22 junho 2007

Polícias de palmo e meio fiscalizam condutores



Carlos Santos, 10 anos, alunos do 4º D da EB1 de Ourém já sabia bem que documentos pedir aos condutores embora nem todos pelo nome correcto. Ele foi um dos 16 alunos daquela escola que, na manhã de 5 de Junho, foi um dos agentes de serviço numa operação da Polícia de Segurança Pública. Os agentes da PSP encaminhavam os carros para que depois de parados e os alunos ajudaram os agentes na fiscalização do veículo e do condutor. Documentos pessoais e do veículo, inspecção, seguro, triângulo, verificar se a matrícula coincide com o livrete do automóvel, estado da viatura foram alguns dos pormenores que os pequenos agentes verificaram.
O Carlos já sabia bem o que um agente solicitava ao condutor porque a mãe já lhe tinha ensinado e já tinha ouvido "dizer a um amigo do meu pai".
A iniciativa é "boa", salienta o miúdo que "não gostava de ser polícia". Prefere antes, "fazer motocross". Lá em casa, Carlos disse aos pais que "os polícias são amigos".
Depois da Operação levada a cabo na Rua Dr. Francisco Sá Carneiro, os alunos vão "rever as regras" e "perceber que cuidados a ter" com o objectivo de sensibilizar não só os pais e famílias bem como a própria comunidade onde vivem.
Ao Notícias de Ourém, a professora co-responsável da classe, Isabel Vicente que vão ser feitas composições, desenhos, além de trabalho colectivo e trabalho personalizado. Mas a iniciativa serviu também para "desmistificar a actuação e a autuação da polícia", refere.
Nesta operação de "Segurança e prevenção" – Escola segura estiveram cinco agentes e três veículos, Foi ainda utilizado um aparelho indicador da velocidade, apenas para dar a conhecer a velocidade a que os veículos circulam mas sem teor de infracção.
Este tipo de operação tem uma vertente preventiva e pedagógica e contou com a colaboração das escolas e autarquia.
Durante esta iniciativa a PSP fiscalizou 50 veículos e levantou dois autos: um por falta de cinto e outra por falta de triângulo. Duas pessoas têm que apresentar os documentos na esquadra.
O subcomissário da Polícia de Segurança Pública, Paulo Faria salienta que "as crianças gostam deste tipo de acções" em que "tomam o lugar da polícia" e vêem "como funciona na prática" a sua actuação.
Servem ainda estas iniciativas para "ver qual o dia-a-dia do trabalho do polícia" bem como fazer passar a mensagem da segurança até aos pais, através dos filhos. Por exemplo, a questão de ir sentado nas cadeirinhas, obrigatório para miúdos até aos 12 anos não é algo de que os mais novos gostem. Mas, ao conhecerem a vertente da segurança, "será mais fácil os pais ‘convencerem-nos’ a usá-las", salienta Paulo Faria. A acção, espera ainda o subcomissário pode ainda servir para os filhos alertarem e questionarem os pais se possuem todos os documentos em ordem, antes de saírem de carro.
Uma das grandes preocupações no local onde se realiza este tipo de acção é precisamente a "segurança dos miúdos", refere o comandante da esquadra de Ourém. Com "miúdos não podemos arriscar".
Planeadas até final do ano lectivo estão mais três operações envolvendo três turmas, uma por cada Operação.
À despedida, os pequenos agentes, às vezes em coro, desejavam "Obrigada e boa viagem".

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