28 dezembro 2006

A propósito das cartas erecebidas sobre a venda de terrenos para o parque de negócios de Fátima: Proprietários de terrenos querem esclarecimentos



Proprietários de terrenos na zona onde deverá ser instalado o parque de negócios de Fátima estão a receber cartas para venda de terrenos.
O conteúdo da missiva não agradou às pessoas que se queixaram na última assembleia de freguesia, a 22 de Dezembro e que pediram que o executivo autárquico tomasse medidas.
A Assembleia de Freguesia de Fátima deliberou enviar um convite à Câmara e à administração da Fatiparques para que possa dar a conhecer à população o projecto. Na mesma missiva, este órgão assinala que proprietários estiveram na reunião e que manifestaram o seu desagrado pela forma como a carta está escrita.
O assunto já havia sido tema da última reunião de Assembleia Municipal. Natálio Reis disse que havia questionado o presidente da Câmara e assinalado que "não achava correctos os termos intimidatórios" em que está escrita.
Questionou ainda o presidente se a Fatiparques teria "capacidade de expropriação" mas recebeu uma "resposta supérflua".
Vinte e cinco proprietários estiveram na reunião para manifestar o seu desagrado pelo valor que a Câmara está disponível a pagar.
Deputada esclarece
Leonilde Madeira, assinalou que o assunto tem merecido atenção por parte dos vereadores do PS que já levaram o assunto a reunião de Câmara. "David Catarino "respondeu preto no branco que não havia legalidade (na carta)" e que "o que se pretendia era preparar" as pessoas para quando "houvesse plano de pormenor", lembrou a deputada. O objectivo era também "que as pessoas começassem a pensar que não eram terrenos à volta da Capelinha", para evitar a especulação, referiu ainda.
Explicações
O filho de um proprietário, solicitou alguns esclarecimentos sobre este assunto. Para além de pretender saber que empresa é esta e qual o projecto para o espaço definido, estranha que a Câmara fale com 15 empresas e "não fale comos proprietários dos terrenos". "Porque não nos convidam para fazer parte desta Fatiparques?"
A questão da venda dos terrenos não parece ser o entrave agora, segundo os proprietários que se manifestaram nesta reunião, o valor que a Câmara, em nome da Fatiparques parece disponível a pagar é que não agrada aos donos. Em função da carta recebida e do prazo definido para responder, o presidente da Junta aconselhou a que quem não concorda com o preço, o diga, em carta registada.
"Penso que não será possível a expropriação", adiantou o autarca defendendo que a carta foi "mal pensada".
A carta
Na carta enviada aos proprietários, em papel timbrado do município e rubricada pelo presidente da Câmara, estes são informados da intenção de "criação de uma área de localização empresarial conforme se encontra previsto no decreto lei nº 70/2003 de 10 de Abril. Esta área terá uma aglomeração planeada, ordenada e integrada de actividades económicas, num local devidamente infra-estruturado e onde será possível partilhar infra-estruturas e equipamentos de apoio às empresas, reduzindo custos".
Na carta é ainda indicado que a Câmara solicitou a um perito "a avaliação que entendia ser justa para os terrenos em causa". O valor apontado por cada metro quadrado é de 4,04 euros, em caso de venda voluntária ou, em caso de expropriação, o valor desce para 3,04 euros por metro quadrado. Aos proprietários é ainda dado um prazo de vinte dias para responder se aceitam ou não a proposta.
O projecto abrange 175 hectares e foi dividido em quatro fases, estando os proprietários do terrenos abrangidos por uma primeira fase a ser contactados.
Os accionistas
A Fatiparques, SA. é uma sociedade privada, constituída em 28 de Julho de 2004, com um capital social de 500.000€, tem por objecto a gestão e exploração do Parque de Negócios de Ourém/Fátima.
A Fatiparques tem uma página na Internet em www.fatiparques.com onde define os objectivos, o projecto e os contactos.
São accionistas a Câmara Municipal de Ourém com 25 por cento bem como a Lena – engenharia e construções S.A. Com 11 por cento encontra-se a NERSANT e com 8 por cento do capital a SOPROI. Com cinco por cento de capital estão as empresas IMOCOM, Intertelha, Construções Aquino & Rodrigues, SA. O sócio que detém 4 por cento é João Lopes da Silva enquanto que, com 2 por cento, os sócios são a Vigobloco, Ramiro Neves Vieira, Abel Pinto Marques, J. Justino das Neves e Euromolding. Um por cento do capital é detido pela NOC, construções e pela Bindopor.

2 comentários:

Lobo Sentado disse...

Isto é um verdadeiro Polvo que usa o braço legal da Câmara para o trabalho sujo.
Há que acabar com eles, com a santa aliança da Camarilha com esta corja de capitalistas.

Anónimo disse...

Aqui está o Sr. Benjamin, detalhes de contato do e-mail, lfdsloans@outlook.com. / lfdsloans@lemeridianfds.com Ou Whatsapp +1 989-394-3740 que me ajudou com um empréstimo de 90,000.00 Euros para iniciar meu negócio e estou muito agradecido, foi muito difícil para mim aqui tentar fazer o caminho como mãe solteira As coisas não foram fáceis comigo, mas com a ajuda de Le_Meridian, coloquei um sorriso no meu rosto enquanto observo meus negócios se fortalecendo e se expandindo também. gratidão, para quem procura ajuda financeira ou passa por dificuldades com os negócios lá ou deseja iniciar um projeto de negócios, pode ver isso e ter esperança de sair da dificuldade ... Obrigado.