14 dezembro 2006

“Um Menino chamado Natal” lançado em Fátima: Menino é a dádiva da vida



"Se o Pai natal porque traz o presente, é o fim da linha, o Menino abre o caminho novo. Não é só presente, é dádiva", a da "própria vida", afirmou Joaquim Franco, no lançamento de "Um Menino chamado Natal", em Fátima, a 8 de Dezembro.
Esta obra nasceu há dois anos atrás, por proposta da paróquia da Amadora, depois de uma exposição de presépios de todo o mundo. Em vez de um catálogo, o jornalista da SIC sugere um livro de presépios. Em Agosto de 2005, partilha alguns dos textos com o padre Elísio Assunção, missionário da Consolata, na viagem à Amazónia que os dois fazem, em reportagem.
"Presépios pelo mundo, mistério com palavras", os textos bíblicos são ilustrados pelas imagens de 33 presépios captados pelas objectivas de Elísio Assunção e de Ana Paula Ribeiro. Estes fazem parte da colecção privada de frei Lopes Morgado, frade capuchinho, alguns do Museu de Arte Sacra e Etnologia e do Museu da Presidência da República.
Um dos textos especiais para Joaquim Franco é aquele que escreveu em 1999, na passagem por Timor. As memórias que guarda do primeiro dia que esteve naquele país são as de um pai que tenta partir um coqueiro para dar de beber ao filho, uma criança que chora. E como última a que recorda é a de um menino que faz todos os esforços para receber comida das Nações Unidas.
"Um Menino chamado Natal" surge exactamente no tempo de Natal, tantas vezes passado na azáfama do consumo para lembrar que é, antes de mais, o nascimento de Jesus.
"Cada um de nós tem um livro sobre o presépio para escrever na sua própria vida", frisou ainda Joaquim Franco, referindo que o livro é também o resultado da vida de cada um dos autores, das experiências e dos que se cruzaram com eles, neste percurso. E "era bom que não pensássemos no presépio como um caminho acabado, como o Pai natal, é um caminho aberto que se vai construindo".
O missionário da Consolata, Elísio Assunção referiu a singular experiência e preocupação, ao fotografar, de mostrar os pormenores de cada presépio. Um trabalho de "absorver e de ao mesmo tempo comunicar".
O superior dos missionários da Consolata, padre Norberto Louro assinalou as diferenças existentes em diferentes países e o modo celebram o Natal. Por exemplo, na Etiópia o presépio é feito no dia 7 de Janeiro. Nesta cultura, a cruz é mais importante que o presépio. Eles "adoram a cruz, ornamentam a cruz". Na África do Sul, há concertos corais extraordinários, salientou ainda.

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