Atouguia geminada com Vulcana Pandele

O presidente da Junta de Freguesia de Atouguia espera que a geminação, recentemente efectuada com o município de Vulcana Pandele, na Roménia sirva para uma benéfica troca de experiências.
Tavares Lopes que se deslocou àquele país incluído numa comitiva distrital encabeçada pelo governador civil, Paulo Fonseca para a geminação de localidades e ainda assinatura de protocolos de cooperação.
A geminação desta freguesia de Ourém com o município da região de Dimbovita (a organização administrativa é diferente e não há freguesias naquele país) ocorreu no primeiro dia do programa oficial da viagem, a 5 de Março.
Tavares Lopes destaca o excelente acolhimento que a comitiva oureense e distrital apelando a que a população saiba receber de igual forma. Lembra que "as pessoas são simples, recebem muito bem" e são de uma "amabilidade extraordinária".
O autarca considera que a freguesia e o município têm semelhanças e espera a vinda dos responsáveis de Vulcana-Pandele, em Julho deste ano, para iniciar a cooperação, na prática. Para assinalar esse momento e tal como aconteceu na Roménia, a Junta deverá construir um pequeno monumento, simbólico desta geminação.
Por outro lado, a visita dos romenos à Atouguia incluirá o conhecimento da realidade, numa visita aos jardins-de-infância e a uma empresa da freguesia de modo a que as empresas possam estreitar laços.
Como o sistema de ensino é diferente, Tavares Lopes gostaria de lhes ceder o projecto do novo jardim de infância de Atouguia para que possam, caso vejam interesse, implementar também este nível de ensino, lá.
Este responsável refere ainda a importância do governo civil, enquanto elo de ligação e de apoio para esta cooperação aos vários níveis.
O protocolo
A cooperação assentará na troca de informação e experiência prática nas áreas económicas, técnicas, sociais, culturais, desportivas, turísticas e educacionais assim como noutras áreas baseadas nas competências das autoridades públicas locais.
Exposições e outras actividades artísticas, festivais de folclore, canção e dança; cooperação entre entidades culturais bem como trocas de livros, revistas e outras publicações.
Para o desenvolvimento social e económico, as partes trocarão informações referentes a oportunidades de negócio; organização de exposições para a promoção de produtos bem como o fornecimento de informação e ajuda na gestão de fundos comunitários.
Para promover o turismo, as duas partes apresentarão a oferta turística do parceiro, bem como organizando ofertas turísticas.
Assinado por tempo ilimitado, as partes poderão desenvolver ainda outro tipo de colaboração.
Para conhecer Vulcana-Pandele clique em http://vulcanapandele.cjd.ro

História
Vulcana Pandele é um município no noroeste do concelho, sendo banhado pelo rio Ialomita e atravessada pelo rio Vulcana.
O primeiro documento oficial data de 20 de Janeiro de 1604, assinado pelo príncipe Radu Serban e mostra que a ldeia já existia desde meados do século XV, quando o príncipe Vlad Tepes a ofereceu como dote a sua irmã Alexandrina.
Foi propriedade das famílias Bunea Gradisteanu e Fuse. Ali, em 1779 foi construída a igreja Fusea, um grande monumento de arquitectura religiosa. No início do século XIX, Vulcana é dividida em três. Adopta como segundo nome, o nome do proprietário, Pandelache Mavropolo.
Até 1968, o município existe, ano em que é extinto e passa a pertencer a Branesti. Desde 2002 recupera a sua autonomia estando actualmente dividida em Vulacana-Pandele (centro administrativo), Gura Vulcanei, Toculesti e Laculete Gara.
A vida económica desenvolve-se em áreas como a indústria têxtil, indústria das madeiras, transformação de legumes e frutas bem como o artesanato, nomeadamente cestos em verga.
No domínio cultural, possui uma Casa da Cultura, uma biblioteca, com actividades culturais várias. Também ali está instalada a Casa "Gabriel Popescu", em homenagem ao primeiro escultor de metal da Roménia.
Vulcana Pandele tem duas escolas C+S, duas pré-primárias, cinco postos médicos e um gabinete estomatológico.