19 outubro 2006

Juventude Ouriense já avisou que não vai ser o bobo da festa




Declarações do treinador do OC Barcelos, imaginadas pelo Repórter X
Antes de começar o jogo (com ar risonho)
- Clube simpático. Terra simpática. Pavilhão simpático. Gente simpática. Felicidades para o vosso campeonato… a partir da 2.ª jornada, claro!
Ao intervalo
(em tom paternalista)
- Jogo simpático. Nem precisamos de "dar tudo". O Juventude tem potencialidades. Mas ainda tem de caminhar muito. Somos de campeonatos diferentes…
Aos 24 minutos e 24 segundos da 2.ª parte
(de cara fechada)
- 3-3?! Que merda é es-ta?! Isto não pode acabar assim…
Aos 24 minutos e 26 segundos da 2.ª parte
(aos saltos)
- Boa, malta! Tomem para aprenderem… Agora é só aguentar!
Aos 24 minutos e 40 segundos da 2.ª parte (irado)
- Mas qu’é isto? Qu’é qu’estes gajos querem? (e uma série de outras expressões em vernáculo que fariam corar qualquer leitor…)
No final do jogo, nos corredores dos balneários
(mais irado,
traduzido para publicável)
- Sacana de clube. Este pavilhão aqui, neste inferno, no interior de coisa nenhuma! Raio de gentinha. Lá em Barcelos vão ver! Só me apetecia dar um pontapé em alguém…


A primeira nota que o repórter escreveu no seu canhenho, relativa ao jogo (tem muitas outras mas são relativas a Porto Santo e à sua estadia) foi a de que o Juventude Ouriense está uma equipa que faz respeitar. Ponto final.
Num pavilhão longe de uma enchente, apesar da promoção, da entrada livre para todos os praticantes do clube, de preços baixos e de preços especiais para casais, o começo do jogo foi equilibrado, com o Portosan-tense a não arriscar iniciativas, muito cauteloso. Até que aos 10 minutos conseguiram um golo, que não alterou a feição do jogo. E só aos 23 minutos, alcançou um segundo golo, precedido de uma flagrantíssima falta sobre o Cristiano, de onde partiu um rápido contra-ataque que deu o golo. Mas o escândalo foi ainda maior porque, marcado o golo, os árbitros mostraram cartão amarelo ao jogador porto-santense de que não tinham sancionado a falta!...
O começo da segunda parte foi empolgante. Aos 2 e aos 4 minutos, o JO e o Favinha fizeram das suas e chegaram aos 2-2. Na alegria e descontracção que tal provocou caiu o balde de água fria de um golo dos locais, na concretização de um livre à entrada da grande área.
Depois, foram 20 minutos em que o Juventude procurou recuperar e em que os locais mostraram a sua experiência nestas coisas, fazendo faltas sobre faltas (algumas bem feias), queimando tempo, e etc., sob o olhar complacente dos árbitros.
Assim se chegou ao fim, podendo contabilizar-se dois penalties por marcar contra o Portosantense (um, claro, indiscutível) e, mesmo nos segundos finais, uma falta sobre o Godinho que, em qualquer outra altura do jogo (e com outros árbitros…) teria dado cartão azul e livre directo.
Ficou assim.
Temos equipa, diziam os que vieram de Ourém. Com algum desalento mas com muita confiança e esperança no futuro deste campeonato que é o nosso.

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