22 fevereiro 2007

Ourém pode ficar sem PSP


A esquadra de Ourém é a única que deverá encerrar, em todo o distrito
De acordo com fontes sindicais da PSP e após reunião entre a ASPP o Ministério da Administração Interna, tudo aponta para que a esquadra de Ourém encerre até final do mês de Março.
A proposta do Ministério era no sentido do encerramento de todas as esquadras situadas em localidades com menos de 15 mil habitantes. Em contraproposta a Direcção Nacional da PSD defendeu o encerramento apenas das que estiverem situadas em localidades com menos de dez mil habitantes e estará ainda disposta a negociar a manutenção das que se situarem em cidades até 12 mil residentes. Esta posição implica, o encerramento da esquadra da PSP de Ourém, por ser a única do comando de Santarém localizada numa cidade com menos de 10 mil habitantes.
Segundo Vítor Lopes, delegado sindical da ASPP no distrito de Santarém, as razões apontadas para o encerramento são, essencialmente, duas: uma área de acção cuja população não atinge as 10 mil pessoas e um baixo índice criminal.
A área que actualmente está sob a alçada da PSP apenas conta com cerca de 7 mil habitantes.
No entanto a situação não está completamente perdida. Resta uma ténue esperança de aumentar a área de intervenção da PSP para que esta se possa manter, alterando aquele que é considerado o seu núcleo urbano. Se o poder político assim o entender, a PSP poderá passar a actuar não apenas na freguesia de N. S. da Piedade mas também na de N. S. das Misericórdias, até porque a cidade de Ourém é constituída por estas duas.
Para o deputado oureense Mário Albuquerque parecem não restar dúvidas e se essa for a solução, é esse o caminho que deve ser tomado. Toda a área da freguesia de Nossa Senhora da Piedade deverá, então, passar para a alçada da PSP, bem como a freguesia de Nossa Senhora das Misericórdias. Isto viria aliviar a GNR que tem uma área imensa de acção e permitiria que a PSP continuasse a desenvolver o bom trabalho que tem tido. Isto porque, para o deputado, é claro que os baixos níveis de criminalidade verificados em Ourém, têm a ver com o bom desempenho das suas forças da ordem. O deputado não entende como se pode estar a «penalizar quem tem bom comportamento».
O mesmo, aliás, é defendido pela ASPP. Vítor Lopes considera que «é desmotivante para uma equipa quando o seu trabalho não é reconhecido» e reitera a ideia de que «se existem poucos crimes em Ourém é porque de certa maneira a Polícia tem bons profissionais».
Da recente reunião entre o sindicato e o ministério resultou a ideia de que se o encerramento ainda não é definitivo, a verdade é que António Costa quer que tudo esteja resolvido até final de Março.
Ou seja, Ourém tem cerca de um mês para se mobilizar, tomar posições e alterar situações se quer que a esquadra e o policiamento de proximidade se mantenham.
Até porque se a área da responsabilidade da GNR já agora é imensa, se esta passar a ter sob a sua alçada também a cidade, será cada vez mais difícil responder às situações que se colocam. Por outro lado, nada garante que o actual baixo índice de criminalidade continue, assim que o tal policiamento de proximidade deixar de existir. Pelo menos a insegurança com certeza que aumentará.
No que toca à posição da Câmara, David Catarino informa ter pedido uma reunião com o Ministro para se inteirar da situação já que não terá recebido qualquer informação oficial. Aliás, diz o presidente da Câmara, tudo o que sabe é o que tem vindo a ser difundido pela comunicação social. Por isso, para já, o autarca, abstém-se de avançar com qualquer proposta alternativa enquanto não souber exactamente o que está a ser discutido e quais os caminhos possíveis.
No entanto é de prever que o assunto seja levado já à próxima reunião da Assembleia Municipal que tem lugar dia 28, sobretudo se tivermos em atenção que tudo terá que ficar resolvido em Março e os prazos começam a escassear.
No que se refere a Fátima, parece que a situação não levanta preocupação. Tudo leva a crer que a população flutuante transfere para a cidade santuário um estatuto especial que lhe permitirá manter a sua esquadra da PSP.

1 comentário:

Unknown disse...

Quando os costas, campos, e aoutra que não sei o nome, M.E. Souberem o que andam a fazer, ousouberem para que foram eleitos, já os bandidos todos terão saqueado o país, os doentes morrido todos, e os professores, dado em doidos!!! Que mal fizemos a Deus?
vamos mas é para a rua como fizeram os outros por aí e depois se vê se a ditadura deste governo continua ou não?
Bolota