04 abril 2007

Novo Tomo da Documentação Crítica

Foi lançado o tomo dois do quarto volume da Documentação Crítica de Fátima que percorre o período de 13 de Outubro de 1922 a 12 de Outubro de 1924
O tomo inclui 26 documentos de carácter oficial, 140 cartas, dez notas ou apontamentos, quatro testemunhos, um livro e 96 artigos ou correspondências em publicações periódicas, num total de 277 documentos editados. Os restantes, até ao número de 312, é-lhes feita apenas uma referência, já que se trata de informações publicadas no jornal “Voz da Fátima”.
Por decisão da Comissão Científica, estes elementos não serão publicados já que está a ser feita a digitalização do jornal, desde o primeiro número, em 13 de Outubro de 1922. Posteriormente estes dados serão disponibilizados na página de Internet do Santuário de Fátima e também na página da Biblioteca Nacional, salientou o bispo auxiliar de Lisboa e coordenador desta Documentação Crítica de Fátima, D.Carlos Azevedo.
Durante este período (1922-1924), “As aparições suscitaram maioritariamente discursos de exclusão, de feição positiva e de feição negativa, isto é, de apoio e de rejeição”, revelou Zília Osório Sampaio na apresentação da obra. Por seu turno, a hierarquia da Igreja, agia com prudência. “Prudência seria a palavra de ordem, o que não significava desinteresse, nem desatenção, nem afastamento”, apontou.
D. Carlos Azevedo recordou que foi a polémica rejeição das Aparições por parte dos republicanos, sobretudo jacobinos que promoveu Fátima nos seus primeiros anos, após 1917. “A maior propaganda a Fátima foi feita pelos seus opositores” em crónicas de jornais e outras publicações, levando muito curiosos à Cova da Iria, salientou.
O bispo da diocese de Leiria-Fátima assinalou a “feliz coincidência” da publicação deste tomo, no 90º aniversário das Aparições, referindo ainda que a edição da Documentação Crítica de Fátima “é um serviço muito grande que se presta à sociedade”.

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