22 fevereiro 2007

Notícias de Ourém, 23 de Fevereiro de 2007

Ourém pode ficar sem PSP


A esquadra de Ourém é a única que deverá encerrar, em todo o distrito
De acordo com fontes sindicais da PSP e após reunião entre a ASPP o Ministério da Administração Interna, tudo aponta para que a esquadra de Ourém encerre até final do mês de Março.
A proposta do Ministério era no sentido do encerramento de todas as esquadras situadas em localidades com menos de 15 mil habitantes. Em contraproposta a Direcção Nacional da PSD defendeu o encerramento apenas das que estiverem situadas em localidades com menos de dez mil habitantes e estará ainda disposta a negociar a manutenção das que se situarem em cidades até 12 mil residentes. Esta posição implica, o encerramento da esquadra da PSP de Ourém, por ser a única do comando de Santarém localizada numa cidade com menos de 10 mil habitantes.
Segundo Vítor Lopes, delegado sindical da ASPP no distrito de Santarém, as razões apontadas para o encerramento são, essencialmente, duas: uma área de acção cuja população não atinge as 10 mil pessoas e um baixo índice criminal.
A área que actualmente está sob a alçada da PSP apenas conta com cerca de 7 mil habitantes.
No entanto a situação não está completamente perdida. Resta uma ténue esperança de aumentar a área de intervenção da PSP para que esta se possa manter, alterando aquele que é considerado o seu núcleo urbano. Se o poder político assim o entender, a PSP poderá passar a actuar não apenas na freguesia de N. S. da Piedade mas também na de N. S. das Misericórdias, até porque a cidade de Ourém é constituída por estas duas.
Para o deputado oureense Mário Albuquerque parecem não restar dúvidas e se essa for a solução, é esse o caminho que deve ser tomado. Toda a área da freguesia de Nossa Senhora da Piedade deverá, então, passar para a alçada da PSP, bem como a freguesia de Nossa Senhora das Misericórdias. Isto viria aliviar a GNR que tem uma área imensa de acção e permitiria que a PSP continuasse a desenvolver o bom trabalho que tem tido. Isto porque, para o deputado, é claro que os baixos níveis de criminalidade verificados em Ourém, têm a ver com o bom desempenho das suas forças da ordem. O deputado não entende como se pode estar a «penalizar quem tem bom comportamento».
O mesmo, aliás, é defendido pela ASPP. Vítor Lopes considera que «é desmotivante para uma equipa quando o seu trabalho não é reconhecido» e reitera a ideia de que «se existem poucos crimes em Ourém é porque de certa maneira a Polícia tem bons profissionais».
Da recente reunião entre o sindicato e o ministério resultou a ideia de que se o encerramento ainda não é definitivo, a verdade é que António Costa quer que tudo esteja resolvido até final de Março.
Ou seja, Ourém tem cerca de um mês para se mobilizar, tomar posições e alterar situações se quer que a esquadra e o policiamento de proximidade se mantenham.
Até porque se a área da responsabilidade da GNR já agora é imensa, se esta passar a ter sob a sua alçada também a cidade, será cada vez mais difícil responder às situações que se colocam. Por outro lado, nada garante que o actual baixo índice de criminalidade continue, assim que o tal policiamento de proximidade deixar de existir. Pelo menos a insegurança com certeza que aumentará.
No que toca à posição da Câmara, David Catarino informa ter pedido uma reunião com o Ministro para se inteirar da situação já que não terá recebido qualquer informação oficial. Aliás, diz o presidente da Câmara, tudo o que sabe é o que tem vindo a ser difundido pela comunicação social. Por isso, para já, o autarca, abstém-se de avançar com qualquer proposta alternativa enquanto não souber exactamente o que está a ser discutido e quais os caminhos possíveis.
No entanto é de prever que o assunto seja levado já à próxima reunião da Assembleia Municipal que tem lugar dia 28, sobretudo se tivermos em atenção que tudo terá que ficar resolvido em Março e os prazos começam a escassear.
No que se refere a Fátima, parece que a situação não levanta preocupação. Tudo leva a crer que a população flutuante transfere para a cidade santuário um estatuto especial que lhe permitirá manter a sua esquadra da PSP.

II Fórum Distrital das Comissões Municipais de Defesa da Floresta Contra Incêndios : «Cada cidadão é um agente de protecção civil»

O Governo Civil de Santarém realizou no dia 15, em Abrantes, o II Fórum Distrital das Comissões Municipais de Defesa da Floresta Contra Incêndios (CMDFCI). A iniciativa contou com a presença dos diversos agentes de protecção civil do distrito, onde foi realçada a importância da prevenção aos fogos florestais fora da época mais crítica.

«É mais barato prevenir do que remediar»
«É mais barato prevenir do que remediar», defendeu o Governador Civil, para quem esta é a área que, actualmente, merece toda a atenção por parte das entidades responsáveis. Tem-se verificado elevadas melhorias nos sectores da detecção e do combate, sendo este último um dos principais pontos de acção por parte de Paulo Fonseca, através da atribuição de equipamentos de protecção individual aos Corpos de Bombeiros do distrito. A discussão da problemática da prevenção aos incêndios florestais deve envolver todos os seus intervenientes, incluindo a sociedade em geral. «Cada cidadão é também um agente de protecção civil», argumentou, pelo que as responsabilidades dos fogos não podem ser apenas e exclusivamente atribuída aos soldados da paz. Por isso, cabe a cada pessoa, através do seu dever cívico, inteirar-se da limpeza dos seus espaços florestais. Para o Governador Civil, este é um dos caminhos a seguir para melhorar o sistema de prevenção, que, apoiado por uma mudança de mentalidades, encontra a sua base nas CMDFCI, as quais deverão estabelecer um conjunto de pilares para fazer evoluir o ordenamento do território. Ordenamento este que passa igualmente, segundo Paulo Fonseca, pelas Zonas de Intervenção Florestal (ZIF). Actualmente, o distrito de Santarém conta com oito ZIF’s em constituição, número lamentado pelo representante do Governo, uma vez que, para além do bom acolhimento observado nas diversas reuniões por si organizadas, a mancha florestal tem um peso acentuado aos mais diversos níveis na região, defendeu. Paulo Fonseca salientou ainda a boa organização do dispositivo distrital, que tem servido de exemplo nos vários cenários de protecção civil.
Perante uma plateia de cerca de 90 pessoas, o Secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e das Florestas, em representação do Ministro da Agricultura, anunciou que, no distrito, existem três municípios em falta na entrega dos Planos Municipais de Defesa da Floresta Contra Incêndios: Benavente, Salvaterra de Magos e Santarém. Estas autarquias, por terem já ultrapassado o prazo de apresentação (31 de Dezembro de 2006), não poderão agora beneficiar de quaisquer tipo de fundos, sejam comunitários ou nacionais, para a tomada de medidas de protecção da floresta, revelou Rui Gonçalves. «Não há desculpa que sirva para deixar esse trabalho para trás», defendeu, sendo necessária uma mudança de atitude para com o tecido florestal. Os Gabinetes Técnicos Florestais assumem, para o membro do Governo, em matéria de prevenção, uma importância acrescida, pois existe uma tendência para serem associados ao chamado “trabalho de secretária”, quando, na verdade, muitas das suas funções são desempenhadas no terreno.

Inexistência de uma consciência é o principal problema
A inexistência de uma consciência de escala foi o principal problema apontado pelo Presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, que resulta em dificuldades na capacidade de resposta. Como soluções, Duarte Caldeira sugeriu um ordenamento jurídico e institucional e uma visão integrada e virada para a floresta como recurso não apenas económico mas também social, ambiental e cultural. As CMDFCI desempenham aqui um papel decisivo, salientou, acrescentando que importa também instituir uma «cultura de avaliação» que sirva para analisar os resultados e aferir a eficácia. O responsável elogiou ainda a organização deste II Fórum: «É interessante do que pode ser o papel do Governador Civil», referindo-se a uma «solidificação da cooperação institucional».
Fundamental foi como o Presidente da Câmara Municipal de Abrantes classificou a iniciativa por esta se realizar fora da época de incêndios, dando lugar à reflexão em tempo útil. Para Nélson Carvalho, existe uma responsabilidade social em torno da floresta que não pode estar apenas nas mãos dos bombeiros. Todas as outras entidades intervenientes devem assumir o seu papel e contribuir para uma «floresta moderna com valor económico».
Em abordagens mais técnicas, foram discutidas questões estruturais, tais como a fiscalização e o combate aos incêndios, tendo-se destacado a vertente da sensibilização. A protecção de aglomerados deverá ser uma das principais preocupações dos agentes de fiscalização, bem como proceder ao cadastro predial rústico. Para 2007, foi estabelecido como objectivo a diminuição do tempo de resposta aos fogos, através do reforço e da optimização dos dispositivos terrestres e aéreos.

Sensibilizar é preciso
Para o cumprimento destas premissas, foi defendida a realização de campanhas de sensibilização que visem sobretudo a construção de faixas de protecção, considerada um dos factores condicionantes ao combate dos incêndios florestais.
Bombeiros, Associações de Agricultores e Gabinetes Técnicos Florestais de Câmaras Municipais do distrito de Santarém marcaram presença neste II Fórum Distrital das CMDFCI. Estas têm como missão a promoção, coordenação e execução das acções de defesa da floresta contra os incêndios florestais. As Comissões são igualmente responsáveis pela elaboração e execução dos Planos Municipais de Defesa da Floresta Contra Incêndios.

Serviço de urgência

Uma religiosa aproveitou o debate, no encontro de hoteleiros para reivindicar um serviço de urgências para Fátima. Diz esta enfermeira que, quando prestava serviço no posto de socorros do Santuário “fiz muitas suturas para evitar que (as pessoas) fossem para Ourém”.
Argumenta a religiosa que não há clínicas abertas ao fim de semana e que “os pobres não têm dinheiro”. E sugeriu que houvesse um contrato com clínicas para servir a população e peregrinos devido à grande afluência ao fim de semana, ficando os estrangeiros “mal impressionados”.

Mais peregrinos em Fátima


O Santuário de Fátima registou a afluência de mais de 4,2 milhões de pessoas: os números foram divulgados no XXIX encontro de hoteleiros, realizado a 15 de Fevereiro.
Os números apontam para um aumento de mais 95 976 peregrinos que em 2005. “Sente-se que há um crescente interesse por Fátima, particularmente nos países do Leste Europeu, que agradecem a Nossa Senhora a libertação do regime materialista e ateu que os dominou nas últimas décadas do século XX”, explicou o director do Serviço de Peregrinos do Santuário, padre Virgílio Antunes.
Para este aumento sucessivo contribuiu, também segundo este responsável, o destaque que Fátima obteve no pontificado de João Paulo II bem como o terceiro segredo de Fátima e a morte da irmã Lúcia e trasladação do seu corpo para a basílica.
Aos hoteleiros e responsáveis de casas religiosas que acolhem peregrinos, Virgílio Antunes defende que Fátima “poderá tornar-se um destino muito mais apetecido durante os meses de Inverno” depois da inauguração da nova igreja.
“Se assumirdes que a vossa instituição gira maioritariamente à volta dos interesses espirituais dos vossos hóspedes, empenhareis muitos esforços procurando corresponder a essa característica”, referiu ainda perante os hoteleiros.

Preparar centenário
O reitor do Santuário defende que “Fátima está capaz de se centrar neste centenário (das Aparições). Dez anos são suficientes para aglutinar todas as nossas energias”.
Luciano Guerra defendeu a criação de “um centro regulador de estudo e de projecto”, um gabinete para pensar o futuro da cidade defendendo que 2017 é uma “meta muitíssimo importante para Fátima”
Fátima é marca desta Região de turismo, um lugar que adquiriu naturalmente pela sua importância. “Há muita gente que vem a Portugal porque vem a Fátima”, referiu o reitor do Santuário de Fátima, salientando que toda a região “está incluída neste centro espiritual que é Fátima”.
À afirmação de Luís Patrão que Fátima não tem qualidade hoteleira, monsenhor Luciano Guerra prefere pensar que se tratou de um “deslize de linguagem” que “vai corrigir-se”.

Insuficiências
Carlos Baptista, presidente da Associação empresarial Ourém-Fátima é “bastante satisfatória”a qualidade da oferta hoteleira existente.
O responsável da Aciso aproveitou a sua intervenção para assinalar insuficiências existentes na cidade de Fátima, nomeadamente insuficiente iluminação, passeios precários ou inexistentes, deficiente sinalização de trânsito e de lugares para condutores com mobilidade reduzida, bem como a insuficiência de casas de banho. À autarquia chamou ainda à atenção para a “falta de decisão em relação a obras de construção civil que estão inacabadas”, perto do Santuário.
A actuação da Polícia de Segurança Pública, mereceu alguns reparos de Carlos Baptista que se referiu à “exigência de atenção, na prevenção da criminalidade” e pediu a intervenção “mais incisiva” da polícia em relação aos vendedores ambulantes, em situação ilegal.
Das palavras de Luís Patrão, refere que “não podemos aceitar a profunda falta de respeito pelo quarto destino turístico do país”, uma omissão que considera “grosseira”.

Promoção conjunta
A hotelaria é de qualidade, defende o presidente da Junta de freguesia de Fátima. Quanto à qualidade do serviço de hotelaria, diz ainda o mesmo responsável que “o número de reclamações é muito pouco significativo, o que quer dizer que é um serviço de qualidade”.
Sobre a promoção de Fátima a concretizar no futuro, o responsável salienta que esta terá que ser feita pelos empresários, em conjunto. E pediu a todos os hoteleiros e responsáveis de casas religiosas que mantenham à vista a bandeira de Fátima neste período comemorativo dos 90 anos das Aparições, defendendo ainda uma estratégia conjunta de autarquias (Junta e Câmara), Santuário, entidades económicas e população para “vencer o desafio de desenvolvimento” nestes próximos anos.

Projectos âncora
Depois de uma intervenção num jornal onde se mostrou desagradado pela actuação da PSP, David Catarino veio explicar que tal se deve à existência de “carros a vender pão” ilegalmente e “carros em cima de passeios”, matéria de uma reunião futura entre as duas entidades.
O autarca voltou a insistir na necessidade de regularização dos estabelecimentos hoteleiros e referiu a necessidade de apoiar “projectos âncora” para que “se desenvolvam”. A nova igreja e o museu da vida de Cristo que “a Câmara teve de viabilizar plano de pormenor, pena é que tenha demorado tanto tempo”, mas, “sem dúvida que é âncora para aquela zona”, apontou.
A melhoria do espaço urbano, os passeios e a iluminação, a recolha e tratamento do lixo bem como o mobiliário urbano “são necessidades da cidade de Fátima”, a que se acrescenta a “parte escolar que também é urgente”.

Promoção
Quarenta autocarros com a imagem de Fátima estarão a promover o Santuário, por ocasião dos 90 anos das Aparições, durante o mês de Março.
Esta promoção ocorre ainda integrada no plano de acção estratégica que foi contratualizado entre esta região de turismo e o estado, via Instituto de Turismo de Portugal relativo ao ano de 2006.
Sem verbas que contemplem a promoção em 2007, a estratégia – assinalou Miguel Sousinha – vai ser nos mercados de Espanha, Itália, Polónia, Irlanda, Brasil, França.
No primeiro semestre deste ano será apresentado um estudo científico sobre a motivação do peregrino de Fátima, sob a orientação de Graças Poças Santos. A partir deste estudo, haverá bases científicas para apostar no turismo religioso, refere o responsável. No primeiro semestre será ainda lançado um sítio na internet, sobre os lugares de peregrinação, em sete línguas, além de um DVD promocional, ao abrigo do projecto Coesima.
Miguel Sousinha salientou aos hoteleiros e responsáveis de casas religiosas que “nada está decidido” em matéria de regionalização turística. A Região de turismo, a Câmara de Ourém além de outras forças vivas têm feito “um esforço grande para que não se tire a cultura desta região. Não é que Fátima desapareça mas é importante que alguém, além da força da Igreja na promoção religiosa, também haja a turística dirigida a crentes e também a outras culturas”.

Dados estatísticos do Santuário de Fátima: 2006

Peregrinações Portuguesas organizadas
- Número de peregrinações: 1.209 (1.143, em 2005; há um contínuo aumento)
- Número de peregrinos: 428.236 (391.248, em 2005; também houve um aumento)
Peregrinações estrangeiras
- 70 países
- Número de peregrinações: 2.238 (2.090, em 2005)
- Número de peregrinos: 270.071 (285.345, em 2005)
c) Peregrinos estrangeiros por países
- França: 2.023 (2.894, em 2005); Alemanha: 6.681 (5.611, em 2005); Brasil: 2. 243 (1876, em 2005); Espanha: 33.889 (30.327, em 2005); Estados Unidos: 6.132 (7.056, em 2005); Irlanda: 7.542 (6.433, em 2005); Itália: 31.125 (28.509, em 2005); Polónia: 10.719 (6.053, em 2005); Coreia do Sul: 1.246; Croácia: 623 (1.230, em 2005); Hungria: 1.275; Japão: 250; Líbano: 470; México: 456.
MISSAS
- Missas oficiais: 2.529, com um total de 3.543.236 participantes (no ano de 2005 – 2.544 missas, com 3.415.079 participantes)
- Missas particulares: 4.259, com um total de 660.125 participantes (no ano de 2005: 3.938 missas, com 692.309 participantes)
Total de participantes nas Missas: 4.203.361
Nota: Grande parte dos que participaram em missas particulares também participaram em missas oficiais.
OUTRAS CELEBRAÇÕES
- Oficiais: 1.370, com 2.866.491 participantes
- Particulares: 394, com 215.043 participantes
Total de participantes em outras celebrações: 3.081.534
Total de participantes em todas as celebrações realizadas no Santuário de Fátima, (oficiais e não oficiais, missas e outras celebrações): 7.284.895.
COMUNGANTES
1.117.893, nas missas oficiais; 414.231, nas missas particulares. Total de comungantes: 1.532.124.
CASA MUSEU DE Aljustrel
Teve um total de 24.958 visitantes (contra 26.589, em 2005).
EXPOSIÇÃO “FÁTIMA LUZ E PAZ”
Foi visitada por 73.518 (contra 63.366, em 2005).
POSTOS DE
INFORMAÇÕES
Posto do Santuário: atendeu 116.936 peregrinos individuais e 118.040 pertencentes a grupos, num total de 234.976;
Posto de Aljustrel: 18.880 individuais e 65.592 pertencentes a grupos., num total de 84.472.
Escolas: 78 tiveram visitas guiadas, num total de 2.977 alunos e 431 adultos acompanhantes.
Os Postos de Informações acolheram um total de 135.816 indivíduos.

Frazão vence PSD faz história


Nas eleições mais concorridas de sempre, a nível não apenas concelhio mas também distrital, o PSD de Ourém voltou a fazer história.
A divisão «mexeu» com o partido e os militantes acorreram às urnas que na passada sexta-feira deveriam ter encerrado às 22h00 mas que tiveram que manter-se abertas até perto das 23h00.
Desde as 19h00 que a fila se formou cá fora, descendo as escadas do prédio onde se situa a sede, estendendo-se rua fora. Dos 674 inscritos, votaram 541.
Foi um corropio que deua vitória a Vítor Frazão com 322 votos contra os 209 de João Moura. Para a Mesa, resultado parecido mas não igual. Tavares Lopes arrecadou 322 votos e Deolinda Simões 204.

Santa Casa da Misericórdia de portas abertas


A Sana Casa está aberta há um mês e pretende ser “um marco no desenvolvimento social local e por isso aceitou o desafio de acolher aqueles que poucos recebem, aqueles que por infortúnio, perderam a sua autonomia para realizarem as mais básicas tarefas de vida e, por isso, dependem de outros para subsistirem” escreve a Provedoria, no boletim.
Para concretizar este desafio, a Misericórdia de Fátima-Ourém está ciente que é necessário “mais e melhor preparação dos recursos humanos, um esforço financeiro mais exigente, impõe a cooperação de outras entidades e revindica uma participação familiar regular”, pode ler-se no boletim “A Folha” cujo primeiro número saiu a 17 de Fevereiro.
Actualmente esta instituição tem a sua acção nas valências de lar e de apoio domiciliário, no primeiro caso tem capacidade para 26 pessoas, sendo o apoio aos idosos nas suas casas restrito, nesta fase aos utentes da freguesia, funcionando 24 h por dia.
A estes são prestados cuidados pessoais, tratamento de roupas, cuidados de saúde, apoio psico-social, levadas as refeições e feito acompanhamento ao exterior
Além dos diversos ateliers em que participam, a Santa Casa disponibiliza actividades de exercício físico que decorrem das 15h às 16h, na Casa do Povo de Fátima.
Durante a inauguração oficial da Santa Casa foi referida a importância dos idosos usufruírem no lar de conforto, carinho, atenção.
Solidariedade
O presidente da Câmara anunciou estar a trabalhar num projecto de apoio às missões de países dos PALOP’s que ainda vai nascer. “Em Fátima não vamos resolver o problema de África” mas o apoio permitirá ajudar estas populações mais pobres.
“Já temos projecto de estatutos” referiu o autarca salientando que o objectivo é mobilizar as pessoas à solidariedade já que “temos obrigação de mandar alguma coisa da nossa mesa para a dos outros”.
O autarca apontou ainda a possibilidade desta Santa Casa vir a ser um parceiro na gestão da Obra do frei Gil, no Olival. O desafio – salientou – coloca-se devido à necessidade de surgirem problemas que é preciso resolver e o facto da direcção se encontrar longe, na Mira.
David Catarino reforçou a importância da solidariedade e do ensino, vocações que podem coabitar nesta cidade-santuário.

No museu de Arte Sacra: Dia dos Pastorinhos



Débora Gaspar e Luís Silva estão a preparar muitas das surpresas para as comemorações do dia dos “Beatos Francisco e Jacinta Marto” a decorrerem no Museu de Arte Sacra e Etnologia, em Fátima, no próximo sábado, dia 24 de Fevereiro.
Este evento é organizado pelo núcleo de Estágio do Curso de Técnico de Património Cultural da Escola Profissional de Artes e Ofícios Tradicionais da Batalha e tem como destinatários crianças dos 6 aos 12 anos.
A visita à “Sala dos Pastorinhos “ e à exposição temporária “Sou o Anjo da Paz” está incluída nas sessões. De uma forma interactiva e motivante, os pequenos visitantes ficarão a conhecer a história dos videntes e a valorizar o nosso património.
As entradas são gratuitas e durante o dia existirão 4 sessões nos seguintes horários:
1.ª Sessão – 10h00
2.ª Sessão – 11h30
3.ª Sessão – 14h30
4.ª Sessão – 16h00

Igreja quer tornar lei “inútil”

“Demos as mãos para acabar com o aborto e tornar a lei, que agora se vai fazer, numa lei inútil”, salientam os bispos portugueses na nota pastoral divulgada a 16 de Fevereiro.
O resultado do referendo, em que a maioria dos portuguese não votou, demonstra uma “cultura que não está impregnada de valores éticos fundamentais”, como é “o carácter inviolável da vida humana, aliás consagrado na nossa Constituição”.
Na reacção ao resultado obtido na consulta de 11 de Fevereiro, a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) lembra aos católicos que “o facto de o aborto passar a ser legal, não o torna moralmente legítimo. Todo o aborto continua a ser um pecado grave”.
A CEP apela “aos médicos e profissionais de saúde para não hesitarem em recorrer ao estatuto de ‘objectores de consciência’ que a lei lhes garante”. E defende a necessidade de criar ou reforçar as existentes estruturas de apoio às mulheres com uma gravidez não desejada. Esta é uma das prioridades da Igreja que defende a “convergência de todos, Estado e sociedade civil”.
A médio e longo prazo, a solução deve passar por uma “política de educação que forme para a liberdade, concretizada numa correcta educação da sexualidade”.
Os bispos entendem que a “vivência desregrada da sexualidade é uma das principais disfunções sociais e da infelicidade das pessoas”. Um planeamento familiar sadio é essencial e “quando a geração de um filho não for fruto de irreflexão, mas de um acto responsável, estará resolvido, em grande parte, o problema do aborto”.
Os prelados manifestaram ainda a satisfação pela mobilização verificada na campanha e assinalam que “o debate do referendo esteve centrado na justeza de um projecto de lei que, ao procurar despenalizar, acaba por legalizar o aborto”.

“Estrelas que voam para os céus”

“A Nossa Âncora” é uma associação de apoio a pais em luto que reúne mensalmente no concelho de Ourém e que vai lançar no final do ano um livro.
“Estrelas que voam para os céus” nasce a partir de testemunhos de pais em luto pela morte de filhos. Para tornar possível esta edição estão a ser distribuídos, a nível nacional inquéritos que, depois de preenchidos devem ser remetidos para Joaquim Santos, responsável dos distritos de Santarém e Leiria, até 31 de Maio de 2007.
No inquérito, a que todos os pais são desafiados a responder para que esta obra seja uma homenagem “a todas as maravilhas que nunca se perderam em tempo nenhum: são estrelas que brilham e povoam os céus”, para constar no livro, são pedidas informações sobre a data e circunstâncias da morte dos filhos bem como as dificuldades com que os pais se deparam neste processo de luto.
Os interessados podem fazer o pedido do questionário através do email info@anossaancora.org ou pelo telefone 21 910 57 55 ou 919960385.

Festa da Pinguinha na Gondemaria

A 25 de Fevereiro, realiza-se o segundo concurso de vinhos da Gondemaria. A partir das 15h, no pavilhão multiusos da União Desportiva de Gondemaria, serão provados os vinhos a concurso de produtores da freguesia.
No final do evento, será atribuído um certificado de participação aos concorrentes. Os prémios 1º, 2º e 3º prémios de vinho tinto, branco e abafadinho serão entregues, numa actividade posterior.
Depois, haverá um convívio entre os participantes.

Terra do móvel: balanço positivo

Só por isso valeu a pena, apresentar estes projectos”. E isto a que se refere o vice-presidente da Associação Terra do Móvel, Joaquim Mendes.
Este responsável salienta a importância da discussão sobre novos projectos, novo design para o mercado.
Mas o recente projecto que envolveu cinco empresas do Vilar dos Prazeres, alunos da Escola Profissional de Ourém (EPO) e técnicos de um centro de design italiano serviu para apresentar novos modelos de móveis e novas linhas, algumas das quais vão ser comercializadas.
O grande objectivo é “divulgar o que se faz nesta região”, salienta. As próprias parcerias que têm sido desenvolvidas quer com o Centro de emprego e formação profissional até mesmo com a EPO visa também mostrar aos jovens que a revitalização do sector é necessária e que é uma oportunidade de emprego para eles. Para superar a crise “que existe mais na cabeça das pessoas”, “temos que ir pelo design, qualidade e divulgação”.
A Associação Terra do Móvel tem desde Maio de 2006 um show room em Fátima, onde estão representadas12 empresas. Esta aposta na qualidade e no design numa estratégia conjunta para mostrar tanto aos profissionais como aos particulares aquilo que vão fazendo. Por exemplo, numa semana de Dezembro do ano passado, o número de visitantes foi de 370.
Pela primeira vez esta Associação vai estar representada na Export home, um certame de mobiliário internacional, para profissionais.
No stand estarão representadas todas as empresas através de folhetos com as suas linhas de mobiliário estando uma pessoa credenciada a prestar outros esclarecimentos.
Em jeito de balanço, Joaquim Mendes salienta que a Associação Terra do Móvel “tem atingido os objectivos a que se tem proposto”. A falta de maiores verbas, neste projecto que junta como parceiros ainda a Câmara Municipal de Ourém e a associação empresarial do distrito de Santarém- Nersant, tem impedido a associação de levar a cabo outros projectos.
Em embrião estão iniciativas na área da internacionalização, na formação profissional.

CEPAE lança colecção: “Estremadura – Espaços e Memórias”

Com o lançamento do projecto editorial “Estremadura – Espaços e Memórias”, o CEPAE - Centro de Património da Estremadura inicia um novo ciclo da sua actividade.
A Colecção “Estremadura: Espaços e Memórias” surge como resposta à riqueza cultural, patrimonial e histórica da região (em particular do distrito de Leiria e concelho de Ourém – área de influência do Centro do Património da Estremadura) e ao grande desconhecimento, por parte da esmagadora maioria dos seus habitantes, desses valores tão ricos e reveladores da identidade de um povo e de uma região.
Embora se encontrem algumas publicações que em diferentes alturas e em variados pontos da geografia regional têm procurado colmatar este desconhecimento, continua a existir um vasto espaço para preencher no campo editorial dos estudos regionais sobre a História, o Património e a Cultura Popular e Tradicional da Estremadura.
É neste contexto que nasce, na confluência da proposta do Centro de Património da Estremadura (CEPAE), com o apoio imediato Folheto Edições e a adesão entusiasmada de vários investigadores regionais, a Colecção “Estremadura: Espaços e Memórias”.
A Colecção tem direcção científica do historiador Saúl Gomes constando, numa 1ª fase, de 12 estudos sobre a região (desde Castanheira de Pêra até Caldas da Rainha), abordando aspectos etnográficos, da cultura popular, da história e do património, de forma a possibilitar uma abordagem cultural diversificada e, ao mesmo tempo, abrangente.
Com esta Colecção propõe-se o CEPAE motivar a investigação local e promover o estudo e o conhecimento da história e cultura da região, nomeadamente junto dos professores e estudantes.
A Colecção terá lançamento público no próximo dia 24 de Fevereiro, pelas 16 horas, na Biblioteca Municipal de Leiria, sendo conjuntamente lançado o 1º volume da colecção “A Região de Leiria: património, identidade e história”, de Saúl Gomes.

Programa SightFirst : Ajudar a ver

O SightFirst é a iniciativa mais ambiciosa e mais bem-sucedida do Lions até hoje. Graças ao programa, o Lions recuperou a visão de 7 milhões de pessoas por meio de cirurgias de catarata, impediu a perda severa da visão para outros 20 milhões e aprimorou os serviços oftalmológicos para centenas de milhões.
O SightFirst foi lançado pelo Lions em 1989 para combater a cegueira evitável. Lamentavelmente, 80% das pessoas cegas, a nível mundial, eram desnecessariamente privadas da visão. Por meio do SightFirst, o Lions tem actuado na prevenção da cegueira oferecendo suporte para cirurgias de catarata, ajudando a construir ou expandir clínicas e hospitais oftalmológicos, distribuindo medicamentos protectores da visão e treinando profissionais da área oftalmológica.
O SightFirst tornou-se não somente surpreendentemente eficaz, mas também impressionantemente eficiente. do Lions.)
O programa SightFirst ajuda especialmente crianças. Em parceria com a Organização Mundial da Saúde, o SightFirst lançou a primeira iniciativa global de combate à cegueira infantil do mundo. O projeto está criando 30 centros de atendimento oftalmológico pediátrico em todo o mundo.
A Campanha SightFirst II permitirá ao Lions ampliar o extraordinário trabalho do SightFirst. O objetivo é conseguir, pelo menos 150 milhões de dólares americanos (1 dólar é equivalente a 1,3 euros) para continuar a prevenir a cegueira e restaurar a visão.
O Lions Clube de Ourém associando-se a esta campanha, está a promover um sorteio e o NO está a ajudar a vender as rifas que custam apenas um «leão».

1.º Jantar Concerto “Criança feliz”

Iniciativa de Angariação de Fundos para o Jardim-de-Infância de Ourém
Dia: 24 de Fevereiro de 2007 (Sábado)
Local: Salão de Festas do Palheiro
Hora: 19H30’
Preço:Bilhete para 2 Pessoas – 25 euros
Bilhete Individual – 15 euros
Inscrições e Reservas:
No Jardim-de-Infância (Pelas Educadoras)
Telemóveis: 914 080 235 (Paula Reis), 963 046 827 (Hugo Ferraz), 913 803 821 (Sandra Brito), 913 319 046 (Florbela Roque), 962 751 023 (Fernanda Monteiro)

Casos de Polícia

Uma pessoa ficou ferida sem gravidade, na sequência de um despiste de um veículo ligeiro em Urqueira.
Um ferido leve é também o balanço do despiste ocorrido em Olival, a 14 de Fevereiro. No mesmo dia, a colisão entre dois ligeiros resultou em danos materiais tanto no choque ocorrido em Seiça como no verificado em Nossa Senhora das Misericórdias.
O despiste de um ligeiro em Alburitel, a 15 de Fevereiro, resultou em danos. Um curto-circuito no quadro eléctrico acabou por provocar um pequeno incêndio numa padaria em Fátima. O valor dos prejuízos é ainda desconhecido.
Um incêndio desta feita originado por um projector de halogéneo acabou por provocar prejuízos, numa habitação em Freixianda, a 16 de Fevereiro.
Duas pessoas ficaram feridas com gravidade e duas outras de forma ligeira na sequência do despiste do veículo ligeiro em que seguiam, em Cercal, a 18 de Fevereiro. Do despiste de um motociclo no Olival, no mesmo dia, resultaram dois feridos leves.

Acidente mortal
Uma pessoa morreu na sequência de uma colisão frontal entre dois veículos ocorrida a 17 de Fevereiro, em Salgueira do Meio, em Casal dos Bernardos, adiantou o CDOS de Santarém. O acidente ocorreu depois das 18h, numa estrada municipal. Na altura três pessoas ficaram feridas, duas encarceradas. Um dos feridos graves acabaria por falecer.
No local esteve uma equipa da Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) e 19 bombeiros das corporações de Caxarias e Ourém.


PSP - OURÉM
Em 16-02-2007, apresentada denúncia contra desconhecidos, por no período compreendido entre as 20:00h do dia 15 e as 10:00h do dia 16, lhe terem furtado o seu auto ligeiro de passageiros, no valor de 2.500,00 euros, que se encontrava estacionado numa rua desta cidade.

15 fevereiro 2007

Futuro do PSD decide-se : Divisão agita hostes laranja

A candidatura de Vítor Frazão


E se João Moura convocou uma conferência de imprensa para dar a conhecer listas e posições, o mesmo não sucedeu com Vítor Frazão. Foi o NO que, tendo conhecimento das suas reuniões com militantes, pelas freguesias, o contactou no sentido de assistir a uma dessas reuniões, neste caso a última, que teve lugar na segunda-feira à noite, em Alburitel, em casa de um militante. Isto porque consideramos importante dar informação completa e o mais isenta possível, aos nossos leitores, oferecendo-lhe as posições de ambas as partes e não apenas de uma.
E assim sucedeu. Aí, Frazão explicou que não havia sido feita apresentação à comunicação social por respeito aos militantes, considerando que a estes é que teria de fazer chegar a sua mensagem. Diz ainda que não poderia falar com a comunicação social sem antes ter ouvido os presidentes de Juntas de Freguesia.
Depois refere a sua candidatura como tendo a «coragem de andar pelo concelho com um programa que se afirma e que não ataca». Isto apesar de, afirma, estar a receber, a par das mensagens de apoio, mensagens de ataque. Mas, avisa: «esperem uma têmpera de aço».
Recorda que sempre desejou o consenso até porque, afiram, «tenho capacidade para engolir sapos». Apontou a importância que para si tem os apoios de Humberto Piedade dos actuais e ex-presidentes de Juntas de Freguesia a quem afirma ter contacto dando-lhes liberdade de opção.
Em jeito de resposta aos seus opositores, Frazão diz que «gostava que certa gente que apela ao rejuvenescimento, tivesse a coragem de se candidatar às suas freguesias», porque, defende, «é por aí que se deve começar». Reforçando a ideia da liberdade de opção dada aquando dos contactos que estabeleceu, Frazão afirma ter-lhes recordado que isso era importante «até porque vocês vão precisar dos dois». Por isso, o apelo feito, terá sido no sentido de que «oiçam, vejam os programas, reflictam e votem». E diz que, «por ironia do destino, tenho todos os presidentes de Junta comigo». Até no caso do presidente das Matas, a apoiar a candidatura de Moura, Frazão afirma que este lhe terá dito que o apoiaria numa candidatura à Câmara.
O facto da sua ronda pelas freguesias terminar em Alburitel, Frazão diz que tal sucede porque «estes homens não podem ser esquecidos», referindo-se aos candidatos social-democratas que perderam nas eleições autárquicas.
Faz depois a apresentação das linhas mestras da sua candidatura, também estas já apresentadas pelo NO em anterior edição mas salientando o tratar-se de «uma equipa coesa, dinâmica e com alto sentido de responsabilidade. Daí que acredite que a divisão que agora se evidencia não será razão para que o PSD fique «estilhaçado». Pelo contrário, o candidato considera que o partido até terá levado «o abanão que necessitava».
Respondendo a acusações que lhe têm vindo a ser feitas, Frazão nega que o facto de ser de Fátima torne tendenciosa a sua candidatura e diz que a provar isso mesmo estão os apoios recebidos por todo o concelho através dos seus autarcas. É por isso que diz pretender levar, até ao último minuto, «esta campanha com elevação» e, por isso, «não amedrontarei nem pedirei votos sob pressão».
Defende que a sua candidatura pretende reforçar o trabalho do PSD no concelho, apoiando os núcleos quer da Jota, quer do partido.
Ainda a propósito da questão apontada pela candidatura adversária de necessidade de rejuvenescimento, Frazão diz que «se querem ver-me danado é chamarem-me velho». Aponta o papel por si desempenhado na questão das geminações e do intercâmbio de jovens para exemplificar a sua proximidade com os jovens e refere as suas preocupações académicas ao fazer um mestrado em gestão autárquica procurando assim um melhor desempenho no cargo de vereador.
No entanto Frazão reconhece que tem havido pouco tempo dedicado ao partido. Desculpa isso com o facto desse tempo ser dado na totalidade ao trabalho autárquico. É por reconhecer a falta de tempo para desenvolver uma acção em todas as frentes que Frazão defende a criação de pelouros dentro da concelhia que possam fazer esse trabalho de modo mais desafogado. Entre eles refere a constituição de um pelouro de imprensa que possa dar resposta mas também apoiar os autarcas. E se afirma a sua preocupação com a juventude, também não descura a terceira idade cuja preocupação afirma estar bem patente no seu cargo de Provedor da Santa Casa da Misericórdia. Aliás, relativamente a este, e apontando uma vez mais que a sua candidatura não tende para Fátima, Frazão diz que a Santa Casa da Misericórdia esteve para chamar-se «de Fátima» mas que foi por sugestão sua, aceite pelo presidente da Câmara, que ela passou a ser «de Ourém».
Reafirma o seu «orgulho nos presidentes de Junta» e diz que eles sabem bem que já hoje, «o vereador não os deixa à espera nos corredores», pelo que continuará a ter para eles, toda a disponibilidade», consciente de que eles «são os pilares do concelho».
Frazão não esquece a atenção que diz ser preciso dar a escolas, associações, mas também aos empresários do concelho que, afirma, «precisam, cada vez mais, de estar modernizados e de ter capacidade de inovação», comprometendo-se a criar, também nestas áreas, «equipas de apoio».
Também esta candidatura aponta a criação de uma brochura sobre a vida e a obra do PSD de Ourém».
Sobre as acusações que tem vindo a ser feitas ao actual presidente, Frazão questiona: «mas esta gente não vê a vida que levamos?...», referindo-se ao trabalho desenvolvido na Câmara. Por isso não aceita que tenham chamado «coveiro do partido» a Catarino e diz mesmo que essa foi uma das razões que o levaram a candidatar-se porque, afirma, David Catarino «entregou-se de alma e coração a gerir o município». Dai que para Frazão se imponha a tal necessidade de descentralizar tarefas, com gente a trabalhar nas diferentes áreas de intervenção, a fim de poder «ganhar alma para vencer as autárquicas em 2009».



E se João Moura convocou uma conferência de imprensa para dar a conhecer listas e posições, o mesmo não sucedeu com Vítor Frazão. Foi o NO que, tendo conhecimento das suas reuniões com militantes, pelas freguesias, o contactou no sentido de assistir a uma dessas reuniões, neste caso a última, que teve lugar na segunda-feira à noite, em Alburitel, em casa de um militante. Isto porque consideramos importante dar informação completa e o mais isenta possível, aos nossos leitores, oferecendo-lhe as posições de ambas as partes e não apenas de uma.
E assim sucedeu. Aí, Frazão explicou que não havia sido feita apresentação à comunicação social por respeito aos militantes, considerando que a estes é que teria de fazer chegar a sua mensagem. Diz ainda que não poderia falar com a comunicação social sem antes ter ouvido os presidentes de Juntas de Freguesia.
Depois refere a sua candidatura como tendo a «coragem de andar pelo concelho com um programa que se afirma e que não ataca». Isto apesar de, afirma, estar a receber, a par das mensagens de apoio, mensagens de ataque. Mas, avisa: «esperem uma têmpera de aço».
Recorda que sempre desejou o consenso até porque, afiram, «tenho capacidade para engolir sapos». Apontou a importância que para si tem os apoios de Humberto Piedade dos actuais e ex-presidentes de Juntas de Freguesia a quem afirma ter contacto dando-lhes liberdade de opção.
Em jeito de resposta aos seus opositores, Frazão diz que «gostava que certa gente que apela ao rejuvenescimento, tivesse a coragem de se candidatar às suas freguesias», porque, defende, «é por aí que se deve começar». Reforçando a ideia da liberdade de opção dada aquando dos contactos que estabeleceu, Frazão afirma ter-lhes recordado que isso era importante «até porque vocês vão precisar dos dois». Por isso, o apelo feito, terá sido no sentido de que «oiçam, vejam os programas, reflictam e votem». E diz que, «por ironia do destino, tenho todos os presidentes de Junta comigo». Até no caso do presidente das Matas, a apoiar a candidatura de Moura, Frazão afirma que este lhe terá dito que o apoiaria numa candidatura à Câmara.
O facto da sua ronda pelas freguesias terminar em Alburitel, Frazão diz que tal sucede porque «estes homens não podem ser esquecidos», referindo-se aos candidatos social-democratas que perderam nas eleições autárquicas.
Faz depois a apresentação das linhas mestras da sua candidatura, também estas já apresentadas pelo NO em anterior edição mas salientando o tratar-se de «uma equipa coesa, dinâmica e com alto sentido de responsabilidade. Daí que acredite que a divisão que agora se evidencia não será razão para que o PSD fique «estilhaçado». Pelo contrário, o candidato considera que o partido até terá levado «o abanão que necessitava».
Respondendo a acusações que lhe têm vindo a ser feitas, Frazão nega que o facto de ser de Fátima torne tendenciosa a sua candidatura e diz que a provar isso mesmo estão os apoios recebidos por todo o concelho através dos seus autarcas. É por isso que diz pretender levar, até ao último minuto, «esta campanha com elevação» e, por isso, «não amedrontarei nem pedirei votos sob pressão».
Defende que a sua candidatura pretende reforçar o trabalho do PSD no concelho, apoiando os núcleos quer da Jota, quer do partido.
Ainda a propósito da questão apontada pela candidatura adversária de necessidade de rejuvenescimento, Frazão diz que «se querem ver-me danado é chamarem-me velho». Aponta o papel por si desempenhado na questão das geminações e do intercâmbio de jovens para exemplificar a sua proximidade com os jovens e refere as suas preocupações académicas ao fazer um mestrado em gestão autárquica procurando assim um melhor desempenho no cargo de vereador.
No entanto Frazão reconhece que tem havido pouco tempo dedicado ao partido. Desculpa isso com o facto desse tempo ser dado na totalidade ao trabalho autárquico. É por reconhecer a falta de tempo para desenvolver uma acção em todas as frentes que Frazão defende a criação de pelouros dentro da concelhia que possam fazer esse trabalho de modo mais desafogado. Entre eles refere a constituição de um pelouro de imprensa que possa dar resposta mas também apoiar os autarcas. E se afirma a sua preocupação com a juventude, também não descura a terceira idade cuja preocupação afirma estar bem patente no seu cargo de Provedor da Santa Casa da Misericórdia. Aliás, relativamente a este, e apontando uma vez mais que a sua candidatura não tende para Fátima, Frazão diz que a Santa Casa da Misericórdia esteve para chamar-se «de Fátima» mas que foi por sugestão sua, aceite pelo presidente da Câmara, que ela passou a ser «de Ourém».
Reafirma o seu «orgulho nos presidentes de Junta» e diz que eles sabem bem que já hoje, «o vereador não os deixa à espera nos corredores», pelo que continuará a ter para eles, toda a disponibilidade», consciente de que eles «são os pilares do concelho».
Frazão não esquece a atenção que diz ser preciso dar a escolas, associações, mas também aos empresários do concelho que, afirma, «precisam, cada vez mais, de estar modernizados e de ter capacidade de inovação», comprometendo-se a criar, também nestas áreas, «equipas de apoio».
Também esta candidatura aponta a criação de uma brochura sobre a vida e a obra do PSD de Ourém».
Sobre as acusações que tem vindo a ser feitas ao actual presidente, Frazão questiona: «mas esta gente não vê a vida que levamos?...», referindo-se ao trabalho desenvolvido na Câmara. Por isso não aceita que tenham chamado «coveiro do partido» a Catarino e diz mesmo que essa foi uma das razões que o levaram a candidatar-se porque, afirma, David Catarino «entregou-se de alma e coração a gerir o município». Dai que para Frazão se imponha a tal necessidade de descentralizar tarefas, com gente a trabalhar nas diferentes áreas de intervenção, a fim de poder «ganhar alma para vencer as autárquicas em 2009».

Lista candidata à CPS/PSD Ourém
Presidente: Vítor Frazão – Fátima
Vice-Presidente: Armando Neto - Olival
Vice-Presidente: Luís Albuquerque – N. S. Piedade
Tesoureiro: Orlando Cavaco - N. S. Piedade
Vogais: Natálio Reis - Fátima
Humberto Piedade - Freixianda
Luís Oliveira – N. S. Misericórdias
Ângela Marques - N. S. Piedade
Manuel Guerra - Alburitel
Nuno Antunes - Gondemaria
Helder Miguel - Atouguia
Elsa Carmo - N. S. Piedade
Suplentes: António José Peixoto - Caxarias
João Trezentos - Espite
Virgilio Dias - Matas
Madalena Costa – Cercal

Mesa Assembleia-geral
Presidente: Manuel Tavares Lopes - Atouguia
Vice-presidente: Manuel Silveiro – N.S. Piedade
Secretário: Sérgio Francisco - Seiça

A candidatura de João Moura


A eleição para a Comissão Política Concelhia do PSD tem lugar já hoje.
A sufrágio apresentam-se duas listas, uma encabeçada por João Moura e outra por Vítor Frazão.
Na segunda-feira ao fim da tarde realizou-se uma conferência de imprensa convocada por Moura que fez a apresentação oficial da sua lista e apresentou os objectivos da candidatura.
João Moura começou por afirmar que a sua candidatura «não pretende estar contra ninguém», antes «pretende alterar o que tem sido a vida do partido nos últimos anos». Isto porque para o candidato, não basta chamar os militantes e simpatizantes a votar de quatro em quatro anos. Diz que, apesar dos resultados do partido no concelho serem vitoriosos, tem havido decréscimo e, por isso, a sua candidatura, pretende ser o «ponto de viragem do que é hoje o PSD, conduzindo a que este obtenha «resultados mais positivos». Isso passa também por «afirmar o concelho no contexto distrital e nacional porque, afirma o candidato, «sabemos aquilo que valemos». Como prova dessa valia refere o recurso a Ourém, das hostes nacionais e distritais, «sempre que precisam de aparecer na fotografia envoltos num banho de multidão».
Da sua candidatura, Moura aponta-lhe a importância que teve para agitar um partido que estava parado. Refere que quando começou a campanha havia pouco mais de duzentos militantes aptos a votar e agora são já perto de 700. «Isto veio dar vitalidade e só foi possível através da apresentação desta candidatura», afirma Moura.
No entanto lamenta que, sabendo da existência de duas candidaturas, o presidente do partido não tenha convocado uma assembleia de militantes afim de que estas podem ser debatidas. Um debate, aliás, que defende dever ser prosseguido no partido, caso vença as eleições, e a propósito dos vários temas que vão surgindo na sociedade mas um debate, neste caso, já não apenas para dentro do partido mas sim alargado a toda a sociedade.
Outra das propostas apresentadas é a da edição de um livro fazendo o historial do partido no concelho.
De forma mais concreta, há promessa de tomar posição imediata sobre situações que afectam o concelho, como é o caso do eventual encerramento de esquadras da PSP. Em relação a este assunto afirma que «um dos primeiros actos desta comissão, depois de ser eleita, será escrever ao ministro da administração interna».
Mas diz também que a sua comissão, a ser eleita, se empenhará em «desmascarar eventuais situações de perseguição política que não serão permitidas». Criticando a página on-line do partido que se mantém inalterável desde a realização das últimas autárquicas, moura compromete-se a dinamizar a mesma. O candidato apresenta depois as suas propostas já transcritas em anterior edição do NO, seguindo-se-lhe a intervenção da candidata à Mesa, Deolinda Simões que começou por fazer um breve historial do Partido, desde o seu nascimento pelas mãos de Sá Carneiro, apontando «os valores humanistas que são a matriz essencial do PPD/ PSD». E, afirma a candidata, «é por isso que hoje estou aqui», para, continua, «ajudar a retomar a nossa vocação de partido do poder, mobilizador do progresso, do desenvolvimento». Para que «o PSD seja o partido reformador e não conservador, que olha o futuro sem complexos, sem ressentimentos, sem medos». Isto porque, afirma, «o PSD de Ourém não pertence a uma pessoa ou a um grupo», antes «pertence a esses milhares de militantes e simpatizantes que, ao longo dos anos, têm sabido respeitar os ideias deste grande partido, não hipotecando nunca a sua personalidade a qualquer tipo de pressões ou de chantagem».
Apelando às diversas camadas da sociedade, Deolinda Simões diz que «estamos na hora de renovar, de revitalizar o nosso PSD». E «para tal, precisamos de uma liderança forte que nos inspire credibilidade, estabilidade e, acima de tudo, que nos levará à vitória, ou seja, a merecer a confiança dos oureenses que querem uma sociedade futura mais justa e mais moderna, não acomodada a interesses imobilistas».

Compromissos
- Recuperar, para a actividade política, vários militantes que se encontram afastados por motivos vários, bem como refiliar antigos militantes;
- Apoiar a JSD nas suas iniciativas respeitando a sua autonomia;
- Afirmar o PSD de Ourém na Distrital e Nacional do Partido. Somos por muitos considerados o bastião Social Democrata de Santarém, é preciso lembrar isso sempre e não apenas quando necessitam dos nossos votos e da nossa mobilização;
- Apoiar os nossos autarcas eleitos, na defesa dos ideais do partido e na ajuda ao cumprimento dos compromissos eleitorais;
- Ajudar na dinamização dos núcleos do partido, quer no núcleo do norte do Concelho que irá surgir em breve, quer no núcleo de Fátima já existente, mas ultimamente com pouca actividade reconhecida. Os núcleos são agentes muito importantes na actividade partidária, não servindo apenas para indicar nomes para as listas autárquicas;
- Promover o debate político com os militantes e simpatizantes do partido, bem como com a sociedade, através da realização e dinamização de várias iniciativas periódicas, nomeadamente através de encontros e reflexões com individualidades marcadamente relevantes;
- Preparar os actos eleitorais que se aproximam, estabelecendo encontros periódicos com os nossos militantes em cada freguesia. Conciliar a experiência dos mais antigos com as ideias dos mais novos, que serão os futuros protagonistas do PSD;
- Tomar posições públicas sobre os diversos temas da sociedade que influenciam directamente a vida das pessoas no nosso Concelho. Questionar, por exemplo, sobre o possível encerramento de unidades de saúde no Concelho, exigir contrapartidas do estado às reformas no sistema educativo, pedir mais e melhores políticas de ambiente, defender as famílias e os empresários que têm sido tão castigados com a economia do País;
- Esclarecer a população sobre as políticas enganosas do actual governo, como por exemplo o PIDDAC atribuído a Ourém;
- Vitalizar o PSD e promover o seu crescimento no Concelho. Desmascarar possíveis situações de pressões e/ou perseguições pessoais e políticas.

Lista candidata à CPS/PSD Ourém
Presidente: João Moura – Ourém
Vice-presidente: Eugénio Lucas – Fátima
Vice-presidente: Luís Silva - Ourém
Tesoureiro: Nelson Lopes - Atouguia
Vogais: Carlos Tereso – Caxarias
Hélder Alves - Ourém
José Paulo Magalhães - Fátima
Luís Rosa - Ourém
Pedro Marques - Rio de Couros
Ricardo Reis - N. S. Misericórdias
Sandra Pereira - Matas
Vanda Ferreira - Atouguia
Suplentes: André Oliveira - Gondemaria
Nuno Sousa - Ourém
Pedro Fortunato - Ourém

Um social democrata de gema
No final, em jeito de apelo mas também de apoio, Deolinda diz, dirigindo-se a João Moura: «João, és filho de um fundador do PPD/PSD do nosso concelho. Todos nós temos orgulho no Sr. Serrano, porém não cresceste à sombra dos seus louros. Foste à luta e de vitória em vitória, chegaste à Assembleia da República. Também por isso és digno do nosso reconhecimento e da nossa admiração. És um social democrata de gema».

Orquestra apresenta novo repertório e comemora 25 anos


A Orquestra Típica de Ourém, da Academia de Música Banda de Ourém, apresentou o seu mais recente repertório num concerto em Fátima, a 10 de Fevereiro. Os novos temas apresentados fazem parte do trabalho do maestro José António Santos “Memórias” que consiste na recolha de temas tradicionais do concelho de Ourém recolhido junto de grupos etnográficos.
Foram apresentados pela primeira vez os temas propostos pelo do Rancho Folclórico da Casa do Povo de Fátima: Cuco, Valsa Rota e Valsa Pulada. Estes temas foram dedicados ao Rancho de Fátima e a todos os fatimenses ali presentes.

25 anos
Foi há 25 anos que nasceu, na ainda Vila Nova de Ourém, a Orquestra Típica. Para assinalar as bodas de prata, o grupo está a preparar uma iniciativa que levará a cabo no dia 11 de Março.
11 de Março (Domingo)
15HMissa Solene do 25.º Aniversário - Igreja de N. Sra. da Piedade - Ourém
Concerto Comemorativo do 25.º Aniversário
(Participação dos antigos elementos da Orquestra Típica de Ourém) - 16h30 - Cine-Teatro Municipal de Ourém

Um século de vida


Já viveu mais de 36 500 dias, muitas horas e minutos completando um século de vida. José Oliveira Eugénio nasceu a 7 de Fevereiro de 1907. A família, na passagem deste centenário de vida quis homenageá-lo de forma simples e singela.
A lucidez e boa disposição atravessaram com ele estes cem anos de vida. Não usa óculos, não precisa de aparelho para ouvir melhor e apenas necessita de duas bengalas para o ajudar a caminhar. Vive na sua casa e ainda de forma autónoma vive o seu dia-a-dia. Apenas não cozinha, sendo que as refeições são os familiares mais directos, os filhos que lhas levam a casa. Come de tudo e recorda outros tempos em que “passava-se fome”. Nessa altura, as sopas de milho, broa e azeite que, quando não havia, colocava vinagre, recorda.
Levanta-se normalmente cedo e ao longo do dia ocupa o seu tempo a ouvir rádio e a ver televisão. O seu passeio a pé, a casa da filha ou da nora, ali perto é outra das suas actividades diárias.
Dono de uma memória invejável recordada datas e momentos da sua vida. E daqui a cem anos? À pergunta sorri, com um sorriso simples e singelo e responde parafraseando a canção: “Ó tempo volta para trás”.

No dia em que os juntou os seis filhos, 15 netos, 10 bisnetos, num almoço comemorativo com cinco dezenas de pessoas, a 11 de Fevereiro, falou também ao Notícias de Ourém de alguns momentos da sua vida.
Relembrou a sua actividade, sempre ligada à oficina de móveis que lhe deu o sustento da família. Um negócio que continua na família, hoje pela mão do filho mais novo. Destes tempos recorda os dez anos que levava as madeiras numa carroça e ia vendê-las a Tomar, já que, apenas em 1950 comprou um veículo pesado de mercadorias.
“Aos 12 anos já andava a cavar”, recorda o homem que fez apenas a terceira classe mas “aprende-se mais que mais tarde com o 4º ou 5º exame”.
Lembra os tempos de mocidade em que, com quatro amigos, de bicicleta, foi visitar o mosteiro da Batalha. “Viemos de lá e fomos comer uma carcaça com açúcar” em Fátima. E agora “está formada uma cidade”.
Apesar da idade, não assistiu a nenhuma Aparição em Fátima mas ouviu contar a uma tia que viu o “Milagre do Sol”.
Deste cem anos “não tenho queixa de nada, às vezes as coisas caem melhor ou pior” destaca o festejado que diz gostar de “gente boa” e não nutrir simpatia por quem trata mal os outros. Em particular porque uma das funções que desempenhou em tempos idos foi precisamente de controlo da ordem e participação de desacatos às autoridades, se fosse o caso.
Na homilia, o padre Messias, ainda familiar e que presidiu a celebração eucarística, salientou a alegria de celebrar um aniversário como este. “E uma vida longa de 100 anos, não está assim, em qualquer lado”.
“Hoje é dia de dizer obrigado, não só para o festejado mas também para toda a família”, registou ainda o sacerdote.
A Associação Filarmónica 1º Dezembro Cultural e Artística Vilarense Reis também se juntou a esta festa tendo proporcionado um momento musical ao festejado e à família. José Oliveira Eugénio foi presidente desta Associação durante seis anos, entre 1966 e 1972.

Um pouco de história
Filho de Luís de Oliveira Eugénio e de Maria do Carmo, nasceu a 8 de Fevereiro de 1907. Foi um dos sete filhos do casal e ainda mantém uma irmã viva, com 90 anos, a Amélia.
De sua mãe obteve o nome pelo qual haveria de ficar conhecido, “Zé da Carmas”.
Casaria com Gertrudes, sua prima direita, filha de Manuel Oliveira Eugénio, irmão mais velho de seu pai.
Neto materno de José de Oliveira Reis e Maria Joaquina Pereira, paterno de António de Oliveira Frade e de Maria da Assunção, da então localidade de Charneca, hoje Vilar dos Prazeres.

Clube de veículos antigos D. Carlos I nasce no Vilar


Chama-se “Real clube de veículos antigos D. Carlos I”, é um grupo que reúne automóveis, motos e outros meios de transporte antigos. Ganha este nome em jeito de homenagem ao rei D. Carlos I, pioneiro do automobilismo e trouxe a Ourém, pela vez um automóvel.
Segundo explicou Carlos Evaristo, o carro era transportado via comboio até ao concelho conduzindo-o até ao pinhal do Rei, actual Carapita onde o veículo ficava numa garagem improvisada. Depois, o rei subia a pé, até casa, na actual junta de freguesia.
Com o apoio de D. Duarte “porque não juntar o útil ao agradável?”, questiona Carlos Evaristo.
Às várias iniciativas realizadas ao longo dos anos e que incluem figuras públicas, como a recepção a Amália, o cortejo com o Emanuel, a homenagem a Roberto Leal junta-se agora uma outra vertente, a dos passeios de clássicos bem como um clube que se dedique à “colecção e restauro de veículos antigos” bem como ser impulsionador de que “se faça, anualmente, uma recordação abrangente”.
Este grupo pretende ainda promover o convívio entre associados bem como formação na área do restauro e o calendário já definido prevê a realização de uma actividade mensal, para os amantes e interessados em veículos antigos.
O clube foi fundado a 10 de Fevereiro, conta para já com 23 associados fundadores, provenientes dos concelhos de Ourém, Tomar, Alcanena e Torres Novas. No futuro contará ainda com sócios honorários e o sócio patronos que será o duque de Bragança, D. Duarte.
Hermínio da Silva e Carlos Prino ficaram mandatados pelos sócios para desenvolver todas as diligências necessárias com vista à constituição como associação e respectiva escritura bem como a adopção de estatutos que já se encontram definidos.
O logótipo já está definido e consta de uma roda dentada, dentro do qual o carro de D. Carlos I. A coroa real encima a imagem estando ainda escrita a designação do clube com sede no Vilar dos Prazeres.

Investigador alerta pais para bullying


Chama-se bullying e é o novo fenómeno de violência nas escolas que preocupa pais e investigadores. Ocorre sobretudo nos recreios porque “é terra de ninguém, não é vigiado e os professores não têm a convicção que a escola não é só a sala de aula”, defendeu
Carlos Neto, docente da Faculdade de Motricidade Humana da Universidade Técnica de Lisboa, orador num colóquio inserido nas comemorações do 27º aniversário do Centro social e paroquial de Atouguia.
O investigador manifestou-se a favor de uma “supervisão e melhoramento dos recreios porque são tempos de brincadeira livre e esse tempo é essencial ao desenvolvimento”.
Carlos Neto explicou o fenómeno e deixou pistas de como lidar com a situação, em particular alertando os pais para os sinais que os filhos vão apresentando. Recusa de ir à escola, tristeza, melancolia, choro, impulsividade, stress, diminuição de rendimento escolar e uma redução na sociabilização bem como pedidos injustificados de dinheiro, objectos pessoais danificados, roupas rasgadas e feridas no corpo são motivos para deixar os encarregados de educação atentos.
Elas, defende o especialista, são “vítimas de agressão indirecta, do espalhar de rumores e histórias” enquanto eles são “vítimas de agressão directa com confronto físico”.
Elas são mais vítimas de bullying verbal e psicológico enquanto eles do bullying relacional e físico.
A fase mais crítica é no terceiro e quarto ano do primeiro ciclo. No segundo ciclo “decresce um pouco mas aumenta os fenómenos de agressão e de violência”, explicou o professor.
Os estudos apontam para a existência de “vítimas e agressores de todos os tipos”. Há – revela Carlos Neto – “crianças que têm um perfil quase assassino”.
Os números indicam que 33 por cento dos alunos esteve envolvido, pelo menos uma vez, em agressões como vítima, agressor ou ambos os casos. “Se houvesse 33 por cento de crianças seria uma tragédia para a escola”, comenta.
62 por cento das crianças não são vítimas e 4 a 7 por cento dos miúdos são “vítimas do sistema” ou seja aqueles que 2 a 3 anos continuam a sofrer este tipo de situação.
Convém, segundo o investigador distinguir entre um jogo de luta (miúdos que constantemente entram em conflito) de uma brincadeira.
Como reagem ao bullying? 14,3 por cento não conta a ninguém, 39,3 por cento conta aos amigos, 25 por cento aos pais, 14,3 por cento ao director de turma e 7,1 por cento aos irmãos.
Certo é que “há uma relação entre o insucesso escolar e os que são agressores”. São por norma “repetentes e mais problemáticos”.

Que atitudes?
Em situações destas, a atitude dos pais deve ser de diálogo e de escuta, e de tentar resolver o problema “sem precipitações e humilhações”. Por seu turno, diz o professor, os professores deve registar os incidentes, observar e informar os responsáveis, defendendo também que todas as escolas tenham um plano de intervenção para lidar com o bullying e que envolva pais, professores, auxiliares de educação e alunos.
Há vários tipos de bullying:

Emocional (dizer mal ou ignorar o colega)
Verbal (chamar nomes, gozar, rir, meter medo)
Físico (dar murros, bater, dar pontapés, puxar cabelos)
Racista (piadas sobre raça ou cultura)
Sexual (contacto físico não desejado)
Cibernético (sms, emails, telemóvel)

Manuel Neves lidera Apajefátima


Manuel Neves é o novo presidente da Associação de pais do Agrupamento de jardins-de-infância e escolas de Fátima. A tomada de posse ocorreu aquando da inauguração da sede do Apajefátima.
O bem estar das crianças em primeiro lugar, garante ser esta a preocupação deste grupo de trabalho que agora inicia funções.
O presidente da direcção garantiu que o “ATL não vai deixar de existir”, embora seja um assunto que os preocupa. Manuel Neves salienta que esta a ser feita uma “reconversão”, isto para não despedir os 40 funcionários existentes, 18 ligados ao ATL. “Esperemos que não seja necessário despedir, vamos arranjar soluções”. Actualmente no ATL estão 60 meninos mas o Apajefátima enquanto IPSS, serve 180 refeições.
Este responsável salientou, em nome da equipa que são parceiros na prestação de serviços às famílias e que recorrem a dois colégios no serviço de transportes das crianças. E enquanto IPSS “só existimos enquanto precisarem de nós”.
Este responsável salientou ainda o grande esforço pessoal de cada um dos elementos da direcção e das respectivas famílias sacrificadas da atenção para que possam dar o seu contributo nesta associação.
A nova direcção integra três elementos da anterior direcção e um do conselho fiscal.
Entre as necessidades básicas visíveis nas escolas, o mais essencial nem serão os edifícios, adianta, mas “as carteiras”. “Vocês nem imaginam que carteiras”, salienta. A preocupação seguinte prende-se com a segurança dos recreios.

Carta escolar
“Não iremos parar de fazer intervenções que são de pouca monta”, afirmou o presidente da Junta de Freguesia de Fátima, Natálio Reis durante a inauguração da nova sede da Associação.
A nova sede está localizada no edifício do Centro de saúde, em , um espaço que está já aberto ao público, de segunda à sexta, desde há seis meses.
As pequenas intervenções como mobiliário, reparações eléctricas e intervenções de “pequena monta”, continuarão a ser feitas, sublinhou o autarca que manifestou a preocupação em “rapidamente” superar estas necessidades.
”A carta escolar é que irá traçar as grandes directrizes do que será a escola do futuro”, refere o autarca salientando que “esse nível de intervenção” será da responsabilidade da Câmara Municipal.
Segundo este responsável serão precisos 15 milhões de euros para “pôr o parque escolar do concelho em ordem”, salienta.
O presidente do Conselho Executivo do Ajefátima, Leonel Marques frisou compreender que os arranjos nas escolas “não podem ser todos de uma vez” mas pediu o “máximo empenho” à Junta de Freguesia para que estes sejam feitos “gradualmente”. O mesmo responsável defendeu ainda que a parceria com a associação de pais continuará tendo em conta a prioridade, o bem estar dos alunos.
Apajefátima
Corpos sociais
Biénio 2007/2009

Assembleia geral
Presidente: Eugénio Lucas (1º CEB Monfortinos)
Vice-presidente: Maria Eugénia Vieira (J.I. Boleiros-Maxieira)
Secretário: Rui Nobre (1º CEB Lombo d’Égua), Helena Clemente (1º 1º CEB Giesteira)

Conselho fiscal
Presidente: Carlos Mendes (J.I. Cova da Iria/1º CEB Monfortinos)
1º vogal: Fernando Reis (J. I. Casa Velha/ 1º CEB Casa Velha)
2º vogal: Filipe Sirgado (J.I. Fátima)

Direcção
Manuel Neves (1º CEB Monfortinos)
Vice-presidente: Jorge Ferreira (1º CEB Moita Redonda)
Secretário: Vítor Reis (J.I. Casa Velha/1º CEB Monfortinos)
Tesoureiro: Acúrsio Neves (1º CEB Velha)
Vogais: Ana Teresa Neto (J.I. Cova da Iria), Helena Reis (J.I. Moita Redonda/1º CEB Moita Redonda), Jaime Alexandre (1º CEB Monfortinos)

Alburitel: Baile de máscaras a favor do Jardim infantil

O grupo de pais das crianças que frequentam o Jardim Infantil de Alburitel, preocupado com as condições que o mesmo tem para o desenvolvimento de actividades ao ar livre, uniu-se para equipar o recreio do jardim-de-infância com equipamento lúdico.
Começaram por realizar o cabaz de natal, seguiram-se as janeiras que percorreram as ruas da freguesia e, agora, vem o baile de Carnaval.
Todas estas actividades têm como objectivo principal angariar fundos para conseguir adquirir o equipamento a ser instalado no parque.
Este grupo conseguiu ainda a autorização para que o parque se mantenha aberto ao público fora do horário de funcionamento do Jardim-de-infância.
Deste modo, convida toda a população a participar activamente nesta festa, que só assim servirá as necessidades descritas.
As entradas serão grátis e haverá serviço de bar com venda de caldo verde, sopa de pedra, bifanas, salgados, bebidas, etc.
O início do serviço de bar será às 19h30 e a partir das 21h00 decorre um espectáculo de música popular com Lélita e Amigos o grupo musical D’@rromba.
Haverá prémios para o melhor mascarado sénior, infantil e grupo e ainda muitas surpresas.

Carnaval

No próximo dia 16 de Fevereiro, o Agrupamento de Jardins e Escolas de Fátima organiza uma Festa de Carnaval, onde se poderá contar com a participação de cerca de 1000 crianças, incluindo os alunos do Agrupamento e diversas instituições convidadas.
A festa terá lugar no Estádio do Centro Desportivo de Fátima, a partir das 10 horas.

Na Atouguia
Esta sexta-feira, a partir das 10h30, os meninos do jardim-de-infância e do jardim infantil de Atouguia bem como os alunos das escolas do primeiro ciclo de Zambujal e Atouguia participam no desfile de Carnaval que se inicia na Igreja e que percorrerá a rua principal da freguesia. Juntam-se este ano ao corso, pela primeira vez, o grupo de voluntários e os idosos do Centro de dia.

Em Fontaínhas
Sexta-feira à noite, a Associação Social e Cultural de Fontaínhas promete muita animação com baile e entrega de prémios aos melhores mascarados.
No domindo há almoço com chanfana seguido de tarde dedicada aos foliões.
Ourém
Haverá desfiles nos dias 18 e 20 de Fevereiro, em que participam escolas, CRIO e jardins-de-infância de Ourém e alguns agrupamentos de escolas do concelho, e ainda em algumas localidades: Espite, Urqueira, Alqueidão, Pinheiro, entre outras.

Na Nazaré
“É demais desmasiade”
“É demais desmasiade” foi o mote escolhido este ano para o Carnaval da Nazaré 2007 e como tem acontecido nos últimos anos corresponde a uma expressão típica do modo de falar nazareno.
18 e 20 de Fevereiro, domingo e terça-feira - 15h00
Exibição dos grupos de Carnaval e carros alegóricos pela Marginal e ruas do centro da Vila.

Carnaval em segurança

Recebemos do Comando da PSP o comunicado que transcrevemos:
O Comando de Polícia de Santarém, a exemplo do que se passará em toda a área da PSP, a nível nacional, no período comprendido entre as 00H00, do dia 15 e as 24H00 do dia 21de Fevereiro de 2007, vai incrementar um conjunto de actividades, visando proporcionar a todos os cidadãos, neste período festivo, uma maior segurança. Assim, visaremos fundamentalmente:
As áreas comerciais com uma maior e melhor presença policial; A segurança rodoviária com implementação de um conjunto de operações policiais, com uso sistemático de aparelho de controle de velocidade e alcoolímetros, visando sobretudo as infracções graves e muito graves; Melhoraremos, também, a nossa presença nos locais que maiores índices de sinistralidade têm registado; Visaremos ainda a detecção de indivíduos procurados por furtos, mandados, situação ilegal no país, posse de armas, estupefacientes, entre outros.
Durante este período, as várias Esquadras da área deste Comando de Polícia disponibilizam-se, para efectuarem testes de alcoolemia a cidadãos que voluntariamente se desloquem às instalações policiais e que o solicitem. Cada cidadão que efectue o teste de alcoolemia, face ao valor registado, será informado se pode ou não conduzir e quais as consequências no caso do teste ser de valor superior ao legalmente permitido
O Comandante,
Levy da Silva Correia
Superintendente

Crime no Vilar

Razões passionais parecem ser a causa provável do homicídio que decorreu na passada semana em Vilar dos Prazeres e que vitimou uma mulher de 27 anos, presumivelmente assassinada a tiro pelo ex-companheiro.
Com uma relação de facto de 13 anos, vítima e presumível homicida, estavam separadas há cerca de um ano. O casal tinha cinco filhos menores que até ao passado fim-de-semana ficaram com um tio materno, passando agora a viver com a avó materna que já terá manifestado a intenção de vir a assumir o poder paternal das crianças, a mais velha com 12 anos e a mais nova com escassos seis meses.
A família vinha já há algum tempo a ser acompanhada pela Comissão de Protecção de menores, não porque houvesse indícios de maus-tratos mas por evidenciar tratar-se de uma família desestruturada. Separada, a vítima não tinha emprego, estando a receber subsídio da Segurança Social, razão para o acompanhamento até porque existiam cinco crianças a viver num clima de alguma instabilidade.
O crime ocorreu na quarta-feira, dia 17 quando, pouco passava das 19h00, Pedro, de 38 anos, terá feito alguns disparos de pistola sobre a ex-companheira, depois de a ter ameaçado, ainda nessa tarde. Ameaça, aliás, que terá levado Márcia a apresentar queixa na GNR. Mas, segundo testemunhos de familiares, nos últimos tempos essas ameaças haviam sido constantes e feitas por telefone.
No dia em que ocorreu o homicídio, Pedro terá passado a manhã com a ex-companheira e com os filhos.
No entanto, segundo relato de familiares e amigos, havia antecedentes de agressões, pelo que Márcia manifestaria medo do ex-companheiro, recusando-se a «fazer as pazes» como parece que este pretendia.
Segundo a mãe da vítima, o agressor terá chegado mesmo a mostrar-lhe a arma com que perpetuaria o crime, dizendo que «era para a matar se ela não ficasse com ele», já que, se assim não fosse, ela «também não seria para mais ninguém».
Razão que terá levado Márcia a apresentar queixa na GNR mas, ao regressar, aguardava-a a morte.
Após os disparos Pedro terá fugido para, pouco depois, acabar por se entregar e confessar o crime
Enquanto isso, o corpo de Márcia foi transportado para o Centro de Saúde onde chegaria já sem vida.

Os factos
Por volta das 16h30, 17h00, Márcia é ameaçada por Pedro e telefona para a GNR.
Às 17h30, uma patrulha daquela guarda dirige-se à residência de Márcia, em Vilar dos Prazeres, efectuando diligências no sentido de encontrar Pedro.
De seguida Márcia vai à GNR apresentar queixa formal, dada a necessidade de preencher papelada, o que não podia ser feito no local.
Márcia regressa a casa e é alvejada, na garagem.
Cerca das 19h30 a GNR é contactada por telefone tendo tomado conta da ocorrência, deslocando-se de seguida para preservar o local do crime e da arma, até chegada da Polícia Judiciária.
Por volta das 20h00, novo contacto telefónico para o posto da GNR dá conta que o presumível homicida se encontra no café Santo Amaro, manifestando intenção de se entregar. A GNR aí se desloca detendo o indivíduo que é constituído arguido e levado a tribunal no dia seguinte, passando a aguardar julgamento no estabelecimento prisional de Leiria.

Casos de Polícia

A 5 de Fevereiro, uma colisão em Mosqueiro, freguesia de Caxarias, entre dois ligeiros provocou danos materiais. Um despiste de uma viatura ligeira ocorrido no mesmo dia, em Arneiros, Gondemaria também só provocou danos.
Um incêndio no interior de um barracão destruiu fardos de palha em Zambujal, Atouguia, a 6 de Fevereiro. As causas e os prejuízos são desconhecidos. Uma pessoa ficou ligeiramente ferida na sequência do despiste de um veículo ligeiro em Vilar dos Prazeres.
Uma pessoa ficou ferida na sequência da colisão entre 2 viaturas ligeiras em Pinhel – Atouguia. No mesmo dia, o choque entre dois ligeiros em Melroeira, Nossa Senhora das Misericórdias teve apenas como consequências danos materiais tal como um choque semelhante registado em Rio de Couros. Já de um despiste de um veículo ligeiro em Casal Touro, Seiça resultou um ferido leve.
Danos é o resultado de uma colisão registada entre dois ligeiros em Casal Ribeiro, a 8 de Fevereiro. Do despiste de uma viatura ligeira em Casais Galegos, freguesia de Casal dos Bernardos também só se registaram danos materiais.
Uma pessoa ficou ferida na sequência da colisão entre um ciclomotor e um veículo ligeiro na Avenida dos combatentes, em Caxarias, a 9 de Fevereiro.
Do choque entre duas viaturas ligeiras em Vale de Aveleira, Nossa Senhora da Piedade, a 10 de Fevereiro, resultaram dois feridos leves. Da colisão entre dois ligeiros, em Rio de Couros, resultou um ferido leve.
O despiste de um ligeiro, em Gondemaria, a 11 de Fevereiro, provocou danos materiais. De um despiste, desta feita em Caxarias, também resultaram danos.
PSP - OURÉM
Em 06-02-2007, detido 1 H de 26 anos de idade, por cerca das 14:27h, numa acção de fiscalização de trânsito, se ter verificado que o detido conduzia o auto ligeiro de passageiros sem que estivesse habilitado legalmente para o efeito, sendo reincidente neste tipo de crime no espaço de um mês.
Em 08-02-2007, apresentada denúncia contra desconhecidos, por no período compreendido entre as 22h30 do dia 07 e as 08h20 do dia 08, lhe terem furtado do interior do seu auto ligeiro de passageiros equipamento de som no valor global de € 1980,00, provocando ainda danos do valor de 300euros.
Em 11-02-2007, apresentada denúncia contra desconhecido/s, por no período compreendido entre as 21:00h do dia 10 e as 11H00 do dia 11, lhe terem furtado o seu auto ligeiro de passageiros, cujo valor não foi indicado, que se encontrava estacionado numa rua desta cidade.

08 fevereiro 2007

Selecção nacional de iniciados treina na pista do Escandarão: Motocross faz escola em Ourém



Na sua última Assembleia-Geral, a Federação Nacional de Motociclismo havia anunciado a criação de uma "Escola de Motocross".
Para materializar o projecto a Comissão de Motocross convidou para um estágio específico oito pilotos que permanecem na classe de Iniciados em 2007. O objectivo da iniciativa é avaliar as potencialidades e disponibilidades dos pilotos para integrarem a "Escola de Motocross F.N.M.".
O estágio teve lugar no passado fim-de-semana, em Ourém. A primeira parte foi uma reunião com o preparador físico Jorge Brioso, durante a manhã do primeiro dia, na Ourearte. Depois, os participantes seguiram para a pista do Escandarão, para treinos com as respectivas motos. Foram convidados os pilotos João Nuno Barbosa, Diogo Ventura, Daniel Pinto, Jayson Thomas, Ivo Fernandes, Luís Oliveira, Duarte Claro e Fábio Maricato.
Ao Notícias de Ourém, Jorge Brioso explicou que este encontro teve como objectivo «reuni-los aqui para fazer um trabalho de acompanhamento tendo em vista a criação de uma equipa nacional para disputar o europeu».
Trata-se de oito jovens entre os 11 e os 15 anos, oriundos um pouco de todo o país e que para já contam apenas com o apoio da Federação, enquanto procuram patrocinadores.
A escolha da pista de Ourém para este primeiro encontro foi, segundo o treinador, por se tratar de «uma das melhores pistas do país, que permite todo o tipo de saltos e de curvas». Para Jorge Brioso, trata-se de uma pista «excelente para observação em mota».
Por isso o seleccionador e treinador garante que virá a Ourém mais vezes com os seus pupilos «dadas as condições da pista e o acolhimento recebido em Ourém», afirma, referindo «o apoio e a disponibilidade demonstradas pela Câmara e Junta de Freguesia», concretizado também com a cedência de um espaço, na Ourearte, durante a manhã para os trabalhos teóricos que passaram pela apresentação do projecto.
Como Portugal não tinha equipa de iniciados, Jorge Briosos aponta este como um «projecto inovador, aprovado por dois anos». Os jovens estão agora num momento em que treiná-los constitui um desafio já que se encontram «numa fase entre o amadorismo e o profissionalismo» o que, para este responsável, «é uma fase excelente para trabalhar com miúdos».
Para além da teoria e de, simplesmente andar de mota, Jorge Brioso faz ainda a preparação física dos jovens que depressa percebem a importância de uma boa preparação para praticarem a modalidade.
Quanto a tratar-se de jovens estudantes, a prática da modalidade não põe em causa o seu desempenho nas aulas, até porque os estágios decorrem aos fins-de-semana e a restante orientação, que têm que desenvolver, recebem-na por e-mail.
Promover o espaço
Do ponto de vista do Natureza Motor Clube e da entidade proprietária da pista, pretende-se, com este tipo de acções, promover o espaço, tornando-o numa referência não só nacional mas também internacional.
Já neste ano de 2007 para ali estão previstas actividades constantes, praticamente em permanência, não apenas no que respeita ao motocross mas também noutras modalidades.
Para que tal aconteça em pleno, falta apenas resolver algumas condicionantes, permitindo assim a construção das infra-estruturas que vão dos balneários à torre de controle e a edifícios de apoio que contemplarão cafetaria, lojas, centro de estágios, oficinas, etc. Espera-se que a sua construção se inicie ainda este ano, logo que o projecto seja aprovado pela autarquia.
Entretanto, as actividades vão decorrendo, estando já programadas, para além das provas oficiais de que temos vindo a dar conta, nos próximos dias 10 e 11 de Fevereiro, um estágio para todos os pilotos do campeonato nacional, que terá como formador o ex-campeão nacional César Peixe, e que trará a Ourém cerca de 40 pilotos. Os portões da pista vão estar abertos e as entradas são livres para que os amantes da modalidade possam assistir aos treinos.
No fim-de-semana seguinte, 17 e 18 de Fevereiro, haverá outro estágio, desta feita para a classe sénior, tendo sido convidados os pilotos classificados entre o 7º e o 40º lugar do campeonato nacional de 2006. Isto porque os pilotos que irão representar Portugal no motocross das nações, possivelmente farão estágios com as próprias equipas, inclusivamente no estrangeiro embora possam vir a estar presentes, caso o solicitem. Mais uma vez, o treinador será César Peixe.
À pista de Ourém, dadas as suas características, os pilotos vem sobretudo treinar posturas de pilotagem, atitudes a tomar perante as mais diversas situações de corrida, a forma mais correcta de ultrapassar obstáculos e ainda treinar todos os tipos de salto, já que a pista oferece todo o tipo de saltos possível.
Os pilotos, na maioria dos casos, para além das equipas técnicas, trazem consigo familiares e amigos. Esta é também uma forma de o concelho se tornar conhecido porque muitas das pessoas que vêm passam cá o fim de semana, contribuindo, igualmente, para ajudar à revitalização do comércio, em particular da hotelaria e restauração.
100 pilotos confirmados
Entretanto, já está tudo a postos para a prova inaugural do campeonato regional Romoto que ali tem lugar dia 25 de Fevereiro e que, ao momento do fecho desta edição, contava já com a presença garantida de 100 pilotos.

SAP prestes a encerrar

Tudo leva a crer que o SAP de Ourém venha a encerrar num futuro próximo, apontando-se para tal o mês de Março.
Em sua substituição deverá aparecer o chamado AC – Atendimento Complementar. Em vez de atendimento permanente durante a noite, o serviço deverá estar encerrado entre as 22h00 e as 8h00.
De acordo com fonte médica esta é uma situação que já se esperava e embora nada haja ainda de absolutamente definitivo, a mesma fonte considera que esta será a melhor solução. Isto porque desde há muito que não aparecem, no Centro de Saúde de Ourém, situações de grande urgência, à noite. Quando ocorrem acidentes, os bombeiros levam os poli-traumatizados de imediato para o hospital mais próximo, seja o de Leiria ou um dos do Médio Tejo. Mas, mais importante que isso, considera a nossa fonte, é que vai ser possível reforçar o atendimento diurno dos médicos. Muitos destes já ultrapassaram os 50 anos e, portanto, deixaram de fazer urgência à noite pelo que, dada a falta de médicos, a solução apontada é considerada a melhor já que permite optimizar o trabalho dos profissionais de saúde.
Na passada terça-feira, sob o fecho desta edição, decorria no Centro de Saúde de Ourém, uma reunião com o coordenador regional, com o objectivo de, segundo o mesmo, «construir soluções alternativas que permitam reforçar o atendimento diurno».
Quanto ao facto destas alterações poderem ocorrer já no próximo mês de Março, Fernando Afoito diz tratar-se de especulação.

MT Móveis apresenta linha de mobiliário na Export home




A Seiva/MTM vai apresentar na Export home, no Porto, de 28 Fevereiro a 4 Março 2007, a sua mais recente linha de mobiliário para casa. A Linha "Terra" assim se chama vai apresentar uma gama completa de mobiliário natural assente na robustez e num estilo contemporâneo.
Ainda que a linha seja feita em série, salvaguarda Joaquim Mendes, as opções são tantas que são facilmente adaptáveis aos mais diversos tipos de casa, desde o T0 à mansão.
Este projecto já foi apresentado a um núcleo restrito, na Associação terra do Móvel, ao abrigo do Coopmob. Agora o projecto transforma-se em realidade e chega ao público profissional. O objectivo foi "aproveitar as sinergias para passar a ser comercializada", refere.
"Conhecemos o mercado, sabemos o que ele precisa", acrescenta o empresário que há 14 anos participa nesta feira e que aproveita para lançar uma linha por ano, neste certame.
A aposta no design próprio leva-os a ter no mercado uma linha de mobiliário infantil que pode ser transformável, um berço numa secretária ou num sofá enquanto que uma alcofa pode ser transformada num carrinho, aponta.
Cinco lojas e em expansão
Actualmente a empresa tem cinco lojas abertas ao público em Vilar dos Prazeres, Fátima, Leiria, Abrantes e Portalegre. Estuda ainda a possibilidade de abrir noutros locais, com o objectivo de expandir –se na zona centro do país. Aliás, a aposta é a nível nacional sem descurar um olhar sobre mercados exteriores. A presença em feiras em França e Espanha e a ligação ao mercado angolano, para onde já comercializou mobiliário.
E no mercado nacional "não estamos preocupados porque não temos mãos a medir" e "apesar da crise", o ano de 2006 "não foi mau".
A MT Móveis fornece mobiliário, a várias lojas de mobiliário entre as quais se salienta a cadeia Moviflor.
A certificação
Desde 21 de Dezembro de 2006 que a empresa de mobiliário MTMóveis que comercializa a marca Seiva possui certificação de qualidade, com a norma ISO 9001.
Mais do que o certificado que agora receberam, o importante deste passo é "a confiança" que isso transmite aos clientes, salienta Joaquim Mendes.
O processo que começou há um ano e meio obrigou ao agilizar de procedimentos na linha de produção até à fase de finalização. Agora todos os passos são seguidos através de um documento que acompanha momento a momento, cada peça fabricada.
"Há mais organização" e "ganha-se em produtividade", salienta Norberto Simões responsável pela Qualidade. Já têm verificado, através da medição de tempos na execução das tarefas que tem havido melhorias.
E para a empresa que já foi três anos consecutivos PME Excelência Indústria, e 17 anos de existência no mercado, a certificação faz a diferença aliada ao design à qualidade e ao preço, assume o empresário. Para fazer face à concorrência, aposta mais na qualidade que no factor preço enquanto pisca o olho à internacionalização.

António Mariano é candidato à liderança da JSD


António Mariano é candidato à presidência da Juventude Social Democrata, no acto eleitoral que decorre a 10 de Fevereiro.
O jovem de 29 anos lidera a única lista que será sujeita a sufrágio, tendo sido um dos elementos da direcção que esteve em funções até agora.
A sua equipa reúne "jovens adultos", pessoas com "provas dadas" e que reúnem "condições" tendo escolhido pessoas com "capacidade de trabalho".
"Somos grupo de jovens com vontade e disponibilidade", salientando que a política é um gosto pessoal que complementa a sua actividade profissional de psicólogo clínico. "Estamos aqui para fazer alguma coisa", revela.
"Não houve grande dificuldade em chegar a consenso", salienta ao Notícias de Ourém. António Mariano diz que depois da sua eleição, no seu discurso de tomada de posse focará a importância do "trabalho em equipa" sendo que "os cargos vão ficar de lado".
Na sua actuação, o candidato pretende realizar iniciativas sócio-culturais várias como colóquios, debates de questões políticas e de questões que dizem respeito aos jovens e aos oureenses, além de actividades desportivas.
"Iremos levar propostas e desafios importantes à Assembleia municipal", em matérias ligadas às instituições particulares de solidariedade social, por exemplo. Questões afinal que "passam ao lado no nosso dia a dia".
Trazer personalidades que venham a Ourém discutir temas da sociedade portuguesa, é outra das intenções deste jovem cuja postura significa ter uma equipa "no terreno, a falar com os presidentes de Junta e a ver as suas reais necessidades". "Essas "dificuldades irão ser trazidas para a Câmara municipal, tanto quanto possível, sempre que nos queiram ouvir, para que possamos melhorar a qualidade de vida tanto dos jovens como dos oureenses".
Actividades de Verão, teatro e outra animação de rua visam dar a "Ourém, outra vida" porque "Ourém está a tornar-se, um pouco, uma cidade que não acolhe os seus jovens quanto mais acolher os jovens para dentro". "Trabalho político, também estamos cá para isso", refere.
Sem posição na eleição da concelhia
"Não vamos tomar partido à eleição da comissão política interna" garante António Mariano.
O jovem militante assinala que "estamos com vontade e disponibilidade para trabalhar com os futuros membros dessa comissão".
"Eu tomei uma posição, como presidente. A jota não tomará partido em relação a nenhuma das listas. Agora a nível pessoal, não posso obrigar as pessoas a não darem ou não participarem numa das listas", refere.
Seja qual for a lista vencedora "esperamos abertura desta futura comissão para discussão de propostas e, ao fim ao cabo, para nos deixarem ajudar e nos ajudarem a nós a crescer como políticos".
O melhor e pior
António Mariano elege como o melhor do actual mandato da jota "a mobilização dos militantes e das actividades que conseguiram vingar e o convívio entre os militantes".
Como ponto negativo, salienta "não conseguirmos ter a voz activa que queríamos ter dentro da comissão política (concelhia do PSD)".
Aos 29 anos, militante há cerca de quatro, António Mariano justifica esta candidatura porque, nesta altura, "sinto-me preparado para dar o meu contributo".
Daqui a dois anos, gostaria de ser recordado como "um jovem que tentou melhorar a situação dos jovens oureenses e que tentou criar uma unidade no partido".

A importância das Bandas Filarmónicas no ensino da música





Carlos Marques foi o maestro e compositor convidado pela Ourearte para, no passado sábado, à tarde, vir a Ourém falar sobre a importância das Bandas Filarmónicas no ensino da música.
Considerado como um dos nomes de referência musical da nova geração, Carlos Marques baseou a sua intervenção em questões que lhe haviam sido previamente colocadas por alunos da escola a quem a acção se destinou, bem como a executantes das bandas concelhias.
O músico começou por considerar que hoje essa importância já não é tão notada como o terá sido em tempos, dada a proliferação actual de escolas de música. Mas, tempos houve, em que as Bandas foram importantes no ensino e sobretudo no impulsionar do gosto pela música.
O compositor contraria a afirmação de que hoje as bandas não cativam os jovens, apontando o facto de, na sua maioria, elas terem como executantes, exactamente, muitos jovens.
A acompanhar Carlos Marques esteve o actual maestro da AMBO, José Pedro Figueiredo que defendeu que «a importância as bandas hoje pode não ser tão grande, mas, de facto, elas continuam a ser a maior fonte de captação para a música». Refere o seu exemplo pessoal enquanto professor num conservatório particular, para dizer que «o desenvolvimento dos instrumentistas de cordas é muito lento, o que não acontece nos sopros porque se desenvolvem muito nas bandas».
Por isso lamenta que não existam orquestras amadoras de cordas, à semelhança do que existe nos sopros. Isto porque considera que a prática das aulas é «insuficiente e até frustrante». Na verdade, o maestro considera existir complementaridade já que o papel do ensino escolar é também importante para o trabalho na banda. «Muita gente», afirma, «abandona a música prematuramente por se sentir ultrapassado por quem frequenta escolas».
Mas há outras motivos, que considera importantes, parta participar numa banda filarmónica e que passam pelo facto de aí se criarem «laços de amizade muito forte. Dá o seu exemplo pessoal de que terá sido numa banda que conheceu a esposa, com quem começou a namorar aos 13 anos. Ou seja, para o maestro, o facto de existirem interesses comuns, mas também horários comuns, promove o convívio.
Por outro lado, aponta a importância de «ter um sítio onde tocar» e «quando o maestro é uma pessoa ambiciosa e propõe objectivos ambiciosos, isso traduz-se numa maior motivação para o estudo». Mas para que isso aconteça é necessário alterar reportórios, fazer concertos com as devidas condições, em salas de espectáculo, não permitindo que a banda sirva apenas para animar festas e romarias.
Mas clara ficou também a defesa de professores distintos para os diferentes instrumentos. Ora, «isto não tem que ser feito apenas com professores licenciados», o que seria incomportável para qualquer banda. «Qualquer pessoa em diferentes graus de ensino, está mais preparado para ensinar aquele instrumento específico do que alguém que tenta ensinar tudo». Mais, «esta situação acaba mesmo por criar vícios difíceis de superar» e fala do exemplo oureense onde a criação da Ourearte permitiu que os alunos desta escola sejam depois os mestres nas suas bandas.
Outra das questões discutidas foi a forma de encarar o trabalho na banda. Dando exemplos de outros países que conhece, Carlos Marques, refere o modo como é encarado o amadorismo. Por um lado há apoios substanciais em termos de subsídios, mas que são atribuídos de acordo com o desempenho, mas por outro, as pessoas encaram com maior profissionalismo o trabalho desenvolvido. Não acontecem, como em Portugal, as faltas e os atrasos nos ensaios. Fala por isso da dificuldade que é ensaiar um grupo onde muitos faltam constantemente, criando graves problemas já que ficam com défice de formação. Isso complica também as coisas quando se defende a mudança de reportório de modo a não cansar os que comparecem regularmente aos ensaios.