24 novembro 2005

Associação Amigos da farra comemora primeiro aniversário


Um instrumento feito pelo próprio tocador. Arnaldo Pereira, 74 anos, vindo de Alcanede, trocou um pífaro feito por ele. E este instrumento tem escrito “uma vida ao serviço do folclore”, porque Arnaldo Pereira é já conhecido nesta zona, porque, nas andanças da música passou pelo Rancho Folclórico de Fátima.
Além deste tocador outros se sucederam, com instrumentos diversos: Saxofone, acórdão, pífaro, realejo, reco, viola, harmónio, flauta transversal foram alguns dos instrumentos tradicionais cujos sons foram ouvidos numa tarde que serviu para recordar sons e canções de outros tempos para uns, que outros ouviram pelas primeiras vezes.
24 tocadores de instrumentos tradicionais participaram no primeiro encontro nacional, organizado pela Associação “Amigos da farra” que comemorou a 20 de Novembro, o seu primeiro aniversário.
Mais de 400 pessoas passaram, ao longo da tarde, por uma festa que se prolongou por cinco horas, num palco, na sede da Associação, no Lagarinho.
Tocadores de diversas idades, dos 16 aos quase 80 mostraram como as diversas gerações se entendem através da música, vindos de Barquinha, Torres Novas, Caranguejeira, Pombal, Tomar, Ansião, Abiúl, Alcanede.
Do concelho de Ourém, os tocadores vieram de Pedrerneira, Montelo, Fátima, Zambujal, Vale da Perra, Ourém, Fontainhas de Seiça, Vale Travesso e Valada.
Este encontro serviu também para conquistar estes participantes, António Ferreira, um dos elementos do grupo “Amigos da farra”, com seis anos de actividade e apenas um como associação recorreu a outras associações para que poder contactar os participantes.
Na próxima realização, António Ferreira pretende duplicar o número de tocadores de instrumentos tradicionais. Para isso gostaria de o fazer numa sala maior de forma a proporcionar a um maior número de pessoas, este convívio e espectáculo. O objectivo deste responsável é também trazer um grupo de tocadores de concertina do norte do país.
Durante a festa do primeiro aniversário, salienta este responsável, “travámos conhecimentos com muitos que vieram de longe e que conhecíamos através da rádio”, do programa de Lélita, na ABC rádio.
A caminho do segundo ano de existência, enquanto associação, os Amigos da farra pretendem “continuar o trabalho que temos vindo a fazer”, o encontro com aqueles que são mais desprotegidos. Além disso estão a preparar um novo álbum de temas. A partir de Março, o grupo irá para estúdio para gravar um CD com novos temas e outros mais antigos.

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