14 setembro 2006

Tonito representa Portugal no Campeonato do Mundo


António Oliveira, tri-vice-campeão de supermoto irá representar Portugal no Supermoto das Nações. Ao piloto oureense juntam-se nesta representação portuguesa, Cristiano Fernandes e André Martins.
A competição reservada a equipas nacionais terá lugar em Belfast, na Irlanda do Norte, a 30 de Setembro e 1 de Outubro, no circuito de Bishopscourt, situado 40 Km a sudoeste de Belfast, na Irlanda do Norte. Trata-se da terceira edição da prova, mas a primeira de âmbito mundial – visto que as duas anteriores foram restritas a selecções europeias.
António Oliveira alinha na classe S1; com a sua Husaberg 650, enquanto que Cristiano Fernandes corre em Honda 450, na classe S2; e André Martins, em Yamaha 570, disputa a classe Open. Trata-se da mesma formação que alinhou na primeira edição do Supermoto das Nações, sendo que Cristiano Fernandes e António Oliveira também integraram a equipa participante em 2005. Esta é já a terceira vez que o piloto oureense representa Portugal no Campeonato do Mundo. Em 2005 a prova foi disputada em Itália e em 2004, em França.
A delegação portuguesa é complementada por Duarte Forjaz, delegado da FNM e membro do júri, e pelo "team-manager", Carlos Regêncio. Para além destes a comitiva é ainda constituída pelos mecânicos de cada piloto.
Ao Notícias de Ourém, António Oliveira manifestou a sua "alegria" e "orgulho" por representar o nosso país na Irlanda do Norte. "É o culminar do trabalho realizado ao longo de um ano", salienta.
Para este Supermoto das Nações, as expectativas de António Oliveira apontam para os dez primeiros lugares. Em 2005, a equipa portuguesa ficou classificada em 11º lugar.
Quanto a outros lugares mais cimeiros, António Oliveira explica que "não temos capacidade". Porque as outras equipas "têm pilotos profissionais", e motos enquanto que, em Portugal, são amantes das motos mas que não são profissionais. E dá um exemplo: enquanto que a sua moto equipada custa 25 mil euros, uma moto do campeonato do mundo custa 250 mil euros.
Uma das outras dificuldades, adianta o piloto, será o facto das pistas onde decorrerão as corridas serem mais largas atingindo as motos velocidades de 220 km/h enquanto que, em Portugal se ficam pelos 160 km/h
Para este "Mundial" de Supermoto por países, encontram-se já inscritas doze selecções nacionais seniores, e duas juniores. A organização, sob a égide da Federação Internacional de Motociclismo, compete à Youthstream – empresa promotora que, nos últimos anos, tem a seu cargo os "Mundiais" de Motocross e Supermoto.
No campeonato nacional
A duas provas de concluir o campeonato nacional, António Oliveira mantém um sólido segundo lugar na tabela classificativa, com 162 pontos. "Já tenho pontos para ser vice-campeão", adianta. O que falta para atingir o primeiro lugar? "Condições" que passam por ter mais tempo para treinar e apoios monetários.
O oureense tem dado provas que, mesmo em condições difíceis consegue almejar o podium. Por exemplo, a prova realizada a 2 de Setembro, nos Milagres – Leiria, em que, apesar da clavícula partida (lesão contraída 4 dias antes), continuou em prova e conseguiu dois segundos lugares.
Nestas mangas do campeonato nacional, a prova que considera ter sido mais fácil de disputar foi a de Fátima.
Para disputar o campeonato nacional, António Oliveira gasta 100 mil euros por ano. Ainda que concorra com moto oficial cedida pela fábrica Husaberg, "sem os apoios dos oureenses", o piloto diz que não teria chegado tão longe. É que para além dos patrocínios monetários, Tonito, como é conhecido, reconhece que muitos vão ver as provas e dar-lhe apoio.

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