Um dos pontos altos foia actuação do artista popular Quinzinho de Portugal, que pôs o pavilhão ao rubro com os seus temas mais populares.
Foram ainda divulgados os vencedores do concurso de vinhos. Com o primeiro lugar em Vinhos Palhetes ficaram quatro produtores: Adriano Marques, de Olival, Manuel Neves, de Urqueira, Carlos Sousa, de N.ª Sr.ª da Piedade –também vencedor do primeiro lugar em Vinhos Brancos- e Fernando Santos, de Seiça. Em Vinhos Tintos foi a Quinta do Montalto a vencedora arrecadando também o primeiro lugar, a par da Agro-Quinta de S. Gens, na categoria de Vinhos Tintos Velhos.
Na abertura da festa do vinho novo, o presidente da Câmara garantiu que o Tribunal de Contas deu parecer positivo à entrada da autarquia na estrutura empresarial - Divinis - que vai gerir a produção de vinho no concelho. A solução encontrada, salienta David Catarino «não é porque tem vocação para produzir vinhos» mas porque o precioso néctar tem «importância social e cultural».
Assim, as instalações da cooperativa deverão servir para produzir o vinho de «centenas de produtores que não têm dimensão para ter uma estrutura própria». Mais tarde, refere o autarca «a Câmara venderá as instalações e cederá a sua posição» quando a Cooperativa ultrapassar esta situação financeira difícil.
David Catarino salientou ainda que este tipo de evento, faz sentido quando se faz "com as partes interessadas" e exortou a que, no futuro, a Vitiourém possa ter no espaço do Centro de negócios uma pessoa para «um serviço mais eficaz de apoio aos pequenos produtores».
A presidente da Assembleia municipal agradeceu o empenho do presidente da Câmara neste assunto lamentando que "todas as instalações de trabalho ficassem ao Deus dará", reforçando o desejo que "não haja erros como no passado".
Saudações e críticas no encerramento de mais uma edição da Festa do Vinho Novo
Decorreu no último fim-de-semana, no Centro de Negócios de Ourém, mais uma edição da Festa do Vinho Novo. Pela terceira vez consecutiva, a produtora de vinhos, Deolinda Nunes Courela, marcou presença, expondo o vinho Palhete, característico desta região.
No final do evento e comparativamente ao ano passado, a produtora fez questão de destacar, não só a menor afluência por parte do público mas também a diminuição do número de expositores. "Este ano a Festa está mais fraca, há menos expositores, sobretudo porque agora temos que pagar o espaço ocupado", declarou. Se esta situação e estes resultados se mantiverem, Deolinda Courela pondera a hipótese de não participar em futuras edições da Festa.
Segundo Feliciano Courela, marido da produtora, a Câmara Municipal está de parabéns pela organização deste tipo de eventos que são fundamentais para dinamizar e publicitar os vinhos produzidos no concelho. Este não deixa, no entanto, de lamentar a fraca aposta na divulgação da Festa do Vinho Novo de Ourém. "Deveria apostar-se mais na publicidade do evento, isso é fundamental. A divulgação continua a falhar já que ainda não consegue atrair gente de fora do concelho."
No que diz respeito ao processo de certificação do vinho que produz, o casal confessa que tudo decorreu com normalidade graças, sobretudo, à colaboração da Vitiourém que disponibilizou toda a ajuda necessária.
Segundo Deolinda Courela que tem conseguido exportar o seu vinho para diversos países europeus como França, Inglaterra, Suíça ou Itália, "o ideal seria que esta Festa se realizasse lá para Maio, quando os dias são maiores e está menos frio, o que chamaria mais gente ao local."
A produtora alburitelense fez também questão de sugerir a realização de uma mostra exclusiva de vinho Medieval. "Num futuro próximo seria igualmente interessante pensar-se numa exposição constituída apenas por vinho Medieval da região."
Filipa Ferreira
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