a oportunidade para avançar com o que lhe suscita a sua localização e outras circunstâncias, até porque há questões em sus-penso que lhe parece terem de ser esclarecidas rapidamente, e disso o repórter na-da sabe. O que sabe, e aqui quer dar testemunho, é do mérito de quem, com muita determinação, dedicação e trabalho, conseguiu que houvesse as condições para que o acontecimento se desse. E ali.
Foi bonito de ver a romaria para o Pinheiro, para encher o novo pavilhão, para ver o jogo em que, de um lado, estava o Benfica de tantos de nós e, do outro, o Juventude "nosso", de Ourém.
O repórter, que deveria ser frio, distanciado, chegou a emocionar-se ao ver tanta gente e ao sentir a expectativa, o ambiente, a festa.
O jogo?
Bom, não correu como desejávamos, mas foi cor-recto e digno. De parte a parte. Sendo as duas partes muito diferentes. Num lado, uma equipa de jogadores de muita qualidade, que não fazem outra coisa que não seja jogar hóquei, apoiados por uma estrutura sólida, experiente e experimentada; do outro lado, uma equipa de jogadores de muita qualidade, que treinam depois de um dia de trabalho, com o apoio de uma estrutura de boas vontades e total amadorismo.
Mais que o resultado, 6-1 para o Benfica, o que se quer registar é que, sendo dois os "mundos", não foi abissal a diferença, houve períodos de muito equilíbrio e também falta de sorte dos "de cá" (bolas nas cercaduras das balizas, 2 penalties falhados e, como vai sendo costume os árbitros a errarem contra o Juventude: há uma falta do guarda-redes do Benfica que foi escandalosamente ignorada, e há cartões para os de Ourém que só se explicam por… há-bito, ou "contas velhas a ajustar", ou porque "santos da casa não querem fazer milagres".
Mas adiante, adiante que do jogo se ficou com a ideia que "de homem para homem não vai força de boi" e que, quando for "a sério", pode haver surpresas que não serão surpresa!
Agora – e já foi quando sair este número… – é com os de Barcelos que também são do tal "outro mundo" e que, tendo ficado em 3.º a época passada, jogam sempre para o 1.º lugar. O Juventude não! Mas também a época passada não jogava para tal objectivo, isso era o objectivo de outros que ficaram pelo caminho, e foi o que foi e tantas alegrias (e responsabilidade) deu.
A ver vamos. E a apoiar o Juventude, espera o repórter que só é repórter acabados os jogos…

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