10 maio 2007

GNR leva cães e cavalos à escola





Os meninos da EB nº 1 de Ourém viveram, na passada segunda-feira, um final de manhã diferente do habitual. Receberam a visita da GNR com as suas equipas cinegéticas. Tanto os cães como os cavalos fizeram as delícias dos pequenotes que tiveram oportunidade de montar nos cavalos e assistir a uma demonstração de detecção de droga pelos bonitos Labradores que a GNR ali levou.
Aproveitando a ocasião, a Guarda levou também uma patrulha para demonstrar o trabalho que efectua no seu dia-a-dia.
Apesar da escola se encontrar na área de intervenção da PSP, a acção desenvolveu-se a pedido da própria escola à GNR, uma vez que a PSP não dispõe de animais.
Segunda a presidente do Conselho executivo, Conceição Prata, «a iniciativa resultou do pedido de uma professora da escola que tinha conhecimento de acções semelhantes levadas a cabo noutros estabelecimentos de ensino da região». Aceite a ideia da professora, esta foi alargada a toda a escola e apresentada à GNR que acabou por ter que preparar diversos cenários afim de poder abranger todos os 358 alunos da escola.
Um desses cenários era o carro patrulha, devidamente equipado, onde os alunos puderam entrar para verificar esse mesmo equipamento. Ao mesmo tempo os guardas iam explicando as funcionalidades de cada aparelho e o trabalho desenvolvido pela GNR durante o patrulhamento. E nem faltou o clássico cumprimento da Guarda, fazendo continência e desejando «boa tarde e boa viagem» aos pequenos que, à vez, se iam sentando no banco do condutor.
Um pouco à frente, outro grupo assistia à demonstração do trabalho dos cães detectores de estupefacientes. As crianças ficaram a saber que é através da brincadeira que se ensinam os cães. Apesar da GNR contar com pastores alemães, rotweillers e labradores, foram estes últimos os escolhidos para levar à escola por serem animais muito dóceis e, portanto, os mais adequados para trabalharem no meio de crianças.
Os guardas escondiam a droga que levaram para a demonstração e os cães rapidamente a detectavam na esperança de que, depois, teriam direito às suas brincadeiras. Por isso, esperava-os a «boneca», um pano enrolado, destinado a essa mesma brincadeira. Algumas das crianças, mais destemidas, quiseram também brincar, puxando a «boneca» presa pelos dentes do cão.
Antes da demonstração, propriamente dita, os guardas explicaram aos miúdos que a idade dos cães equivale sete vezes à dos humanos, que é como quem diz, um ano num cão equivale a sete anos nos humanos. A Quica, uma das cadelas que fez a demonstração, tem já oito anos, logo isso corresponderia a 56 anos num ser humano, mas os guardas responsáveis pelos animais explicaram que um cão consegue trabalhar até aos 10, 11 anos. Ensinaram também aos mais novos as diferenças entre os sentidos dos cães e dos humanos. Para começar, os cães vêem a preto e branco, não têm paladar pelo que escolhem os alimentos através do cheiro, o tacto é semelhante ao humano enquanto o ouvido é muitíssimo mais apurado. Mas é no olfacto que reside a maior diferença. É que para cada milhão de células olfactivas humanas, os cães têm 225 milhões.
Ficaram todos a saber que um cão leva cerca de um ano a treinar e que isso se faz a partir dos sete meses. Se bem que há excepções. Como explica o soldado Peres, a Quica, com essa idade «já tinha feito muitas apreensões». Ela é, aliás, a cadela «com mais apreensões ao nível da brigada».
Deixamos os cães a brincarem com os meninos e vamos mais à frente onde outro grupo contava, alguns montando, com os cavalos, enquanto o guarda que os acompanhava ia dando algumas explicações.
No final, porque na quinta-feira era o dia em que a GNR comemorava o seu 96º aniversário, a direcção da escola tinha um presente e o capitão Duarte da Graça não deixou de agradecer aos seus homens o bom desempenho que tiveram nesta acção, junto das crianças.

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