29 março 2007

Pais de Fátima podem endurecer protesto: “Escolas fechadas a cadeado e meninos na DREL”


“Escolas fechadas a cadeado e meninos na DREL a fazer visitas de estudo”. Estas são duas acções que podem vir a concretizar-se perante a ameaça de encerramento do Agrupamento de jardins e escolas de Fátima.
O presidente da recém-criada Federação concelhia das associações de pais de Ourém, Alberto Caveiro garante que os pais vão tomar medidas.
“Se calhar temos de ir a Lisboa e, rapidamente”, defende este pai que considera não haver “lógica nenhuma” nesta decisão. Por isso, “se for preciso fechamos escolas a cadeado” e “vamos pôr os nossos meninos à DREL – Direcção Regional de Educação de Lisboa para uma ’visita de estudo”.
Alberto Caveiro defende que se faça um projecto pioneiro que englobe o colégio do Sagrado Coração de Maria, o Colégio de São Miguel e o Centro de Estudos de Fátima, estabelecimentos de ensino com o segundo ciclo mas, privados. Mais “excepção por excepção, mais vale manter o agrupamento como está”, defende este responsável.
A proposta da autarquia definia a continuidade geográfica como regra a aplicar mantendo-se como excepção o agrupamento de Fátima.
Segundo o Ministério da Educação e tendo em conta a verticalização dos agrupamentos (isto é, com todos os ciclos de ensino) o agrupamento Oureana seria incluído no Agrupamento da Escola Secundária enquanto que o agrupamento Acácio de Paiva seria integrado no agrupamento de Caxarias.
Nesta perspectiva de verticalização que “os nosso filhos, quando acabam o 4º ano, vão todos para Ourém. Não há comentários a fazer. Vamos tentar fazer chegar a nossa posição”.
Na Assembleia-geral da Associação de pais do Agrupamento de jardins e escolas de Fátima, realizada a 23 de Março, o presidente desta associação, Manuel Neves manifestou o seu desagrado por esta possibilidade de encerramento.
Maria José Graça, vice-presidente do Conselho Executivo do Agrupamento de Fátima – Ajefátima salientou que “compete a todos os pais tomar algum tipo de atitude”. Esta responsável ressalva que o que está em causa não é o agrupamento mas a “vida dos nossos filhos”.
Além disso, significa o “fim de um modelo de trabalho de 9 anos” e que acompanha a realidade específica das escolas de Fátima. E por tudo isso “Fátima merece um agrupamento”, defende a responsável.
Para as burocracias os pais passarão a dirigir-se a Ourém e para as crianças há “mudança radical”. A própria associação de pais “deve encerrar porque fica posta em causa sem agrupamento”.
Actualmente todos os alunos das escolas têm acesso garantido depois do quarto ano do primeiro ciclo do ensino básico, nos colégios de Fátima. O que é “mais uma situação para se cumprir Fátima como excepcional”, refere a vice-presidente do Agrupamento de Fátima.
Os pais reuniram-se numa reunião, na noite de terça-feira, 27 de Março de 2007, para definir que tipo de procedimentos vão aplicar em relação a esta situação. No entanto, foi já aprovado, por unanimidade, um voto de apoio á manutenção do agrupamento devido à importância e desempenho do mesmo. Este voto foi enviado para o poder político, Ajefátima, entre outras entidades.
O possível encerramento do Agrupamento de jardins-de-infância e escolas de Fátima foi um dos assuntos abordados na Assembleia-geral da Associação de pais do Agrupamento de jardins-de-infância e escolas de Fátima, realizada a 23 de Março. Para maiores esclarecimentos, todos foram convidados a estar presentes na reunião de 27 de Março.
O vereador da Cultura, Educação e Desporto assinalou ao Notícias de Ourém que a Câmara “fará tudo o que estiver ao seu alcance”.

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