09 março 2006

Promover a cidadania


Promover a cidadania é o objectivo primeiro de uma jovem associação que, fugindo à capital, tem a sede em Vila Nova da Barquinha, apesar do âmbito nacional da sua acção.
A sua génese está numa acção desenvolvida numa escola de Torres Novas que acabou por gerar um movimento cívico e finalmente passou a associação há cerca de um ano. "Por razões estratégicas", afirmam os seus responsáveis, só agora se apresenta. É que pelo meio houve eleições e foi preciso cuidar para que não se confundissem as coisas. A sediação em Vila Nova da Barquinha aconteceu pela vontade de fugir à capital e encontrar um local central tal como o é esta localidade, com bons acessos e, ainda por cima, com o apoio da autarquia que lhe "deu todas as condições".
Áreas de intervenção
Promover a ética e a cidadania mas também a ajuda humanitária e acções na área da saúde, da educação e formação, da cultura e do ambiente, são as propostas contando a associação com um leque de nomes sonantes da panorâmica intelectual nacional para dar uma mãozinha.
"Não vamos trazer dinheiro. Vamos trazer ajuda, ideias…". A afirmação é do presidente da Associação Aires Marques que, na sexta-feira à noite, fez a apresentação, em Ourém, dos órgãos sociais da associação que agora inicia também uma campanha de angariação de sócios. Para fazer parte da mesma, os associados pagarão o valor simbólico de um euro por mês, individualmente, e cinco euros ou dez, caso se trata de empresas, tendo em conta a sua dimensão.
A ideia é a de promover estudos e actividades editoriais, bem como acções de formação cívica, política e de debate, bem como a promoção de conferências, cursos, seminários e colóquios, relacionados com questões da sociedade.
Para tal, foi criado um Conselho Estratégico, onde têm assento figuras de reconhecido mérito.
Para apoio e aconselhamento da direcção, na realização e implementação das suas actividades foi também criado um Observatório. Trata-se de um órgão de que farão parte especialistas das diversas matérias que fazem o objecto da associação. De referir que Ourém tem garantida a sua presença no Observatório de imprensa cuja coordenação fica a cargo de José Alho. Nos órgãos directivos conta com uma oureense de Rio de Couros, Maria de Fátima Vieira Lopes, no Conselho Fiscal.
"Não vamos modificar o mundo. Vamos dar uma mão. E apontar o dedo", afirma Aires Marques que, na sexta-feira referiu também as acções em fase de preparação. Uma delas é um Fórum de educação que surge num momento de mudanças importantes no sector com o processo de Bolonha em vias de ser implementado e com a consequente necessidade da sua discussão. A outra vai ser um Congresso de cidadania, um pouco à semelhança do ocorrido recentemente para os Açores e que agora está a ser preparado para o continente, por Laborinho Lúcio. Este Congresso decorrerá no Distrito de Santarém sendo que alguns dos seus concelhos participarão activamente e de forma directa enquanto os outros o farão através da apresentação de trabalhos, não estando ainda decidido quais os concelhos que terão participação activa. "Se Ourém estiver disponível, será uma das autarquias com quem poderemos falar". Isto porque a proximidade com a sede da associação coloca Ourém como fazendo parte do "núcleo duro". Este Congresso terá uma duração de quatro meses, devendo ser aberto pelo Primeiro Ministro e encerrado pelo Presidente da República e no final dará lugar a um livro editado pela editora Cosmos com quem a associação tem estabelecida parceria.

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