14 dezembro 2006

T-SHOP inaugura central de compras



A T-SHOP surge "precisamente por causa da crise. Para ajudar a contrariar e a enfrentar a crise", afirmou o presidente do Conselho de administração da empresa, durante a inauguração, a 9 de Dezembro.
Tiago Marto aproveitou para lançar um apelo ao governo: "Que continue a trabalhar para que o Estado se note menos na vida empresarial". O empresário reconhece que "a burocracia já está a diminuir", salientando que "é pouco".
Consolidar esta loja é para já o desafio da empresa que projecta expandir-se para as áreas metropolitanas de Lisboa e Porto.
A T-SHOP nasce da necessidade sentida pelo empresário na sua actividade empresarial, nomeadamente em outras empresas do grupo Transfor que "tinham problemas de abastecimento".
"Vivemos, de facto, tempos difíceis. Já foi anunciado o fim da crise, admitimos que o pior já tenha passado, mas a verdade é que as micro, as pequenas e as médias empresas ainda sofrem os efeitos e as consequências da crise".
O horário alargado, das 7h às 20h, a possibilidade de preparar as encomendas para entregar no dia seguinte às 7h. Um serviço de entregas em 48 horas para todo o país, é uma das mais valias.
Em 1.500 metros de área coberta, a T-SHOP assume-se como a primeira central de compras de materiais de construção.
Iniciativa do Clube vespa de FátimaA T-SHOP tem, neste momento, cinco colaboradores. Dois comerciais e três no atendimento.O valor de investimento da T-SHOP ascende a 450 mil euros.
Satisfação
"Contente" com a aposta do jovem empresário, o autarca de Fátima referiu que "é em momentos de crise que surgem novas ideias de negócio que podem e devem ter sucesso".
E este sucesso da empresa traduzir-se-á no sucesso de "muitos empregos".
O presidente da Junta de Freguesia de Fátima salientou que "todos sabemos como é difícil um empresário instalar-se em Fátima". É preciso, "um esforço redobrado que noutros concelhos vizinhos". A criação de um parque empresarial em Fátima, a que também o presidente da Câmara se referiu, seria o apoio desejado.
O autarca de Fátima apelou não só ao governo mas também à Câmara municipal para que Fátima seja dotada de características que permitam a implementação de empresas.
Natálio Reis defendeu ainda que, em tempo de crise, a internacionalização aparece cada vez mais como um desafio e uma porta aberta às empresas portuguesas, apresentando o caso espanhol como a economia como mais cresce no mercado europeu.
Plataforma logística
O presidente da Câmara considera que Fátima tem condições para se assumir como uma plataforma logística. "Esta cidade está a meia distância entre Norte e Sul e tem tudo para ser este lugar de apoio logístico", disse.
"O que queremos é uma plataforma logística, não uma zona industrial. O PDM (plano director municipal) diz que pode ser, nós também mas, depois demorar 7 a 8 anos para poder ser", relembrou referindo-se às dificuldades. "Há vários investimentos, tudo pendurado por planos de pormenor", assinalou enumerando a envolvente da nova igreja, o parque de negócios, entre outros.
David Catarino relembrou ainda que este parque empresarial se coaduna com as características de Fátima e a sua vocação específica: religioso, solidariedade social, saúde, ensino, educação e formação.
A nível turístico, por exemplo, "há gente a defender a Agência de Turismo de Fátima" porque "é Fátima que promove" e que no exterior vende.
Modernização precisa-se
"A falta de modernização tem de ser resolvida". As palavras são do governador civil durante a inauguração da T-SHOP.
Paulo Fonseca defendeu um "rejuvescimento de mentalidades", cujo exemplo é o deste empresário. "É este conjunto de exemplos que têm de ser evocados para todos termos a consciência que é preciso dar o salto" na competitividade.
Reorganização é então a palavra chave para o país que "tem de lubrificar a questão da gestão do território".

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